A paz do Senhor
Vejam estas sugestões:
Apresentem o título da lição:
A oração do fariseu e do publicano
LOUVE
Cante com alegria, adorando a Deus
Para iniciar a lição com os seus alunos forme uma "mesa redonda".
Mas, o que é isso?
A "mesa redonda" é uma estratégia onde o ou a professor(a) faz um grande círculo com alunos e organiza um debate sobre um tema específico. O ou a professor(a) deve promover, no máximo, um direcionamento para que não se perca o foco, porém é necessário respeitar o desenvolvimento crítico dos alunos acerca do que está sendo debatido.
Ao final, ele faz uma síntese com os principais pontos e apresenta para a classe.
Sugerimos que sejam feitas duas "mesas redondas" ao mesmo tempo, uma para debater o "orgulho" e seus efeitos na sociedade e outra para argumentar sobre a "humildade" e sua relevância. Ao final, reúna os apontamentos das duas "mesas" e apresente aos alunos.
Sugerimos que sejam feitas duas "mesas redondas" ao mesmo tempo, uma para debater o "orgulho" e seus efeitos na sociedade e outra para argumentar sobre a "humildade" e sua relevância. Ao final, reúna os apontamentos das duas "mesas" e apresente aos alunos.
Trabalhem os pontos levantados na lição.
Lucas 18.14.
[...] Qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
📜 AGENDA DE LEITURA
[...] Qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
SÍNTESE
Na parábola do fariseu e do publicano, Jesus nos ensina preciosas lições através das orações desses personagens. Justificação, misericórdia divina, coração sincero e o valor da humildade são alguns dos temas abordados.📜 AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA - 1 Tm 1.15
Devemos reconhecer que somos pecadores
TERÇA - 1 Pe 1.16
Deus é santo
QUARTA - Dn 4.29-33
Quando o orgulhoso é humilhado
QUINTA - Sl 46.1
Deus é o nosso refúgio e fortaleza
SEXTA - Jo 1.12
Somos filhos de Deus
SÁBADO - Sl 23.1
O Senhor nos basta
* DEMONSTRAR a dinâmica da misericórdia divina na oração do publicano.
Bíblia online
Bíblia sagrada online
O tema é "criar problemas"!
Devemos reconhecer que somos pecadores
TERÇA - 1 Pe 1.16
Deus é santo
QUARTA - Dn 4.29-33
Quando o orgulhoso é humilhado
QUINTA - Sl 46.1
Deus é o nosso refúgio e fortaleza
SEXTA - Jo 1.12
Somos filhos de Deus
SÁBADO - Sl 23.1
O Senhor nos basta
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OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* EVIDENCIAR o perigo da glorificação do "eu" na oração do fariseu;* DEMONSTRAR a dinâmica da misericórdia divina na oração do publicano.
Bíblia online
Bíblia sagrada online
INTERAÇÃO
Vamos interagir?O tema é "criar problemas"!
Como assim? Vejamos:
Quando levamos para a sala de aula "problemas" (questões) e desafios a serem superados, os alunos têm a oportunidade de usarem na prática os conceitos que estão aprendendo.
Você passa a ser um mediador entre o aluno e a resolução dos questionamentos centrais na vida deles. Estimule seus alunos a criarem projetos e buscarem soluções que promovam o alcance de metas ousadas. Provoque seus alunos a construírem as perguntas que refletem os desafios que fazem parte dos seus cotidianos. Elabore questões para serem solucionadas por seus alunos e participe com eles nessa caminhada. Todos serão vitoriosos e desejosos de novos desafios. Dessa forma, os objetivos de cada lição estudada serão alcançados de forma mais eficaz e aprofundada. Vamos criar "problemas"?
TEXTO BÍBLICO
Lucas 18.9-14
Você passa a ser um mediador entre o aluno e a resolução dos questionamentos centrais na vida deles. Estimule seus alunos a criarem projetos e buscarem soluções que promovam o alcance de metas ousadas. Provoque seus alunos a construírem as perguntas que refletem os desafios que fazem parte dos seus cotidianos. Elabore questões para serem solucionadas por seus alunos e participe com eles nessa caminhada. Todos serão vitoriosos e desejosos de novos desafios. Dessa forma, os objetivos de cada lição estudada serão alcançados de forma mais eficaz e aprofundada. Vamos criar "problemas"?
TEXTO BÍBLICO
Lucas 18.9-14
9 E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
10 Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
12 Jejuo duas vezes na semana dou os dízimos de tudo quanto possuo.
13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
I - A ORAÇÃO DO FARISEU
1. A aparência da santidade.
Assim que o fariseu chegou ao templo permaneceu em pé e sozinho justamente para não se misturar com as demais pessoas, que não eram dignas de sua presença. Também buscou estar em uma posição que lhe conferisse um destaque. Logo no início, falou: "não sou como os demais homens", e começou a apontar as falhas dos outros a fim de diminuí-los. Foi buscando ficar sozinho, se exaltando por uma pretensa santidade.
O foco do fariseu não estava em mostrar as suas imperfeições diante da perfeição divina, mas sim em evidenciar o quanto era mais perfeito que a maioria dos homens. Ele orgulhava-se de ter, ao seu ver, poucos pecados permitindo-se mostrar mais santo do que todos os demais. Um contraste com a ardente fala do apóstolo Paulo, que confessou ser o principal dos pecadores (1 Tm 1.15).
No prefácio dessa parábola, Jesus usa uma palavra para revelar uma grande falha no caráter do fariseu: Desprezar (Lc 18.9b). Esse verbo revela um egoísmo religioso repulsivo protagonizado por pessoas como o fariseu.
10 Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
12 Jejuo duas vezes na semana dou os dízimos de tudo quanto possuo.
13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
INTRODUÇÃO
As parábolas eram amplamente utilizadas por Jesus para ensinar as verdades acerca do Reino de Deus. Vamos estudar a do fariseu e do publicano. Trata-se de dois homens que foram ao templo orar. Cada um revelou uma postura completamente distinta da do outro. Um saiu ainda mais imerso em pecado, ou outro, justificado voltou para a sua casa. Cada oração proferida revelou um perfil completamente distinto do outro: O primeiro, adorador de si mesmo e descomprometido com Deus; o segundo, consciente de sua condição pecaminosa e não merecedora da misericórdia, porém profundamente desejoso de ser alcançado pela salvação.I - A ORAÇÃO DO FARISEU
1. A aparência da santidade.
Assim que o fariseu chegou ao templo permaneceu em pé e sozinho justamente para não se misturar com as demais pessoas, que não eram dignas de sua presença. Também buscou estar em uma posição que lhe conferisse um destaque. Logo no início, falou: "não sou como os demais homens", e começou a apontar as falhas dos outros a fim de diminuí-los. Foi buscando ficar sozinho, se exaltando por uma pretensa santidade.
O foco do fariseu não estava em mostrar as suas imperfeições diante da perfeição divina, mas sim em evidenciar o quanto era mais perfeito que a maioria dos homens. Ele orgulhava-se de ter, ao seu ver, poucos pecados permitindo-se mostrar mais santo do que todos os demais. Um contraste com a ardente fala do apóstolo Paulo, que confessou ser o principal dos pecadores (1 Tm 1.15).
No prefácio dessa parábola, Jesus usa uma palavra para revelar uma grande falha no caráter do fariseu: Desprezar (Lc 18.9b). Esse verbo revela um egoísmo religioso repulsivo protagonizado por pessoas como o fariseu.
Nesse momento, dois pecados são condenados pelo Senhor: Uma confiança indevida em si mesmo e o orgulho em desprezar os outros.
2. A glorificação do eu.
Ao passo que o publicano buscava a misericórdia de Deus e assumia sua condição de pecador, o fariseu cometia uma falta de considerável gravidade: A glorificação do seu próprio "eu".
Com uma postura inflada e excessivamente autoconfiante, buscava adorar a um deus chamado "orgulho próprio". Em sua oração de aproximadamente três dezenas de palavras, se autopromove sete vezes: Não sou como os demais, não roubo, não sou injusto, não adultero, não sou como o publicano, jejuo e dou os dízimos. Não há espaço ao Deus amoroso em sua fala, apenas para a promoção de suas próprias "supostas" qualidades.
É importante destacarmos que quando nos inflamos de autoconfiança, desrespeitamos o nosso próprio Deus e desprezamos o seu cuidado para conosco. A ação e o cuidado de Deus para as nossas vidas requerem uma postura de completa renúncia de nós mesmos e uma dependência de sua bondade e misericórdia. Uma oração tão cheia de orgulho jamais alcançaria os ouvidos do nosso Pai.
3. Será humilhado.
A oração do fariseu foi, se considerarmos o número de palavras, sete vezes mais extensa do que a do publicano. Além disso, foi construída com a finalidade de apresentar alguém que, aos olhos do autor, deveria ser exaltado. Tal exaltação iniciara já quando o homem procurou estar de pé à frente. Era uma "ode" a si mesmo.
Essa oração é fruto de uma postura que jamais poderemos aceitar em nossas vidas. Muitas histórias bíblicas nos revelam momentos onde essa prática trouxe consequências lamentáveis para seus protagonistas: Nabucodonosor (Dn 4.29-33), Hamã (Et 6.1-12), Absalão (2 Sm 18.30-33), entre tantos outros.
Em nossas trajetórias e experiências, fujamos dessa armadilha terrível que é o "orgulho" e sejamos sempre conscientes de que Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza (Sl 46.1). Descansemos nEle.
O Mestre finaliza a parábola enfatizando uma grande verdade: "[...] qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado" (Lc 18.14).
II - A ORAÇÃO DO PUBLICANO
1. Sou um pecador.
Os publicanos eram indesejados pelos judeus, pois eram os responsáveis pelo recolhimento dos impostos. Entre alguns conhecidos do Novo Testamento podemos citar os publicanos Mateus e Zaqueu. Muitas vezes eram impedidos de entrar nas sinagogas e no templo e tinham poucas amizades, já que ninguém queria ser visto em companhia de tais pessoas.
Porém, o publicano da parábola se encontrava no templo buscando uma experiência com Deus e sentindo a profunda distância entre o sagrado e a sua vida, envolta em falhas e pecados. Assim como o fariseu, o publicano também orava sozinho, porém por um motivo muito diferente. Enquanto o fariseu buscava a solidão para não ser contaminado com as imperfeições dos demais, o publicano se distanciava dos outros por reconhecer sua pecaminosidade e indignidade de estar ali. Sua postura era de vergonha e humildade aceitando publicamente a sua condição de pecador e culpado por suas falhas.
O pobre homem nem conseguia erguer a cabeça e apenas pronunciou sete palavras carregadas de significado: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" (Lc 18.13) Uma oração que dava ênfase em três grandes verdades: Sou pecador; mereço o castigo e imploro o perdão.
A ação e o cuidado de Deus para as nossas vidas requerem uma postura de completa renúncia de nós mesmos e uma dependência de sua bondade e misericórdia. Uma oração tão cheia de orgulho jamais alcançaria os ouvidos do nosso Pai.
2. Justificados por Deus.
O publicano, ao ouvir falar das verdades divinas, sentiu o seu coração arder. A sua consciência acusava os seus pecados e o levava a um incômodo crescente. Era preciso fazer algo! Enfim, para onde ir? Não havia para onde fugir nem onde se esconder, só havia uma possibilidade: Deus!
Quando o homem se percebe pecador, tem início o processo que o deixará pronto para ser finalmente salvo. O pecado implica separação de Deus, mas quando confessamos o nosso pecado, vivemos uma ação que nos prepara para a libertação e real transformação. Nesse momento, estamos prontos para confessar nossas faltas e aceitar o sacrifício de Jesus. E no Filho de Deus, nos tornamos filhos de Deus.
Todos os que reconhecem a sua condição pecaminosa e aceitam o sacrifício vicário de Cristo, recebem o poder de serem feitos filhos de Deus, adotados na celeste família (Jo 1.12). Quando somos adotados, passamos a ter em Cristo o nosso referencial em todas as áreas da vida, das mais simples as mais complexas. Enfim, passamos a fazer as coisas do mesmo jeito que Jesus faria.
Aquele desprezado e humilhado publicano, ao fazer sua oração, se derramou diante de Deus: Poucas palavras que foram suficientes para expressar sua real condição e um grande desejo de regenerar-se. Uma bela transformação: De um perdido pecador a um homem justificado por Deus.
3. Será exaltado.
O pobre homem chegou diante de Deus com humildade e reconheceu a sua condição pecaminosa. Não havia espaço para orgulho nem para sentimentos altivos, apenas para o reconhecimento de sua condição pecaminosa e o profundo desejo de ser libertado e transformado, e assim foi. Segundo Jesus, esse foi justificado (Lc 18.14). Era o dia de iniciar uma nova vida.
Ele humilhou-se, porém Jesus o valorizou e o exaltou. Ao que se exaltara, restou a reprovação por parte dos que entenderam a mensagem da parábola. É na humildade que nos permitimos desenvolver a nossa dependência da ação divina. Não há maior exaltação do ser humano do que gozar da íntima comunhão com Deus. A glória não deve repousar no homem, mas sim, a todo o tempo, emanar do Pai e assim ser bênção sobre todos. Enfim, o Senhor é o nosso pastor, basta (Sl 23.1).
Quando o homem se percebe pecador, tem início o processo que o deixará pronto para ser finalmente salvo.
Não há nenhuma dúvida de que na mente de cada ouvinte havia uma pergunta predominante: Como pode ser isto? Lucas responde esta pergunta quando apresenta a parábola de Jesus. As palavras de Cristo foram dirigidas a 'uns que confiam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros' (18.9).
Muitos dos ouvintes avaliavam sua condição espiritual comparando-se com os outros seres humanos. De acordo com essa medida, alguns de nós podem parecer muito bons! Sua descrição do publicano era também facilmente reconhecível. Ninguém esperaria que um publicano entrasse no templo de forma confiante. Ciente de seus muitos defeitos, tal pessoa ficaria 'em pé, de longe' (18.13). Normalmente o israelita adorador levantava suas mãos quando orava (Sl 28.2; 63.4). Em vez disso, o publicano batia em seu peito, um ato simbólico que expressava pesar e culpa, e pronunciava apenas uma palavra de apelo: 'Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!' (18.13)" (RICHARDS, Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. pp. 181,182).
A condição daqueles que não alcançam a justiça deste fariseu é miserável, ainda que este não tenha sido aceito. E por que não foi aceito? Ia ao templo para orar, mas estava cheio de si mesmo e de sua própria bondade; não pensava que valeria a pena pedir o favor e a graça de Deus. Tomemos o cuidado de não apresentarmos orações orgulhosas ao Senhor, e de desprezarmos o próximo. A oração do publicano estava cheia de humildade e de arrependimento por causa do pecado, e desejo de Deus. A sua oração foi breve, porém, com um objetivo: Que Deus fosse propício a ele, que era um pecador. Bendito seja Deus, por termos esta breve oração registrada, como uma oração respondida. E que tenhamos a segurança de que aquele que fez esta oração voltou justificado para a sua casa; assim será conosco se orarmos como ele por meio de Jesus Cristo" (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. p. 838).
Que possamos, ao orar, buscar o Senhor com integridade e sinceridade confessando nossas falhas, aceitando o sacrifício de Cristo e com alegria celebrar a oportunidade que nos é dada em ser chamados filhos de Deus.
R. Revela a sua visão acerca do mundo, de si mesmo e de sua espiritualidade.
2. Que palavra usada por Jesus revela uma grande falha de caráter no fariseu?
R. Desprezavam.
3. Como foi a atitude do fariseu no templo?
R. Ficou sozinho evitando os pecadores, exaltou a sua santidade e promoveu a sua própria glorificação.
4. Como foi a atitude do publicano no templo?
R. Reconheceu sua condição de pecador e com humildade pediu a misericórdia divina.
5. Quem foi verdadeiramente justificado?
R. O publicano.
2. A glorificação do eu.
Ao passo que o publicano buscava a misericórdia de Deus e assumia sua condição de pecador, o fariseu cometia uma falta de considerável gravidade: A glorificação do seu próprio "eu".
Com uma postura inflada e excessivamente autoconfiante, buscava adorar a um deus chamado "orgulho próprio". Em sua oração de aproximadamente três dezenas de palavras, se autopromove sete vezes: Não sou como os demais, não roubo, não sou injusto, não adultero, não sou como o publicano, jejuo e dou os dízimos. Não há espaço ao Deus amoroso em sua fala, apenas para a promoção de suas próprias "supostas" qualidades.
É importante destacarmos que quando nos inflamos de autoconfiança, desrespeitamos o nosso próprio Deus e desprezamos o seu cuidado para conosco. A ação e o cuidado de Deus para as nossas vidas requerem uma postura de completa renúncia de nós mesmos e uma dependência de sua bondade e misericórdia. Uma oração tão cheia de orgulho jamais alcançaria os ouvidos do nosso Pai.
3. Será humilhado.
A oração do fariseu foi, se considerarmos o número de palavras, sete vezes mais extensa do que a do publicano. Além disso, foi construída com a finalidade de apresentar alguém que, aos olhos do autor, deveria ser exaltado. Tal exaltação iniciara já quando o homem procurou estar de pé à frente. Era uma "ode" a si mesmo.
Essa oração é fruto de uma postura que jamais poderemos aceitar em nossas vidas. Muitas histórias bíblicas nos revelam momentos onde essa prática trouxe consequências lamentáveis para seus protagonistas: Nabucodonosor (Dn 4.29-33), Hamã (Et 6.1-12), Absalão (2 Sm 18.30-33), entre tantos outros.
Em nossas trajetórias e experiências, fujamos dessa armadilha terrível que é o "orgulho" e sejamos sempre conscientes de que Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza (Sl 46.1). Descansemos nEle.
O Mestre finaliza a parábola enfatizando uma grande verdade: "[...] qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado" (Lc 18.14).
II - A ORAÇÃO DO PUBLICANO
1. Sou um pecador.
Os publicanos eram indesejados pelos judeus, pois eram os responsáveis pelo recolhimento dos impostos. Entre alguns conhecidos do Novo Testamento podemos citar os publicanos Mateus e Zaqueu. Muitas vezes eram impedidos de entrar nas sinagogas e no templo e tinham poucas amizades, já que ninguém queria ser visto em companhia de tais pessoas.
Porém, o publicano da parábola se encontrava no templo buscando uma experiência com Deus e sentindo a profunda distância entre o sagrado e a sua vida, envolta em falhas e pecados. Assim como o fariseu, o publicano também orava sozinho, porém por um motivo muito diferente. Enquanto o fariseu buscava a solidão para não ser contaminado com as imperfeições dos demais, o publicano se distanciava dos outros por reconhecer sua pecaminosidade e indignidade de estar ali. Sua postura era de vergonha e humildade aceitando publicamente a sua condição de pecador e culpado por suas falhas.
O pobre homem nem conseguia erguer a cabeça e apenas pronunciou sete palavras carregadas de significado: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" (Lc 18.13) Uma oração que dava ênfase em três grandes verdades: Sou pecador; mereço o castigo e imploro o perdão.
A ação e o cuidado de Deus para as nossas vidas requerem uma postura de completa renúncia de nós mesmos e uma dependência de sua bondade e misericórdia. Uma oração tão cheia de orgulho jamais alcançaria os ouvidos do nosso Pai.
2. Justificados por Deus.
O publicano, ao ouvir falar das verdades divinas, sentiu o seu coração arder. A sua consciência acusava os seus pecados e o levava a um incômodo crescente. Era preciso fazer algo! Enfim, para onde ir? Não havia para onde fugir nem onde se esconder, só havia uma possibilidade: Deus!
Quando o homem se percebe pecador, tem início o processo que o deixará pronto para ser finalmente salvo. O pecado implica separação de Deus, mas quando confessamos o nosso pecado, vivemos uma ação que nos prepara para a libertação e real transformação. Nesse momento, estamos prontos para confessar nossas faltas e aceitar o sacrifício de Jesus. E no Filho de Deus, nos tornamos filhos de Deus.
Todos os que reconhecem a sua condição pecaminosa e aceitam o sacrifício vicário de Cristo, recebem o poder de serem feitos filhos de Deus, adotados na celeste família (Jo 1.12). Quando somos adotados, passamos a ter em Cristo o nosso referencial em todas as áreas da vida, das mais simples as mais complexas. Enfim, passamos a fazer as coisas do mesmo jeito que Jesus faria.
Aquele desprezado e humilhado publicano, ao fazer sua oração, se derramou diante de Deus: Poucas palavras que foram suficientes para expressar sua real condição e um grande desejo de regenerar-se. Uma bela transformação: De um perdido pecador a um homem justificado por Deus.
3. Será exaltado.
O pobre homem chegou diante de Deus com humildade e reconheceu a sua condição pecaminosa. Não havia espaço para orgulho nem para sentimentos altivos, apenas para o reconhecimento de sua condição pecaminosa e o profundo desejo de ser libertado e transformado, e assim foi. Segundo Jesus, esse foi justificado (Lc 18.14). Era o dia de iniciar uma nova vida.
Ele humilhou-se, porém Jesus o valorizou e o exaltou. Ao que se exaltara, restou a reprovação por parte dos que entenderam a mensagem da parábola. É na humildade que nos permitimos desenvolver a nossa dependência da ação divina. Não há maior exaltação do ser humano do que gozar da íntima comunhão com Deus. A glória não deve repousar no homem, mas sim, a todo o tempo, emanar do Pai e assim ser bênção sobre todos. Enfim, o Senhor é o nosso pastor, basta (Sl 23.1).
Quando o homem se percebe pecador, tem início o processo que o deixará pronto para ser finalmente salvo.
SUBSÍDIO 1
"É importante lembrar que o publicano era considerado pela sociedade como um todo, da mesma forma como era visto pelo fariseu - uma companhia que só era adequada aos trapaceiros, vigaristas e adúlteros. Hoje mal podemos imaginar o impacto do pronunciamento de Jesus de que o publicano voltou do templo justificado diante de Deus, enquanto o fariseu não.Não há nenhuma dúvida de que na mente de cada ouvinte havia uma pergunta predominante: Como pode ser isto? Lucas responde esta pergunta quando apresenta a parábola de Jesus. As palavras de Cristo foram dirigidas a 'uns que confiam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros' (18.9).
Muitos dos ouvintes avaliavam sua condição espiritual comparando-se com os outros seres humanos. De acordo com essa medida, alguns de nós podem parecer muito bons! Sua descrição do publicano era também facilmente reconhecível. Ninguém esperaria que um publicano entrasse no templo de forma confiante. Ciente de seus muitos defeitos, tal pessoa ficaria 'em pé, de longe' (18.13). Normalmente o israelita adorador levantava suas mãos quando orava (Sl 28.2; 63.4). Em vez disso, o publicano batia em seu peito, um ato simbólico que expressava pesar e culpa, e pronunciava apenas uma palavra de apelo: 'Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!' (18.13)" (RICHARDS, Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. pp. 181,182).
SUBSÍDIO 2
"Esta parábola tinha a finalidade de convencer alguns que confiavam em si mesmos como justos, e que desprezavam ao próximo. Deus vê com que disposição e propósito vamos a Ele nas santas ordenanças. Aquilo que foi dito pelo fariseu demonstra que ele tinha confiança em si mesmo de ser justo. Podemos supor que estava isento de pecados grosseiros e escandalosos. Tudo isto era muito bom e recomendável.A condição daqueles que não alcançam a justiça deste fariseu é miserável, ainda que este não tenha sido aceito. E por que não foi aceito? Ia ao templo para orar, mas estava cheio de si mesmo e de sua própria bondade; não pensava que valeria a pena pedir o favor e a graça de Deus. Tomemos o cuidado de não apresentarmos orações orgulhosas ao Senhor, e de desprezarmos o próximo. A oração do publicano estava cheia de humildade e de arrependimento por causa do pecado, e desejo de Deus. A sua oração foi breve, porém, com um objetivo: Que Deus fosse propício a ele, que era um pecador. Bendito seja Deus, por termos esta breve oração registrada, como uma oração respondida. E que tenhamos a segurança de que aquele que fez esta oração voltou justificado para a sua casa; assim será conosco se orarmos como ele por meio de Jesus Cristo" (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. p. 838).
CONCLUSÃO
Ao estudarmos as orações presentes na parábola do fariseu e do publicano podemos perceber duas grandes verdades: O quanto as aparências enganam e quão maravilhosa é a misericórdia de Deus por nossas vidas.Que possamos, ao orar, buscar o Senhor com integridade e sinceridade confessando nossas falhas, aceitando o sacrifício de Cristo e com alegria celebrar a oportunidade que nos é dada em ser chamados filhos de Deus.
HORA DA REVISÃO
1. O que o ser humano revela na prática da oração?R. Revela a sua visão acerca do mundo, de si mesmo e de sua espiritualidade.
2. Que palavra usada por Jesus revela uma grande falha de caráter no fariseu?
R. Desprezavam.
3. Como foi a atitude do fariseu no templo?
R. Ficou sozinho evitando os pecadores, exaltou a sua santidade e promoveu a sua própria glorificação.
4. Como foi a atitude do publicano no templo?
R. Reconheceu sua condição de pecador e com humildade pediu a misericórdia divina.
5. Quem foi verdadeiramente justificado?
R. O publicano.
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Subsidio
A Parábola do Fariseu e o Publicano é uma parábola contada por Jesus durante seu ministério terreno (Lucas 18:8-14). O significado da Parábola do Fariseu e o Publicano fala sobre qual deve ser a atitude correta na oração. Neste estudo vamos conhecer o contexto, explicação, significado e as lições dessa que é uma parábola de Jesus muito conhecida entre os cristãos.
Texto bíblico da Parábola do Fariseu e o Publicano
Para algumas pessoas que confiavam em sua própria justiça e menosprezavam os outros, Jesus contou ainda esta parábola: “Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava em seu íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: roubadores, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’. Entretanto, o publicano ficou à distância. Ele sequer ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, confessava: ‘Ó Deus, sê benevolente para comigo, pois sou pecador’. Eu vos asseguro que este homem, e não o outro, foi para sua casa justificado diante de Deus. Porquanto todo aquele que se vangloriar será desprezado, mas o que se humilhar será exaltado!” (Lucas 18:9-14).
Contexto da Parábola do Fariseu e o Publicano
O evangelista nos informa que Jesus contou a Parábola do Fariseu e o Publicano à algumas pessoas que confiavam em si mesmas. Essas pessoas se consideravam justas, e por isso desprezavam os outros. Apesar de ser um grupo indefinido, é muito provável que sua maioria era constituída por fariseus.
Grande parte dos fariseus rejeitava o ensino de Jesus. Muitos deles demonstravam exatamente o comportamento descrito por Jesus nessa parábola. Mas também é verdade que havia algumas exceções, como Nicodemos e José de Arimatéia.
A Parábola do Fariseu e o Publicano sucede imediatamente na narrativa bíblica à Parábola do Juiz Iníquo. Não é possível saber se de fato Jesus contou as duas parábolas na sequência uma da outra. Pode ser que Jesus tenha pronunciado essas parábolas em ocasiões diferentes, e Lucas as organizou dessa forma.
Seja como for, ambas as parábolas estão relacionadas e se completam. Enquanto a Parábola do Juiz Iníquo enfatiza a importância da perseverança na oração, a Parábola do Fariseu e o Publicano destaca a motivação e o comportamento correto ao orar.
O fariseu
Os fariseus consistiam em um partido religioso dos judeus que era radicalmente conservador. Seus integrantes se orgulhavam por se acharem cumpridores da Lei e das tradições. Em diversas ocasiões, Jesus confrontou e repreendeu representantes desse grupo pela religiosidade hipócrita
Era comum que os fariseus fossem ao Templo para orar. Pela fama de piedosos que ostentavam, eles gostavam de exibir sua condição de religiosos fazendo orações em lugares públicos (cf. Lucas 20:47).
O publicano
Os publicanos formavam um grupo profissional da época de Jesus que era empregado dos romanos. Eles exerciam a função de cobrar os impostos e taxas alfandegárias. Os publicanos eram desprezados pelos demais judeus, especialmente pelos fariseus. O motivo disso é que eles eram considerados traidores e corruptos.
Diferentemente dos fariseus, os publicanos não andavam pelas sinagogas. Quando desejavam orar, eles procuravam a área externa do Templo a qual tinham acesso por serem judeus. Foi exatamente isto que fez o publicano da parábola de Jesus.
A oração do fariseu
O fariseu e o publicano estavam no Templo no mesmo período e com o mesmo objetivo: orar. O fariseu muito provavelmente procurou um lugar de destaque; talvez o mais próximo possível do santuário real no Templo.
No Templo, o fariseu orou em pé, olhando para o céu. Aparentemente ele orava a Deus, mas Jesus é claro ao dizer que ele “dirigia uma oração a si mesmo” (Lucas 18:11). Em outras palavras, o fariseu estava falando de si consigo mesmo. Seus elogios eram dirigidos ao seu próprio ego.
Em sua oração, em momento algum ele confessou seus pecados e mostrou arrependimento. Ao contrário disso, o fariseu parecia tentar mostrar para Deus o quanto ele era bom, e como Deus era privilegiado por ter alguém daquela qualidade orando diante dele.
O fariseu focava em se comparar com às outras pessoas. Mas ele não fazia no sentido positivo, como por exemplo, se comparando a homens íntegros como Jó, o profeta Elias, o profeta Jeremias, o profeta Daniel e tantos outros. Na verdade ele se comparava aos demais no sentido negativo, ou seja, ele afirmava não ser um ladrão, um injusto e um adúltero. Quando viu o publicano orando, também o incluiu em sua lista de desprezados. Sua auto -glorificação era à custa da miséria alheia.
Após se comparar com outras pessoas, o fariseu começou a exibir seus grandes feitos como cumpridor da Lei. Na verdade, como um bom fariseu, ele se esforçou para enfatizar que ele fazia ainda mais do que a Lei mandava.
Ele dizia jejuar duas vezes por semana, enquanto a Lei exigia apenas um dia de jejum por ano, apesar de permitir o jejum voluntário em qualquer ocasião (Levítico 16:29). Os fariseus, por sua vez, instituíram a segunda-feira e a quinta-feira como dias de jejum. Muito provavelmente era disso que ele estava falando.
O fariseu da parábola também se orgulhava de pagar o dizimo de tudo o que possuía. A forma com que a frase está construída no grego indica que ele pagava o dízimo até mesmo daquilo que não era exigido, como por exemplo, o dizimo dos produtos que ele comprava de um produtor, o qual já havia sido pago pelo próprio produtor. Ele era tão presunçoso em suas intenções que basicamente tentava cumprir a Lei pelos outros.
A oração do publicano
A oração do publicano foi muito diferente da oração do fariseu. Ele se postou à distância. Ao contrário do fariseu, ele não queria ser visto, apenas desejava desesperadamente o perdão de Deus. O peso e a vergonha por seus pecados fizeram com que ele nem mesmo se atrevesse a olhar para o céu. A Palavra de Deus havia esmiuçado seu ego e o convencido de seus pecados.
Ao invés de se auto - elogiar, ele reconheceu o estado de miséria em que se encontra, e bateu contra o peito se auto - acusando, clamando a Deus por misericórdia: “Ó Deus, sê misericordioso para comigo, o pecador”. As palavras do publicano foram as mesmas do salmista Davi quando disse: “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias” (Salmo 51:1). O único pedido do publicano era para que a ira de Deus fosse removida sobre si. Ele queria simplesmente ser perdoado.
Jesus então declarou que foi o publicano, e não o fariseu, que voltou para a casa justificado. Ele conseguiu o que tanto desejava, a paz repousou sobre ele. O Senhor concluiu essa parábola com uma frase muito apropriada, cujo princípio também presente em várias outras passagens bíblicas: “Porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lucas 18:14).
Isso significa que o homem que se considerava justificado, voltou para casa como um pecador. Já o homem que admitiu ser um grande pecador, voltou para casa justificado.
Significado da Parábola do Fariseu e o Publicano
O significado da Parábola do Fariseu e o Publicano é bastante claro. Essa parábola ensina que devemos orar com a atitude correta. A mensagem dessa parábola complementa o que foi transmitido nos versículos anteriores do mesmo capítulo, na Parábola do Juiz Iníquo, que ensina sobre a importância da perseverança e constância na oração.
Assim, o significado central da mensagem formada por ambas as parábolas é o de que devemos orar constantemente e com humildade de espírito, pois é a verdadeira humildade que leva à exaltação.
Lições da Parábola do Fariseu e o Publicano
Podemos refletir sobre algumas lições práticas importantes que a Parábola do Fariseu e o Publicano nos ensina. Vejamos:
Em primeiro lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que Deus perdoa erros e não justificativa. Em si mesmo, o fariseu considerava que não tinha do que se arrepender. Logo, ele também não tinha do que ser perdoado. Quando alguém não consegue reconhecer seu próprio pecado, isso pode ser o sinal de algo muito mais grave do que simplesmente o orgulho; isso pode até significar a ausência da genuína regeneração (cf. 1 João 1:8-10).
Em segundo lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que não se pode impressionar a Deus. O fariseu tentou impressionar a Deus; ele fez isso se comparando à outras pessoas e mostrando o quanto era superior a elas. Ele se julgava diferente e acima de todos! O publicano, por sua vez, também se comparou às outras pessoas, mas ele se julgou inferior a todas elas. Ele classificou-se a si mesmo como “o pecador”. O apóstolo Paulo também fez o mesmo quando escreveu: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15).
Em terceiro lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que a glória pertence somente a Deus. A oração do publicano expressa uma verdade presente em toda a Bíblia, declarando que a salvação, do início ao fim, pertence a Deus e é atribuída à sua misericórdia e graça (cf. Salmo 51:1; Lucas 18:13; Efésios 2:8; Tito 3:5). O homem é incapaz de justificar-se a si mesmo. A oração do fariseu aparentemente parecia ser uma oração de gratidão. Aos olhos humanos, tal oração poderia realmente representar as palavras de alguém justo e distinto por sua religiosidade. Porém, aos olhos de Deus, tal oração era uma afronta, uma ofensa, pois na verdade ela atacava a glória de Deus, e tentava prover complementos humanos a perfeita obra da redenção.
Em quarto lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que elogio humano pode ser perverso e enganoso. Quando o fariseu começou a se auto-congratular, ele disse que não era um ladrão, um desonesto e um adúltero. William Hendriksen, em seu comentário do Evangelho de Lucas, faz uma observação muito apropriada sobre isso. Ele percebe que tudo o que o fariseu dizia não ser, na verdade, ele era. O fariseu era o ladrão que naquele exato momento roubava a glória de Deus nas palavras de sua oração. Ele era o homem desonesto que defraudava a si mesmo. Por último, ele era o adúltero culpado do pior de todos os adultérios, ao apostatar do verdadeiro Deus (cf. Oseias 1:2; 5:3).
A Parábola do Fariseu e o Publicano nos convida a fazer um importante auto exame.
Texto bíblico da Parábola do Fariseu e o Publicano
Para algumas pessoas que confiavam em sua própria justiça e menosprezavam os outros, Jesus contou ainda esta parábola: “Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava em seu íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: roubadores, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’. Entretanto, o publicano ficou à distância. Ele sequer ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, confessava: ‘Ó Deus, sê benevolente para comigo, pois sou pecador’. Eu vos asseguro que este homem, e não o outro, foi para sua casa justificado diante de Deus. Porquanto todo aquele que se vangloriar será desprezado, mas o que se humilhar será exaltado!” (Lucas 18:9-14).
Contexto da Parábola do Fariseu e o Publicano
O evangelista nos informa que Jesus contou a Parábola do Fariseu e o Publicano à algumas pessoas que confiavam em si mesmas. Essas pessoas se consideravam justas, e por isso desprezavam os outros. Apesar de ser um grupo indefinido, é muito provável que sua maioria era constituída por fariseus.
Grande parte dos fariseus rejeitava o ensino de Jesus. Muitos deles demonstravam exatamente o comportamento descrito por Jesus nessa parábola. Mas também é verdade que havia algumas exceções, como Nicodemos e José de Arimatéia.
A Parábola do Fariseu e o Publicano sucede imediatamente na narrativa bíblica à Parábola do Juiz Iníquo. Não é possível saber se de fato Jesus contou as duas parábolas na sequência uma da outra. Pode ser que Jesus tenha pronunciado essas parábolas em ocasiões diferentes, e Lucas as organizou dessa forma.
Seja como for, ambas as parábolas estão relacionadas e se completam. Enquanto a Parábola do Juiz Iníquo enfatiza a importância da perseverança na oração, a Parábola do Fariseu e o Publicano destaca a motivação e o comportamento correto ao orar.
Explicação da Parábola do Fariseu e o Publicano
A Parábola do Fariseu e o Publicano é constituída de duas orações feitas por dois homens com dois resultados diferentes. Os personagens dessa parábola são: o fariseu e o publicano.
A Parábola do Fariseu e o Publicano é constituída de duas orações feitas por dois homens com dois resultados diferentes. Os personagens dessa parábola são: o fariseu e o publicano.
O fariseu
Os fariseus consistiam em um partido religioso dos judeus que era radicalmente conservador. Seus integrantes se orgulhavam por se acharem cumpridores da Lei e das tradições. Em diversas ocasiões, Jesus confrontou e repreendeu representantes desse grupo pela religiosidade hipócrita
Era comum que os fariseus fossem ao Templo para orar. Pela fama de piedosos que ostentavam, eles gostavam de exibir sua condição de religiosos fazendo orações em lugares públicos (cf. Lucas 20:47).
O publicano
Os publicanos formavam um grupo profissional da época de Jesus que era empregado dos romanos. Eles exerciam a função de cobrar os impostos e taxas alfandegárias. Os publicanos eram desprezados pelos demais judeus, especialmente pelos fariseus. O motivo disso é que eles eram considerados traidores e corruptos.
Diferentemente dos fariseus, os publicanos não andavam pelas sinagogas. Quando desejavam orar, eles procuravam a área externa do Templo a qual tinham acesso por serem judeus. Foi exatamente isto que fez o publicano da parábola de Jesus.
A oração do fariseu
O fariseu e o publicano estavam no Templo no mesmo período e com o mesmo objetivo: orar. O fariseu muito provavelmente procurou um lugar de destaque; talvez o mais próximo possível do santuário real no Templo.
No Templo, o fariseu orou em pé, olhando para o céu. Aparentemente ele orava a Deus, mas Jesus é claro ao dizer que ele “dirigia uma oração a si mesmo” (Lucas 18:11). Em outras palavras, o fariseu estava falando de si consigo mesmo. Seus elogios eram dirigidos ao seu próprio ego.
Em sua oração, em momento algum ele confessou seus pecados e mostrou arrependimento. Ao contrário disso, o fariseu parecia tentar mostrar para Deus o quanto ele era bom, e como Deus era privilegiado por ter alguém daquela qualidade orando diante dele.
O fariseu focava em se comparar com às outras pessoas. Mas ele não fazia no sentido positivo, como por exemplo, se comparando a homens íntegros como Jó, o profeta Elias, o profeta Jeremias, o profeta Daniel e tantos outros. Na verdade ele se comparava aos demais no sentido negativo, ou seja, ele afirmava não ser um ladrão, um injusto e um adúltero. Quando viu o publicano orando, também o incluiu em sua lista de desprezados. Sua auto -glorificação era à custa da miséria alheia.
Após se comparar com outras pessoas, o fariseu começou a exibir seus grandes feitos como cumpridor da Lei. Na verdade, como um bom fariseu, ele se esforçou para enfatizar que ele fazia ainda mais do que a Lei mandava.
Ele dizia jejuar duas vezes por semana, enquanto a Lei exigia apenas um dia de jejum por ano, apesar de permitir o jejum voluntário em qualquer ocasião (Levítico 16:29). Os fariseus, por sua vez, instituíram a segunda-feira e a quinta-feira como dias de jejum. Muito provavelmente era disso que ele estava falando.
O fariseu da parábola também se orgulhava de pagar o dizimo de tudo o que possuía. A forma com que a frase está construída no grego indica que ele pagava o dízimo até mesmo daquilo que não era exigido, como por exemplo, o dizimo dos produtos que ele comprava de um produtor, o qual já havia sido pago pelo próprio produtor. Ele era tão presunçoso em suas intenções que basicamente tentava cumprir a Lei pelos outros.
A oração do publicano
A oração do publicano foi muito diferente da oração do fariseu. Ele se postou à distância. Ao contrário do fariseu, ele não queria ser visto, apenas desejava desesperadamente o perdão de Deus. O peso e a vergonha por seus pecados fizeram com que ele nem mesmo se atrevesse a olhar para o céu. A Palavra de Deus havia esmiuçado seu ego e o convencido de seus pecados.
Ao invés de se auto - elogiar, ele reconheceu o estado de miséria em que se encontra, e bateu contra o peito se auto - acusando, clamando a Deus por misericórdia: “Ó Deus, sê misericordioso para comigo, o pecador”. As palavras do publicano foram as mesmas do salmista Davi quando disse: “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias” (Salmo 51:1). O único pedido do publicano era para que a ira de Deus fosse removida sobre si. Ele queria simplesmente ser perdoado.
Jesus então declarou que foi o publicano, e não o fariseu, que voltou para a casa justificado. Ele conseguiu o que tanto desejava, a paz repousou sobre ele. O Senhor concluiu essa parábola com uma frase muito apropriada, cujo princípio também presente em várias outras passagens bíblicas: “Porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lucas 18:14).
Isso significa que o homem que se considerava justificado, voltou para casa como um pecador. Já o homem que admitiu ser um grande pecador, voltou para casa justificado.
Significado da Parábola do Fariseu e o Publicano
O significado da Parábola do Fariseu e o Publicano é bastante claro. Essa parábola ensina que devemos orar com a atitude correta. A mensagem dessa parábola complementa o que foi transmitido nos versículos anteriores do mesmo capítulo, na Parábola do Juiz Iníquo, que ensina sobre a importância da perseverança e constância na oração.
Assim, o significado central da mensagem formada por ambas as parábolas é o de que devemos orar constantemente e com humildade de espírito, pois é a verdadeira humildade que leva à exaltação.
Lições da Parábola do Fariseu e o Publicano
Podemos refletir sobre algumas lições práticas importantes que a Parábola do Fariseu e o Publicano nos ensina. Vejamos:
Em primeiro lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que Deus perdoa erros e não justificativa. Em si mesmo, o fariseu considerava que não tinha do que se arrepender. Logo, ele também não tinha do que ser perdoado. Quando alguém não consegue reconhecer seu próprio pecado, isso pode ser o sinal de algo muito mais grave do que simplesmente o orgulho; isso pode até significar a ausência da genuína regeneração (cf. 1 João 1:8-10).
Em segundo lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que não se pode impressionar a Deus. O fariseu tentou impressionar a Deus; ele fez isso se comparando à outras pessoas e mostrando o quanto era superior a elas. Ele se julgava diferente e acima de todos! O publicano, por sua vez, também se comparou às outras pessoas, mas ele se julgou inferior a todas elas. Ele classificou-se a si mesmo como “o pecador”. O apóstolo Paulo também fez o mesmo quando escreveu: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15).
Em terceiro lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que a glória pertence somente a Deus. A oração do publicano expressa uma verdade presente em toda a Bíblia, declarando que a salvação, do início ao fim, pertence a Deus e é atribuída à sua misericórdia e graça (cf. Salmo 51:1; Lucas 18:13; Efésios 2:8; Tito 3:5). O homem é incapaz de justificar-se a si mesmo. A oração do fariseu aparentemente parecia ser uma oração de gratidão. Aos olhos humanos, tal oração poderia realmente representar as palavras de alguém justo e distinto por sua religiosidade. Porém, aos olhos de Deus, tal oração era uma afronta, uma ofensa, pois na verdade ela atacava a glória de Deus, e tentava prover complementos humanos a perfeita obra da redenção.
Em quarto lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que elogio humano pode ser perverso e enganoso. Quando o fariseu começou a se auto-congratular, ele disse que não era um ladrão, um desonesto e um adúltero. William Hendriksen, em seu comentário do Evangelho de Lucas, faz uma observação muito apropriada sobre isso. Ele percebe que tudo o que o fariseu dizia não ser, na verdade, ele era. O fariseu era o ladrão que naquele exato momento roubava a glória de Deus nas palavras de sua oração. Ele era o homem desonesto que defraudava a si mesmo. Por último, ele era o adúltero culpado do pior de todos os adultérios, ao apostatar do verdadeiro Deus (cf. Oseias 1:2; 5:3).
A Parábola do Fariseu e o Publicano nos convida a fazer um importante auto exame.
Devemos olhar para nossas vidas e avaliar nossa conduta diante da Palavra de Deus, afinal, fariseus e publicanos continuam espalhados por todos os lugares. Que possamos apontar nossos olhos somente para Cristo; que possamos reconhecer que apenas por seus méritos somos justificados diante de Deus. É em Cristo que encontramos descanso para nossa alma.
Aqui algumas perguntas devem ser feitas:
No dia de hoje, você se parece com o homem que foi para casa justificado ou com aquele que não alcançou perdão?
Quando você olha para sua própria vida através do espelho das Escrituras quem você vê: o fariseu ou o publicano?
Certamente todos nós podemos nos ver de alguma forma através das palavras de Jesus na Parábola do Fariseu e o Publicano.
Certamente todos nós podemos nos ver de alguma forma através das palavras de Jesus na Parábola do Fariseu e o Publicano.
Crédito-Daniel Conegero
Fonte:Estiloadoração.com>paraboladejesus👇
Para concluir, utilizem a:
Dinâmica: Atitudes opostas
Objetivo:
Contextualizar o tema da parábola do Fariseu e do Publicano com a vida dos alunos.
Contextualizar o tema da parábola do Fariseu e do Publicano com a vida dos alunos.
Material:
01 lixeira
¼ da folha de papel ofício para cada aluno
01 caneta para cada aluno
Procedimento:
- Falem: Estudamos sobre atitudes opostas de dois homens, um fariseu e um publicano. Este apresentou, em sua oração, atitude sincera diante de Deus com humildade, enquanto aquele se apresentou com justiça própria e arrogância.
- Perguntem: Qual tem sido nossa atitude diante de Deus?
- Em seguida, distribuam ¼ da folha de papel ofício para cada aluno.
- Peçam para que os alunos escrevam ações que precisam ser retiradas ou melhoradas quanto ao nosso relacionamento com Deus.
- Solicitem para que os alunos coloquem na lixeira os papéis contendo as atitudes apontadas por eles que são negativas. Eles não precisam ler para o grupo o que escreveram.
As atitudes positivas e aquelas que foram acrescentadas os alunos devem socializar para a turma, de forma objetiva.
- Para concluir, leiam:
“Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim”(João 15:2-4).
Créditos. Cpad-Lições Bíblicas-Jovens1º Trimestre de 2021
Comentarista: Marcos Tedesco.
Fonte da dinâmica, Ideia original desconhecida do uso de lixeira. Por Sulamita Macedo///atitudedeaprendiz.blogspot.com.
01 lixeira
¼ da folha de papel ofício para cada aluno
01 caneta para cada aluno
Procedimento:
- Falem: Estudamos sobre atitudes opostas de dois homens, um fariseu e um publicano. Este apresentou, em sua oração, atitude sincera diante de Deus com humildade, enquanto aquele se apresentou com justiça própria e arrogância.
- Perguntem: Qual tem sido nossa atitude diante de Deus?
- Em seguida, distribuam ¼ da folha de papel ofício para cada aluno.
- Peçam para que os alunos escrevam ações que precisam ser retiradas ou melhoradas quanto ao nosso relacionamento com Deus.
- Solicitem para que os alunos coloquem na lixeira os papéis contendo as atitudes apontadas por eles que são negativas. Eles não precisam ler para o grupo o que escreveram.
As atitudes positivas e aquelas que foram acrescentadas os alunos devem socializar para a turma, de forma objetiva.
- Para concluir, leiam:
“Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim”(João 15:2-4).
Créditos. Cpad-Lições Bíblicas-Jovens1º Trimestre de 2021
Comentarista: Marcos Tedesco.
Fonte da dinâmica, Ideia original desconhecida do uso de lixeira. Por Sulamita Macedo///atitudedeaprendiz.blogspot.com.
Jovens - Lições bíblicas: 1° Trimestre de 2021 - Cpad: Tema: Ensina-nos a orar - Exemplos de Pessoas e Orações que Marcaram as Escrituras
Jovens: Estudos, Pregações, Lições Bíblicas, Dinâmicas, Subsídios, Pré - aulas: Arquivo
Jovens: Estudos, Pregações, Lições Bíblicas, Dinâmicas, Subsídios, Pré - aulas: Arquivo
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Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.
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