30 de julho de 2018

Subsidio: Lição 06: A Igreja na Idade Média: Adolescentes - 13 a 14 anos

   
TEXTO BÍBLICO
  2 Pedro 2.1-3

Destaque
  Gaiatas 1.6
Estou muito admirado com vocês, pois estão abandonado tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo e estão aceitando outro evangelho.

LEITURA DEVOCIONAL
SEG................................................. Cl 2.8
TER.................................................. Mt 23.27,28
QUA.................................................. Gl 4.9,10
QUI.................................................... 1Tm 4.1-3
SEX....................................................Cl 2.18,23
SAB................................................... Jd.4
DOM.................................................. Hb 6.4-6

OBJETIVOS
Ensinar como a Igreja Romana alcançou primazia no Cristianismo;
Relatara comportamento da Igreja Medieval
Comparar a Igreja Medieval com a mensagem da Igreja Primitiva

Material Didático
Quadro branco, caneta pincel e apagador

QUEBRANDO A ROTINA
Reproduzo no quadro a seguinte tabela:

IGREJA PRIMITIVA

IGREJA MEDIEVAL

Perseguida
Perseguidora

Culto Simples

Rituais E ecoados

Líderes Exemplares

Líderes Corruptos

Mensagem de Amor
Mensagem de Ódio

Trazia Liberdade
Trazia Escravidão

Faça a seguinte pergunta aos seus alunos: 
"Como foi passível tantas mudanças?” Aguarde as respostas e enfatize que todo aquele que se afasta da Palavra de Deus está sujeito a semelhante mudança. Mantenha a tabela exposta durante toda a aula para enfatizar as transformações ocorridas na Igreja Medieval.

ESTUDANDO A BÍBLIA
O apóstolo Paulo temia que a mente dos cristãos coríntios fosse corrompida e que eles abandonassem “a devoção sincera e pura a Cristo” (2Co 11.3). Esse temor se concretizou com toda a cristandade na Idade Média.

Não devemos pensar que estamos imunes a semelhante mudança, pois todo aquele que se afasta da pureza da Palavra de Deus está sujeito ao erro e a consequente queda.

Como professores da Escola Dominical, somos formadores de opinião, devemos batalhar para ensinar a doutrina bíblica sem nenhuma contaminação para os nossos alunos. Mas para que isso ocorra temos que buscar a direção de Deus, por intermédio de uma vida de oração e leitura bíblica. Somente assim conseguiremos ter uma vida santa e, por meio dos nossos ensinos, influenciar positivamente nossos alunos.

No ano 313 d.C o Imperador Constantino assinou uma lei que autorizava qualquer pessoa a praticar a religião que quisesse. Terminavam assim quase 300 anos de perseguição ao Cristianismo. O próprio imperador a ajudava financeiramente a igreja mandando construir luxuosos templos para os cristãos se reunirem.

Podemos pensar que foi um período de vitória para a igreja, mas essa ajuda imperial, com o tempo, mostrou-se a pior derrota da igreja, pois muitas pessoas se tornaram cristãs não porque se converteram, mas para receber ajuda do imperador. Eram cristãs apenas no nome, mas continuavam acreditando e fazendo as mesmas coisas que faziam antes de entrar para a igreja.

O próprio imperador mandou que milhares de pessoas fossem batizadas à força, e muitas aceitavam o batismo por medo. A igreja até tentou ensinar a fé para essas pessoas e muitas realmente se converteram. Mas para a grande maioria, fazer parte da igreja não significava nada em suas vidas.

No dia 27 de fevereiro de 380 d.C., o Imperador Teodósio I assinou uma lei que ficaria conhecida como "Edito de Tessalônica”, onde o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, e qualquer cidadão romano passou a ser considerado cristão. Situação parecida com a do Brasil, considerado um país que possui uma das maiores populações cristãs do mundo, mas sabemos que o dia a dia mostra outra realidade.

O fim do Império Romano e o início do papado

Quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, a igreja de Roma, a capital do Império, ganhou destaque. No início os demais líderes de igrejas não reconheciam o pastor romano como autoridade máxima da Igreja. Cada um era responsável em resolver seus próprios assuntos, todos eram Papas. Como assim? Existiam vários Papas? Na época antiga, qualquer líder de igreja era chamado de Papa, uma palavra que significa simplesmente "papai”, ou seja, era uma forma carinhosa e respeitosa de se chamar o pastor da igreja; não era um título exclusivo ao líder romano como depois passou a ser e assim é até os dias de hoje.

O primeiro a conseguir uma autoridade universal foi Leão I, que conseguiu ser famoso por usar suas habilidades e resolver muitas questões de outras igrejas. Também tornou-se famoso por ter convencido, no ano de 452 d.C., Átila, chefe dos exércitos dos hunos, a não invadir e destruir a cidade de Roma. Leão I não conseguiu impedir uma invasão no ano de 455 d.C., mas seus pedidos para que a cidade não fosse incendiada e que não houvessem assassinatos foram atendidos. O Império estava próximo de seu fim, o Imperador não tinha nenhum reconhecimento, e o Papa passou a exercer esta autoridade, dando um pouco de tranquilidade para a situação.

Porém, para Leão I, sua autoridade não  deveria ser reconhecida por seus feitos, mas porque, para ele, o fato do pastor da igreja de Roma ser o líder máximo de toda a Igreja era a vontade de Deus. Ele interpretava de maneira errada as palavras de Jesus (Mt 16.17,18) e afirmava que Pedro recebeu as chaves do Reino do Céu, e era a pedra em que Cristo edificou a sua Igreja, e recebeu por diversas vezes a ordem para tomar conta das ovelhas do Senhor (Jo 21.15-19). Acreditava-se que Pedro havia estado em Roma, e lá juntamente com Paulo, fundado a Igreja, tornando-se o seu primeiro pastor. Leão I acreditava que tudo o que Jesus havia dito para Pedro valia também para os seus sucessores. Esses argumentos são usados até o dia de hoje para defender a autoridade papal.

Com a morte de Leão I seus sucessores tentam firmar sua autoridade, mas têm pouco sucesso. No ano de 476, o Império Romano termina definitivamente, gerando grande confusão na cidade, que estava sem liderança alguma. Os Papas romanos procuraram exercer esta liderança.

No ano 590, Gregório I tornou-se Papa. Nesta época a cidade de Roma estava passando por uma situação muito difícil: constantes inundações, pragas e fome, o número de pobres e sem teto aumentava cada vez mais.

Gregório I administrou a cidade de forma eficiente, ajudou os pobres e ao mesmo tempo acumulou riquezas para a igreja. Durante sua administração a Igreja Romana ficou tão rica e poderosa que conseguiu definitivamente a liderança no Cristianismo. Ainda, o líder católico romano preocupava-se com a vida da igreja. Dava muita importância para a pregação e enviou missionários para as regiões mais distantes, mas cometeu erros que afastaram a igreja dos ensinamentos de Jesus. Ele ensinava a existência do purgatório, um lugar onde a alma de quem supostamente morreu em pecado ficava para se purificar antes de ir para o céu. Os vivos poderiam ajudar os mortos a sair do purgatório oferecendo missas em seu nome. Gregário I afirmava que na missa, Cristo era sacrificado de novo, contrariando assim a Bíblia (Hb 10.12). Encorajava os crentes a colecionar e adorar as relíquias, que eram os objetos e ossos pertencentes aos cristãos antigos.

AUXÍLIO HISTÓRICO
Apesar do zelo dos missionários nessa época [Idade Média], as trevas aumentaram por todos os lados, e o poder corruptor de Roma aumentou de uma maneira assustadora. A simplicidade do culto cristão estava sofrendo contínuas inovações, e várias doutrinas de caráter duvidoso tinham invadido a igreja. Foi no tempo de Gregário que a abominável ideia do Purgatório foi primeiramente discutida. Ele próprio falou de "purificação por meio do fogo, como sendo um fato decidido”, mal pensando que esta ficção pagã havia de ser mais tarde o pretexto da venda de indulgências. [...]

A maior parte da religião apelava mais para os sentidos carnais do que para a compreensão espiritual do homem. Aqueles que quisessem satisfazer o seu amor pelos prazeres mundanos sob a capa da religião, podiam achar muita ocasião nos dias de festas pagãs; enquanto que os espíritos supersticiosos podiam encontrar incitamento para a sua fatal credulidade nos milagres extraordinários, que diziam eles os ossos dos santos podiam fazer, ou nos reluzentes crucifixos e velas consagradas que adornavam os altares. A simplicidade do culto cristão tinha desaparecido debaixo da pompa do ritual [...]” (KNIGHTA.; ANGLIN W. História do Cristianismo: Dos apóstolos do Senhor Jesus ao século XX. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.83).

A igreja afastou-se de Jesus

Com o passar do tempo, a igreja de Roma se afastou dos ensinamentos de Jesus. O Deus amoroso, e misericordioso narrado na Bíblia (1 Jo 4.8) foi transformado em um tirano que a qualquer momento poderia lançar a pessoa no inferno. Para que isso fosse evitado, a igreja deveria ser obedecida sem questionamentos.

A igreja ficava cada vez mais rica e poderosa, os papas eram considerados "senhores do mundo”, temidos por todos, inclusive os reis. Para manter esse poder, perseguiam e matavam quem discordasse de suas ordens, e os judeus foram as principais vítimas. Milhares foram mortos ou obrigados a aceitar o batismo cristão.

No ano 1233 d.C., o papa Gregário IX autoriza o “Tribunal do Santo Ofício”, que passou a ser conhecido como a "Santa Inquisição”, a perseguir, a torturar e a matar quem pensasse de forma diferente da igreja. Os instrumentos de tortura mais cruéis foram usados, milhares foram queimados vivos, principalmente, mulheres que muitas vezes eram acusadas de bruxaria.

0 povo não tinha acesso à Bíblia, pois esta era escrita em latim, uma língua que ninguém mais falava, sendo proibida a sua tradução. As missas também eram feitas em latim, ou seja, o cristão comum não participava da igreja. Muitos papas foram imorais, diversos foram beberrões e mulherengos, se preocupavam somente em enriquecer e manter o seu poder. A Igreja encontrava-se em uma situação lastimável.

Mas nem tudo estava perdido! Durante esse período, que ficou conhecido como "Idade das Trevas”, muitos homens e mulheres desejaram ter uma vida de mais intimidade com Deus, longe da riqueza da igreja. Estes acreditavam que a felicidade consiste em se ter uma vida simples, mais próxima do seu Criador.

AUXÍLIO HISTÓRICO

Na Idade Média, deu-se uma nova definição á heresia. Em séculos anteriores, a heresia referia-se a crenças ou teologias incorretas. Entretanto, nos anos iniciais da história da fé cristã, ninguém sabia necessariamente o que era a verdade até que se desenvolvesse algum ensinamento específico. Nesse ponto, os líderes da Igreja Primitiva reuniam-se e julgavam se o ensinamento era herético ou ortodoxo. Assim, estabeleciam o que era aceitável, ou o que hoje chamamos de ortodoxia. [...]

Entretanto, com o passar dos anos, a heresia adquire uma nova definição. Qualquer pessoa que não aceitasse a todo-poderosa estrutura organizacional católica romana, hierárquica e burocrática, era considerada herege. Quem discordasse, o mínimo que fosse, da igreja era interrogado e torturado. Essa tortura sistêmica de pessoas ficou conhecida como Inquisição, que aconteceu durante os séculos XII, XIII e XIV. Antes da Inquisição, a igreja tinha o hábito de excomungar hereges, mas com seu advento, adotaram-se medidas mais dramáticas: confisco de propriedades, tortura e/ou morte ou execução. [...]

Os líderes da Igreja Católica Romana desaprovavam três tipos de grupos:

Grupos antiinstitucionais - pessoas organizadas de modo contrário á forma de estrutura da corrente majoritária da Igreja Romana;

Grupos ascéticos - comunidades piedosas e muito disciplinadas que defendiam que a vida cristã requeria uma firme e sólida responsabilidade;

Entusiastas — cristãos impetuosos, entusiastas e empolgados (Pedro Valdo e os valdenses, por exemplo, foram condenados como hereges).

(GARLOW, James L. Deus e o seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.81,82).

Conclusão
Alguma coisa precisava ser feita, e muitos homens protestaram contra esta situação. Mas foram duramente perseguidos, sendo presos ou mortos. Apesar disso, Jesus prometeu que estaria com a Igreja “todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20).

A maioria dos historiadores afirma que a Idade Média terminou no século XV. Neste mesmo período nasceu um homem que seria usado por Deus para mudar esta situação. Em pouco tempo, grandes coisas e fatos aconteceriam.

Recapitulando
Após 300 anos de perseguição, a Igreja encontra a tranquilidade desejada. Mas esta tranquilidade trouxe muitos problemas, pois muitas pessoas se tornaram cristãs por conveniência, ou porque foram forçadas, não mudando seu estilo de vida.

Por estar na capital do Império, a igreja romana sempre buscou a liderança entre as igrejas. O primeiro a intitular-se líder máximo da igreja foi Leão I, mas foi Gregário I quem conseguiu tal façanha.

Gregário introduziu ensinamentos que afastaram a Igreja de Jesus, ensinou a existência do purgatório e do sacrifício da missa. Com ele, a igreja romana tornou-se rica e poderosa.

A igreja passou a perseguir, a torturar e a matar quem pensasse de forma diferente dela, o povo não podia ler a Bíblia nem participar dos cultos, pois a missa era celebrada em latim e maioria das pessoas não falava a essa língua. Os líderes eram corruptos. Muitas pessoas protestaram contra essa situação, mas foram perseguidas.

Refletindo
1. Você tem se mantido fiel aos ensinamentos de Cristo? Resposta Pessoal.


2. Respeita quem pensa diferente de você?
Resposta Pessoal.


3. Sabe aproveitar o privilégio de poder livremente ler a Bíblia?Resposta Pessoal.

Fonte: sub-ebd.blogspot.com
Fonte: CPAD.

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