11 de junho de 2020

Lição 11: Não Cobice os Bens Alheios - Central Gospel

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Miqueias 2.1-5
1- Ai daqueles que, nas suas camas, intentam a iniquidade e
maquinam o mal; à luz da alva o praticam, porque está no poder da sua mão!
2 - E cobiçam campos, e os arrebatam, e casas, e as tomam; assim fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança.
3 - Portanto, assim diz o SENHOR: Eis que projeto um mal contra esta geração, do qual não tirareis os vossos pescoços; e não andareis tão altivos, porque o tempo será mau.
4 Naquele dia, se levantará um provérbio sobre vós, e se levantará pranto lastimoso, dizendo: Nós estamos inteiramente desolados! A porção do meu povo, ele a troca! Como me despoja! Tira os nossos campos e os reparte! - Portanto, não terás tu na congregação do SENHOR quem lance o cordel pela sorte.



Habacuque 2.9
9 - Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos, para pôr o seu ninho no alto, a fim de se livrar da mão do mal!


Lucas 12.15
15 - E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque
a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.



TEXTO ÁUREO
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.", Êx 20.17




SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
Segunda feira - Gênesis 3.1-7
A mulher viu que aquela árvore era desejável
Terça feira - Marcos 4.10-19
Os enganos das riquezas sufocam a palavra
Quarta feira - Josué 7.21-23
A cobiça de Acã leva Israel à derrota
Quinta feira - Mateus 5.27-32
A relação havida entre cobiça e adultério
Sexta feira - Romanos 7.7-12
A Lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom
Sábado - Hebreus 13.1-6
Contentai-vos com o que tendes




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OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
* Entender que a cobiça é o pecado dos olhos e está alinha-da à inveja e à avareza;
* Compreender que a cobiça é idolatria.
* Concluir que os cobiçosos não entrarão no céu.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
A única forma de uma igreja local crescer e se multiplicar é por meio de um programa sistemático de discipulado". As palavras do teólogo norte-americano Warren W. Wiersbe, pastor e professor de disciplinas bíblicas que possui um lastro de conhecimento fundamentado em mais de 50 anos de estudos e ensinamentos sobre as Sagradas Escrituras, reforçam a importância de as igrejas valorizarem um conteúdo programático bem estruturado para os seus membros.
Para atender a essa necessidade, nada melhor do que elaborar um planejamento de Escola Dominical considerando os resultados obtidos no ano anterior, a fim de rever conceitos aplicados e atividades que foram ou não bem-sucedidas. O corpo docente deve reunir-se para debater sobre esses quesitos e expor novas estratégias a fim de dirimir os pontos falhos, considerando sempre o público-alvo, a faixa etária, o espaço físico, as estratégias de ensino, os recursos didáticos e a avaliação (Adaptado de: Revista Educação Cristã Hoje, nº 21. Central Gospel, 2013, p. 17).




Palavra Introdutória
Até aqui, parece estar tudo bem quanto aos nove mandamentos anteriores. A maioria de nós se sente confortável em estar de acordo com as regras inibidoras impostas por aqueles mandamentos. Crer em um só Deus, não fazer nem adorar imagens, não tomar o nome do Senhor em vão, tirar um dia da semana para descansar, honrar pai e mãe, não matar, não adulterar, não roubar e não mentir acerca dos outros são todas regras razoáveis, nas quais a maioria das pessoas pensa se enquadrar (Ex. 20.1-16). Mas, agora, chegamos ao décimo mandamento, e o que parece tão simples se reveste de uma importância gigantesca, capaz de arruinar o futuro eterno da nossa alma: o pecado da cobiça.

Se os outros mandamentos são aplicados aos atos pecaminosos externos contra Deus e o próximo, o décimo mandamento se relaciona aos sentimentos e intenções do coração humano, ou seja, a Lei se aproxima do ensino de Jesus (Mt 5.28). O sétimo e o oitavo mandamentos proíbem a prática do adultério (ato sexual de pessoa casada com alguém que não é o seu cônjuge) e do roubo, mas o décimo mandamento veda até a intenção de praticar ambos. O texto áureo desta lição (Éx 20.17) desdobra esse mandamento em dois: cobiçar a esposa e cobiçar os bens do próximo.



1. O QUE É A COBIÇA
Dentre os termos usados para se referir à cobiça, aparece chamado verbo hebraico usado no décimo mandamento e que significa "desejar". Ele aparece cerca de 14 vezes no Antigo Testamento. O termo grego correspondente no Novo Testamento é epithumia, "desejo intenso, desejo ardente, fixar a mente sobre". Encontramos esse termo aproximadamente 16 vezes. A cobiça é um desejo desordenado, egoísta e não governado. No jardim do Éden, Eva desejou comer do fruto proibido. Seus olhos e seu coração se uniram, e ela transgrediu a ordem divina (Gn 3.6).


1.1. A cobiça e a inveja
Há uma tênue passagem da cobiça para a inveja, a ponto de se confundirem uma com a outra. Enquanto a cobiça acentua o desejo por algo que não é seu, a inveja odeia o fato de esse objeto pertencer a outra pessoa. A inveja não se satisfaz com o sucesso alheio, é uma deformação de caráter. Pode-se dizer que a cobiça é a mãe da inveja.

A sociedade não discrimina a inveja; antes, enxerga-a como um agente motivador que pode levar a alcançar o mesmo sucesso dos que estão no auge, tomando-os como modelos a serem seguidos. Isso, no entanto, só faria algum sentido quando se entendesse a distinção que existe entre admiração e inveja. O admirador aplaude, o invejoso odeia. A Bíblia censura a inveja e diz que ela apodrece os ossos (Pv 14.30; Tg 3.14).

Cobiça é o pecado dos olhos. Esse pecado ocorre quando as janelas do corpo abrem diálogo com o coração, e o coração começa a maquinar um plano de ação.



1.2. A inveja dos antepassados
• Caim não admirou o seu irmão Abel, mas o odiou por ser aceito diante de Deus. Foi por esse motivo que Caim o matou (Gn 4.5-9).
• Os irmãos de José o invejaram tanto que não mediram as consequências para vendê-lo e forjar uma história a fim de enganar o pai, dizendo-lhe que José havia sido devorado por uma fera e, assim, causando a esse pai a dor de um luto que durou muitos anos (Gn 37).
• Moisés sofreu a inveja de Miriã e Arão, seus irmãos (Nm 12.2). Diante disso, Deus exaltou Moisés perante os dois. Arão se arrependeu e pediu para não ser punido, já Miriã não escapou, ficando leprosa (Nm 12.10,11). • Davi sofria a inveja de mãos (1 Sm 17.28).
• Absalão teve inveja de Davi (2 Sm 15.1-37).
• Mamã teve inveja de Mardoqueu (Et 5.9-14).
• Sambalate, Gesém e Tobias tiveram inveja de Neemias (Ne 2.19; 4.7-23).
• Os filisteus tiveram inveja de Isaque (Gn 26.14).

No Novo Testamento, na cidade de Samaria, Simão mostra ter inveja do apóstolo Pedro (At 8.9-24). Diótrefes teve inveja do
apóstolo João (3 Jo 1.9). Os filhos de Ceva tiveram inveja de
Paulo (At 19.13,14). Judas teve inveja de Jesus (Mt 27.18).



1.3. A cobiça e a ambição
Além da inveja e da cobiça, existe a ambição. Esta tem seu lado positivo quando funciona como um agente motivador que impele alguém a buscar algo maior e melhor, como uma vida espiritual de excelência, um nível mais alto de conhecimento ou a aquisição de bens a fim de alcançar uma vida mais confortável.
Contudo, a ambição também apresenta o seu lado ruim quando é desmedida e vinculada à cobiça e à inveja. Jesus condena a ambição quando ela domina o homem e sufoca a Palavra de Deus semeada no coração dele (Mc 4.19).



2 . A COBIÇA E A DERROTA DOS ANTEPASSADOS

A cobiça gera um círculo vicioso. Os muitos casos de cobiça no Antigo Testamento despertaram nos profetas um grande sentimento de repúdio contra esse pecado. Miqueias profetizou contra aqueles que cobiçavam deitados no leito (Mq 2.1,2). Essas palavras trazem à lembrança a ocasião em que Acabe cobiçou a vinha de Nabote (1 Rs 21). Outros exemplos de cobiça e consequentes derrotas podem ser vistos nos subtópicos a seguir.



2.1. Acã
Os hebreus se saíram muito bem em sua primeira conquista na terra de Canaã. Eles destruíram Jericó no grito, e todos estavam compenetrados na missão Os 6). Entretanto, o povo não teve o mesmo êxito na segunda cidade, chamada Ai, por causa da cobiça de Acã Os 7.21). Quem viu e o denunciou foi o próprio Deus! O resultado foi que Acã e toda a sua família foram apedrejados e queimados no vale de Acor, para exemplo da congregação dos filhos de Israel. Acã cobiçou, agiu e morreu Os 7.22-26).


2.2. Davi
Davi cobiçou Bate-Seba, sua súdita, mulher de Urias, soldado do seu exército. Do terraço do palácio, ele a assistia banhando-se em sua casa. A cobiça encheu-lhe o coração, ele mandou que a chamassem e deitou-se com ela (2 Sm 11.1-5). A mulher de Urias engravidou e, para consertar uma situação embaraçosa em relação ao seu marido, o rei promoveu a morte dele, colocando-o à frente do seu exército em uma batalha (2 Sm 11.14,15). Davi cobiçou, foi levado da cobiça ao adultério e do adultério ao homicídio. Tudo começou com o pecado dos olhos: a cobiça.


3 AS ESPECIFICAÇÕES DO MANDAMENTO
O décimo mandamento não é tão genérico. Ele especifica a casa, a mulher, o servo, a serva, o boi, o jumento ou qualquer outra coisa que pertença ao próximo (Ex 20.17). Esse detalhamento serve para ampliar o entendimento, a fim de que se compreenda as dimensões da propriedade.


3.1. Não cobiçarás a casa do teu próximo
Esse pecado nasce do descontentamento com a própria sorte. O ato de olhar para a "casa do vizinho" e observar tudo o que existe nela leva a indagações sobre o lar, a família e os bens do próximo. A cobiça funciona como uma atitude interna. Pode ser identificada nas Escrituras com a própria avareza (Lc 12.15).

Pelo termo casa, compreende-se o todo, não apenas a casa em si, seu tamanho ou a sua arquitetura, mas o que existe nela, o que enche os olhos de desejo.



3.2. Não cobiçarás a mulher do teu próximo
O pecado da cobiça consiste em pecar contra a propriedade. A mulher, no contexto do Antigo Testamento, é considerada propriedade do marido, pertence a outro. A mulher não casada pertencia aos pais; logo, não poderia ser cobiçada, a menos que houvesse uma intenção de possuí-la como esposa, o que normalmente era uma decisão tomada pelos pais (Êx 22.16,17).

O décimo mandamento combina diretamente com o sétimo, sobretudo no que diz respeito ao entendimento que o próprio Senhor Jesus deu acerca do adultério, quando disse que este já ocorria no ato de cobiçar (Mt 5.28). Esse é o ponto no qual toda a lista das Dez Palavras, por mais obedecida que seja, cai por terra; afinal, quem tropeça em um só ponto torna-se culpado por todos os outros (Tg 2.10).



3.3. Não cobiçarás os servos e as servas do teu próximo

Escravidão é um domínio que seres humanos exercem sobre seus semelhantes. Era algo comum na antiguidade, mas, em tempos modernos, infelizmente, ainda há relatos dessa condição de servidão. O serviço escravo deixou marcas de vergonhosa desonra para a classe nobre. O escravo era visto como uma propriedade e como mão de obra. Quanto maior o número de escravos, mais o proprietário podia se gabar de ser rico e poderoso.

Os escravos tanto serviam no campo quanto na casa de seu proprietário. Podiam ser adquiridos como cativos de guerra (1 Rs 20.39; 2 Cr 28.8-15), por compra (Lv 25.44-46), por pagamento de dívida (Ex 21.2-4; 2 Rs 4.1), por presente (Gn 29.24), por herança (Lv 25.44-46) ou por nascimento (Ex 21.4; Lv 25.54).



3.4. Não cobiçarás os animais do teu próximo
O boi e o jumento eram animais usados para arar a terra na agricultura. Enquanto o pobre tinha de arar a terra com a força do braço, aquele que possuía animais fortes para essa tarefa obtinha maior conforto e mais vantagens econômicas (1 Rs 19.19-21). A questão é que o ato de cobiçar os animais dos outros poderia levar o cobiçoso a dar um passo a mais e, um dia, roubar o seu próximo, assim como cobiçar a mulher alheia poderia levá-lo a consumar um adultério.


4. COMO APLICAR ESSE MANDAMENTO HOJE
A Bíblia trabalha diretamente com o que era comum nos dias em que foi escrita. Hoje, não se fala mais em escravidão nem em animais para se arar a terra, mas o pecado da cobiça continua a existir. Um servo de Deus, salvo em Jesus Cristo, não pode ter a mesma conduta de um ímpio, que não obedece às Escrituras (Ef 5.3). A cobiça se enquadra na lista das obras da carne (G1 5.19-21), mais especificamente na acepção do pecado da inveja.

Não há nada de errado em desejar o que é bom, necessário e legítimo. Qualquer ser humano desprovido de desejos e vontades não teria o impulso necessário para realizar qualquer coisa na vida, a começar pela busca do pão para a sua sobrevivência. A distinção deve ser feita ao almejar o que convém e desprezar o que não convém. A cobiça é perniciosa porque faz com que o indivíduo ponha os olhos sobre o que é do próximo e, em sua mente, coloque-se no lugar dele, passando a desejar o que é do outro e, por fim, desejando ser o outro, ou seja, a cobiça se transforma em inveja. É por isso que a cobiça da carne e a cobiça dos olhos não procedem do Pai (1 Jo 2.15-17).



CONCLUSÃO
Em uma sociedade tão ávida por adquirir bens de consumo, incentivada por excelentes profissionais de publicidade, capazes de incutir na mente de pessoas mais suscetíveis à propaganda necessidades que não existem, precisamos aprender a vigiar nossos impulsos e a nos guardar do pecado da cobiça, que derrotou e ainda destrói tantas pessoas no mundo, fazendo-as escravas do mercado e afundando-as em dívidas impagáveis.

Em relação a tudo isso, a Palavra de Deus recomenda: Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: não te deixarei; nem te desampararei (Hb 13.5). A cobiça é um pecado que pode aliar--se diretamente ao adultério, à ganância e à avareza, que é idolatria (1 Co 6.10).




ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Há uma tênue passagem da cobiça para qual pecado?
R: Inveja








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