Magoados na igreja
(Parte 1)
Um dos sentimentos mais difíceis de lidar entre as pessoas é a questão da mágoa. Como esse sentimento deplorável tem minado sutilmente o coração de líderes e membros nas igrejas. Existem líderes de variados ministérios que fazem do púlpito um lugar de desabafos pessoais e ataques, assim como diversos políticos o fazem em seus palanques em tempo de campanhas políticas.
No contexto cristão, os motivos que podem levar alguém a dar lugar a ressentimentos são os mais diversos. Alguns ficam magoados com Deus por Ele não responder suas orações ou responder de modo diferente que suas expectativas; outros ficam machucados interiormente por não terem sidos cumprimentados pelo pastor ou demais irmãos nos cultos; muitos se ressentem por não receberem constantes visitas ministeriais. Por esses motivos e outros até de grau maior, sair da igreja seria a melhor solução, segundo o depoimento de alguns.
É comum encontrarmos pessoas que mudaram de igreja por questões doutrinárias ou diferenças nos relacionamentos, mas que de certo modo saíram em paz. Porém, é surpreendente o números de pessoas que foram para outra denominação ou mesmo se desviaram, por causa da raiz de amargura. Alguns fatores contribuem para que o ressentimento e a ira aflorem no coração do homem, como palavras duras e ofensivas.
As palavras críticas e injustas de Mical contra seu esposo, Davi, foram drásticas, causando um conflito no relacionamento (2 Samuel 6:16-26). Provérbios 15:1 diz que “…a palavra dura suscita a ira.” Muitos irmãos guardam algum tipo de rancor no coração mediante a palavras ferinas que algum dia receberam. Uma vez alojada a amargura no coração, esta tem o poder de se alastrar, destruindo a paz interna, podendo até refletir no físico da pessoa. Como surgem as doenças psicossomáticas? Algumas delas têm origem nesses tipos de sentimentos negativos. A respeito das palavras amáveis, Salomão afirmou que elas são medicina para o corpo (Provérbios 16:24).
Mas como devemos lidar com a mágoa? Como resolver ou controlar este problema? Quais são seus perigos? Como devemos agir quando percebemos que guardamos algum tipo de ressentimento? Como detectá-lo e trabalhar este tipo de problema na vida de outra pessoa? Na próxima parte irei abordar alguns princípios bíblicos relacionados a este assunto tão presente em nossas igrejas, ambiente de trabalho e no relacionamento familiar. Encerro, destacando este princípio bíblico: “Longe de vós, toda amargura…” (Efésios 4:31). Em cristo Jesus há solução para a mágoa.
Autor: Ademir S. de Almeda
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