Marta ou Maria?
Conhecemos bem a história de Marta e Maria, irmãs de Lázaro. Diante do que já lemos na Bíblia, quando nos deparamos com situações semelhantes às dessas irmãs, agimos como “Marta” ou como “Maria”?
No livro de Lucas, capítulo 10, dos versículos 38 ao 40, Jesus foi recebido na casa de Marta. Ali, enquanto ela cuidava de seus afazeres, de repente, até para melhor acomodar o mestre, sua irmã Maria estava totalmente atraída pela presença do Senhor, querendo ouvi-Lo, aprender com Ele, e vendo isso sua irmã Marta logo indagou: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço?” e o Senhor lhe respondeu: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia, apenas uma necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.
No livro de João, capítulo 11, vemos ali o registro da morte de Lázaro. Novamente Marta, preocupada e inquieta diante da morte de seu irmão, ao ouvir que Jesus estava chegando, foi ao seu encontro, enquanto Maria permaneceu em casa. Se observarmos a passagem de Lucas, ao escolher a melhor parte, Maria teve a oportunidade de estar junto do Mestre e aprender com Ele, a crer em Suas palavras. Marta, tão preocupada com as coisas desta vida que passam, deixou de ganhar ao não escolher a boa parte como sua irmã. A inquietação e a preocupação impediu que ela desfrutasse daquela maravilhosa presença. Na ocasião, se preocupou mais com os serviços da casa, e quando se viu diante de uma perda, desesperou-se (vs 21).
Jesus se compadece de nós quando passamos por situações ruins. Maria, mesmo tendo escolhido ouvir e estar aos pés do Senhor, quando foi ao encontro do Mestre, declarou: “Senhor, se estivesse aqui meu irmão não teria morrido” (vs 32). Isto é uma queixa? Não! Foi a afirmação de uma serva que confia no Senhor. Ele sentiu o impacto de suas palavras. E isso ocorreu por que Ele é fraco? Claro que não! Ele nos ama e diante de um coração despedaçado pela dor da perda, da decepção, do desespero, Ele se compadece, porque ninguém melhor do que Ele para entender nossas dores e tratar delas. Então, Ele chora (vs 35) conosco e pergunta: “O que lhes aflige? O que lhes perturba?”. Ele ainda nos diz para “tirarmos a pedra”. Pede-nos primeiro que rompamos com o que o impede de se achegar até nós e então, Ele realiza o milagre, age em nossa vida.
E então, volto à pergunta inicial: “Agimos como Marta ou Maria?”. Preocupamos-nos com as situações cotidianas a tal ponto, como Marta, que não prestamos atenção na presença dele, quando o Espírito Santo nos diz: “Vamos conversar?” Ou: “Não faça isso amada(o), espere o melhor do Pai”. Quando agimos como Maria, mesmo diante de uma grande provação, estamos certos de que o Senhor virá. Ela não ficou em casa simplesmente para fazer “sala” aos que estavam ali, consolando a família. Ela foi ao encontro do Mestre quando Ele a chamou. Ela confiava, cria, esperava por Ele. Suas palavras não foram de lamento, como que questionando o Mestre, não! Ela dizia que sabia sim que se Ele estivesse lá o pior não teria acontecido com seu irmão. Ela cria no Filho de Deus! Ela viu a mesma situação de forma diferente, confiando no Senhor, e suas palavras tocaram Jesus! Tudo o que ela aprendeu valeu a pena, porque na primeira oportunidade que teve, ela escolheu a boa parte.
Que possamos buscar ao Senhor nos momentos bons também, porque no dia da adversidade teremos Sua palavra firmada em nossos corações, para crermos e não desfalecermos! Ele é suficiente para nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário