27 de fevereiro de 2020

Lição 09: O Poder do Espírito Santo - Central Gospel

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Efésios 5.8-21
5 Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.

6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

7 Portanto, não sejais seus companheiros.

8 Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz

9 (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade);

10 Aprovando o que é agradável ao Senhor.

11 E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.

12 Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe.

13 Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta.

14 Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.

15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,

16 Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.

17 Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

18 E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;

19 Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração;

20 Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo;

21 Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.




TEXTO ÁUREO
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Romanos 8.9


SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Atos 8.1-25
O amor em forma de poder
3ª feira - Atos 15.1-11
Deus nos deu o Espírito Santo
4ª feira - Atos 2.1-13
A descida do Espírito
5ª feira - 2 Coríntios 10.1-6
Temos armas poderosas em Deus
6ª feira - 1 Coríntios 15.51-57
Satanás não possui poder sobre a vida do cristão
Sábado - Marcos 12.29-34
O amor é maior



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OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• conscientizar-se de que o avivamento não é apenas parte da história da Igreja, ele também está presente nela hoje;
• buscar a capacitação, no Espírito Santo, para amar incondicionalmente;
• compreender que o Espírito Santo nos torna aptos para suportar as tentações e as tribulações;
• lutar contra as concupiscências da carne com a ajuda do Espírito Santo.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, as condições internas do aluno necessárias para efetivação da aprendizagem chamam-se prontidão. Ele está pronto quando está motivado para aprender.

A aquisição de uma nova aprendizagem dependerá sempre de outras anteriores, que são sua base, seu degrau. Desta maneira, há um movimento de continuidade e encadeamento, fazendo com que a aprendizagem ocorra de forma progressiva e por etapas. Por isso, a aprendizagem é um processo global, contínuo, cumulativo e transferível.

Ao mesmo tempo em que adquire um novo saber, a pessoa aumenta seu patrimônio cultural e sua maneira de perceber a si e o mundo, e passa a ter outro ângulo de visão e um novo modo de comportar-se frente aos desafies da vida. É por meio dessa mudança no comportamento e nas atitudes que a aprendizagem pode ser comprovada (Extraído de: CHAVES, G. V. Educação Cristã — Uma Jornada Para Toda Vida. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2012, p. 54).



Palavra introdutória
Charles H. Spurgeon declarou que “o poder é uma prerrogativa exclusiva e especial de Deus e somente dele. Essa vantagem encontra-se em cada uma das três pessoas da gloriosa Trindade": o Pai (Hb 11.3), o Filho (Jo 1.3) e o Espírito Santo têm poder igual.

A Bíblia confirma a declaração de Spurgeon. Nela, vemos que o poder pertence a Deus e que Jesus prometeu revestir Seus seguidores com essa capacitação a fim de que pudessem cumprir propósitos específicos (Lc 24.49; At 1.8).

O poder implica virtude, coragem e ousadia e manifesta-se em várias dimensões, para o cristão testificar (At 1.8; 4.13-20; 17.2), operar sinais e maravilhas (At 3.8,9; 4.29,30; 5.15,16), suportar o sofrimento (At 7.57-60; 16.16-40), ganhar almas (At 2.41; 4.4; 17.4), confirmar a Palavra (Rm 15.18; Hb 2.4) e conhecer os mistérios de Deus (1 Jo 2.26,27).

Essa capacitação foi amplamente usada pela Igreja primitiva e resulta do poder do Espírito Santo (At 1.8). Ele concedeu uma unção plena a Jesus para a realização de Seu ministério terreno (At 10.38), conferiu fé a Estêvão para a pregação ousada (At 7) e outorgou dons a Paulo, de tal maneira que o seu ministério foi plenamente confirmado por operação de maravilhas (At 19.11,12).

Além disso, o Espírito atribuiu autoridade a Pedro e João, e eles não temeram a fúria das autoridades romanas (At 3); dedicou notável ousadia aos cristãos em períodos de aflição (At 4.31); viabilizou o pleno sucesso a Filipe, no grande ministério evangelístico que resultou na divulgação da Palavra em Samaria (At 8.1-25), e entregou sábia e firme direção à Igreja primitiva para que executasse um audacioso plano missionário (At 13). Deus atua segundo esse poder (Ef 3.20). Quanto mais o utilizamos, mais nos aproximamos da Sua plenitude (Ef 5.18).



1. O REVESTIMENTO DO AMOR
O poder do Espírito Santo é o termo utilizado para designar o momento em que a terceira pessoa da Trindade reveste-nos de virtude para realizar obras específicas no Reino de Deus (At 1.8). Dentre as muitas capacidades que Deus espera que desenvolvamos, o amor é a principal virtude de que devemos nos ocupar (Jo 15.17).

Jesus resumiu toda a Lei Mosaica em dois grandes mandamentos, e essa atitude não foi despropositada (Mc 12.29-31). O Mestre tinha consciência de que se os judeus amassem o próximo com a mesma intensidade e com o mesmo zelo devotados à Lei, aquele povo causaria um impacto sem precedentes na história da humanidade.

Quando o apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios, ele disse que a lei escrita mata, mas o Espírito de Deus dá vida (2 Co 3.6-8).



1.1. O amor sempre
Não existem momentos bons ou ruins para praticar o amor, devemos exercê-lo sempre. Certa vez, Pedro se aproximou de Jesus para lhe perguntar quantas vezes um irmão deveria ser perdoado. O Mestre respondeu ao Seu discípulo: não até sete, mas até setenta vezes sete (Mt 18.21,22).

Na verdade, Cristo estava ensinando a Pedro que o amor precisa ser praticado sem limites (Mt 18.23-35). Então, a questão não é quantas vezes se deve perdoar, o ponto é: precisamos exercitar o perdão como uma expressão do amor que temos pelo próximo.



1.2. O amor sem distinção
No Antigo Testamento, a Lei ordenava que aquele que pecasse deveria receber uma punição em igual proporção ao mal quo tivesse causado (Êx 21.22 25). Por isso, ao ensinar sobre o amor, Jesus revogou essa regra e instituiu um novo mandamento: amar o próximo é mais importante do que pagar o mal com o mal (Mt 5.43-46; Rm 12.17).

O apóstolo Paulo compreendeu perfeitamente a mensagem de Jesus, por isso ele usou sábias palavras ao recomendar aos cristãos romanos: Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a Lei (Rm 13.8). O apóstolo constatou que era necessário eles despertarem para um novo momento, no qual o amor é o principal mandamento (Rm 13.10,11).



2. O REVESTIMENTO DE RESILIÊNCIA
O poder do Espírito Santo nos torna absolutamente capazes de suportar experiências difíceis na vida.

Contudo, ainda que alguns problemas nos sobrevenham contundentemente, temos o Espírito para nos ajudar a vencer e superar os desafios que enfrentamos. Um cristão firmado em Cristo e revestido de poder (Rm 8.38,39): supera as perseguições (At 13.49-52), as afrontas (At 21.27-35), as tribulações (1 Ts 3.3) e as tentações (1 Co 10.13).



2.1. Contra os impulsos do pecado
Cada um é tentado conforme seu próprio desejo, ou seja, cada pessoa é seduzida de uma maneira específica, dependendo daquilo que a atrai (Tg 1.14). Resistir às tentações é uma das capacidades que recebemos quando estamos revestidos pelo Espírito Santo (1 Co 10.13).

Lembremo-nos da experiência de Jesus, que foi levado ao deserto para ser tentado pelo diabo (Mt 4.1). Satanás tentou Cristo, sugerindo-lhe que transformasse pedra em pães, pois sabia que o Mestre estava com fome depois de ter enfrentado um jejum de 40 dias (Mt 4.2). No entanto, Jesus havia recebido o Espírito Santo e estava capacitado para resistir às investidas do diabo (Mt 3.16).

O inimigo usa aquilo de que mais gostamos para armar ciladas contra nós (Ef 6.11). Portanto, para resistirmos firmemente às forças espirituais do mal, devemos nos revestir de toda a armadura de Deus (Ef 6.13). Nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os dominadores das trevas (Ef 6.12). Logo, contra seres espirituais, devemos usar as armas espirituais fornecidas pelo poder do Espírito Santo (Ef 6.10).



2.2. Contra as aflições
Ao contrário do que muitos acreditam, nossas tribulações não possuem a finalidade de nos fazer cair nem de nos afastar de Deus. Na verdade, é necessário que passemos por muitas delas para entrarmos no Reino de Deus (At 14.22).

Nossas aflições são responsáveis por gerar em nós a perseverança, pois, quando conseguimos suportá-las, ficamos mais fortes (Rm 5.3). O Espírito Santo usa essas oportunidades para nos ensinar (1 Co 2.12-15).

O Senhor nos consola em nossas tribulações a fim de que consigamos superar as lutas e as dificuldades. Então, além de nos fortalecer, Ele também nos ensina a ajudar outras pessoas que padecem do mesmo problema (2 Co 1.3,4).



3. O REVESTIMENTO PARA TRIUNFAR
Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito tem a mente voltada para o que o Espírito deseja (Rm 8.5). Portanto, aquele que deseja ser um vencedor precisa estar revestido do Espírito Santo, pois não satisfazemos os desejos da nossa carne quando vivemos no Espírito (Gl 5.16).

Estes são os males que o Espírito Santo nos ajuda a vencer: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes (Gl 5.19-21).



3.1. Sobre a carnalidade
Embora revestidos do Espírito Santo, não ficamos isentos de sofrer com os desejos da nossa carne. A concupiscência pode ser definida como uma intensa disposição para cobiçar algo. Por isso, precisamos da ajuda do Espírito Santo para não cairmos em tentação (Mt 6.13), pois a cobiça tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte (Tg 1.15).


3.2. Sobre a soberba
Uma das tentações que Jesus sofreu no deserto está diretamente relacionada à soberba. Ao levá-lo a uma alta montanha, mostrar-lhe todos os reinos do mundo — e oferecê-los a Jesus em troca de adoração Satanás esperava que o Filho de Deus sucumbisse diante da soberba e da cobiça (Mt 4.8,9).

Contudo, o Mestre estava revestido pelo Espirito Santo e sabia que a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens não provém do Pai, mas do mundo (1 Jo 2.16), por isso Cristo resistiu ao diabo (Mt 4.10,11).

O apóstolo Paulo também entendeu que a soberba é capaz de tirar o homem dos caminhos de Deus. Por isso, ao recomendar que Timóteo separasse homens para conduzir a igreja de Éfeso, Paulo o aconselhou a não escolher recém-convertidos, pois, por lhes faltar maturidade cristã, eles poderiam se corromper com a soberba (1 Tm 3.6).



4. A CAPACITAÇÃO ESPIRITUAL
A plenitude do Espírito Santo é uma das mais significativas e maravilhosas experiências projetadas por Deus e destinadas aos membros de Sua Igreja. Significa o revestimento de poder espiritual, prometido desde o Antigo Testamento, também chamado de promessa do Pai (At 1.4).


4.1. Requisitos
A primeira experiência de plenitude do Espírito Santo relatada nas Escrituras ocorreu no dia de Pentecostes (At 2). Essa experiência testifica a ressurreição de Jesus (Jo 16.7; At 2.32,33), só pode ser concedida por Ele (Jo 1.33; At 1.5), destina-se a todos os cristãos (Mt 3.11; Jo 7.39; 14.17; At 2.3,4; 10.44), foi prometida pelo Pai (At 1.4), é oferecida aos que têm sede e creem (Jo 7.37-39) e concede autoridade especial a quem a recebe (Lc 24.49).

Para recebê-la, o cristão deve crer de acordo com es Escrituras (Jo 7.37), pedir com fé (Mt 7.7; Lc 11.13; Tg 1.6), orar com perseverança (Lc 18.1; At 1.14), obedecer de coração (Lc 24.49; At 1.4,12,13), aproximar-se com confiança do Pai (Is 55.1; Jo 7.37,38), demonstrar profunda sede por Deus (SI 143.6; Is 41.17; 44.3; Ap 21.6) e beber da água que Cristo oferece (Jo 7.37; Ap 22.7).



CONCLUSÃO

Como você tem agido diante do Espírito Santo para recebê-lo e para ser constantemente renovado por Seu poder? Você tem sido uma pessoa de fé que se preocupa com o avivamento hoje? Essas e outras questões relacionadas ao poder do Espírito disponível a nós precisa ser respondida com um sonoro "SIM", para que a Igreja não se esfrie, tendo à sua disposição tão maravilhoso poder de ser avivada constantemente!

O poder do Espírito Santo está relacionado a algo bem maior do que apenas manifestar o dom de falar línguas estranhas (At 2.4). Assim, quem é cheio do Espírito Santo apresenta o amor como principal característica, suporta as adversidades com resiliência e torna-se um grande vencedor. Essa é a grande capacitação que está disponível a todos os cristãos pelo Espírito Santo.


ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por que o apóstolo Paulo disse aos romanos que o amor é o elo perfeito
? Colossenses 3.14.
R: Deus é amor. Portanto, todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele (1 Jo 4.16). Não existe outra forma de estarmos em comunhão com o Senhor, se não for pelo amor.






Vídeo aula:

Endereço na descrição dos vídeos
  
Revista Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - nº 61 - 1º Trimestre de 2020 - Tema: O Espírito Santo: Divino Companheiro, Consolador e Mestre - Central Gospel
Comentarista: Geziel Gomes


Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.

Lição 09: O poder de Jesus para transformar a família: Vídeos - aulas, Slides, Betel: Adultos

Texto Áureo
Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.
João 2.11





Verdade Aplicada
A presença de Jesus em nossas vidas traz segurança. Além de revelar Sua glória e propósito para nossas famílias, Ele pode transformar o que for preciso.




Objetivos da Lição
- Explicar que devemos convidar Cristo a participar das nossas vidas
- Mostrar o que acontece quando agimos em unidade fé e confiança.
- Ressaltar a presença de Jesus em nosso lar é o segredo da transformação.



TEXTOS DE REFERÊNCIA
João 2.2,3,7-10
2 - E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.

3 - E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.
7 - Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.

8 - E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.

9 - E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,
10 - E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.




Hinos Sugeridos
Harpa Cristã: 244



Harpa Cristã: 254



Harpa Cristã: 493



Motivo de oração
Ore a Deus para que Ele lhe de forças para superar obstáculos e um coração obediente.



Introdução
Nos tempos de Jesus, os casamentos judaicos duravam uma semana. Deixar o vinho acabar em plena celebração era motivo de escárnio e socialmente uma situação embaraçosa. Feliz o casamento que conta com a presença de Jesus.




Ponto de partida
Jesus sempre sabe transformar as situações complicadas de nossas vidas.
1. Água transformada em vinho
Esse relato lança luz sobre a personalidade de Jesus, e três coisas iremos destacar a respeito desse fato maravilhoso que Jesus realizou: quando, onde e por que o milagre aconteceu [Jo 2.1-2].
1.1. Quando o milagre aconteceu?
O milagre aconteceu em um casamento. Não era comum na Palestina um casal de recém-casados sair em viagem de lua-de-mel; eles ficavam em sua casa; e, durante uma semana, mantinham abertas as portas da casa. A festa era um momento muito importante da cerimônia matrimonial. Grande quantidade de comida e bebida era consumida. Assim, a família tinha o dever de providenciar um banquete de acordo com o nível do padrão social exigido, como comentado na Bíblia de Estudo Arqueológica. Portanto, acabar o vinha sem a festa ter terminado, era motivo de aflição, desconforto e vergonha. Esse milagre é importante porque se estende além do simples ato de suprir uma necessidade humana e de salvar uma família de uma situação vexatória. Ele mostra como Cristo pode revelar Sua glória quando é convidado a participar das atividades de nossas relações [Jo 2.11].

1.2. Onde o milagre aconteceu?
Jesus era apenas um convidado, mas Sua presença ali fez toda a diferença. Convidar Jesus para as nossas casas é estar seguro de que o fim das coisas será surpreendente e glorioso [Ec 7.8; Jo 2.11]. O milagre ocorreu em uma aldeia a oeste do mar da Galileia, próxima de Nazaré, em uma região humilde. A atitude de Jesus em Caná da Galiléia, demonstra o que Ele pensa de um lar. A primeira grande vitória de um casal está em convidar Jesus para participar de suas bodas. Jesus é o elemento principal da felicidade em nossos lares. Nesse casamento Ele fez a diferença, como fará em qualquer outro que esteja presente.

1.3. Por que o milagre aconteceu
Segundo o Pr Renan Di Melo, Jesus manifestou Seu poder para evitar a tristeza e humilhação de uma família. Atuou movido pela simpatia, pela bondade e pela compreensão para com as pessoas que ali estavam. Em Jesus vemos Deus como um ser racional. Sua atitude demonstra que Ele era uma pessoa simples, que se alegrava em compartilhar Sua presença em lugares humildes [Jo 1.14]. O Senhor de toda vida, o Rei da glória, fez uso de Seu poder para salvar um casal da humilhação e da vergonha [Mc 10.27; Jo 2.11].

2. A fé coopera com as obras
O relato do milagre em Caná nos oferece lições bem aplicáveis a nós, como: falar com Jesus sobre as dificuldades, fazer o que podemos segundo as orientações do Senhor e confiar que Ele é poderoso para transformar situações humanamente impossíveis.

2.1. Fazei tudo quanto Ele vos disser.
Para se alcançar grandes vitórias da parte de Deus, é preciso agir com humildade, fé e obediência. Encontramos nesse relato a recomendação de Maria aos serventes: "Fazei tudo quanto ele vos disser" [Jo 2.5]. Esta recomendação é perfeitamente aplicável a todas as famílias de hoje. Feliz é o lar que procura viver segundo as diretrizes da Palavra de Deus e que mesmo nos momentos de aflição não se afasta das diretrizes divinas. Foi um milagre discreto. Somente algumas pessoas sabiam o que estava ocorrendo. Coisas extraordinárias podem acontecer em nossos lares quando agirmos em unidade, fé e confiança em nosso Senhor [Tg 2.22,26].
2.2. Crer acima das circunstâncias
O poder criador de Deus é tão grandioso que foge à nossa percepção. Quando tudo era caótico, Ele com apenas uma palavra colocou tudo em ordem [Gn 1.2-3]. Teria Ele mudado? Claro que não [Hb 13.8]. E o que mudou? Talvez tenha sido a nossa forma de vê-lo. A informação de Maria foi: "Não tem vinho". As palavras de Maria nos remetem a situações nas quais as pessoas avaliam como se fossem definitiva. Notemos que a questão não era que tinha "pouco vinho", mas "não tem vinho". Tinha acabado. Quantas vezes famílias vivenciam momentos que parece não ter mais jeito. Contudo, aprendemos que podemos falar com Jesus, Nele confiar e continuar a obedecê-lo, mesmo que pareça que não há mais o que fazer [Jo 11.40].
2.3. A fé não nos dispensa de agirmos
Encerrando este tópico, contextualizando o relato bíblico do casamento em Caná, podemos refletir sobre a importância de agirmos visando uma contínua avaliação sobre o "estoque" do vinho (alegria, carinho, entusiasmo, respeito, atenção) no casamento e a necessária ação preventiva para que não acabe. Portanto, a primeira providência talvez seja desfazer a ilusão de que o estoque em um casamento é inesgotável. A partir desta consciência, vem, então, a avaliação e as ações, como por exemplo: o casal orar juntos sobre o matrimônio; cultivar um diálogo aberto pra identificar possíveis mágoas e feridas, visando tratá-las com perdão e esclarecimentos; manter o hábito de elogios mútuos e palavras carinhosas; além de muitas outras atitudes.
3. Lições para minha família
Há vários exemplos na Bília de situações difíceis envolvendo famílias. Precisamos conhecer os relatos bíblicos, identificar os princípios e aplicar a Palavra de Deus em nossos dias.
3.1. A realidade da vida nesta terra.
Pensemos nos preparativos das famílias envolvidas no casamento em Caná da Galileia, no investimento feito e na expectativa do grande momento. Contudo antes do término da festa, o "vinho" acabou. Nem sempre as coisas acontecem exatamente como planejamos. Quantas surpresas desagradáveis e inesperadas! É preciso enfrentar também esses momentos de forma diferente de como o mundo vivencia, pois afinal, somos discípulos de Cristo [Jo 16.3]. Infelizmente, não são poucos que se dizem cristãos agindo de forma precipitada e sem considerar os princípios bíblicos quando se defrontam com problemas familiares.
3.2. O poder da renovação.
O cristão crê que pode aprender e crescer no enfrentamento dos mesmos segundo as orientações bíblicas, no lugar de desanimar e achar que está tudo perdido [Rm 8.28; 10.13]. O vinho produzido por Jesus era comprovadamente melhor que o primeiro e causou admiração ao mestre-sala. Jesus sempre terá uma fase melhor para nossas vidas, não importa o que já vivemos. Devemos sempre estar com nossos odres preparados, porque Ele tem "um vinho" que ainda não provamos.
3.3. Estejamos atentos aos propósitos de Deus.
Os propósitos de Deus vão além do benefício imediato ou do momento que está sendo vivenciado. Interessante notarmos João 2.11: "...manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele". Como já vimos nas primeiras lições da presente revista, família é parte do grande e perfeito plano de Deus, não a sua totalidade. O propósito do milagre em Caná estava além de prover vinho: glória e fé! Que o agir de Deus em nossa família, Seu socorro e Sua providência em nosso lar contribuam para que estejamos firmados no Senhor e no Seu propósito para cada membro da família.




CONCLUSÃO
Como reacender a chama do amor em nossos relacionamentos? O ponto principal é nunca deixar Jesus fora deles, pois não importa o que estiver acontecendo, Jesus sempre sabe transformar as situações mais complicadas de nossas vidas e dar-lhes novo sentido e alegria [Jo 10.10].