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Quem foi o Rei Ezequias
Ezequias tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e governou vinte e nove anos em Jerusalém (2º Crônicas 29.1). Ezequias agiu de modo aprovado diante do Eterno, tal como havia procedido Davi, seu predecessor (2º Reis 18.1-3). Ezequias foi o 13º rei de Judá e reinou a partir de, acredita-se, 715 antes de Cristo.Judá teve apenas seis reis cujos nomes passaram para história como “bons reis”, entre os 19 que ocuparam o trono, Ezequias estava nessa escassa lista que contava ainda com Asa, Josafá, Joás, Jotão e Josias.
As Escrituras Sagradas declaram que Ezequias depositou toda a sua confiança em Deus, o Amado Eterno, de modo que não houve ninguém semelhante ele, entre todos os reis de Jerusalém, nem antes nem depois.
Ezequias conservou-se fiel ao Eterno sem jamais se afastar Dele, bem como observou os mandamentos do Senhor conforme escreveu Moisés, por isso o Eterno esteve com ele e lhe concedeu prosperidade em tudo o que fazia (2º Reis 18.5-7).
O reinado de Ezequias
No primeiro ano do seu reinado, Ezequias mandou abrir a porta da Casa do Senhor e a reformou (2º Crônicas 29.3), reconhecendo o valor da Casa de Deus. Ezequias teve como iniciativa também restabelecer o culto a Deus em seu reinado (2º Crônicas 29-27-31), culto este que foi interrompido pelo seu próprio pai anteriormente (2º Crônicas 28.4).Foi ele quem retirou os altares idolatras das colinas, pôs abaixo as colunas sagradas e destruiu os postes de adoração pagã. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés havia construído, pois até aquele tempo os israelitas lhe prestavam veneração queimando incenso.
Era conhecida como Neustã (2º Reis 18.4). Objetivou como prioridade pessoal servir a Deus. Restaurou a celebração da Páscoa (2º Crônicas 30.1-5). Derrotou os filisteus até as terras de Gaza, devastando seu território, desde as torres de vigia até as cidades fortificadas (2º Reis 18.8).
A Profunda Tristeza de Ezequias
Quando Senaqueribe, rei da Assíria, pelos mensageiros, afrontou Ezequias e seu povo colocando à prova sua confiança no Eterno e o próprio Deus (Eis que declara o rei: Não deixe que Ezequias vos engane, porque ele não será capaz de vos livrar da minha mão, tampouco vos convença Ezequias a depositar toda a vossa confiança em Deus, argumentando: ‘O Senhor, com toda a certeza, nos salvara e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria’ – 2º Reis 29-30).Ezequias rasgou as suas vestes e cobriu-se de pano de saco em sinal de profunda tristeza e entrando na Casa do Senhor clamou: “Mas agora Eterno, nosso Deus, livra-nos de sua mão, te suplico, e que todos os reinos da terra saibam que só tu Senhor é Deus” (2º Reis 19.19) e a resposta do Eterno chegou:
“A virgem, a filha de Sião, te despreza e zomba de ti, a filha de Jerusalém meneia a cabeça atrás de ti. A quem insultante, blasfemaste? Contra quem elevaste arrogantemente a voz e olhaste com desdém? Contra o Santo de Israel. Por meio dos teus mensageiros ofendestes o Senhor…” (2º Reis 19.21-23)
Deus os feriu enviando um anjo e matou seu exercito (cento e oitenta e cinco mil guerreiros), livrando Judá (2º Reis 19-35-37). Ezequias teve muitas riquezas (2º Crônicas 32.27-29). Foi em seu reinado também que se bloqueou o manancial superior da fonte de Giom e mandou canalizar água para parte oeste da cidade de Davi.
A doença de Ezequias
Depois de tudo isso, Ezequias ficou muito enfermo, ele estava com úlcera, estando prestes a morrer. Isaías foi visita-lo e orientou que ele deixasse tudo em ordem, pois realmente não tinha muito tempo de vida. Contudo, Ezequias orou a Deus dizendo: “Lembra-te, ó Eterno, de quem eu sou e do que realizei. Tenho vivido honestamente diante de ti, o meu coração tem sido íntegro e constante, vivi para te agradar e fazer o que desejavas”.Tendo dito essas palavras Ezequias chorou amargamente. Então, Isaías retornou a presença de Ezequias com uma resposta da parte de Deus e disse que ele seria curado, pois naquele momento o Senhor havia dito que ouvindo a oração de Ezequias concederia a ele esse milagre.
O Eterno acrescentou para Ezequias mais quinze anos de vida. Como sinal que Deus cumpriria o que havia prometido, Ezequias pediu que a sombra do sol recuasse dez graus, então Isaías orou e o sinal milagroso foi realizado (2º Reis 20.1-11).
Ezequias versus Babilônia
Logo depois o rei da Babilônia mandou uma carta e um presente para Ezequias por ter ouvido sobre a sua enfermidade, Ezequias ficou contente e apresentou aos mensageiros do rei o palácio e lhes mostrou todas as riquezas do seu reino.Mais tarde o profeta Isaías perguntou quem eram aqueles homens e quando ouviu que haviam vindo da Babilônia, ele perguntou o que Ezequias havia mostrado e ele respondeu dizendo que não havia ocultado nada. Sendo assim, Isaías disse: “Ouça o que o Eterno tem a dizer: ‘Virá o dia em que tudo quanto pertence a você e tudo que seus antepassados deixaram como herança será levada para a Babilônia, não restará nada’. É o Eterno quem está dizendo. Ele não deveria ter aquela atitude. Pior ainda, alguns dos seus descendentes serão levados para servir de eunucos no palácio do rei da Babilônia”.
Ezequias afirmou a Isaías que se a palavra vinha do Eterno, então era boa, mas ele pensava “isso não vai acontecer enquanto eu estiver vivo. Terei paz e segurança enquanto viver” (2º Reis 2.12-19).
O livro de Crônicas relata também que Ezequias por um momento deixou-se dominar pelo orgulho e não correspondeu à misericórdia com que foi agraciado, por esse motivo o Senhor irou-se e a ira se pôs sobre ele e toda Judá, mas como Ezequias se humilhou reconhecendo a sua atitude arrogante, assim como o povo, a ira do Senhor não veio sobre o reinado de Ezequias, portanto de fato ele teve paz e segurança enquanto viveu.
A morte de Ezequias
Ezequias repousou com seus antepassados e foi sepultado na colina onde estão os túmulos dos grandes reis, descendentes de Davi. Todo Judá e o povo de Jerusalém prestaram-lhe as mais expressivas homenagens fúnebres. (2º Crônicas 32.33).
Conclusão
Primeiro, sabemos que o Manasses, sucessor de seu pai, Ezequias, não foi um bom rei, isso nos mostra mais uma vez que o nosso coração e caráter diante de Deus “são individuais”, pois mesmo com os exemplos reais em sua frente, o filho optou por outro caminho. Cada deverá prestar contas de si mesmo num dia a Deus.As bênçãos de Deus estavam sob Ezequias porque o seu coração estava no Senhor, mas da mesma forma a Palavra diz que ele foi provado em determinado momento: “Contudo, quando os embaixadores dos príncipes da Babilônia lhe foram enviados para se informarem do prodígio que se dera naquela nação, Deus o desamparou, a fim de prova-lo e deixar transparecer tudo o
que havia no mais profundo do seu coração” (2º Crônicas 32.31), e assim é com a gente também.
A benção não vem por mérito, mas por graça. Quem somos nós para sermos dignos de ser abençoado? Contudo, nada nos isenta de sermos provados e não há nada de ruim nisso, pois é uma oportunidade para forjar nosso caráter e nos aperfeiçoar.
A benção de Deus na prova também. Deus abençoe você e que assim como Ezequias, tudo quanto estiver em suas mãos para ser feito, seja abençoado pelo Senhor, o seu Deus e Pai, esteja com o coração sempre rendido a Ele.
EZEQUIAS – O HOMEM QUE CONFIAVA EM DEUS
Wolfgang Bühne
“No terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá. 2Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; sua mãe se chamava Abi e era filha de Zacarias. 3Fez ele o que era reto perante o Senhor, segundo tudo o que fizera Davi, seu pai”. 2Reis 18.1-3
O Rei Ezequias é um dos reis de Judá, ao lado de Josias, em cujo reinado Deus concedeu um reavivamento impressionante. Isso aconteceu numa época em que o juízo de Deus já havia sido comunicado ao povo através dos profetas Oséias e Isaías e que se cumpriu através dos babilônios poucas décadas depois da morte de Ezequias.
No entanto, pouco antes do ocaso, Judá teve esse reavivamento espiritual, uma reforma radical e abrangente. É isso que nos relatam os livros de Reis (2Rs 18-20) e de Crônicas (2Cr 29-32), além do profeta Isaías (Is 36-39).
Estima-se que Ezequias reinou nos anos 715-686 a.C. (alguns consideram o período de 726697 a.C.), em todo o caso, foi a época em que grande parte do Reino do Norte – Israel – devido à sua idolatria, havia sido levado cativo pelos assírios. Assim, era um período de opressão espiritual e de insegurança, com perspectivas de um futuro deprimente.
É interessante observar que, nos livros de Reis e de Crônicas, a vida de Ezequias é relatada sob perspectivas diferentes:
O livro de 2Reis ressalta as reformas políticas e morais implementadas por Ezequias, enquanto 2Crônicas relata detalhadamente sobre a purificação do Templo e o restabelecimento dos cultos, incluindo a festa da Páscoa, aspectos estes que são totalmente omitidos em 2Reis.
Despertamento no fim dos tempos do povo de Deus
A história de Ezequias é especialmente atual e desafiadora porque nós – Igreja do Novo Testamento – nos encontramos igualmente no fim dos tempos. Esta começou notadamente por ocasião do Pentecoste, porém– se observarmos corretamente os sinais dos tempos – atualmente se encontra no último estágio.
Já no Século XVI, Martinho Lutero escreveu um ensaio alertando sobre a apostasia no Cristianismo da sua época.
Já no Século XVI, Martinho Lutero escreveu um ensaio (“Von der babylonischen Gefangenschaft der Kirche” - “Sobre o Cativeiro Babilônico da Igreja”), alertando sobre a apostasia no Cristianismo da sua época. Quanto mais temos motivos hoje para alertar contra as influências liberais, esotéricas e de fanatismo que ocorrem em igrejas que se denominam “evangélicas”!
Mesmo assim, são poucas as personalidades conhecidas que falam em um reavivamento mundial, de uma futura “segunda reforma”, da “transformação” de povos e nações inteiras ao Cristianismo, etc.
Já há vinte anos, o missiólogo C. P. Wagner, que se auto-denomina “apóstolo” do Cristianismo atual – profetizava que, até que ele morresse, haveria “18 milhões de cristãos na Turquia!”[1]
Além disso, não faz tanto tempo que a organização evangélica mundial “AD 2000”, juntamente com a organização católica “Evangelização 2000”, pretendiam oferecer “um mundo majoritariamente evangelizado” como presente a Jesus no Seu 2.000º aniversário.
Naquela época havia vários “profetas” dizendo que “Deus quer que nos preparemos para o maior avivamento de todos os tempos” e , na opinião deles, “esta é a melhor época, de todos os tempos, para viver com Deus”.
Se, porém, analisarmos com seriedade a situação das igrejas que se consideram evangélicas, pelo menos no mundo ocidental, precisamos concluir que, na maioria dos países, o testemunho cristão está extinto ou sob ameaça de extinção.
No entanto, isso não deve ser motivo de resignação. Apesar de que, nas cartas do Novo Testamento, não haja promessas de um avivamento global para os tempos finais, mas uma tendência para a apostasia, mesmo assim Deus pode, a qualquer tempo e em qualquer lugar, promover avivamentos locais e que podem se expandir. É exatamente isso que podemos aprender da história de Ezequias e também de Josias, em cujas épocas – no fim dos tempos de Israel – Deus concedeu esses avivamentos impressionantes e imprevisíveis.
Um exemplo atual da ação de Deus é a China onde, na nossa opinião, estamos observando o maior avivamento de todo o mundo.
Um exemplo atual para isso é a China onde, na nossa opinião, estamos observando o maior avivamento de todo o mundo e que, no entanto, ocorre sem grandes alardes e que talvez nem seja observado pelos próprios cristãos na China, porque eles somente conseguem acompanhar o desenvolvimento espiritual de seu imenso país em âmbito apenas regional. Lá
não existem – pelo menos oficialmente – publicações ou informativos cristãos que relatem sobre o avivamento nas diversas províncias e que, por exemplo, apresentem estatísticas sobre o enorme crescimento da chamada “Igreja Subterrânea”.
“Tempestade tropical” inesperada e repentina
É significativo que o avivamento à época de Ezequias, aparentemente, ocorreu sem que tivesse havido um histórico anterior de vida espiritual do povo de Deus. Ao menos não lemos nada sobre reuniões de oração públicas ou secretas que muitas vezes acontecem durante anos antes de um avivamento. Podemos observar isso diversas vezes na história posterior da Igreja, porém, não parece ter sido o caso no fim dos tempos de Israel. Fica a impressão que não havia nenhuma condição de prognosticar esse avivamento, mas que ele lembra uma repentina “tempestade tropical”, como Martinho Lutero, em 1524, a retratou acertadamente e de modo impressionante:
Queridos alemães, comprem enquanto o mercado está com portas abertas; recolham enquanto houver o brilho do sol e tempo bom; aproveitem a graça e a Palavra de Deus enquanto estiver disponível! Saibam isto: A graça e a Palavra de Deus são como uma tempestade tropical e que não volta mais para o lugar onde ela já passou. Ela esteve com os judeus; no entanto, o que passou, passou, agora eles não tem mais nada. Paulo a levou para a Grécia. O que passou, passou; agora eles têm o turco. Roma e a terra latina também a tiveram; o que passou, passou, agora eles têm o Papa. E vocês, alemães, não pensem que a terão para sempre, pois, a ingratidão e o desprezo não permitirão que ela fique. Por isso, apanhem e segurem aqueles que conseguem apanhar e segurar! Mãos preguiçosas devem ter um ano difícil.[4]
Condições desfavoráveis
Ezequias cresceu em um ambiente ímpio. Seu pai Acaz foi um rei extremamente cruel e ímpio. É inimaginável que o seu filho tenha sido preparado com uma formação especial “bíblica” para suas futuras atribuições. Somente a menção expressa do nome da mãe Abi (abreviatura do nome Abijah [“Deus é meu pai]) e do pai desta, Zacarias (“o Senhor lembra”) parecem indicar que, por parte da mãe, pode ter havido uma influência positiva.Isso seria um grande consolo e um incentivo para as mães que, ao lado de pais não crentes ou não espirituais, educam os filhos para o Senhor e os preparam para que se tornem discípulos de Jesus.
Ainda assim, por razões que nós desconhecemos, o filho do ateu Acaz recebeu o nome “Ezequias” (“Deus é minha força”) quando nasceu e, de fato, Ezequias posteriormente viveu de modo que honrou o nome de Deus – ele confiava em Deus!
“Confiou no Senhor, Deus de Israel, de maneira que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele” (2Rs 18.5).
Esse rei, cuja confiança em Deus não foi superada por nenhum outro rei entre o povo de Deus, de fato, deveria incentivar-nos ao estudo e à imitação!
Outra peculiaridade na vida de Ezequias é que, quando clamou ao Senhor, sua vida foi acrescida de exatos 15 anos. Como confirmação para isso, Deus fez a sombra do relógio solar retroceder 10 graus.
Finalmente Ezequias é um dos poucos reis que, ao término de sua vida, não estava marcado por pecados ou idolatria, mas pelas “boas obras”. Ele não morreu “sem ser encontrado” (como aconteceu com Jorão, um de seus antecessores), pelo contrário, ele foi sepultado com honrarias e na presença de todo o povo (2Cr 32.32-33).
Avivamento sempre ocorre por graça
Destas poucas observações, vistas até agora, podemos aprender que o avivamento sempre é uma manifestação da graça de Deus. Não é possível organizar um avivamento. Não há uma fórmula confiável para tanto, ao contrário do que algumas personalidades, tanto da história recente como da história antiga da Igreja, tentaram comprovar inutilmente.O avivamento sempre é uma manifestação da graça de Deus. Não é possível organizar um avivamento. Não há uma fórmula.
O avivamento sempre é uma dádiva de Deus. Às vezes é uma resposta de Deus às orações insistentes e intensivas, porém, outras vezes é uma “chuva passageira” não programável. Isso pode nos trazer esperança e nos encorajar, também em nossa época em que as circunstâncias externas e a situação do povo de Deus apontam para qualquer outra coisa, menos para um avivamento.
Preguiça, mornidão, indiferença e conformação ao mundo são características marcantes entre os cristãos na Europa. Livros do mercado evangélico como “Gottesdienst ohne Mauern” (Cultos sem muros”) ou “Die Welt umarmen” (“Abraçar o Mundo”, ambos os títulos em tradução livre) sem querer descrevem a situação atual das igrejas também em nosso país e que foi descrito acertadamente por A.W.Tozer, há mais de 50 anos:
Fomos criados para nos relacionarmos com anjos, arcanjos e serafins, sim, com o próprio Deus que criou a todos – fomos chamados para sermos como águias voando livremente pelos ares, mas que, agora, afundamos a ponto de estarmos ciscando ao lado de galinhas comuns nos quintais das fazendas – isto, assim eu penso, é o pior que poderia ter acontecido a este mundo”.[5]
Ou, ainda, não menos drasticamente:
Uma igreja debilitada arremeda um mundo forte a se divertir com pecados astuciosos – para a sua própria vergonha eterna.[6]
Atualmente, como cristãos, em nossa latitude é mais comum presenciarmos “momentos sublimes de inutilidade” do que algum sinal de avivamento. No entanto, um monte de esterco pode se tornar em adubo para uma grande área de lavoura. Por isso, a história de Ezequias deveria nos encorajar para “esperar grandes coisas de Deus e fazer grandes coisas para Deus”, como disse, fez e vivenciou William Carey, o missionário pioneiro na Índia.
O fim dos tempos nunca deve ser motivo de resignação ou servir de álibi para a indolência. Muito menos serve de calmante para a desobediência!
“Em cada crise há uma oportunidade”. Nos últimos anos ouve-se constantemente essa afirmação, vinda de todas as direções – tanto de políticos como também de executivos economistas. Por isso, o baixo nível espiritual ou as atuais crises nas igrejas deveriam ser um incentivo, não para investir em “piedosas bolhas de ar”, mas para voltar às raízes e aos sólidos fundamentos da nossa fé.
A importância de modelos espirituais
A sabedoria popular diz que “figuras moldam”. Da mesma forma, um modelo pode marcar e influenciar o curso de uma vida. Ezequias tinha um modelo, um parâmetro para sua vida, no qual ele podia e queria se orientar e comparar. Era um modelo que o ajudou a fazer aquilo que era certo aos olhos de Deus:“Fez ele o que era reto perante o Senhor, segundo tudo o que fizera Davi, seu pai” (2Rs 18.3)
Como o seu pai físico, o rei Acaz, era um homem ímpio e, assim, inadequado para marcar positivamente a vida espiritual de seu filho, Ezequias procurou por orientação entre seus antepassados e encontrou Davi, o rei de Israel, o “homem segundo o coração de Deus”.
É uma bênção quando se encontra, no pai físico, um modelo e alguém que orienta nos caminhos de Deus. É o que lemos, por exemplo, no caso do rei Azarias que foi marcado positivamente pelo seu pai Amazias (2Rs 15.3). Sobre Amazias, a Bíblia relata:
“Fez ele o que era reto perante o Senhor, ainda que não como Davi, seu pai; fez, porém, segundo tudo o que fizera Joás, seu pai” (2Rs 14.3).
Quando eu era um cristão jovem, fiquei muito impressionado com uma cena que Wilhelm Busch descreveu na biografia de seu irmão: “Johannes Busch – ein Botschafter Jesu Christi” (“Johannes Busch – um Mensageiro de Jesus Cristo”, em tradução livre).
Os dois filhos estavam, em pé, junto ao esquife de seu pai – Wilhelm com 24 anos de idade e Johannes com 16 anos. Eles estavam se despedindo de um homem, o seu amado pai, pastor e famoso evangelista e que foi um brilhante modelo para eles:
Nós dois ficamos por muito tempo, quietos, junto ao esquife. Então nos damos as mãos, ao lado do esquife, numa aliança silenciosa: Queríamos absorver a herança do pai, queríamos amar ao Salvador.[7]
Essa cena é uma ilustração comovedora para as palavras de Provérbios 17.6: “...a glória dos filhos são os pais”.
Que grande bênção é para nossos filhos quando, como pais e mães, podemos lhes deixar tal herança! Provavelmente a maioria dos pais não imagina quão precioso é esse presente que eles proporcionam para toda a vida a seus filhos e filhas, quando estes, já em tenra idade, podem amar e viver com o seu “pai herói”.
Entrementes, minha esposa Ulla e eu nos tornamos avós de um número crescente de netos. Para nós sempre é uma experiência especial quando observamos como os pequenos olham admirados para o seu pai quando ele se destaca em alguma atividade esportiva ou em brincadeiras ou também em suas atitudes durante o dia-a-dia. (Naturalmente, o mesmo é verdade para as mães!).
Temos a convicção que tais experiências são uma influência muito positiva para a saúde espiritual e psicológica dos filhos e, de fato, representam um “adorno” ou “tesouro” de valor inestimável para toda a vida deles.
Hoje há muitos jovens cristãos à procura de modelos na família ou na Igreja e se decepcionam quando não os encontram.
Hoje há muitos jovens cristãos à procura de modelos na família ou na Igreja e se decepcionam quando não os encontram ou não correspondem às suas elevadas expectativas. No entanto, podemos consultar nossa lista de “antepassados espirituais” e estudar as biografias de homens e mulheres cuja vida foi exemplar, desafiadora e orientadora.
Oswald Sanders expressou isso muito bem:
Se estiver certo que podemos conhecer uma pessoa pelos amigos que ela tem, então também é possível reconhecê-la através da leitura de sua biografia, pois ela reflete a sua fome interior e o seu desejo. (...) Para um líder, as biografias sempre são emocionantes porque elas transmitem personalidades. Nenhum outro gênero literário é capaz de transmitir melhores ensinamentos sobre os caminhos de Deus para a sua gente, além da Bíblia. Não é possível ler sobre a vida de grandes homens e mulheres sem que isso provoque entusiasmo e surja o desejo de uma realidade semelhante.[8]
Cito apenas alguns exemplos de como a leitura de diários e biografias influenciou decisivamente a vida de muitos cristãos:
- Os diários de David Brainerd inspiraram e incentivaram, entre outros, a Jonathan Edwards, John Wesley, William Carey, Henry Martyn, David Livingstone e Jim Elliot;
- A biografia de George Whitefield deixou marcas inextinguíveis em C.H. Spurgeon e em Georg Müller;
- Através dos diários de Georg Müller, por sua vez, Hudson Taylor e muitos outros adquiriram ânimo para se dedicar às Missões, unicamente na confiança em Deus;
- E quem consegue contar quantos homens e mulheres, da nossa geração, que foram desafiados a ter uma vida dedicada a Jesus, baseados no diário de Jim Elliot: “À Sombra do Altíssimo”?
O modelo de vida decisivo
Contudo, na avaliação de boas biografias, não devemos e não queremos nos tornar “luteranos”, “calvinistas”, “menonitas”, “wesleyanos”, “metodistas” ou outros “...istas”. Também a vida e a obra desses homens devem apontar para o nosso Senhor Jesus – cuja vida e exemplo deve ser e permanecer como o único “modelo original” perfeito para nossas vidas. Assim como Ezequias não se contentou apenas com os antepassados tementes a Deus, como Asa, Josafá, etc, mas tomou a Davi como modelo, assim também nós – na apreciação de nossos pais e mães espirituais – devemos permanecer “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.2).
Fontes: crescendoparaedificar.blogspot.com
(Wolfgang Bühne - chamada.com.br)
https://projetogospel.com/historia-de-ezequias-estudo-sobre-o-rei-ezequias/
https://www.chamada.com.br/mensagens/ezequias.html
Lição 11: Ezequias, modelo de firmeza e fé
Pré - aula: Lição 11: Ezequias, modelo de firmeza e fé - Central gospel
Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - 3º Trimestre de 2018 - Tema: Os grandes Reis de Israel - Historias de guerras, fracassos e conquistas - Editora: Central Gospel
através deste site.Almeida Revista eAtualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
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Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - 3º Trimestre de 2018 - Tema: Os grandes Reis de Israel - Historias de guerras, fracassos e conquistas - Editora: Central Gospel
Comentarista: Pr. Gesiel Gomes
JESUS VIRA!
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Comentarista: Pr. Gesiel Gomes
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