26 de fevereiro de 2021

Aula Bíblica Jovens e adultos – Central gospel: Lição 09: Barnabé, Filho da Consolação

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Atos 4.36,37
36 Então José, cognominado pelos apóstolos Barnabé(que, traduzido, é Filho da consolação), levita, natural de Chipre,

37 Possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos.
 

  Atos 9.27,28 
27 Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus.
28 E andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo,


 Atos 11.22-26
22 E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia.

23 O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor, com propósito de coração;

24 Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.

25 E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia.

26 E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.



TEXTO ÁUREO
Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor. 
Atos 11.24

Bíblia online
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OBJETIVOS
Conhecer o caráter exemplar de Barnabé, homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé;
Saber que o Filho da Consolação atuou como um profícuo missionário;
*   Entender que o amor de Barnabé ao próximo, evidenciado em Paulo e em Marcos, foi fundamental para a história do Cristianismo.


1 - COMENTÁRIOS INICIAIS:
Barnabé, apesar de possuir poucas citações no Novo Testamento, figura entre os exemplos mais inspiradores das Escrituras Sagradas. A sucinta lista de qualidades a ele atribuídas por Lucas, autor do Livro de Atos, é mais do que suficiente para que tenhamos diante de nós um modelo de cristão irretocável, digno de ser um exemplo para todos os quantos desejem em seus corações serem considerados pelo Mestre (Sr. Jesus) fiéis e inteiramente aprovados.

No relato de Lucas aprendemos o essencial sobre o caráter e personalidade de Barnabé: era um homem de bem, cheio do Espírito Santo e fé. Foi sobre estas características que o Senhor ergueu o líder eficaz, obreiro fiel, o missionário frutuoso, o verdadeiro homem de Deus que desempenharia um papel fundamental na consolidação definitiva da Igreja Cristã em seus momentos iniciais.

Conhecer a vida deste baluarte do cristianismo é fundamental para aqueles que desejam aprofundar-se na vida e testemunho dos heróis do Novo Testamento. As virtudes de Barnabé, tais como: espiritualidade, fé inabalável e ardor missionário são aspectos que todos os cristãos devem buscar, no que tange ao desejo e busca de se obter um relacionamento íntimo com Deus.

As Escrituras Sagradas nos revelam alguns homens que se destacaram a partir dos doze apóstolos seletos do Sr. Jesus. Barnabé foi o que se tornou não somente o pioneiro em dar a maior contribuição financeira, mas assumir a liderança e a supervisão de uma Igreja mista ao lado de Paulo de Tarso, a quem ele recebeu e acolheu, fazendo dele sua ponte de sustentação ministerial.


2 – BARNABÉ, Filho da Consolação:
Barnabé é o apelido que os Apóstolos deram a um levita natural de Chipre que se tornou líder na Igreja Primitiva. Seu nome Judeu era José, mas Lucas interpretou o seu nome apostólico como “Filho da Consolação”, para sugerir algo do seu caráter (At 4.36).

Barnabé é mencionado 29 vezes em Atos e 05 nas cartas de Paulo.

Além de solteiro, Barnabé era um homem alto, forte e de boa aparência e, por esse motivo, foi confundido em Listra, pelos nativos que lá habitavam. Barnabé era um homem rico e não é mencionado no relato do Novo Testamento que tenha passado alguma dificuldade financeira. Mas, ao contrário, aparece ajudando a Igreja e os irmãos necessitados. Em Atos (4.36,37) encontramos Barnabé vendendo a sua propriedade a fim de ajudar a Igreja no desempenho de sua missão. É notório como o nome Barnabé está relacionado com a pessoa do Espírito Santo, pois a generosidade qualifica as pessoas cheias do Espírito, como também o fato de ser uma pessoa irrepreensível, longânimo e misericordioso.

Havia em Barnabé uma admirável nobreza de caráter, por esse motivo, muitos se uniram ao Senhor: Lucas, o autro do livro de Atos, não é parcimonioso ao elogiá-lo, dizendo que o grande segredo do crescimento da igreja estava naquele servo de Cristo. Barnabé que “era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fè” (At 11.24).

A primeira aparição de Barnabé foi em Jerusalém, onde é citado como um maravilhoso exemplo de generosidade (At 4.32-37). Quando Saulo de Tarso se converteu, foi ele quem o apresentou aos apóstolos em Jerusalém (At 9.27).

Não há registros que Barnabé já conhecia Paulo. Todavia é certo que houve um contato prévio entre eles, pelo fato de ambos terem morado em Jerusalém. Existe a possiblidade de terem estudado juntos na mesma escola, em virtude da confiança de Barnabé depositada em Paulo em todo o tempo, o que nos leva a crer que ele conhecia bem a respeito mais de Paulo; Sendo assim mais que os demais apóstolos. É evidente que Barnabé evitara Saulo enquanto membro do Sinédrio para salvar sua própria pele. Agora, seu amigo estava vulnerável e expondo-se com risco pela causa do Evangelho, chegando que ter que fugir para Damasco, em um cesto, transpondo o muro da cidade.

Barnabé, ao apresentar a Saulo como um homem transformado pelo Senhor Jesus no caminho de Damasco, mais tarde pôde tê-lo como companheiro em Antioquia da Síria, entre os profetas ali. O tempo passou e depois estiveram juntos mais uma vez na primeira viagem missionária (At 13.1,2). Em seguida tornou-se Paulo, o grande apóstolo dos gentios, pregando as Boas Novas em toda parte do Império Romano.

Os dons de Barnabé foram reconhecidos pela Igreja de Jerusalém, que o enviou para investigar as atividades cristãs em Antioquia (At 11.22). Ele ficou empolgado com o desenvolvimento espiritual e encorajou os crentes a permanecerem fiéis (At 11.23). Recrutou Saulo – também conhecido como Paulo. Estes trabalharam juntos em Antioquia e ensinaram muitas pessoas (At 11 25,26).

Antioquia era uma cidade que possuía muitos judeus, tendo nos dias de Barnabé e Paulo uma colônia muito numerosa com várias sinagogas espalhadas. Mas era também um lugar de idolatria e licenciosidade. Nela surgiu uma grande igreja, onde as diferenças judaicas e gentílicas foram tão minoradas que possibilitou o surgimento da primeira assembleia mista de cristãos.

Naquele época, muitos fiéis tomaram conhecimento de que Pedro evangelizara a Cornélio, um centurião romano residente em Cesareia. Ele, toda a sua família e amigos haviam se convertido a Cristo, recebendo o batismo nas águas (At 11.15). Quando tal notícia chegou aos ouvidos de alguns judeus que habitavam fora dos termos de Jerusalém, estes se sentiram à vontade para quebrar certos paradigmas, tais como: “Judeu só evangeliza judeu”. Agora, poderiam começar a falar de Jesus Cristo aos gregos (Helenistas) – os quais residiam em Antioquia, mas procedentes de várias nações. Além dos crentes judeus dispersos que agora procediam de Chipre e de Cirene para Antioquia, a nova igreja ali formada contava com elementos gentílicos convertidos. A presença de Deus era muito intensa, pois havia uma concentração forte de glória em Antioquia, a qual proporcionou o desenvolvimento daquele grande trabalho evangelístico.

O impacto causado pela presença do Espírito Santo em Antioquia se tornou manchete e chegou até Jerusalém. Era uma época de muito preconceito, pois os estrangeiros eram vistos pelos judeus como pessoas impuras e indignas de se relacionarem com Deus, mesmo tendo o Evangelho já alcançado os gentios através da pregação de Pedro na casa de Cornélio.

Os apóstolos foram informados e deveriam, como responsáveis pelo cristianismo de então, tomar uma posição em relação à Antioquia. Começou ficar claro que o lençol visto por Pedro significava bem mais que animais, eram nações sendo purificadas pelo Senhor (At 10.11-15).

Lucas destaca a principal atitude de Barnabé ao chegar a Antioquia e aponta suas qualidades como base para necessária exortação, cujo sentido conotativo é diferente do que costumamos aplicar. Exortar é chamar para perto, admoestar, animar, falar com carinho, o que muitos entendem erradamente como sendo imprecar ou repreender com severidade e sem amor (At 11.23).

Não levou muito tempo para que Barnabé percebesse a magnitude do trabalho evangelístico que agora estava sob sua supervisão. Os membros de Antioquia já estavam sensíveis à sua liderança, de modo que a grandeza do trabalho, por si só, exigia de Barnabé sabedoria para continuar conduzindo o rebanho do Senhor à plena satisfação em Cristo. Assim, percebendo o avanço e o peso de seu ofício, concluiu que não poderia continuar sozinho.

Daí, um princípio fica evidente: quanto maior a lavoura, mais devem ser os que nela trabalham para que tenham o melhor aproveitamento possível da mesma. Sabe-se que a aliança que Saulo e Barnabé formaram em prol da obra e as qualidades que juntos reuniram, fizeram de Saulo um associado importante o suficiente para agregar valor a Barnabé, à liderança eclesiástica e à própria Igreja em Antioquia. Barnabé era o líder geral, citado em primeiro lugar, já Saulo o último na listagem de profetas e doutores (At.13.1). Esse é mais um requisito que jamais deve ser desprezado ao fazermos a obra do Senhor ou outra atividade de liderança; precisamos de afinidades mútuas que se complementem a fim de produzir resultados concretos, não importando quem seja o primeiro.

No meio de uma crise de fome, durante o governo do Imperador Claudio, a Igreja em Antioquia enviou ajuda para os irmãos da Judeia, cuja tarefa foi confiada a Barnabé e a Paulo (At 11.30), os quais foram comissionados e enviados na primeira viagem missionária (At 13 1-3).

Era perfeitamente compreensível que profetas de Jerusalém viessem a Antioquia para conhecer o trabalho e desfrutar de um momento de comunhão como os demais irmãos da recém formada Igreja. Foi a vinda deles que possibilitou a ajuda assistencial tão necessária para aqueles tempos difíceis.

Os discípulos se dispuseram prontamente a recolher recursos dentro de um critério: “conforme as suas posses”. Uma boa medida de prudência para que também não ficassem comprometidos posteriormente. Reter o que se tem é um ato comum ao ser humano, mas a doação sistemática é algo que nos identifica com Deus. O livro de Atos frisa que cada um “espontaneamente”, quis participar das doações.

Conscientes da direção do Espírito Santo, eles pregaram por toda a ilha de Chipre, onde o pro cônsul Sérgio Paulo creu no Evangelho (At 13 7,12). Eles navegaram adiante e chegaram a Perge, na Panfília (atual Turquia); um dos componentes da equipe, João Marcos, separou-se deles e voltou para Jerusalém (At 13.13). Daí em diante, parece que Paulo assumiu a liderança, pois Lucas – o escritor do livro de Atos – refere-se a “Paulo e os que estavam com ele.”

Barnabé foi conduzido para fora dos termos de Israel para liderar a primeira Igreja mista, isto é, de judeus e de gentios. Já havia algum tipo de liderança entre os crentes de Antioquia, mas careciam de legitimação da Igreja que estava em Jerusalém. A equipe diretora era formada de profetas e mestres que o doutor Lucas fez questão de destacar: Barnabé, Simeão – o negro – Lúcio, Manaém Colaço e Saulo. A liderança era formada por homens maduros que buscavam a execelência. Eles tinham como alvo supremo pessoal e ministerial agradar a Deus.

Esforçavam-se para ensinar a Palavra com esmero e orientavam os obreiros auxiliares sempre que se fazia necessário e não se esqueciam da beneficência cristã. Portanto, o comprometimento com o Senhor e Seu Reino era total.

A liderança de Antioquia se esforçava numa dieta de oração e de jejuns. Essa abstinência de alimentos refletia o desejo que havia naqueles homens de servir com excelência a causa do Cordeiro de Deus. Em jejum buscavam ouvir a Palavra específica da parte do Senhor e que promovesse a edificação de todos. A isso chamamos, tecnicamente, de palavra “remah” - sob a direção do Espírito Santo a qual promove o crescimento da Igreja numérica e internamente.

A dupla missionária seguiu adiante e pregou em Antioquia da Pisída, Listra, Icônio, e Derbe, diante da oposição e do interesse da multidão (At 13.42-51; 14.1-7, 19- 21). Indicaram homens aptos a prover futura liderança para cada igreja (At 14.23).

Barnabé era da linhagem levítica, enquanto Paulo era benjamita e fariseu, o qual aproveitava a vantagem da sua condição farisaica para anunciar a Cristo nas sinagogas, Lucas apresenta ambos anunciando a Palavra de Deus (At 13.5), ainda que Paulo, uma vez convertido, reputasse por perda a sua condição natural da qual bem podia se gloriar na carne (Fp 3.4-7). Além disso, em momentos propícios se utilizava dessa mesma condição como mordomo de Cristo para comunicar as Boas Novas. Isso significa que os privilégios antes usados contra Jesus Cristo e sua Igreja, agora eram postos a Seu serviço, como sinônimo de total rendição e amor.

Paulo e Barnabé apresentaram a proposta sobre a plena admissão dos gentios na Igreja (At 15.1-5,12) e receberam apoio do concílio de Jerusalém (vv 22-29). A decisão do conclave foi bem aceita em Antioquia, onde ambos ficaram por algum tempo, pregando e ensinando (vv. 33-35).

Barnabé e Paulo, a princípio, sempre eram bem acolhidos nas cidades onde pregavam. Todavia, momentos após testemunharem experimentavam oposições, tais como: insultos, humilhações e obrigatoriedade em comparecer a fóruns locais para prestarem depoimentos, como também as sinagogas. Ambos procuravam suportar as provações e perseveravam, pois sabiam que os novos-convertidos desanimariam caso fracassassem e abortassem a missão. Assim, eles procuravam sofrer varonilmente “como bons soldados de Cristo”.

Os apóstolos foram vítimas de uma conspiração engendrada por cidadãos comuns e autoridades que, em conluio, procuravam tratá-los de modo covarde e humilhante; e até os apedrejando. Infelizmente, os dois companheiros tiveram um sério desentendimento a respeito de João Marcos. Paulo, recusou-se a levá-lo na segunda viagem missionária, enquanto Barnabé deu-lhe uma segunda chance, ao conduzi-lo consigo a Chipre (At 15. 36-39). A partir desse momento, o filho da consolação não é mais mencionado no relato de Atos.

Existem três referências em Gálatas (Gl 2.1,9,13), onde aparece com Paulo e Tito numa consulta com os líderes da igreja em Jerusalém. Durante essa reunião privativa, Tiago, Cefas (Pedro) e João estenderam a destra da comunhão a Barnabé e Paulo, ao concordar que deveriam ir para os “gentios, e eles à cincuncisão (aos judeus)” (Gl 2.9). Lamentavelmente, Pedro cedeu às pressões dos defensores da circuncisão e “até Barnabé se deixou levar pela dissimulação”, que Paulo confrontou e repreendeu (Gl 2.13,14).

Em 1Co, Paulo discute os direitos de um apóstolo e levanta uma série de questões retóricas destinadas a estabelecer o princípio de que “os que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1Co 9.14). Assim, ele pergunta incisivamente: “Não temos nós o direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou só Barnabé não temos o direito de deixar de trabalhar?” (1Co 9.5,6).

A referência final a Barnabé é tocante, porque se relaciona a João Marcos, seu sobrinho, o qual mandou saudações com Aristarco, prisioneiro junto com Paulo. O problema que tiveram foi resolvido e o apóstolo escreve aos Colossenses: “se ele (João Marcos) for ter convosco, recebei-o (Cl 4.10). o ministério paciente de Barnabé com João Marcos foi bem-sucedido (2Tm 4.11).

O que se pode dizer do caráter de Barnabé? Era uma pessoa boa, generosa e calorosa, que ofertou abundantemente seu tempo e seus talentos para a causa de Cristo, tanto em casa como nos lugares distantes. Era um homem de oração, que buscava a direção do Espírito Santo para tomar as decisões. Encorajava seus companheiros de trabalho no ministério cristão e era um amigo sempre disposto a dar uma segunda chance a quem precisasse. Via potencial nas pessoas e desejava recrutá-las, mesmo que só com o tempo, conforme aconteceu com Paulo, pudessem superar as dificuldades.

Como qualquer outro ser humano, Barnabé podia ceder às pressões, mas geralmente “era homem de bem, e cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11.24). Ao estudar a vida de Barnabé e Paulo, o que se pode constatar é a disposição ao sofrimento em nome da causa do Evangelho. Percebe-se na vida destes pioneiros um misto de humilhação e glórias, de lágrimas e de júbilo.

Ao partirem de Listra já havia uma assembleia cristã já consolidada. Eles entenderam que poderiam partir, pois o trabalho por si mesmo iria crescer. Assim foram para Derbe, onde também puderam desenvolver um trabalho com muitos discípulos.

Barnabé foi um líder comprometido em manter os resultados. Conduzir muitas pessoas a Cristo foi a primeira parte. A outra foi prever algum tipo de acompanhamento espiritual. As Igrejas da região da Galáxia haviam sido erguidas com um elevado preço para Barnabé e Paulo. Eles atravessavam trilhas e montanhas perigosas, estradas com hordas de salteadores, foram banidos em Icónio.

Paulo foi apedrejado em Listra. Por isso assumiram riscos ao voltarem a esses lugares para darem assistências às novas igrejas que surgiram literalmente das tribulações que ambos sofreram. Convém ressaltar que Barnabé foi um grande defensor do Evangelho da Graça. Neste contexto, Paulo e Barnabé rechaçaram de pronto os ensinos dos que vinham de Jerusalém, pois compreendiam que a salvação é pela fé e não por meio da observância de ritualismos e tradições externas (At 15.14-19).

Mesmo assim, a Igreja decidiu enviar os apóstolos e presbíteros para Jerusalém para que a questão fosse resolvida a partir de lá para toda a cristandade dali. Os diferentes tipos de argumentos consolidaram definitivamente o cristianismo gentílico, sem que se guardasse a circuncisão e outras leis e costumes judaicos.

Barnabé e Paulo se utilizaram do argumento dos sinais do poder de Deus e do próprio arrependimento concedido aos gentios. Pedro, utilizou-se da experiência direta com Deus através de Cornélio, reforçando o ensino da graça de Deus.

O profundo amor de Deus derramado no coração de Barnabé o fazia amar o ser humano, tornando-o um excelente amigo de companhia agradabilíssima. Ele desenvolveu a arte de repreender os outros sem magoá-los, porque demonstrava firmeza e carinho simultaneamente. Todos nós deixaremos impressões nos outros, que serão lembradas mesmo depois da nossa morte. Barnabé, também, foi um líder amadurecido que trabalhava com uma visão além do seu próprio tempo. Ele enxergava a si mesmo como um pai que se sente no dever de entesourar uma boa herança para seus filhos e netos (2Co 12.14).

Barnabé olhou além do seu ambiente social, da realidade da sua época e não retrocedeu em meio à discriminação religiosa. Deste modo, foi um homem de primeira grandeza na preparação de grandes líderes. Ele contribuiu, decisivamente, para a formação de Paulo. Na sua descida de Jerusalém para Antioquia, nos transmite que ninguém deve fazer nada sozinho.

A maior contribuição deixada por Barnabé foi a formação de líderes. Ele tanto sabia ser subordinado, quanto ser um líder inspirador. Na verdade, aprendeu a influenciar pessoas do seu círculo social sob qualquer posição que estivesse, pois o seu grande afã era servir com excelência. O ministério de Barnabé é um exemplo positivo de fidelidade a Deus e aos outros. Sua liderança não consistia em impor o seu querer, mas inspirar os demais a segui-lo, como estrategicamente fazia o Mestre de Nazaré.

Bibliografia: - Gardner Paul: Quem é quem na Bíblia Sagrada / Tradução Josué Ribeiro São Paulo: Editora Vida, 2005. - Abner Ferreira: Revista Betel - Jovens e Adultos / Editora Betel 2011 
Líderes Piedosos Fazem a Diferença
Barnabé foi um grande homem, um dos maiores líderes da igreja primitiva. Sua piedade era notória. Seu exemplo e seu ministério fizeram diferença. Sua vida pode ser resumida nos seguintes termos: “Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé…” (At 11.24). Três verdades sobre Barnabé são colocadas em relevo e servem de inspiração para todos os líderes cristãos:

Em primeiro lugar, um líder cristão deve investir na sua vida na vida de outros. Ser líder é ser servo; ser grande é ser pequeno; ser exaltado é humilhar-se.

Barnabé é o único homem da Bíblia chamado de bom. E por que? É porque quase sempre, ele está investindo sua vida na vida de alguém. Em Atos 4.36,37 ele está investindo recursos financeiros para abençoar pessoas. Em Atos 9.27 ele está investindo na vida de Saulo de Tarso, quando todos os discípulos fecharam lhe a porta da igreja, não acreditando em sua conversão. Em Atos 11.19-26, a igreja de Jerusalém o vê como o melhor obreiro a ser enviado para Antioquia e quando ele vê a graça de Deus prosperando naquela grande metrópole, mais uma vez ele investe na vida de Saulo e vai buscá-lo em Tarso. Em Atos 13.2 o Espírito o separa como o líder regente da primeira viagem missionária. Em Atos 15.37-41 Barnabé mais uma vez está investindo na vida de alguém; desta feita na vida de João Marcos. Precisamos de líderes que sejam homens bons, homens que dediquem seu tempo e seu coração para investir na vida de outras pessoas.

Em segundo lugar, um líder cristão deve esvaziar-se de si para ser cheio do Espírito Santo. Barnabé era um homem cheio do Espírito Santo. Sua vida, suas palavras e suas atitudes eram governadas pelo Espirito de Deus. Um líder cheio do Espirito tem o coração em Deus, vive para a glória de Deus, ama a obra de Deus e serve ao povo de Deus. Barnabé é um homem vazio de si mesmo, mas cheio do Espírito Santo. A plenitude do Espírito não é uma opção, mas uma ordem divina. Não ser cheio do Espírito é um pecado de negligência. Precisamos de líderes que transbordem do Espírito, homens que sejam vasos de honra, exemplo para os fiéis, bênção para o rebanho de Deus. Quando os líderes andam com Deus, eles influenciam seus liderados a também andarem com Deus. Por isso, a vida do líder é a vida da sua liderança. Deus está mais interessado em quem o líder é do que TESOURO fabricaebd.org 2 no que o líder faz. Vida com Deus precede trabalho para Deus. Piedade é mais importante do que performance.

Em terceiro lugar, um líder cristão deve colocar seus olhos em Deus e não nas circunstâncias. Barnabé era um homem cheio de fé. Ele vivia vitoriosamente mesmo diante das maiores dificuldades, porque sabia que Deus estava no controle da situação. A fé tira nossos olhos dos problemas e os coloca em Deus que está acima e no controle dos problemas. A fé é certeza e convicção. É certeza de coisas e convicção de fatos (Hb 11.1). É viver não pelo que vemos ou sentimos, mas na confiança de que Deus está no controle. A fé nos leva a confiar diante das dificuldades, não porque somos fortes, mas porque embora sejamos fracos, confiamos naquele que é onipotente. Precisamos de líderes que ousem crer no Deus dos impossíveis. Precisamos de líderes que olhem para a vida na perspectiva de Deus, que a
bracem os desafios de Deus e realizem grandes projetos no reino de Deus.


Barnabé, Filho da Consolação
Texto: Atos 4:36
Introdução: 
Um cristão extraordinário, Barnabé o filho da consolação. O que o torna tão extraordinário (para mim) é que, no período de tempo relativamente curto de sua vida registrada nas escrituras, ele exerce um impacto muito grande sobre a igreja e sobre as pessoas ao seu redor. Ele entra em cena no livro de Atos 4:36 e sai de cena em Atos 15:39, quando Paulo começa sua segunda viagem missionária, eles se separam. Mas durante esses poucos anos temos muito a agradecer como resultado de sua vida.

A vida de Barnabé o filho da consolação e, em seguida, queremos notar algumas lições que podemos aprender com seu exemplo e os vários eventos registrados.

I. Quem Foi Barnabé? A. Mencionado apenas 29 vezes no Novo Testamento. Todas com exceção de 5 delas em Atos 4 e 15. As outras cinco vezes lidam com seu relacionamento com Paulo em suas epístolas (1 Coríntios 9:6, Gálatas 2:1, 9, 13 e Colossenses 4:10).

B. Pano de fundo
1. Seu nome significa “Filho da consolação” (Atos 4:36, o que é muito apropriado para esse homem). Ele também era conhecido como Jose.

2. Ele era um levita da ilha de Chipre (Atos 4:36) e ensinava lá.

3. Ele era primo de Marcos que acompanhava ele e Paulo na primeira parte de sua primeira viagem e depois levou Marcos consigo quando houve discórdia entre ele e Paulo. (Atos 15:35-39)

4. Ele era um profeta (Atos 13:1)

5. Ele era um homem de alto caráter e respeitado pelos irmãos em Jerusalém que também atesta seu caráter. Atos 11:24 o chama de “homem de bem” - uma pequena palavra com grande significado.

6. Ele era cheio do Espírito Santo e fé (Atos 11:22-24). Isto é demonstrado como ele acompanha Paulo em suas jornadas e foi capaz de realizar milagres junto com Paulo.

7. Ele era prospero, para dizer o mínimo. Demonstrado por sua generosa oferta à igreja e também por trabalhar com Paulo em sua primeira viagem sem receber salário (1 Coríntios 9:6).

8. Em Atos 14:14 ele é chamado de apóstolo junto com Paulo. Como Paulo, ele estava interessado em ir aos gentios (Gálatas 2:9)

9. Nós também sabemos que ele era humano e cometeu alguns erros. Um deles está registrado em Gálatas 2:13, onde ele foi levado com a hipocrisia de Pedro.

C. As Crônicas de Barnabé
1. Para ajudar com as necessidades dos santos em Jerusalém, ele vendeu a terra que possuía e deu os recursos aos apóstolos para distribuir conforme necessário. (Atos 4:36)

2. Após a conversão de Paulo, quando ele foi a Jerusalém pela primeira vez - Barnabé o defendeu enquanto outros ficaram com medo (por causa de suas perseguições passadas) quando Paulo procurou unir-se aos irmãos ali (Atos 9:27).

3. Depois que as perseguições causadas pelo apedrejamento de Estêvão resultaram em pessoas pregando o evangelho por todo o império, quando as notícias dos conversos (especialmente os gentios) chegaram a Jerusalém, Barnabé foi enviado para ir até Antioquia para inquirir e ensinar (Atos 11:22-24). Enquanto lá e vendo a prosperidade, ele vai para Tarso para procurar Saulo (Atos 11:25) e trouxe-o de volta para Antioquia, onde por um ano eles ensinaram e se reuniram com os santos. (Este é o lugar onde lemos "e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos". v. 26.)

4. Quando houve uma fome que fez com que irmãos em Jerusalém se tornassem necessitados (novamente), irmãos de Antioquia decidiram enviar ajuda. Eles escolheram Barnabé e Saulo para apresentarem seus presentes aos anciãos (11:27-30).

5. Quando eles retornam a Antioquia de Jerusalém (Atos 12:25), pouco tempo depois, eles começam o que é conhecido como a primeira viagem missionária de Paulo. Os eventos dessa jornada estão registrados em Atos 13 a 14. Nestes capítulos, encontramos ambos interagindo e ensinando.

6. Juntos, eles defendem o evangelho para os gentios em Atos 15 e juntos retornam a Antioquia com uma resposta inspirada ao dilema.

7. Depois disso, quando Paulo começa sua segunda viagem missionária, ele e Barnabé têm uma grande discordância, porque Barnabé queria levar seu primo Marcos com eles novamente. Paulo discorda e eles seguem caminhos separados.

8. Essa é a última vez que lemos de Barnabé no livro de Atos.

II. Lições Para Aprender Com BarnabéA. O valor do caráter.
1. Pela palavra caráter quero dizer que ele era um homem íntegro e altamente respeitado (onde ele precisava ser respeitado).

2. Sabemos a importância da integridade - é para ser adicionada à nossa fé em 2 Pedro 1:5 (virtude).

3. Efésios 4:1 fala de nós andando dignos de nosso chamado.

4. 1 Pedro 2:12 fala de viver a nossa vida “tendo o vosso procedimento correto entre os gentios, para que naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, observando as vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação”

5. Em Barnabé, encontramos ainda outro exemplo de alguém cuja vida é digna de imitação por causa de seu caráter. 
Quantos de nós poderiam ter essas coisas ditas sobre nós?

B. A necessidade de generosidade e benevolência
1. A primeira coisa que lemos sobre ele foi um ato de doação. Ele tinha terras que vendeu e deu todo o dinheiro aos apóstolos.

2. O cristianismo é uma vida de generosidade para com os outros.
3. O segundo maior mandamento é amar o próximo como a nós mesmos, que, segundo Jesus na parábola do bom samaritano, é alguém a quem temos a oportunidade de fazer o bem (Lucas 10:30-37).

4. Os cristãos devem fazer o bem e compartilhar, Hebreus 13:16.

5. 1 Timóteo 6:18-19 fala do ser rico disposto a “fazer o bem” e a ser “rico em boas obras, pronto a dar, disposto a compartilhar…”

6. Estamos dispostos a compartilhar com os outros como Barnabé fez?

C. Todos nós precisamos de amigos para nos apoiar
1. A razão pela qual Barnabé foi chamado, “Filho da consolação” é porque ele estava lá para outros que precisavam de um amigo. E essas pessoas não eram perfeitas - elas tinham falhas e fraquezas. Mas Barnabé acreditou nelas e viu o melhor nelas. Ele fez isso quando defendeu Paulo diante dos irmãos em Jerusalém. E ele fez isso quando defendeu seu primo Marcos.

2. Quantos de nós estão dispostos a ser verdadeiros amigos de nossos irmãos? Qual é o padrão que usamos para determinar se vamos ou não permanecer com eles? É baseado na palavra de Deus (isto é, quando alguém está em pecado, NÃO devemos defendê-lo!) 1 Coríntios 5:1-6; Romanos 16:17 (evitá-los); 2 Timóteo 3:5: “Afasta-te também desses”. 2 Tessalonicenses 3:14, etc.)? Ou determinamos se vamos ou não permanecer com alguém com base no que isso nos custará?

3. É quando alguém está em baixo que eles precisam de nós para permanecer com eles - 1 Tessalonicenses 5:14 "consoleis os desanimados", Hebreus 12:12 diz: "Portanto levantai as mãos cansadas, e os joelhos vacilantes", Gálatas 6:1-2 nos diz que quando ele é surpreendido em uma transgressão, precisamos ir até ele como um irmão e tratá-lo como tal (2 Tessalonicenses 3:15 - “admoestai-o como irmão”).

D. Ele era confiável
1. Sempre que havia um problema, Barnabé era um daqueles homens a quem podiam recorrer para fazer o trabalho. Isso aconteceu em Jerusalém e em Antioquia. Além disso, Deus poderia contar com Ele e Ele contou (Atos 13:2).

2. 1 Coríntios 4:2 diz que o mordomo deve ser fiel. Nós somos mordomos.

3. Na parábola dos talentos, a confiabilidade dos 5 e 2 talentos foi recompensada e percebida pelo mestre quando ele retornou. (Mateus 25:21, 23)

4. Quão confiável somos nós? Os líderes podem contar conosco? Nossos irmãos podem contar conosco? Deus pode contar conosco?

E. Ele compartilhou o evangelho com os outros
1. Ele não escondeu sua luz, mas levou-a para o mundo. É por isso que ele foi em viagens missionárias com Paulo e Marcos. Foi o que ele fez enquanto esteve em Antioquia por um ano.

2. Como cristãos, nunca devemos esquecer nossa necessidade de ensinar aos outros a verdade. É um ponto que é difícil exagerar e que ainda é negligenciado por muitos.

3. Devemos poder defender nossa fé - 1 Pedro 3:15; Marcos 16:15 - a grande comissão; Nosso exemplo - Mateus 5:16, Lucas 8:5 - o Semeador (1 Coríntios 3:6, 9-10 - “Nós somos cooperadores de Deus; você é o campo de Deus, você é o edifício de Deus”, etc.) 2 Coríntios 5:11, "conhecendo o temor do Senhor...", etc.

4. Nunca se esqueça de como Deus está contando conosco!
F. Ele estava contente em não liderar no topo.
1. Entenda, Barnabé era um líder! Mas ele também estava disposto a seguir! A razão para isso foi que Seus motivos não eram egoístas. Ele estava mais preocupado com os resultados do que com o crédito. (Como qualquer bom líder espiritual.)

2. Nós enfatizamos a importância de cada cristão se tornar um líder de acordo com a nossa capacidade dada por Deus, mas ao fazê-lo devemos ter cuidado para não nos tornarmos arrogantes como muitos líderes fazem!

3. Porque fazemos o que fazemos? Quão rápido somos para nos gabar com os outros sobre nossos sucessos? Porque nos gabamos?

4. Embora devamos nos esforçar para nos desenvolver como líderes piedosos, ainda devemos nos contentar em servir.

5. Lembre-se das palavras de nosso Senhor em Lucas 17:10, onde Ele disse: “Assim também vós, quando fizeres todas as coisas que te são ordenadas, diga: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer”

6. Paulo disse: “é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento” (1 Timóteo 6:6)

7. Vamos todos estar dispostos a aceitar nosso proposito na vida e ser o melhor que pudermos com o que nos foi dado!

G. Até mesmo os piedosos podem tropeçar.
1. Todos nós tropeçamos em muitas coisas. Mesmo o mais piedoso entre nós às vezes faz coisas que não deve fazer e deixa de fazer o que deveria estar fazendo! Isso aconteceu com Barnabé.

2. Mas, enquanto Barnabé foi levado na hipocrisia de Pedro (elitismo), Paulo faz uma defesa de seu caráter em 1 Coríntios 9:6 (que deve ter sido escrito mais tarde porque esta carta foi depois ou durante a segunda viagem de Paulo). Isso indica que ele se arrependeu e retornou.

3. De Barnabé podemos aprender não só a importância de irmos àqueles tomados por uma transgressão (Gálatas 6:1, Tiago 5:19-20), mas também que Deus nos perdoará novamente (e novamente) se nos arrependermos. Temos um exemplo disso em Atos 8:20-23, onde Pedro condena Simão a quem é dito que se arrependa de seus pecados. 1 João 1:9 nos diz para confessar nossos pecados a Deus e orar por perdão. Isso é endereçado aos cristãos.

4. Vamos aprender com Barnabé que não somos todos perfeitos e tropeçamos. Mas quando o fizermos, devemos voltar para Deus assim como ele fez.

Conclusão: Bem, a lição é sua. Tenho certeza de que poderíamos encontrar mais lições sobre esse exemplo piedoso digno de imitação, mas é minha esperança que sejam suficientes para nos levar a dar maior consideração a Barnabé e que desejamos ser como ele nas coisas agradáveis ​​a Deus. E você? Você é como Barnabé o filho da consolação?
Fonte: Pregadorfiel.
Referências: http://hernandesdiaslopes.com.br/lideres-piedosos-fazem-adiferenca/
Bibliografia E. A. de Lima
crescendoparaedificar.blogspot.com
Fonte/crédito-Pr. Geziel Gomes:
(Revista: Central Gospel)

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