14 de setembro de 2018

Lição 12 - A volta do Exílio e a Preservação do Povo de Israel: Adultos - Betel



Objetivos da lição
► Explicar que Deus permitiu o cativeiro, mas restaurou o Seu povo;
► Mostrar que o ressurgimento de Israel foi uma intervenção divina na história dos judeus;
► Ensinar que Deus é fiel para cumprir as Suas promessas na vida do Seu povo.



Texto Áureo
  Isaías 54.7
Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei.




Verdade Aplicada
O retorno do cativeiro e a preservação de Israel são provas da sabedoria de Deus sobre a vida do Seu povo.



Glossário
► Ardor: Energia ou entusiasmo irrefreável; fervor, veemência, vivacidade;
► Edito: Ordem; decreto;
► Intempérie: Mau tempo; acontecimento infeliz.

Textos de Referência.

  2 Crônicas 36.22-23; Isaías 54.4
Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor pela boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor seu Deus seja com ele, e suba.
Não temas, porque não serás envergonhada; e não te envergonhes, porque não serás humilhada; antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade, e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez.


Introdução
Após setenta anos de cativeiro, Deus usou de misericórdia para com Seu povo e restaurou a sorte da nação. Com uma liderança forte e o auxílio dos profetas, os judeus que retornaram deram início à reconstrução do Templo e da cidade de Jerusalém.


Hinos sugeridos
Harpa cristã: 202 - Lugar de Delícias



Harpa cristã: 340 - Um Povo Forte



Harpa cristã: 422 - No Céu não Entra Pecado

Motivo de Oração
Ore para que Deus intervenha na história da nossa nação.

ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1. A reconstrução do templo
2. A reconstrução dos muros
3. A sobrevivência dos judeus
Conclusão




1. A reconstrução do templo
Cento e cinquenta anos antes da restauração, Isaías profetizou que o Senhor faria com que Ciro castigasse as nações e libertasse o Seu povo (Is 44.24; 45.4). O fundador do império persa é chamado por Deus de pastor e ungido de Jeová. Mais à frente, Ciro emite um decreto permitindo o regresso dos judeus para a sua pátria.




1.1. Quem era Esdras?
Esdras era filho de Seraías (Ed 7.1), o sumo sacerdote assassinado por Nabucodonosor em 586 a. C.,durante a terceira leva de pessoas para Babilônia e a destruição de Jerusalém (2Rs 25.18,21). Portanto, era descendente da nobre família de Arão, o primeiro sumo sacerdote de Israel. Esdras era um escriba muito bem instruído e competente. Ele foi encarregado pelo rei Artaxerxes de ensinar os estatutos da lie mosaica ao povo de Israel (Ed 7.12-28). Esdras atuou em Judá de forma decidida contra o pecado dos casamentos mistos que estavam sendo praticados pelo povo, até mesmo pela liderança.




1.2. O retorno para reconstruir o templo
Beneficiado pelo edito de Ciro, alguns judeus voltaram para Judá, com o intuito de reconstruir o Templo e, consequentemente, adorar a Deus. As Escrituras nos mostram três grupos de exilados que retornaram do cativeiro para Judá. O primeiro grupo, composto por aproximadamente por cinquenta mil pessoas, retornou par Judá em 536 a.C., sob a liderança de Zorobabel (Ed 2.2). O segundo grupo, com aproximadamente mil e oitocentos homens, além das mulheres, filhas e servos, retornou em 457 a.C., liderado por Esdras; e o terceiro em 444 a. C. liderado por Neemias para a reconstrução dos muros (Ed 7.1,6; Ne 2.5-8).




1.3. A obra de reconstrução é iniciada
Os judeus lançaram os alicerces do Templo e trabalharam com ardor para reconstruí-lo (Ed 3.8). A alegria era tanta que tudo isto foi feito com som de trombetas e o povo louvando, adorando e rendendo graças ao Senhor (Ed 3.10-11). Os povos vizinhos começaram a desencorajar os judeus e a intimida-los, objetivando parar a construção (Ed 4.5). Sem êxito, pediram aos governadores e aos que tinham o encargo da direção dessa obra que ordenassem aos israelitas cessar os trabalhos e a suspender a reconstrução da cidade. Esta proibição da reconstrução durou nove anos e só reiniciou no segundo ano do reinado de Dario (Ed 4.21-24).




2. A reconstrução dos muros
A reconstrução dos muros começou com a chegada de Neemias em Jerusalém, por volta de 444 a.C., que durou apenas cinquenta e dois dias (Ne 6.15), depois de estarem em ruínas desde a destruição da cidade, cerca de 587 s.C.



2.1. Aprendendo com Neemias
Indubitavelmente, Neemias é um grande exemplo de liderança. Fazer uma reconstrução em tão pouco tempo exige coragem e determinação. Um grande líder precisa estar atento à história de seu povo. Quando Neemias ficou sabendo do estado caótico em que seus irmãos se encontravam, ele chorou, jejuou e orou. Durante a obra, Neemias distribuiu o trabalho e delegou funções ao povo (Ne 2.17-18). Primeiro ele convocou um assembleia, explicou o propósito e animou o povo a colaborar com ele na construção dos muros. Destaca-se ainda na vida de Neemias a sua perseverança, pois, diante da perseguição e calúnia, ele não desanimou, mas continuou firme em sua missão (Ne 2.19-20).




2.2. Vencendo os opositores da obra
Assim como na reconstrução do templo, na qual Zorobabel enfrentou um oposição, a ponto de a obra ficar embargada por nove anos, Neemias enfrentou oposição externa e interna. Externamente, ele enfrentou Sambalate e seus amigos, que ao verem que os judeus estavam determinados a reedificar os muros,fizeram de tudo para detê-los. Sambalate iniciou uma guerra psicológica contra Neemias e os construtores do muro, mas ele não cedeu e nem protestou; apenas permaneceu firme (Ne 6.3). Havia também um perigo interno, pois o povo, reagindo à ameaça de guerra e à fadiga natural que os trabalhos produziam, começou a desanimar. No entanto, a fé e a coragem de Neemias inspiraram todo o povo (Ne 4.14, 19-23).

2.3. A restauração do muro é concluída
Diante de tantas intempéries o muro foi concluído em cinquenta dois dias (Ne 6.15-19), deixando os adversários envergonhados. Eles reconheceram que Deus havia operado em favor dos judeus. Neemias 12.27-42 descreve a dedicação dos muros, onde os levitas estavam presentes, com dois grandes coros e instrumentos musicais. Eles saíram em dois cortejos; Um liderado por Esdras e outro por Neemias. Depois de muitos anos mergulhado em opressão, Israel estava renascendo jubilando de alegria na presença do Eterno.


3. A sobrevivência dos judeus
A profecia de Ezequiel 37, quando o povo ainda estava no cativeiro, mostra que a restauração de Israel seria uma realidade. O Senhor Deus desejava restaurar a nação a partir de um mover sobrenatural.


3.1. O período dos macabeus
No período interbíblico, de aproximadamente 400 anos, num dado momento emergiu-se a Revolta Macabéia, deflagrada em 167 a.C., resultando em um período de independência que durou até 63 a.C. A vitória dos macabeus acabou com a influência dos selêucidas na Palestina e deu ao estado judaico virtual autonomia até o advento dos romanos. Com a obtenção da independência do estado judaico, as condições econômicas melhoraram; a justiça era devidamente administrada por tribunais e a vida religiosa experimentou um importante despertamento. Neste curto espaço de independência, Deus usou um meio de garantir a sobrevivência da fé judaica e a não aceitação da religião pagã dos gregos. Durante este tempo, os judeus criaram um consciência de orgulho nacional e uma forte perspectiva de um Messias que lhes trouxessem para sempre a libertação de seus inimigos.


3.2. O Holocausto
Um dos piores momentos da história de Israel foi quando Adolf Hitler empreendeu um perseguição em massa ao povo judeu. Através de um perseguição antissemita, difundida e levada a cabo pelos alemães, milhões de judeus viveram e morreram de maneira desumana. Este trágico acontecimento ficou conhecido como Holocausto, no qual seis milhões de judeus, por determinação de Adolf Hitler, foram brutalmente assassinados durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos centros de concentração eram mantidos pelos nazistas para manter, explorar e matar judeus.


3.3. A independência nacional e reconhecimento mundial
Podemos perceber na história da nação de Israel, em diversas ocasiões, a proteção, o cuidado e os propósitos de Deus para com o Seu povo. Em vários momentos cruéis, a nação quase foi exterminada, mas a mão do Eterno Deus sempre esteve amparando o Seu povo. Depois de tanta perseguição, opressão e cativeiro, a nação de Israel agora vive um dos seus momentos de glória, que é a sua independência reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 14 de maio de 1948.

Conclusão
Deus sempre tratou com zelo o Seu povo. Apesar de quase ter sido exterminado da face da terra, o que vemos é um povo forte se consolidando cada vez mais como nação. A história dos judeus mostra um Deus soberano, que cuidou de cada detalhe na preservação do Seu povo.


Questionário.
1. O que o decreto de Ciro permitiu ?
R: O regresso dos judeus para sua pátria (Ed 1)



2. Quanto tempo durou a reconstrução dos muros ?
R: Cinquenta e dois dias (Ne 6.15)



3. Durante a obra, o que Neemias fez ?
R: Distribuiu o trabalho e delegou funções ao povo (Ne 2.17-18).



4. O que Neemias 12.27-42 descreve ?
R: A dedicação dos muros (Nm 12.27-42).


5. O que mostra a profecia de Ezequiel 37 ?
R: Que a restauração de Israel seria uma realidade (Ez 37).1. O que o decreto de Ciro permitiu?




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Subsidio: 
Sobre a volta do exílio
O cativeiro babilônico foi decisivo na história de Judá. As últimas décadas da existência da nação viram o processo de tendências idólatras, presentes, de forma óbvia, no povo de Deus desde sua entrada na Terra Prometida chegar ao ápice. Gerações uma após outra negaram-se a dar ouvidos às advertências dos profetas e continuaram a rebelar-se contra Deus e contra a Lei. Contudo, a derrota para a Babilônia e o exílio na capital do grande império não foi o fim, e sim um novo começo.
A experiência na Babilônia trouxe a Judá:
1. Nova ênfase nas Escrituras, refletidas na criação da sinagoga e no movimento dos escribas.
2. O final de idolatria. Depois de voltar para sua terra, os judeus nunca mais adoraram falsos deuses.
O cativeiro, portanto, foi decisivo, mas somente em alguns aspectos. Os remanescentes dos que voltaram para a terra sob o governo de Ciro, o persa, logo se afastaram do compromisso total. Não raro, ignoravam os profetas enviados a eles, da mesma forma que seus pais. E, com exceção das palavras contra a idolatria, vemos os mesmos temas de antes do exílio mencionados pelos profetas do pós-exílio. O coração do povo de Deus nunca se voltou completamente para o Senhor. Somente o Messias vindouro poderia resolver os problemas mais profundos de Israel e da humanidade: vencer a batalha invisível entre pecado e compromisso, que existe desde o primeiro passo infeliz de Adão e Eva, para longe da vontade de Deus.
Essa era a causa, portanto, do cativeiro babilônico: Deus era puro demais para continuar contemplando o mal. Deus, que não pode tolerar o erro, finalmente agiu para castigar e julgar o povo pecador.
Quando Esdras chegou a Judá, descobriu que o povo não se mantivera separado dos povos da terra, mas haviam começado a se casar com eles. O casamento misto havia se tornado comum, e os líderes políticos de Judá eram os piores transgressores.
Esdras ficou profundamente chocado. Rasgou suas vestes, arrancou os cabelos da cabeça – sinal de tristeza e/ou raiva profunda – e prostrou-se diante do Templo. À noite, levantou-se, depois colocou-se de joelhos e orou.
A oração de Esdras foi uma confissão. E, por estar chorando em voz alta, uma grande multidão ajuntou-se à volta dele. Todos começaram também a chorar amargamente! O Espírito de Deus estava usando a angústia de Esdras para tocar no coração do povo. O avivamento estava para acontecer.
O povo foi profundamente afetado pela oração apaixonada de Esdras. Voluntariamente, arrependeram-se e se dispuseram a fazer uma aliança solene (contrato ou promessa) para repudiar as mulheres pagãs e seus filhos e assim purificar a nação.
Em uma grande assembleia com todo o povo, Esdras confrontou a nação com a infidelidade, e a assembleia respondeu: “Você está certo!”. Em seguida, organizaram grupos de investigação e todos os homens que se haviam casado com mulheres estrangeiras divorciaram-se delas e as expulsaram.
A nação estava, mais uma vez, comprometida com a Lei. Por um tempo.
Esse episódio do livro de Esdras nos remete para os dias de hoje, principalmente levando-se em consideração que o príncipe deste mundo continua agindo para desestabilizar e derrocar o povo de Deus.
Quantas vezes não assistimos a episódios de indivíduos, ou mesmo denominações cristãs, que com o passar do tempo, vão “amolecendo” na observação da Palavra de Deus, terminando por cair, sem se aperceber do grande desvio de rumo que desemboca no abismo?
Estejamos sempre vigilantes, afinal, esse é um dos princípios de 
vida que o Senhor Jesus nos admoestou a seguir: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito, com certeza, está preparado, mas a carne é fraca.” (Mt 26.41 KJ).
Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2018, ano 28 nº 108 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano divino de redenção – Pastor César Pereira Roza de Melo.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.


Revista Betel Dominical: 3º Trimestre de 2018 - Israel 70 anos - Tema: O chamado de uma nação e o plano divino de redenção: Adultos

através deste site.Almeida Revista eAtualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
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Lições Bíblicas: 1º Trimestre 2018
Lições Bíblicas: 2º Trimestre 2018
Lições Bíblicas: 3º Trimestre 2018

Fonte: www.revistaebd.com
Fonte: Clube da teologia
Fonte: Revista Betel Dominical: 3º Trimestre de 2018 - Israel 70 anos - Tema: O chamado de uma nação e o plano divino de redenção: Adultos

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