Apesar dos esforços globais para prevenir a proliferação da doença, apenas em 2017 10 milhões de pessoas foram infectadas com tuberculose, causando a morte de 1,6 milhão, segundo a organização.
Ao mesmo tempo, a OMS lembrou que, graças às medidas conjuntas da comunidade internacional, desde 2000 foi possível impedir a morte de 54 milhões de pessoas infectadas, enquanto o número de novos casos de contaminação diminui 2% por ano.
Porém, constata, essa doença continua sendo a mais perigosa, superando até a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
De acordo com avaliações da OMS, países com baixa e média renda não contam neste ano com apenas 3,5 bilhões de dólares para prevenção e tratamento da tuberculose, acrescentando que o montante pode dobrar até 2022 caso medidas necessárias não sejam postas em prática.
Outro problema é que mais e mais pessoas estão se mostrando resistentes aos medicamentos utilizados no tratamento, em particular ao antibiótico bactericida rifampicina.
Especialistas da organização também avisaram que um em cada quatro habitantes da Terra é potencial portador da infecção.
Cientista russo e diretor do Instituto Nacional de Pesquisa especializado na saúde e medicina, David Melik-Guseinov, compartilha as preocupações da OMS.
Segundo o pesquisador, a tuberculose é uma doença que frequentemente não pode ser curada com medicamentos, pois as bactérias que a provocam se adaptam aos antibióticos.
"O fato de um em cada quatro habitantes do planeta poder ser infectado com esta doença a torna ainda mais perigosa do que a AIDS e do que o câncer, em se tratando de propagação massiva. É um sério desafio para a humanidade no século XXI", comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por várias microbactérias, podendo atingir quase todos os tecidos do corpo, especialmente os pulmões.
Fonte: Sputniknews.com
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