Qual tem sido a motivação do seu coração?
Há tempos Deus tem falado sobre isso comigo e que já tive a oportunidade de compartilhar com algumas pessoas, e desde então, tenho me esforçado não apenas em compreender melhor essa verdade, mas também em saber como aplicá-la em meu dia a dia.
Jesus foi simples em tudo que fez, no entanto, foi mais profundo que qualquer outro ser, indo muito mais além do que alguém jamais foi. “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (1Coríntios 11.1).
Se nós fossemos mais atentos a tudo que se passa a nossa volta e dentro de nós, certamente que muitas coisas seriam evitadas. Hoje vivemos em uma geração onde o consumismo tem tomado conta. Cada um vive sua própria vida sem dar a mínima importância ao que o outro possa estar sentindo, muitos passam por cima até mesmo de pessoas que dizem amar, quando se trata de um interesse pessoal.
Temos deixado de servir ao próximo porque nos concentramos apenas em nossos interesses, vontades e desejos. O ativismo tem tomado conta de nossa mente, tirando a disposição e vontade de estar com pessoas que gostamos, pois temos dado lugar ao cansaço, e muitos têm prejudicado até mesmo seu relacionamento com familiares, esposa e filhos. Deixamos de criar laços, perdendo assim a oportunidade de estabelecer novos vínculos. Renunciamos a coisas que antes eram tão importantes e saudáveis para nós, e muitos sem perceber abrem mão de tudo isso sem nem mesmo olhar para trás, pois não têm se dado conta dos danos que têm sofrido na vida. Mas acredito que chegará o tempo de se resgatar muitas coisas, mas para alguns, infelizmente, poderá ter sido tarde demais. O diabo tem roubado e enganado de tantas formas os filhos de Deus, e tudo isso devido as brechas que são dadas, escolhas erradas que fazemos ao sermos ansiosos e precipitados e a grande maioria das pessoas não tem se dado conta disso, o que agrava a situação ainda mais.
Somos egoístas ao dizer que precisamos trabalhar para atender uma necessidade que na verdade gira em torno exclusivamente de nós mesmos, e depois ainda nos sentimos orgulhosos e nos achamos no direito de abrir a boca, “bater no peito” e dizer: “eu corro atrás de meus objetivos, não fico esperando as coisas caírem do céu, se quero algo faço e consigo”. É claro que todo trabalho, se digno, provém do próprio Deus, e realmente é importante para que nossas necessidades sejam supridas. O problema não está em ter um trabalho, não está no desejo de se casar e constituir família, ou até mesmo em realizar um grande sonho, a grande questão é, até onde estamos dispostos a servir e abrir mão, se preciso for, em prol de algo ao qual o Senhor tem nos chamado e nos designado a fazer?
Das muitas experiências que tenho vivido com o Senhor Jesus, e de tantas outras que o Espírito Santo tem revelado a mim, uma coisa sei, nada temos de mais precioso se não o amor do nosso Pai. Que adianta possuir, conquistar coisas, realizar tarefas, cumprir metas, sentir-me realizada (o) no que faço, se nada disso coopera para aquilo que meu Pai está fazendo e movimentando aqui na terra?
Se não posso ser um meio e usar o que tenho como ferramenta para que o chamado que Deus tem para mim se cumpra, então, podemos entender que nada disso tem relevância. Cada um de nós nasce com uma função muito específica no Reino, o que não significa que não possamos ou não devamos desenvolver outras, pelo contrário. Quando falo de algo específico, refiro ao fato de que todos nós temos habilidades as quais precisam e podem ser desenvolvidas, sendo assim elas irão contribuir para que a missão seja cumprida dentro do plano original de Deus. Jesus sempre foi um homem que andou na terra e cumpriu sua missão de várias maneiras, Ele é o maior exemplo a ser seguido de alguém que mesmo sendo Deus, também foi homem, foi servo, amigo, filho, e com muito temor obedeceu ao Pai cumprindo com amor e dedicação aquilo que lhe foi confiado e já estava predestinado a Ele.
“Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2.4-8).
A cada passo que damos, a tudo que temos conquistado ou não, a toda palavra que sai da nossa boca, a cada intensão, a cada sorriso que expressamos em nossa face, se abrimos os olhos pela manhã, e nos repousamos a noite, se tocamos em algo que seja para possuir ou apreciar, estando feliz ou triste, não importa. Diante de toda essa realidade que nos cerca a cada instante, o Pai nos pergunta agora…
Qual tem sido a motivação do seu coração em obter e fazer todas essas coisas?
Fabiana Vicente
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