28 de julho de 2013

Adoração verddadeira

O que é adoração? 
Poderíamos dizer que é uma honra que se      presta a Deus, em virtude do que Deus é e do que significa para os que O      adoram. A palavra hebraica que mas se usa para “adoração” no velho      testamento significa “inclinar-se”. É o caso, por exemplo, em Gn 18.2. A      palavra grega que geralmente se utiliza no Novo Testamento é “proskuneo”, e      significa “prestar honra”, tanto a Deus como aos homens.    Está claro que é dever de cada criatura inteligente adora      a Deus. Os anjos O adoram (Ne 9.6). Os Seus santos O adoram. No Evangelho      eterno os homens são chamados a dar glória a Deus e a adorá-Lo (Ap 14.7). E      dentro em breve tudo que há sobre a terra O adorará (Sf 2.11;   Zc 14.16; Sl      86.9)    Porém, enquanto os anjos honram a Deus segundo a verdade,      porque sabem quem Ele é, os homens também deve procurar conhecê-lo e      adorá-Lo, não apenas exteriormente, mas sim com o coração, uma honra que      procede dos sentimentos de amor do homem para com Deus.    “Adorar o Pai”, o povo de Israel era filho de Deus, o Seu      primogênito (Ex 4.22); os israelitas eram filhos do Senhor seu Deus (Dt      14.1); o Senhor era um Pai para Israel e Hefraim era o seu primogênito ( Jr      31.9). Porém, nunca haviam adorado a Deus como Pai, pois “Ninguém conhece o      Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27).      Esse é um componente essencial da adoração cristã: conhecer a Deus e sua      relação como Pai com o Seu povo, que O adora como tal.    Mas esta revelação é um assunto pessoal - “A quem o Filho      o quiser revelar” (Mt 11.27b)
Portanto, todo aquele que tem este conhecimento, o tem recebido do Filho. O      Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse nos fez conhecer o Pai. E,      depois de ter cumprido a Sua obra, introduziu os que são Seus na mesma      relação que Ele próprio goza com o Pai: “Subo para Meu Pai e vosso Pai” (Jo      20.17).    “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros      adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a      tais que assim O adorem. Deus é Espírito, e importa que os que O adoram, O      adorem em espírito e verdade.” (Jo 4.23,24) Aqui encontramos o caráter da      adoração cristã. Não é um ritual, a formalidade de uma cerimônia religiosa.      Esta harmonia com o que Deus é e, portanto, pressupõe que Deus foi      completamente revelado.
Nenhum incrédulo pode adora desta maneira! Pois é somente por meio do novo      nascimento que temos recebido a nova vida, que a Bíblia chama “espírito”. “O      que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”      (Jo 3.6; Rm 8.16) A adoração é espiritual, é segundo o novo homem, e está em      harmonia com o que Deus é.

O culto de Israel era terrestre, natural. Era desempenhado num lugar      definido geograficamente - um magnífico templo. Era um culto regulamentado      até aos mínimos detalhes e no qual o homem, vestido de trajes dispendiosos e      acompanhados de música maravilhosa, podia trazer o mais elevado e o melhor      que a terra tinha para dar. Mas nada nisso era espiritual. Não havia a menor      obrigação de um sacerdote, cantor ou ofertante, ter de nascer de novo. E      isso fora assim instituído pelo próprio Deus, pois se tratava do culto      prestado por um povo terrestre a um Deus que ainda não Se havia revelado a      eles.
Todavia, na cruz Deus acabou com o homem natural. Nós, os servos, que cremos      no Senhor Jesus, já morremos com Cristo (Rm 6.8). Espera-se que andemos      segundo a nova vida que o Espírito Santo operou em nós por meio do novo      nascimento. E o Espírito santo, que habita em nós, é a força divina que nos      habilita para o seu cumprimento.
Desta forma, a nossa adoração deve ser espiritual, acompanhada de uma vida      repleta de pureza e que produz os frutos do Espírito.

Em perfeita harmonia com o que já foi mencionado, não nos é fornecida      nenhuma forma ou cerimônia para a nossa adoração. Isso é tanto mais notável      se lembramos que entre os israelitas tudo estava regulado até nos mínimos      pormenores. Nem sequer conhecemos as palavras com as quais o Senhor deu      graças na instituição da Ceia, Não temos descrição de um apóstolo partindo o      pão. Não conhecemos um hino sequer que a Igreja cantava nos dias dos      apóstolos. Não temos nenhum livro com salmos cristãos. Temos e devemos      adorar a Deus pura e simplesmente pelo Espírito (Fp 3.3).

Mas a adoração não deve ser somente “em espírito”, mas também “em verdade”.      “O que é a verdade?”, perguntou Pilatos. Ele não sabia que Aquele que tinha      diante de si e que levava uma coroa de espinhos era a Verdade. A verdade é o      que Deus tem revelado de Si mesmo. E foi o Filho quem O revelou.
Em certo sentido Israel também havia adora em verdade, visto que o seu culto      concordava com o que, naquele tempo, já tinha sido revelado acerca de Deus.      Mas agora Deus foi perfeitamente revelado, pois “Deus foi manifestado em      carne”, esteve na terra e por graça infinita podemos conhecê-Lo . “E sabemos      que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o      que é verdadeiro” ( 1 Jo 5.20).

Decerto há um crescimento no conhecimento da verdade. E o Espírito de Deus      atua em nós para nos conduzir em toda a verdade. É óbvio que o      desenvolvimento será diferente de um servo para outro, porém a diferença      será infinitamente pequena em comparação com a medida entre um homem natural      (que não nasceu de novo) e o mais jovem dos servos. Por meio no novo      nascimento recebemos uma vida que é espírito, e pela qual nos tornamos      competentes para conhecer a Deus. É a “natureza divina” (2 Pe 1.4). Nesta      nova vida opera o Espírito Santo que habita em nós e nos capacita, o qual      também é a força divina que põe esta nova vida em contato com o próprio Deus      (Jo 4.14) As filhinhos em Cristo está dito: “ E vós tendes a unção do Santo,      e sabeis tudo. Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a      sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.” ( 1 Jo 2.20,21)
Portanto, podemos nos aproximar de Deus nosso Pai, Pelo poder do Espírito      Santo, que põe a nossa vida em contato com Deus, nós O vemos e desfrutamos      dEle. Seria possível contemplar a Deus tal como Ele é, sem ficar      maravilhados e sem ficar desejosos de Lhe dizer isto? Todo o filho de Deus      que não ficou passivo ante as bênçãos recebidas, mas que elevou os seus      olhos ao próprio Doador, sabe, por experiência, que isso é impossível. A      glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo é tão grande que os nosso      corações são demasiado pequenos para dar perfeita conta do que dela vemos.      Somos ainda menos capazes de expressar essa glória apenas em palavras. Mas      adoramos em espírito e, portanto a nossa adoração consiste nos sentimentos      espirituais que sobem de nossos corações e conjunto com palavras e atos      voluntários diante de Deus.
Não há dúvidas de que cada servo deve adorar pessoalmente. Como é possível      contemplar a obra do Senhor Jesus, o amor e a graça do Pai sem dar graças e      louvores? E isso é algo que todos nós, os filhos de Deus, temos em comum.
Deus espera de Seu povo que se reúnam com a consciência que o Senhor é o      Único que tem autoridade no meio deles. Só Ele pode determinar quem quer      usar ali. E o Senhor exerce esta autoridade por meio do Espírito Santo. Não      se trata de uma questão de uma ou dez ou vinte pessoas tomarem parte no      culto, mas de que o Espírito Santo tenha verdadeiramente a Liberdade de usar      que quer que seja.
É impossível prestarmos a verdadeira adoração, quando o Espírito Santo é      relegado a segundo plano ou parcialmente acreditado; como é tão comum dentro      de tantas igrejas.   
Pr Elias R. de Oliveira

15 de julho de 2013

Nada se faz novo debaixo do Sol




Nada se faz novo debaixo do sol
O velho se refaz como neblina na madrugada
Que é bonita de se ver,
Mas consigo traz cilada.

Na paixão de Cristo você se assombra com o que naquele tempo
O Cristo foi submetido
(que engraçado)
Pois esse mesmo Deus é por você açoitado, desprezado e cuspido
Nesse momento você pensa: “meu Deus quanta heresia”!
(Que engraçado)
Pensaram o mesmo enquanto às profecias de Jeremias.
Nada se faz novo debaixo do sol.

No velho levavam seus cordeiros
No novo desprezamos o perfeito sacrifício no madeiro.
Mais uma vez você pensa: “quanta heresia”.
E só uma vez te digo:
- O que seu manual diria?
Nada se faz novo debaixo do sol
Nada se faz novo debaixo do sol

Não quero com essas palavras te acusar
Ou mesmo Julgar sua conduta
Pois bem sei que por vezes faço igual ou pior
Mas sim, que saiba
Que também por vezes
Podemos fazer valer a pena estar debaixo do sol.

Poema doPollyan Soares.

12 de julho de 2013

O que na verdade somos?


Ser cristão é bem mais que ir a uma igreja ou carregar um bíblia debaixo do braço, ser cristão é expressar Jesus através de atitudes e não só de palavras. Partindo desse pensamento quero lhe convidar a refletir sobre o seguinte tema: O que na verdade somos?
Pregue o Evangelho em todo tempo.
A bíblia nos mostra que somos a imagem e semelhança de Deus,  é verdade que perdemos muito depois do pecado, essa imagem foi ofuscada, mais ainda assim temos traços e semelhanças de Deus, o amor (sentimento), à vontade, inteligência. Quando aceitamos a Jesus como único e verdadeiro salvador começamos a ser chamado de cristão, seguidor de Cristo, partindo desse principio faço duas perguntas: Quando você se olha no espelho consegue ver alguma semelhança com o Cristo da bíblia? Segunda pergunta: As pessoas que estão em sua volta percebem em suas palavras e atitudes semelhanças com a do mestre Jesus?
Agora sim podemos começar esse artigo, nesses últimos dias da igreja do Senhor na terra já virou algo comum ouvir, e até mesmo ver pessoas que se intitulam como servos de Deus, agem até pior do que os ímpios. Lideres de renomes e pessoas de influência no âmbito cristão caindo em descredito por não fazerem aquilo que ensinam. A falta de referenciais no meio evangélico tem gerado uma crise principalmente na juventude, onde toma para si como referencia, por que não dizer “ídolo” qualquer cantor famoso do momento. Estão se esquecendo de que o maior referencial que temos é Jesus. Todos os personagens bíblicos nos convidava a ser imitadores de Cristo, só devemos ter alguém como referencial quando esse alguém se parecer com Jesus.
Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo. I Corintios 11:1
O que na verdade somos?
O que as pessoas dizem quando comentam sobre você? Se você se preocupou com esse assunto é um bom momento para você rever seus conceitos sobre o que é realmente ser servo de Cristo. Existem regras básicas e clássicas como amar o próximo como a si mesmo. Mt 22:29
A base para um bom relacionamento em todos os âmbitos da sociedade é esse amar e a maior característica de Jesus sempre foi o amor.
A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Romanos 13:8
A bíblia nos ensina que as pessoas vão começar a crer que somos discípulos de Jesus quando olharem para nós e perceberem a nossa unidade, só assim vão entender que Jesus veio de Deus. Para se pregar não é preciso um curso de teologia ou saber falar bonito, ame a Deus acima de todas as coisas e faça o bem a todos, pregar não é só com palavras a maior pregação de um homem é o seu testemunho.
De que adianta a luz se não ilumina a escuridão? Você é luz do mundo, aonde você chegar o brilho de Cristo vai refletir em ti e iluminar os corações aflitos e ajudá-los a conhecer a Jesus.
 Diego Ribeiro.

Estudo biblico: Quem é a fé?

 Quem é a fé?E não, O que é fé? 

 Nas Escrituras fidelidade (Fé) produz confiança (fé), mas a confiança (crença) de alguém não produz fidelidade. A fé-confiança é sempre fruto da Fé-fidelidade, nunca o contrário.  Quando cremos na PALAVRA de Deus que não passa, mas que permanece para sempre (Fé-fidelidade), a fé-confiança que possuímos é fruto da Fé-fidelidade de Deus.
O Pr. Airton Evangelista da Costa assim respondeu a pergunta ‘O que é a fé’?: “A fé não se explica através da lógica humana. Fé é crença, convicção, certeza, confiança, entrega. É a certeza de que algo vai acontecer, não importando se as condições sejam contrárias. A definição bíblica para a fé é a seguinte: ‘É a CERTEZA das coisas que se esperam, e a prova das coisas QUE NÃO SE VÊEM’ ( Hb 11:1 ). Fé é a crença de que o Senhor está no comando de todas as coisas, em quem depositamos total e irrestrita confiança” 
Há equívocos na definição acima, tanto na argumentação do Pr. Airton quanto na tradução bíblica utilizada por ele.
Na bíblia a fé não é definida como certeza, antes a fé é descrita como ‘firme fundamento’ “ORA, a fé é o FIRME FUNDAMENTO das coisas que se esperam, e a PROVA das coisas que se não veem” ( Hb 11:1 ). O ‘firme fundamento’ é objetivo e a ‘certeza’, por sua vez, é questão subjetiva, de foro íntimo e varia de pessoa para pessoa.
A certeza ou opinião varia de pessoa para pessoa, mas o fundamento de Deus não! O fundamento de Deus fica firme ( 2Tm 2:19 ), as opiniões e certezas não.
Qual é o fundamento de Deus? Cristo, Ele é a fé anunciada de antemão pelos apóstolos e profetas e se manifestou aos homens na plenitude dos tempos "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina" ( Ef 2:20 ); "Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” ( 1Co 3:11 ).
Jesus Cristo é o fundamento de Deus, a rocha inabalável, firme. Enquanto a bíblia aponta para o fundamento que é firme, o Pr. Airton aponta para uma crença, uma certeza. Ele deixa de olhar para o que é firme para olhar o que é transitório: “É a certeza de que algo vai acontecer, não importando se as condições sejam contrárias” (Idem).
Quando o escritor aos Hebreus diz que a fé é o firme fundamento, ele está falando de Cristo, a pedra firme que os edificadores rejeitaram "Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina" ( At 4:11 ); "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina" ( Ef 2:20 ).
Na bíblia, Cristo é a personificação da fé, ou seja, Ele é a fé que havia de se manifestar e foi manifesta na plenitude dos tempos "Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar" ( Gl 3:23 ). A FÉ que havia de se manifestar é Cristo, por meio da qual o justo vive "Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá" ( Hc 2:4 ). Se o homem vive da palavra que sai da boa de Deus (Verbo), consequentemente a fé não é uma certeza, uma opinião ou um sentimento, isto porque certezas, opiniões e sentimentos são volúveis enquanto a palavra de Deus permanece para sempre e faz tudo o que lhe é aprazível "Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei" ( Is 55:11 ; 1Pe 1:25 ).
Da palavra de Deus temos o testemunho de que jamais mudará, mas com relação aos homens há a exortação para que creiam na palavra de Deus até o fim ( Mt 24:13 ).
Jesus disse: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" ( Jo 16:33 ), ao fazer referencia a Cristo, o evangelista João diz: "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” ( 1Jo 5:4 ). Não é a certeza do homem que vence o mundo, antes quem venceu o mundo foi Cristo, e Ele é a nossa fé.
Cristo é a fé que habita no coração daqueles que creem ( 2Tm 1:5 ), pois Ele prometeu fazer morada nos crentes ( Jo 14:23 ).
A fé que não se explica através da lógica humana é a fé que consta nos dicionários. Por exemplo: “Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego πίστη pistia1 ) é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta ideia ou fonte de transmissão” Wikipédia.
Se alguém possui a opinião de que algo é verdade, os lexicógrafos definem que tal opinião ou crença é fé. Por exemplo: se alguém tiver a firme opinião de que um pedaço de madeira é pedra, a opinião, a crença de tal pessoa é tida por fé.
Mas, observando na bíblia, verifica-se que, quando Deus ordenou ao povo de Israel que subisse e tomasse a terra prometida por herança, se houvessem obedecido, a crença (pisteuein) deles na palavra de Deus (verdadeira e firme= pistis) seria designada fé (pisteuein), porém, como o povo desobedeceu, isto demonstra que não tinham o que é proveniente do que é verdadeiro e firme (pistis): fé (confiança=pisteuein). Observe que em seguida os filhos de Israel se animaram em adentrar a terra e o que fizeram a seguir também não era fé, pois não estavam apoiados na palavra de Deus ( Nm 14:39 -45 ).
A opinião do povo estava formada: ‘Não podemos subir contra aquele povo porque é mais forte que nós’ ( Nm 13:31 ). Logo em seguida surgiu nova opinião: ‘Eis-nos aqui, e subiremos ao lugar que o SENHOR tem falado; porquanto havemos pecado’ ( Nm 14:40 ), mas em ambos os casos a opinião que possuíam não era fé.
Não é a covardia ou a coragem que determina se o homem tem fé ou não. O que promove a fé é a verdade da palavra de Deus, de modo que, quando o homem anda segundo o que lhe é ordenado, anda por fé. Aceitar ou não um desafio não é prova de fé, antes resignar-se a obedecer a palavra de Deus é fé “E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” ( Mt 4:3 -4).
Há uma grande confusão com relação ao termo ‘fé’ e o termo ‘crer’, visto que na língua grega o mesmo radical da palavra é utilizado como substantivo e verbo. Quando os tradutores foram traduzir o substantivo e o verbo ‘fé’ para a língua portuguesa, como o termo fé não é flexionável para ser utilizado como verbo, o termo foi substituído pelo verbo crer.
Em resumo, o substantivo latino fides (fé), correspondente ao termo grego pistis (fé=substantivo), não tem verbo e, assim, os tradutores viram-se obrigados a recorrer a um verbo latino de outro radical para exprimir o verbo grego pisteuein. Passaram a utilizar o verbo credere, que em português é crer.
No hebraico arcaico, o termo fé é ‘emunah’, palavra feminina com dois significados: fidelidade e adesão, e no hebraico moderno o termo passou a ser utilizado com vários significados, incluindo o verbo ‘crer’, que na língua hebraica é ‘boteach’ (creio) e ‘livtoach’ (acreditar).
Na língua grega o termo fé (Pistis [substantivo], Pisteuō, [verbo], Pistos [adjetivo]) deriva dos termos verdadeiro, fidedigno, fiel, de modo que a fé decorre do que é verdade, fiel, fidedigno. Não há fé no que é falso, na crendice, no conto de fada. Somente o que é verdadeiro produz fé, de modo que um tabelião só dá fé do que é verdadeiro.
Ora, a fé está vinculada à verdade, e a fidelidade ao que é fidedigno, de modo que a confiança deriva da verdade, do que é real, nunca o contrário. Jamais a confiança produz uma verdade ou altera a realidade.
A ‘lei da gravidade’ contém os elementos essenciais para que se possa compreender o sentido da fé. Se uma pessoa acredita (opinião firme) que se saltar de um penhasco uma força de atração o trará para o solo, temos a fé: confiança na verdade. Mas, se uma pessoa acredita que ao saltar do penhasco alçará voo, temos uma crença. Ainda que esta confiança ou opinião seja absoluta, não mudará a verdade de que uma força o atrairá para o solo.
A fé não decorre de uma firme opinião de que algo é verdade, antes a fé decorre da verdade. Sem a verdade não há fé. À parte do que é verdadeiro, firme, seguro, fidedigno, fiel, não há que se falar em fé.
Acreditar na fada do dente, ter a firme opinião de que a fada Sininho existe não é fé, é ilusão. Tal crendice, tal opinião, por mais intensa que seja, não torna a fantasia real. Agora, a verdade, por sua vez, é o que produz fé, confiança, mesmo quando não podemos ver.
As definições contidas nos dicionários apresentam diversos significados com relação ao termo fé porque a língua é dinâmica. Observe algumas frases construídas com o termo fé:
  • "Fazer fé": acreditar em alguém ou em algum ato; ter esperança;
  • "Dar fé": afirmar como verdade;
  • "Boa fé": forma de agir honestamente, sem quebrar um compromisso;
  • "Má fé": agir de forma intencional para prejudicar terceiros;
  • “Botar fé”: acreditar sem questionar;
  • “Fé cega”: o ato de acreditar sem questionar;
  • “A fé remove montanhas”: o impossível pode ser alcançado quando você acredita em Deus.
A ideia bíblica: ‘Creio porque é verdadeiro’ acabou sendo substituída pela asserção ‘creio porque é absurdo, improvável’, etc. pelo uso incorreto do termo fé (fides).  Tremendo equivoco!
Nas Escrituras fidelidade (Fé) produz confiança (fé), mas a confiança (crença) de alguém não produz fidelidade. A fé-confiança é sempre fruto da Fé-fidelidade, nunca o contrário.  Quando cremos na PALAVRA de Deus que não passa, mas que permanece para sempre (Fé-fidelidade), a fé-confiança que possuímos é fruto da Fé-fidelidade de Deus.
Qualquer que planta limão e se põe a espera de uma colheita de laranja é louco, desvairado, pois o fato de esperar, acreditar, firmar opinião, etc., jamais mudará o fato de que sementes de limão produzem limão, isto porque Deus disse: "Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi" ( Gn 1:11 ).
Acreditar jamais mudará o que foi estabelecido por Deus: as árvores darão frutos segundo a sua espécie, ou seja, segundo a sua semente.
Agora, quando alguém acredita, tem certeza, a firme opinião de que ao plantar limão, colherá limão, a fé-confiança (pisteuein ) é fruto da Fé-fidelidade (pistis) que estabeleceu que a ‘árvore frutífera dê fruto segundo a sua espécie’.
A verdade de que uma semente produz frutos segundo a sua espécie é o que denominamos fé (verdade, fiel, fidedigno), pois apesar de não se ver as árvores e os seus frutos quando se está lançando a semente ao solo, a semente é prova suficiente daquilo que não se vê. O que espero tem por base um firme fundamento.
Quando Jesus anunciou ser o Filho de Deus, muitos não creram porque não criam nas Escrituras "Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?" ( Jo 5:47 ). Além do testemunho das Escrituras, as obras que Jesus realizava testificavam acerca d’Ele "Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim" ( Jo 10:25 ).
Por que era necessário o testemunho das Escrituras e o testemunho das obras de Cristo? Porque a fé deriva do fundamento, da verdade, do que é firme, e não de uma crença, convicção, certeza, confiança, entrega.
Por que o crente crê em Deus? Por causa de milagres?  Não! O crente crê em Deus por causa de Cristo, visto que Deus o ressuscitou dentre os mortos. Deus o ressuscitou para que a confiança e esperança do crente estejam em Deus "E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus" ( 1Pe 1:21 ).
O evento da ressurreição é tão importante para o crente que, os seus discípulos foram estabelecidos por testemunhas da ressurreição "E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas" ( At 3:15 ).
A concepção de que a fé não é afeta a lógica humana decorre de uma má leitura feita desde os patristicos, sendo atribuída a Tertuliano a frase ‘credo quia absurdum’ (creio porque é absurdo) em decorrência da frase: “E o Filho de Deus morreu, o que é crível justamente por ser inepto; e ressuscitou do sepulcro, o que é certo porque é impossível”, pois entendiam que a verdadeira fé tem de se opor a razão.
Se a fé não se explicasse através da lógica humana, ou se a fé fosse contrária à razão, seria sem sentido a orientação do apóstolo Pedro: "Antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós" ( 1Pe 3:15 ). Ou ainda a exortação do apóstolo Paulo em Romanos 12.1 para apresentar a Deus sacrifício vivo, santo e agradável que é o culto racional.
Seria sem sentido Cristo ter aparecido aos seus discípulos com muitas e infalíveis provas "Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus" ( At 1:3 ).
A fé não é a ‘crença de que Deus está no comando de todas as coisas’, antes a fé é proveniente de Deus que é fiel, verdadeiro e poderoso para cumprir a sua palavra, portanto, digno de total e irrestrita confiança Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” ( 2Tm 2:11 -13).
Quando o homem crê que pode salvar-se através das suas boas ações, sacrifícios, orações, votos, etc., não é fé, antes fé é quando o homem crê que Cristo é o enviado de Deus que tira o pecado do mundo.
Cristo é a fé manifesta, o firme fundamento estabelecido por Deus. Por intermédio de Cristo é que cremos em Deus que ressuscita os mortos. Sem Cristo é impossível agradar a Deus, pois Ele é o autor e o consumador da fé ( Hb 11:6 ; Hb 12:2 ; 1Pe 2:5 ). 

1 de julho de 2013

A necessidade de uma voz que clame!

O livro de Gênesis afirma que quando o homem pecou e se "escondeu" de Deus uma voz ecoou pelo jardim do Éden: "Adão onde estás?". Ao longo da história da humanidade, Deus continuou levantando homens que clamassem denunciando o pecado, denunciando os males sociais, alertando o seu povo contra os perigos do pecado e as astutas ciladas do diabo.
Deus levantou Noé e este foi chamado de “pregoeiro da justiça”. Durante cento e vinte anos sua voz ecoou anunciando o dilúvio. Quando a inundação chegou, ele e sua família foram salvos, ficando Noé conhecido como herdeiro da justiça (Hb 11.7).
Em meio à opressão egípcia após quatrocentos anos de sofrimento, Deus levantou Moisés para clamar contra aquela escravidão. Os que ouviram a voz de Moisés saíram da escravidão para celebrarem uma festa no deserto.
Durante o período dos reis de Israel o Senhor levantou o profeta Elias para denunciar os pecados de Acabe e sua mulher Jezabel que afastavam o povo dos caminhos do Senhor. Quando Elias pensou que estava sozinho Deus lhe informou que havia reservado sete mil que não dobraram os joelhos a Baal e o profeta Obadias também escondera cem profetas e os sustentara a pão e água, (1 Re 18.4) pois era necessário que alguém clamasse contra os pecados e Acabe e denunciasse as injustiças de Jesabel.
Vários profetas foram levantados por Deus para levarem a sua mensagem, como o Homem de Deus que veio a Betel e clamou contra o altar edificado por Jeroboão: “E o homem clamou contra o altar, por ordem do Senhor, dizendo: Altar, altar! assim diz o Senhor: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias; e qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que sobre ti queimam incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti.” .
Antes que Jesus iniciasse o seu ministério, João Batista apareceu pregando no deserto e apesar do auditório não ser muito confortável, as multidões o procuravam para ouvir a Palavra de Deus. Ao ser interrgado pelos sacerdotes e levitas que perguntavam “Quem és tu?”, ele afirma: “Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.”(Jo 1.19-23)
Os tempos mudaram e os meios de comunicação também, a ciência se multiplicou cumprindo-se a profecia de Daniel. Hoje temos meios avançados de comunicação e estes meios precisam ser explorados pelos profetas do século XXI para denunciar o pecado e anunciar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo, proclamando-o como Senhor e salvador da humanidade.
O propósito deste Blog é colocar a minha voz à disposição do Espírito Santo para clamar aos internautas, blogueiros e navegadores em geral a mensagem de Deus para esta geração corrompida.
João Batista clamava no deserto. Adália Helena blogspot deseja clamar na rede mundial de computadores. E como um profeta desta geração anunciar: “Eu sou a voz do que clama na internet: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.”