Jim Jones, líder de seita suicida
Elas foram responsáveis por intoxicar e causar a morte de centenas de pessoas Parece enredo de filme de terror, mas seitas que pregam terrorismo, escravidão sexual e até suicídio não só existiram, como algumas ainda estão ativas. O caso mais recente é o da Nxivm, de Nova York, que pregava empoderamento feminino, mas na realidade abusava sexualmente das mulheres. A atriz Allison Mack, de Smallville, foi acusada de “conspiração para cometer tráfico sexual e trabalho forçado” por seu envolvimento no culto. A seguir, selecionamos outros 5 cultos bizarros que (ainda bem) ficaram no passado.
À esquerda Charles Manson e à direita Sharon Tate, no meio parte da Família Manson
1- A Família Manson
É talvez o culto mais famoso de todos os tempos. Foi criado por Charles Manson em 1967 em São Francisco e, em seguida, se mudou para Los Angeles, onde o grupo tentou se estabelecer como músico. Obcecado pela canção “Helter Skelter”, dos Beatles, ele passou a usar o termo para descrever uma guerra racial. Em 1969, assassinaram sete pessoas, pois achavam que isso geraria uma batalha apocalíptica (alguns estudiosos atualmente acreditam que possa ter sido algum tipo de vingança de Manson contra Hollywood por sua carreira frustrada). Entre as vítimas, estava a atriz Sharon Tate, ex-esposa de Roman Polanski, que estava grávida. Manson foi condenado à prisão perpétua e morreu no ano passado, aos 83 anos.
O guru Osho
2- Rajneeshpuram
No início do ano, a história da comunidade próxima a Antelope, no Oregon, ganhou atenção por virar uma série da Netflix, Wild Wild Country. Fundado por Bhagwan Shree Rajneesh (atualmente conhecido como Osho) nos anos 1980, pregava o amor livre e a meditação. Até aí, tudo bem — talvez por isso Osho ainda seja uma figura tão conhecida hoje, possivelmente fruto de muito trabalho para esconder o passado do guru e da adoção de uma visão mais moderada sobre meditação. O problema é que a seita infectou 751 pessoas com salmonela para sabotar as eleições locais e tentar ganhar poder político.
Imagem aérea com os mortos da seita Templo do Povo em Indianápolis
3- Templo do Povo
Fundado por Jim Jones em Indianápolis, nos EUA, em 1955, tinha uma mensagem que misturava elementos do cristianismo com socialismo. Em seu auge, chegou a ter 20 mil membros. Na década de 1970, crente de que uma guerra nuclear era iminente, ele levou seu grupo para Guiana, país que acreditava estar fora da zona de perigo. Quando denúncias contra o culto começaram a surgir, o congressista norte-americano Leo Ryan decidiu ir até o local para investigar. Além de matar Ryan e seu grupo, Jones mandou seus seguidores beberem veneno, provocando a morte de 918 pessoas. Até os atentados de 11 de setembro, o episódio era considerado a maior perda unida de civis norte-americanos em um ato deliberado. A história está no documentário Jonestown - Vida e Morte no Templo do Povo, de 2006.
4- Movimento Pela Restauração dos Dez Mandamentos de Deus
A seita formada em Uganda nos anos 1980 ensinava seus membros que eles deveria, seguir os dez mandamentos à risca para sobreviver ao apocalipse, previsto pelos líderes para o dia 31 de dezembro de 1999. Eles também encorajaram os seguidores a doarem seus bens à seita. Como a previsão não se concretizou, eles passaram a exigir o retorno de seus bens, o que culminou em um massacre ordenado pelo líder, Dominic Kataribabo. Ele colocou fogo na igreja do culto, matando mais de 500 pessoas, e assassinou ao menos outras 200, cujos corpos foram encontrados enterrados no jardim da casa de Kataribabo.
David Koresh e o incêndio do racho do Ramo Davidiano
5- Ramo Davidiano
O grupo, que surgiu de um cisma na Igreja Adventista do Sétimo Dia em 1955, era liderado por David Koresh e ficou conhecido pelo cerco de Waco, no Texas, em 1993. O grupo acreditava no retorno de Jesus Cristo e Koresh os convenceu a se armar para o apocalipse. Agentes do departamento de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo invadiram o rancho do grupo com base na informação de que eles estariam acumulando armas. Isso provocou uma batalha armada que durou 51 dias e matou quatro agentes e seis membros da seita. Eventualmente, o lugar pegou fogo quando a Polícia Federal invadiu o lugar com gás lacrimogêneo. 75 seguidores morreram no incidente.
Fonte: Galileu
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