28 de janeiro de 2022

Aula Bíblica Adultos Betel – Lição 05: A lei da Responsabilidade Pessoal

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TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ezequiel 18.19-22
19 Mas dizeis: Por que não levará o filho a iniquidade do pai? Porque o filho procedeu com retidão e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso certamente viverá.

20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

21 Mas se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e proceder com retidão e justiça, certamente viverá; não morrerá.

22 De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela justiça que praticou viverá.


TEXTO ÁUREO
Ezequiel 18.4
Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.


LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Gn 2.16-17
A liberdade de escolha.

TERÇA / Sl 51.17
Deus não rejeita um coração quebrantado.

QUARTA / Sl 119.105
A Palavra de Deus é luz para o caminho.

QUINTA / Ec 7.29
Deus fez ao homem reto.

SEXTA / Lc 14.26
A necessidade de uma reflexão inteligente.

SÁBADO / Jo 12.46-48
O julgamento divino e a pregação de Jesus.


VERDADE APLICADA
Deus deseja a salvação de todos, porém cada ser humano tem a responsabilidade de se arrepender para que seja salvo.


OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar a responsabilidade pessoal de cada um.
Mostrar a possibilidade de ser diferente.
Ressaltar que Deus quer que todos sejam salvos.


 
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Momento do louvor
Harpa Cristã: 147


Harpa Cristã: 169


Harpa Cristã: 171


🙏
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que tenhamos consciência dos nossos deveres pessoais diante de Deus.


ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– A responsabilidade pessoal de cada um
2– A possibilidade de ser diferente
3– Deus quer que todos sejam salvos
Conclusão



INTRODUÇÃO
A presente lição trata do desejo de Deus em salvar a todos e seu chamado ao arrependimento, sem anular a responsabilidade individual e a certeza do juízo divino sobre os que não se arrependerem.


PONTO DE PARTIDA
Deus quer que todos sejam salvos.


1- A RESPONSABILIDADE PESSOAL DE CADA UM
O capítulo 18 de Ezequiel trata de um tema que também está presente nos dias de hoje na mente de muitos: a questão da responsabilidade pelo estado de uma pessoa (seja, dentre outros, social, psicológico, financeiro, espiritual).
Na presente lição, evidentemente, nos deteremos no aspecto espiritual, o qual resulta em atitudes para com o próximo [Ez 18.6-8]. Como está meu relacionamento com Deus? Qual a minha responsabilidade no estado em que se encontra meu relacionamento com Deus?


1.1. A tendência humana de transferir responsabilidade.
Desde o primeiro casal, vemos a tendência humana de explicar suas atitudes com as atitudes do outro: “A mulher que tu me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi” [Gn 3.12]. Esta foi a explicação de Adão para Deus. Como se o homem não tivesse escolha ou como se fosse apenas vítima: a mulher foi dada por Deus e o fruto foi dado pela mulher! Ao se dirigir à mulher, esta respondeu a Deus que a serpente a enganou. Assim, tal tendência tem acompanhado a história da humanidade ao longo da sua existência. Que o estudo da presente lição contribua para que não nos esqueçamos que, se somos vítimas de algumas situações, somos “também agentes, portadores responsáveis da imagem de Deus”, como descreveu Larry Crabb.
* Bíblia King James – Gênesis 3.12: “Parece ter sido Adão quem inventou a conhecida evasiva: “Quem? Eu? Não! Foi Fulano, Beltrano ou Sicrano!”. Desde o Éden o homem tem grande dificuldade em aceitar sua culpa e, fugindo de si e das responsabilidades pessoais, procura amenizar sua consciência condenatória culpando outras pessoas e o mundo. Adão tenta se isentar da responsabilidade pessoal sobre a quebra da obediência devida a Deus culpando Eva, a serpente e o próprio Senhor (…).”


1.2. A capacidade de escolher.
Um dos aspectos da imagem de Deus em nós é a nossa capacidade de escolher. Ao criar o primeiro casal, Deus lhes concedeu a liberdade de escolha entre fazer o certo e o errado [Gn 2.16-17]. O ser humano possui a faculdade intelectual e volitiva, que lhe permite raciocinar, pensar, decidir. Evidentemente que o pecado também atingiu esta capacidade humana, porém a Bíblia revela que a pessoa não perdeu de todo essa faculdade [Dt 30.19-20; Js 24.15].
Notemos que as expressões usadas por Jesus: “Se alguém quer vir após mim” [Lc 9.23] e “Se alguém vier a mim” [Lc 14.26] – indicam a necessidade de uma reflexão inteligente.
* Timothy Munyon: “A respeito da imagem moral de Deus nos seres humanos, “Deus fez ao homem reto” [Ec 7.29]. Até mesmo os pagãos, que não possuem conhecimento da lei escrita de Deus, conservam uma lei moral escrita por Ele em seus corações [Rm 2.14-15]. Em outras palavras, somente os seres humanos possuem a capacidade de sentir o que é certo ou errado, bem como o intelecto e a vontade necessários para escolher entre eles. (…) Estes, mesmo possuindo tal liberdade, são incapazes de escolher a Deus. Deus, portanto, pela sua bondade, equipa as pessoas com uma medida de graça que as capacita e prepara a corresponder ao Evangelho [Jo 1.9; Tt 2.11].”


1.3. A culpa coletiva não exclui a individual.
Tanto o profeta Jeremias como Ezequiel mencionam um 
provérbio que estava sendo bastante usado pelo povo de Israel [Jr 31.29; Ez 18.2], que atribuía aos antepassados a culpa pelos sofrimentos do presente. É certo que as gerações anteriores àquela dos profetas tinham cometido graves pecados (vide os relatos históricos dos tempos de Acaz, Manassés, Amom e tantos outros), contudo, tal fato não justificava a conduta dos contemporâneos de Jeremias e Ezequiel, pois também tinham a revelação divina e, consequentemente, não eram ignorantes quanto ao que Deus requeria, ou seja, arrependimento do povo.
* Professora Betty Bacon: “Os provérbios errados, de antigamente e de hoje, são um alerta para nós. É muito fácil ter a mente corrompida pelo que “todo mundo diz”. O cristão deve conversar sim, mas cuidar do que falam e avaliar o que ouvem, especialmente antes de transmitir a outros – Cl 4.6; 1Ts 5.21”. Por isso é importante passar as informações e “provérbios” pelo crivo da Palavra de Deus.
* Há uma tendência humana de transferir responsabilidade. Porém, um dos aspectos da imagem de Deus em nós é a nossa capacidade de escolher.


2- A POSSIBILIDADE DE SER DIFERENTE
O capítulo estudado na presente lição [Ez 18] trata de um assunto presente em muitos outros registros bíblicos. Ou seja, um passado pecaminoso ou justo de uma família não significa que, automaticamente, a geração seguinte irá vivenciar a mesma realidade independente das escolhas e comportamentos [Ez 8.5-18].


2.1. Exemplo de quatro gerações de reis de Judá.
Para exemplificar o texto de Ezequiel 18.5-18, podemos citar a história bíblica de quatro reis de Judá: Ezequias – Manassés – Amom – Josias [2Cr 29-35]. Como foram diferentes as posturas dos reis quanto ao relacionamento com Deus, mesmo diante das Escrituras, dos profetas e dos exemplos que tinham. O histórico familiar pode influenciar, mas não determina. A pessoa, principalmente em nossa realidade de abundância de proclamação da Palavra de Deus, ao alcançar determinada idade, precisa exercitar sua capacidade de discernimento quanto aos valores e crenças recebidos da família, sempre à luz da Palavra [Sl 119.9, 105].

* Daniel I. Block comentou sobre a geração alvo das profecias de Ezequiel: “O tempo todo, eles reclamam o direito à proteção divina, com base nas promessas imutáveis de Deus. Entretanto, Ezequiel é intransigente em sua exposição da hipocrisia da nação. As promessas da aliança não são garantias incondicionais de favorecimento; a segurança e o bem-estar são contingentes em aceitar as reivindicações exclusivas do Senhor à sua lealdade e obediência intransigente à sua vontade. Uma vez que falharam nos dois departamentos, a geração presente fica sob ameaça das maldições da aliança.”


2.2. O valor da conversão.
A mensagem de Ezequiel deixa claro ao povo que é possível ser diferente: “Mas, se o ímpio se converter… Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade…” [Ez 18.21, 27]. “Converter”, no hebraico, é um termo usado para expressar, entre outros significados, mudança de reações, atitudes e sentimentos. O povo de Israel no tempo de Ezequiel certamente conhecia o exemplo do rei Manassés que, quando levado cativo, orou e se humilhou diante do Senhor e alcançou misericórdia e restauração [2Cr 33.11-20]. Deus não rejeita um coração humilde e arrependido [Sl 51.17].

Comentário Bíblico Moody: “Os conceitos da solidariedade social e da responsabilidade de grupo eram coisas antigas em Israel. A homília ou ensaio de Ezequiel no capítulo 18 implica na operação da sequência natural da causa e efeito no meio das circunstâncias da vida humana. Deus não considera um homem responsável pelas circunstâncias nas quais nasceu, mas apenas pelo uso que fizer delas subsequentemente. Portanto, um homem é livre para renunciar o seu passado, tanto para o bem como para o mal.”


2.3. A relevância da resposta humana para Deus.
A possibilidade de ser diferente passa pela resposta de uma pessoa diante do anúncio da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo enfatizou este assunto em Romanos 10.3, 18-21. O apóstolo diz que os judeus rejeitaram a maneira de Deus agir e foram rebeldes, mesmo o Senhor enviando Seus mensageiros e estendendo as Suas mãos. Tal postura do povo também era realidade no tempo de Ezequiel: “O caminho do Senhor não é direito” [Ez 18.29], além de acharem que estavam sofrendo injustamente [Ez 18.2]. E nós, que resposta (reação) estamos tendo diante do agir e da Palavra do Senhor?

* Pr. Marcos Sant´Anna: “Não é de qualquer maneira ou baseados tão somente no nosso conhecimento e criatividade que nossas atitudes ou respostas para Deus serão aceitas por Ele. Vide o exemplo de Caim, considerado o primeiro ato de adoração registrado na história humana, pois, antes de Abel, foi ele que teve a iniciativa de apresentar uma oferta ao Senhor. Contudo, Deus não atentou para ele e para a sua oferta [Gn 4.3-5]. A reação de Caim demonstrou desinteresse em conhecer os motivos de Deus para não o aceitar, mesmo depois de o Senhor ter falado com ele [Gn 4.5-7].”


* O passado pecaminoso ou justo de uma família não significa que, automaticamente, a geração seguinte irá vivenciar a mesma realidade.


3- DEUS QUER QUE TODOS SEJAM SALVOS
O Senhor Deus não deseja que o homem mau morra, mas que se arrependa e viva [Ez 18.23, 32]. Desde a queda no Éden o Criador tem revelado seu interesse em restaurar a humanidade, anunciando a vinda da semente da mulher, providenciando vestes adequadas para o primeiro casal, preservando Noé e sua família, chamando Abraão e revelando Seu plano para abençoar todas as famílias da terra [Gl 3.8, 14].


3.1. O desejo de Deus em salvar não anula o juízo.
O Senhor Deus, além de chamar o povo à conversão, também anunciou que, se continuassem com as transgressões e iniquidades, estariam sendo julgados pelo que estavam fazendo [Ez 18.30]. A mensagem do julgamento divino também fazia parte da pregação de Jesus [Jo 12.46-48]. Como comentou F. F. Bruce: “A palavra de julgamento no último dia, portanto, não é diferente da palavra de vida já anunciada. A mensagem que proclama vida para o crente é a mesma que proclama condenação para o desobediente”.
* De acordo com John B. Taylor: “A lei da responsabilidade individual que Ezequiel está expondo é supremamente justa, porque cada homem tem sua própria escolha pessoal e a oportunidade para viver. Deus julgará cada um segundo os seus caminhos [Ez 18.30]. É a combinação deste fato com o conhecimento de que Deus não tem prazer na morte de ninguém [Ez 18.32] que leva Ezequiel a apelar ao povo, em nome de Deus, no sentido de se arrepender e de se voltar a Ele. Como um povo, talvez sejam rebeldes e idólatras, mas como indivíduos, pode-se apelar a eles e, através do seu arrependimento, podem ser salvos.”


3.2. Cada um é responsável por seus atos diante de Deus.
É importante trazer sempre à mente a verdade bíblica da futura prestação de contas diante de Deus. A graça de Deus não nos libera para sermos descuidados quanto ao nosso viver neste mundo. Todos vamos comparecer, porém a prestação de contas será individual [Rm 14.10, 12]. Tal certeza deve despertar em cada discípulo de Cristo um autoexame, sempre à luz da Palavra de Deus e ação do Espírito [1Co 11.28; 2Co 13.5]. Sabendo que, enquanto neste mundo, não alcançaremos um autojulgamento completo [1Co 4.4-5; 2Co 5.10].
* Leon Morris comentou sobre 1Coríntios 4.4-5: “Paulo está dizendo que não tem ciência de nenhum ponto importante em que tenha falhado em sua ação como despenseiro. Mas não descansa a sua confiança nisso. Não é isso que lhe dá absolvição. (…) Surge disso tudo uma exortação a não julgar prematuramente. (…) O juízo do Senhor será perfeito, pois Ele porá a descoberto as coisas ocultas das trevas. (…) É somente o juízo do Senhor que pode levar em conta os atos e motivos secretos [Rm 2.16].”


3.3. Palavra de Deus como referência segura.
Notemos que a Palavra do Senhor inicia desconstruindo um provérbio muito usado pelo povo de Israel [Ez 18.2-3], depois revela como o povo estava equivocado em alguns de seus próprios pensamentos [Ez 18.19, 25, 29]. Nossa segurança está na Palavra de Deus e não em “achismos” humanos ou naquilo que a maioria diz. A queda do primeiro casal iniciou quando Eva cedeu à sugestão maligna de que a Palavra de Deus estava sujeita ao nosso julgamento [Gn 3.1-5], comentou Derek Kidner.
*   Antônio Neves de Mesquita: “Acostumados a ouvir que a nação estava sob a garantia e guarda divinas, o israelita achava que esta doutrina não era correta, afirmando: O caminho do Senhor não é direito [Ez 18.25]. Noutra linguagem, os pais deveriam pagar pelos filhos, e não os filhos pelos pais, como lhes parecia [v.2]. O que havia nesta conexão é que os caminhos dos homens eram tortuosos, enquanto os de Deus era retos, mas a interpretação era falseada.”
* Deus quer que todos sejam salvos. No entanto, o desejo de Deus em salvar não anula o juízo. Por isso, cada um é responsável por seus atos diante de Deus.


CONCLUSÃO
É preciso que perseveremos nos caminhos do Senhor e nos submetamos ao que Deus revelou nas Escrituras e anunciemos a todos para que aproveitem as oportunidades que Ele, em Sua graça, tem proporcionado ao ser humano.


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Se é ensinar, haja dedicação ao ensino". Rm12 : 7b.
Ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.
Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.
Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...
Filipenses 3:13,14
 
     

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