7 de janeiro de 2022

Aula Bíblica Adultos Betel – Lição 01: A Chamada do Profeta Ezequiel

✋ A paz do Senhor Jesus Cristo a todos que amam a palavra de Deus, sejam muito bem vindos.
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TEXTOS DE REFERÊNCIA
  Ezequiel 2.1-5
1 E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo.

2 Então entrou em mim o Espírito, quando ele falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me falava.

3 E disse-me: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais transgrediram contra mim até este mesmo dia.

4 E os filhos são de semblante duro, e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor DEUS.

5 E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber, contudo, que esteve no meio deles um profeta.



TEXTO ÁUREO
Ezequiel 2.1
E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo.


  LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / 1Sm 16.7 
– Deus não vê como vê o homem.

TERÇA / Jr 33.6-16 
– Deus nunca se esquece dos fiéis.

QUARTA / Ez 11.17-20 
– A promessa de um novo coração.

QUINTA / Jo 2.4 
– É preciso submeter-se ao momento de Deus.

SEXTA / At 14.17 
– É preciso submeter-se ao momento de Deus.

SÁBADO / 1 Co 1.27-29 
– Deus usa quem Ele quer.


VERDADE APLICADA
Ainda hoje Deus tem chamado e capacitado pessoas para que proclamem Sua Palavra com ousadia, fidelidade e amor.


OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar o contexto histórico da chamada de Ezequiel.
  Ressaltar a incumbência do profeta Ezequiel.
Expor a vocação visionária do profeta Ezequiel.

Hinos Sugeridos

Harpa Cristã: 127



Harpa Cristã: 305


Harpa Cristã: 326

🙏
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore pelos cristãos que trabalham evangelizando refugiados.


ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- Contexto histórico
2- A incumbência do profeta Ezequiel
3- Um profeta com vocação visionária
Conclusão


INTRODUÇÃO
Ezequiel profetizou para os exilados na Babilônia. O profeta explicou as razões dos severos juízos divinos contra Judá, mas também transmitiu uma mensagem de esperança quanto ao futuro deles como nação.


PONTO DE PARTIDA
Deus nos chamou para proclamar Sua Palavra.


1 – CONTEXTO HISTÓRICO
Quando Ezequiel começou a profetizar, ele habitava entre os cativos na Babilônia, para onde fora levado em 597 a.C. O cativeiro babilônico de Judá durou aproximadamente setenta anos (cerca de 605 a 539 a.C.). No quinto ano do cativeiro do rei Joaquim, veio a Palavra do Senhor a Ezequiel – cujo nome significa “Deus fortalece” [Ez 1.2-3]. Contemporâneo de Daniel e Jeremias, Ezequiel era filho de um sacerdote, chamado Buzi, e profetizou por cerca de vinte e dois anos (593 a 571 a.C.).


1.1. Longe da terra natal. 
Ao receber a chamada, o profeta Ezequiel estava longe da sua terra natal. Começou a viver em outra cultura, viver sob pressão, viver com outra alimentação, mas também passou a sonhar em meio ao cativeiro [Sl 137]. Muitos dos que vivem em terras estranhas gostariam de voltar à sua terra natal. É um sonho voltar do exílio, da escravidão, ou sair de uma coisa que nos prende em um lugar que não sentimos alegria [Sl 126.1-2].
👉 De acordo com John B. Taylor: “Ezequiel era o filho de Buzi; era um sacerdote, e provavelmente filho de um sacerdote. Foi levado para o cativeiro em 597 a.C., quando os exércitos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, tomaram Jerusalém depois de um breve cerco. (…) Nada se sabe da sua vida à parte daquilo que é contido no livro que leva seu nome, nem existe tradição alguma que nos diga onde ou como morreu. Sabemos que era casado, e que sua esposa morreu na ocasião da queda de Jerusalém [Ez 24.18]. Era um homem de influência, sendo consultado pelos anciãos entre os exilados [Ez 8.1; 20.1]; e embora isto talvez se deva ao seu ministério profético e à reputação que rapidamente adquiriu, é igualmente provável que seja atribuível à sua posição social herdada do seu pai, Buzi.”


1.2. Exigências feitas por Deus ao profeta Ezequiel.
1) A chamada implicava em se pôr de pé, se dispor, sair da acomodação e da inércia [Ez 2.1];
2) Depois do chamado, é preciso falar em nome do Senhor [Ez 2.4];
3) Depois de assumir a chamada, é preciso falar, quer ouçam, quer deixem de ouvir [Ez 2.5];
4) Depois de receber a chamada, é preciso se destacar no meio em que vive, porque o povo tem de saber que ele é profeta [Ez 2.5];
5) Depois de receber a chamada, é preciso se impregnar da Palavra, dar comida em forma de rolo ao ventre, para depois oferecer aos outros. Quem não tem para si mesmo não pode oferecer aos demais [Ez 3.1];
6) Para receber a chamada, não pode temer o povo, nem as palavras que saem deles [Ez 2.6];
7) Quem recebe a chamada não pode se assustar com sarças, espinhos e escorpiões [Ez 2.6];
8) Quem recebe a chamada precisa saber que vai enfrentar conspiração de pessoas que não querem ouvir as verdades de Deus e serem confrontadas [Ez 2.4-6].
👉  Segundo Taylor: “As primeiras palavras que Deus dirige a Ezequiel colocam apropriadamente o profeta no seu lugar correto diante da majestade que via na sua visão. A frase “filho do homem” é um hebraísmo que enfatiza a insignificância ou a mera humanidade de Ezequiel. “Filho de” indica “participando da natureza de” e, assim, ao ser combinado com adam, “homem”, significa nada mais do que “ser humano”.”


1.3. Deus nunca se esquece dos fiéis. 
Devido ao pecado, Deus ordenou e permitiu que Jerusalém fosse destruída. Os pecados eram: idolatria, apostasia, mistura com outros povos, falsos pastores e falsos profetas. Mas ainda havia esperança, Deus prometera restaurar a terra por amor aos que permanecessem fiéis a Ele. O Senhor nunca se esquece daqueles que fielmente procuram lhe obedecer [Jr 33.6-16].
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 Antônio Neves de Mesquita escreveu: “A tarefa fundamental do profeta foi confortar, alertar e convencer o seu povo, tanto no exílio como na terra amada, quanto aos planos e propósitos de Deus. Apesar de todos os pecados da nação, Deus continuava a ser o Deus da Aliança, coisa que possivelmente estaria apagada na mente do povo, face aos sofrimentos do cativeiro. Era Jeová a dizer: “Haja o que houver, eu continuo a ser o Senhor Deus do povo, pois não tenho prazer na morte do ímpio (perverso), mas que ele se converta dos seus caminhos e viva” [Ez 8.22-23].”
👉  Ao receber a chamada divina, o profeta Ezequiel estava longe da sua terra natal, entre os cativos na Babilônia, uma prova de que Deus nunca se esquece daqueles que fielmente procuram lhe obedecer.


2 – A INCUMBÊNCIA DO PROFETA EZEQUIEL
A missão do profeta dada por Deus era conscientizar o povo da razão do cativeiro; explicar a queda de Jerusalém; promover a volta do povo exilado a Deus e construir esperança concernente à promessa de Deus de restaurar o Seu povo. O profeta também ressaltava a responsabilidade pessoal de cada indivíduo perante Deus, em vez de restringir a culpa aos antepassados e aos seus pecados como única causa do exílio e julgamento de Deus.


2.1. Deus usa quem Ele quer. 
O Senhor usa os pequenos para confundir os grandes [1Co 1.27-29]. Deus não vê como vê o homem, porque o homem vê o que está diante dos olhos; o Senhor, porém, olha para o coração [1Sm 16.7]. Ele se responsabiliza em capacitar os que Ele chama. Toda a nossa capacidade vem de Deus [2Co 3.5]. Portanto, não devemos nos gloriar de nossos feitos, porque tudo provém dEle e vai para Ele, porque dEle são todas as coisas [Rm 11.36].
👉  Daniel Block comentou: “O ofício profissional de Ezequiel é especificado em 1.3 (…) É verdade que os capítulos 1-3 descrevem o chamado de Ezequiel para o ministério profético, e ele obviamente trabalhou como profeta, no entanto, a cronologia da visão inaugural e seu chamado no trigésimo ano [Ez 1.1], quando os sacerdotes eram empossados no cargo [Nm 4.50], e o selo sacerdotal marcado no livro, sugerem que vejamos Ezequiel como um sacerdote profético, mais do que um profeta sacerdote. Esse livro retrata Ezequiel no serviço aos exilados, que não tinham acesso ao templo e ao altar, como pastor e sacerdote profético.”


2.2. Deus usa onde Ele quer. 
Como anunciado em Listra, Deus “não se deixou a si mesmo sem testemunho” [At 14.17]. Assim também ocorreu para com o povo de Israel ao longo da história bíblica: seja na Jerusalém cercada pelo exército do rei da Babilônia [Jr 32.1-2]; seja diante do rei na Babilônia [Dn 1.18-21]; seja no meio dos cativos [Ez 1.1]. Deus é soberano e levanta pessoas que proclamem Sua mensagem seja no lugar que for. Bem-aventurados aqueles que estão atentos à Palavra de Deus e a recebem, pois ela faz a diferença ao vivenciarmos diferentes momentos na vida e nos mais diversos ambientes, porque é luz, lâmpada, referencial, sustento, entre tantas outras qualidades.
👉  Esdras Bentho e Reginaldo Placido: “Segundo Pfeiffer, o profeta Ezequiel tem sido chamado de “o primeiro dogmático do Velho Testamento”, “o Calvino do Velho Testamento”, “o mais influente homem em todo curso da história hebraica”, “o pai do judaísmo”, “o profeta da responsabilidade pessoal” etc. Alguém que estude com seriedade o livro de Ezequiel pode ver que tais títulos podem se aplicar ao sacerdote, profeta e pastor.”


2.3. Deus usa na hora que Ele quer. 
A Bíblia registra o chamado de Deus ou a pessoa sendo usada pelo Senhor em diversos momentos. Não é possível ao ser humano estabelecer um momento mais adequado para Deus usar uma pessoa ou realizar uma obra. O profeta Eliseu, em uma determinada ocasião, disse que Deus não lhe havia revelado algo sobre a situação da Sunamita [2Rs 4.27]. Habacuque ficou à espera da resposta de Deus [Hc 2.1]. É fundamental nos submetermos ao momento de Deus [Jo 2.4; 11.6]. Permanecer confiando no Senhor, crendo que Ele é poderoso e Seu agir é perfeito e esperar nEle, sempre é a melhor solução.
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  Além de Deus usar quem Ele quer, onde Ele quer e na hora que Ele quer, também usa do jeito que Ele quer. Cada profeta tinha a sua particularidade, mas eram capacitados para determinadas circunstâncias, onde deveriam se comprometer com a realização, sempre se sujeitando à vontade de Deus [Ez 4.1-7; 5.1-5].
👉  A missão do profeta Ezequiel dada por Deus nos mostra que o Senhor usa quem Ele quer, onde quer e na hora que Ele quer.


3 – UM PROFETA COM VOCAÇÃO VISIONÁRIA
A experiência visionária era uma marca natural e reconhecida do profeta Ezequiel. A Palavra de Deus vinha e se impregnava dentro do seu ser por meio de visões, tão claras, e vários símbolos, que eram descortinados pela interpretação dada pelo Senhor [Ez 1.1].


3.1. A visão do rolo de um livro. 
O rolo que o profeta recebera continha palavras do Senhor e ele tinha a responsabilidade de entregá-la. Palavras de lamentação e tristeza dominaram a mensagem [Ez 2.9-10], porque julgamentos severos seriam executados contra os que praticavam a idolatria, o adultério e a apostasia [Ez 3.1-4]. Comer o rolo simbolizava que o profeta Ezequiel precisava receber primeiro a mensagem de Deus e se comprometer antes de anunciá-la ao povo. Só quem come o rolo (que é a própria Palavra de Deus) está preparado para toda boa obra. Ninguém pode dar aquilo que não tem, nem distribuir o que não recebeu. Não é sensato nem honesto oferecer aos outros aquilo que não tem.
👉   É bom lembrar que a missão de Ezequiel “era expor a razão do cativeiro, predizer a queda de Jerusalém, levar o povo exilado de volta a Deus e avivar a esperança (…) mediante a promessa divina de sua restauração” (Bíblia de Estudo Pentecostal).


3.2. A visão dos querubins. 
Os querubins são seres angelicais associados à manifestação da santidade e da glória de Deus [Ez 1.4-13; 10.1-4]. Os seres angelicais têm acesso à presença de Deus e são mencionados na Palavra como anjos guardadores. Eles guardavam o Jardim do Éden depois da queda do homem [Gn 3.22-24]. Sobre a arca da aliança estavam os querubins de ouro [Êx 25.18-22]. Nessa visão de Ezequiel, os querubins que apareciam como brasas de fogo ardente anunciavam aos exilados a glória e a santidade de Deus.
👉  De acordo com John B. Taylor: “No Antigo Testamento, os querubins desempenhavam uma variedade de papéis. (…) Sua primeira responsabilidade era agir como acompanhante e protetores de um santuário sagrado, como no caso do Templo de Salomão e conforme a continuação do seu papel no templo ideal do futuro, visualizado por Ezequiel [Ez 41.18-20]. A proteção também era seu papel no Jardim do Éden, onde brandiam a espada flamejante para impedir o caminho para a árvore da vida [Gn 3.24]. Sua função, assim como as duas figuras na tampa da arca no Santo dos Santos, provavelmente visava incluir adoração e não somente proteção.”


3.3. A visão de juízo e restauração. 
Após a visão dos querubins, segue o registro de Ezequiel tendo a visão do Templo do Senhor e recebe a revelação acerca do juízo divino, cuidado de Deus com os cativos e uma mensagem de restauração [Ez 11.1, 8-9, 16, 17-25]. Esta mensagem também está presente no ministério profético de Jeremias, contemporâneo de Ezequiel: a manifestação do juízo divino não significa que Deus deixou de amar o Seu povo [Jr 23-24].
👉  
Antônio Neves de Mesquita comenta sobre Ezequiel 11.17-20: “A promessa de dar-lhes um coração novo. E, com este novo coração, está nova mente, jogarão todos os seus ídolos no mato. É a mesma promessa feita por Jeremias e Isaías, a promessa de uma renovação mental e espiritual, que só se torna efetiva depois da morte de Cristo (…) Já se vê, pois, que uma regeneração pura e simples é o que Deus exige aqui, como tem todas as Escrituras. Sem isso, tudo seria religião vã e inútil”.
👉  A experiência visionária era uma marca natural e reconhecida do profeta Ezequiel. A Palavra de Deus vinha e se impregnava dentro do seu ser por meio de visões, como a visão do rolo de um livro, a visão dos querubins e a visão de juízo e restauração, entre outras.


CONCLUSÃO
Os exilados na Babilônia ouviram e tomaram conhecimento da verdade através do profeta Ezequiel. Ele não deixou o povo sem explicações, nem sem a direção divina. A fidelidade de Deus não deixa o juízo acontecer sem dar primeiro uma oportunidade de arrependimento ao Seu povo.
Betel | 1° Trimestre De 2022 | Tema: EZEQUIEL – O Profeta com a Mensagem de Juízo, Arrependimento, Restauração e Manifestação da Gloria de Deus


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Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...
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