O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou os protestos envolvendo manifestantes árabes no centro de Tel Aviv como "uma prova clara" da necessidade que havia de adotar a lei do Estado-Nação do povo judeu.
Os políticos de direita se indignaram com a abundância de bandeiras palestinas nas mãos dos manifestantes que estavam protestando contra a lei, segundo a qual apenas os judeus têm o direito de autodeterminação no país e despromove o árabe como uma das línguas oficiais. A medida foi justificada como necessária para defender o país frente à Palestina e para garantir a autodeterminação judaica.
Ontem recebemos evidências claras do desafio à existência do Estado de Israel e da necessidade da lei sobre o povo judeu. Nós vimos bandeiras da Organização para a Libertação da Palestina no coração de Tel Aviv. No coração de Tel Aviv! Ouvimos os lemas em árabe: 'Limparemos a Palestina com sangue e fogo'", destacou Netanyahu durante uma reunião do governo.
A percentagem da população árabe de Israel é de 21%. De fato, a minoria possui direitos equivalentes aos dos judeus, contudo, com frequência são denunciados casos de descriminação. Muitos árabes do país travam uma luta pela melhoria de seu estatuto na sociedade israelense, bem como defendem os direitos de seus conterrâneos nos territórios ocupados. Milhões de palestinos por todo o mundo que fugiram de Israel pretendem voltar às suas casas.
Muitos dos manifestantes querem acabar com a Lei do Retorno, querem substituir a nossa bandeira, fazer Israel desaparecer como um Estado nacional do povo judeu e torná-lo, conforme vários oradores, um Estado palestino-israelense, ou um 'Estado de todos os cidadãos', segundo outros oradores", assim Netanyahu descreveu os acontecimentos na praça em Tel Aviv.
Agora ficou mais claro que a lei do 'Estado-nação' é necessária. É necessário para garantir o futuro de Israel como um Estado nacional do povo judeu. Aprovamos essa lei e vamos mantê-la", ressaltou.
Os críticos da nova lei, que além da minoria árabe inclui partidos judeus opositores da ala esquerda, veem a nova legislação como uma ameaça de racismo e descriminação, como a ruptura das tradições democráticas.
Fonte: Sputniknews.com
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