Divulgada a cada ano pela Portas Abertas, a Lista Mundial da Perseguição classifica os 50 países onde há maior perseguição aos cristãos. Em 2018, os cinco primeiros classificados são Coreia do Norte (que ocupa o primeiro lugar desde 2002), Afeganistão, Somália, Sudão e Paquistão. Nesses países a perseguição é extrema, assim como é extrema a necessidade de oração por eles. Conheça um pouco da realidade de cada um, ore e divulgue a causa da Igreja Perseguida.
A Coreia do Norte tem um governo comunista, que é a principal fonte de perseguição. Aliado a isso está o culto à personalidade. Governada pela mesma família desde 1948, um verdadeiro culto à figura do presidente é imposto à Coreia do Norte. Ninguém pode desafiar ou questionar a autoridade de Kim Jong-un. Dos 300 mil cristãos no país, cerca de 25% estão em campos de trabalhos forçados. Os outros têm que viver a vida cristã secretamente, não compartilhando a fé nem mesmo com os filhos.
Já no segundo colocado, Afeganistão, o que impera é a opressão islâmica. Os cidadãos são proibidos de se converter ao cristianismo, assim a conversão é vista como apostasia, causando vergonha à família e à comunidade. Isso leva os cristãos ex-muçulmanos a manterem a fé em segredo. Cerca de 45% do território é controlado pelo Talibã que, em sua luta pelo poder, já causou muitas mortes, feridos e refugiados. Os afegãos têm uma grande confiança em seus líderes, então os apoiam caso decidam oprimir alguém por se converter ao cristianismo.
CONTEXTOS DIFERENTES, MESMA OPRESSÃO
Uma Somália imersa em guerra civil ocupa a terceira posição. No último ano, o Al-Shabaab realizou muitos ataques na capital, Mogadíscio, fazendo com que a opressão islâmica também seja a principal fonte de perseguição. Altos níveis de crime e corrupção também são fatores que levam os cristãos a serem perseguidos no país. Além disso, eles são proibidos de celebrar o Natal e os líderes religiosos afirmam que não há lugar para o cristianismo no país.
No quarto colocado, Sudão, ao menos três cristãos foram mortos por sua fé no período de apuração da Lista Mundial da Perseguição 2018, que é de outubro de 2016 a novembro de 2017. Além disso, muitas igrejas foram demolidas e cristãos, presos. Tudo isso resultante do fato de o presidente Al-Bashir ter prometido a aplicação plena da sharia (conjunto de leis islâmicas) no país.
No Paquistão, que ocupa o 5º lugar na lista, 15 cristãos foram mortos. O país conta com a presença de vários grupos extremistas, como Talibã e Estado Islâmico. Os considerados “bons” jihadistas têm o apoio do governo. Assim, um dos grandes desafios do país é supervisionar as cerca de 35 mil “madrassas” (escolas corânicas onde crianças, adolescentes e jovens são formados com ensinamentos fundamentalistas). Até mesmo listar e mapear essas escolas seria considerado como agir contra o islã. Nesse contexto em que o extremismo islâmico é incentivado, aqueles que se convertem ao cristianismo enfrentam forte oposição.
Fonte: Portas Abertas
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