11 de fevereiro de 2022

Aula Bíblica Adultos Betel – Lição 07: Povo de Deus – Ovelhas do seu Rebanho

 ✋ A paz do Senhor Jesus Cristo a todos que amam a palavra de Deus, sejam muito bem vindos.

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TEXTOS DE REFERÊNCIA
  Ezequiel 34. 17-20
17- E, quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu julgarei entre gado pequeno e gado pequeno, entre carneiros e bodes.
18- Acaso não vos basta pastar o bom pasto, senão que pisais o resto de vossos pastos a vossos pés? E beber as profundas águas, senão que enlameais o resto com os vossos pés?
19- E, quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que foi pisado com os vossos pés e bebem o que tem sido turvado com os vossos pés.
20- Por isso, o Senhor Jeová assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre o gado gordo e o gado magro.


LEITURAS COMPLEMENTARES
 SEGUNDA / Sl 95.7
Povo do seu pasto e ovelhas da Sua mão.

TERÇA / Is 53.6
Ovelhas desgarradas.

QUARTA / Jo 10.11
Jesus, o Bom Pastor.

QUINTA / Rm 15.1-2
Suportando as fraquezas em amor.

SEXTA / 1Co 11.30
Atitudes erradas e falta de amor na igreja.

SÁBADO / 1Tm 4.7-8
A importância de exercitar a piedade.


TEXTO ÁUREO
  Ezequiel 34.11
Porque assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.


VERDADE APLICADA
O povo de Deus é comparado a ovelhas do rebanho do Supremo Pastor.


OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar os tipos de ovelha no rebanho de Deus.
.  Mostrar as ovelhas carentes de cuidados especiais.
Explicar o julgamento de Deus no meio do rebanho.

   
Momento do louvor
Harpa Cristã: 04


Harpa Cristã: 05


Harpa Cristã: 77


🙏
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para não perder a saúde espiritual, mas ser totalmente dependente do Senhor.


ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- O povo de Deus como rebanho de ovelhas
2– Ovelhas debilitadas
3– Julgamento e providências de Deus
Conclusão


INTRODUÇÃO
Nesta lição, abordaremos o relacionamento de Deus com o Seu povo, destacando Seu cuidado, julgamento e promessas, bem como algumas características e atitudes presentes no meio do povo de Deus.


PONTO DE PARTIDA
Somos ovelhas do rebanho do Bom Pastor.

1- O POVO DE DEUS COMO REBANHO DE OVELHAS
Em diversos textos bíblicos encontramos referências metafóricas do povo de Deus como ovelhas [Sl 23; Is 53.6; Ez 34, Jo 10]. Assim, é fundamental refletir sobre esta comparação bíblica, pois muito contribuirá na compreensão acerca das características dos que pertencem ao Senhor, suas necessidades, limitações e como se dá nosso relacionamento com Deus. Que o Espírito Santo nos esclareça em tão valioso estudo.


1.1. Algumas características de uma ovelha.
As Escrituras Sagradas contêm uma rica diversidade de expressões literárias, usadas por diversos escritores, sob a inspiração divina, para comunicar a mensagem de Deus à humanidade. Assim, quando Deus falou por Ezequiel que os judeus eram “ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto” [Ez 34.31], o público de Ezequiel tinha em mente o que significava um rebanho de ovelhas, pois fazia parte do cenário palestino.

A Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia registra alguns motivos para os crentes serem chamados de ovelhas:
1) Ovelha é um símbolo claro de dependência do crente a Deus;
2) Uma natureza semelhante às ovelhas de impotência (em relação à existência terrena e da vida além);
3) Ovelhas são usadas como emblemas de mansidão, simplicidade, inocência.

Antônio Neves de Mesquita escreveu sobre Ezequiel 34
– A volta do povo à sua terra está garantida: 
“Esta é uma nota alvissareira para um povo desiludido, nota que vem sendo oferecida desde os dias de Jeremias (23.1-4), quando o povo ainda se encontrava nas suas casas e nos seus campos, quando a dureza do cativeiro numa terra estranha, no meio de um povo estranho e de língua estranha não tinha sido sentida. (…) Deus agora é o pastor que busca as suas ovelhas, como ensinou Jesus 500 anos mais tarde, em João 10.”


1.2. A ovelha conhece o seu pastor.
Quando o Senhor Jesus proferiu a parábola do bom pastor em João 10, Ele menciona uma importante característica da ovelha: “o seguem, porque conhecem a sua voz” [Jo 10.4] e “das minhas sou conhecido” [Jo 10.14]. São expressões que retratam uma relação íntima entre pastor e ovelhas. Trata-se de um conhecimento fruto de relacionamento. Cada pessoa que diz ser discípula de Cristo precisa crescer no conhecimento acerca de Jesus Cristo [2Pe 3.18]. Conhecimento que resulta em seguir [Jo 10.4] e confiar [Sl 9.10].

É bem conhecido o relato, citado também por Charles L. Allen, acerca de um rapaz e um senhor idoso que, diante de uma grande multidão, recitaram o Salmo 23.
Ao final da fala de ambos e das diferentes reações da plateia (após a fala do rapaz, aplausos e pedidos de “bis”; após as palavras do senhor, profundo silêncio e atitude de oração), “o jovem se levantou e disse: Vocês bisaram a minha declaração do salmo, mas ficaram em silêncio depois que meu amigo terminou. Por que será? Vou lhes dizer. É que eu conheço bem o salmo, mas ele conhece o Pastor”.


1.3. A ovelha ouve e segue o pastor.
Como resultado de conhecer, as ovelhas ouvem e seguem o pastor [Jo 10.4]. F. F. Bruce escreveu: “Mais de um rebanho podia ser abrigado em um destes cercados (curral das ovelhas); o pastor precisava somente chamar da entrada, e suas ovelhas reconheciam sua voz e se aproximavam”. É preciso que cada cristão esteja atento para ouvir e distinguir a fala do Bom Pastor, bem como disposto para obedecer. Em certa ocasião o Senhor disse a alguns ouvintes que quem é de Deus (ou seja, quem verdadeiramente tem Jesus como seu Pastor), escuta – não apenas ouvir com atenção, mas obedecer – as Palavras de Deus [Jo 8.47].


Craig S. Keener comenta sobre João 10.3-4: “As ovelhas eram consideradas uma das espécies animais mais obedientes.
No Antigo Testamento, quando se afirma que Israel “ouve a voz de Deus”, o sentido é que o povo obedece à Lei e acata a mensagem do Senhor transmitida pelos profetas. Aqueles que de fato eram suas ovelhas – isto é, estavam em aliança com ele – o conheciam”. Hartley enfatiza que a ovelha necessita de direção e proteção. Sendo assim, a ovelha tem a responsabilidade atender à voz de Seu Pastor [Sl 95.7]. Se porventura se desvia, então deve confessar o erro e voltar para o Senhor [Is 53.6].

>>O povo de Deus é comparado a ovelhas do rebanho do Supremo Pastor. Algumas características da ovelha são: conhece, ouve e segue o seu pastor.


2- OVELHAS DEBILITADAS
Há ovelhas que, espiritualmente, portam deficiências, ou seja, necessidades especiais. Muitas delas andam em cadeiras de rodas ou de muletas da fé, vivendo todo dia como aquele coxo na porta chamada formosa do Templo em Jerusalém, pedindo esmolas, morrendo à míngua, perto do alimento, da cura e da saúde espiritual [At 3.1-8].


2.1. A ovelha fraca.
Não se trata daquela fraqueza da qual Paulo mencionou: “quando estou fraco, então sou forte” [2Co 12.10] – ou seja, plenamente consciente de sua dependência da graça e do poder de Deus. Aqui se refere àquele que faz parte de uma igreja local, tem à disposição dele tudo o que é necessário para um contínuo fortalecimento espiritual, mas não aproveita. Não prioriza o necessário e diário cuidado espiritual. Não se exercita na piedade [1Tm 4.7-8]. Como resultado, não tem resistência contra as adversidades da vida na terra, as tentações e os ataques das hostes espirituais da maldade. Falta-lhe aperfeiçoamento e crescimento [Ef 4.12]. Assim, estão suscetíveis a doenças espirituais; são infantis, melindrosas e se sentem ofendidas por qualquer coisa [1Co 13.4-7, 11].


As ovelhas saudáveis precisam ajudar a amparar as ovelhas fracas, suportando suas fraquezas em amor [Rm 15.1-2].

Há duas situações no contexto da ovelha fraca: primeira, está faltando pastores competentes que tenham condições de oferecer alimento de boa qualidade, água cristalina [Sl 23.2], e que manejem bem a Palavra da verdade [2Tm 2.15]. Segunda, a ovelha negligente ouve, mas esquece [Tg 1.22-25]. Ela ouve de mau grado, com o coração endurecido [Mt 13.15], não dá valor ao ensino, é semelhante à onda do mar, lançada pelo vento de um lado para outro [Tg 1.6], constrói sua casa na areia, porque ouve e não pratica [Mt 7.26-27].


2.2. A ovelha doente.
O texto diz: “e a doente não curastes” [Ez 34.4]. Assim como a “fraca”, a doença de uma ovelha pode ser de diferentes tipos e causas. Os pastores e a Igreja precisam estar atentos, agir com prudência e buscar serem guiados pelo Espírito Santo para lidarem com “ovelhas doentes”. Pois há doenças físicas, emocionais e espirituais. Assim como há diversas origens da doença. Por exemplo, Paulo disse que muitos estavam “fracos e doentes” [1Co 11.30] por causa de atitudes erradas e falta de amor no contexto de uma igreja local. É possível que a doença seja causada pelo pecado [Mc 2.1-12; Tg 5.14-15]. É possível que a ovelha esteja doente como resultado da negligência relatada no tópico anterior.

Wagner Gaby sobre os tempos trabalhosos descritos por Paulo em 2Timóteo 3.1-9: “Numa análise didática, podemos classificar essas doenças em intrapessoais (orgulho, vaidade, egoísmo, avareza e incontinência); sociais (desobediência aos pais, ingratidão, falta de amor, crueldade, dureza de coração, calúnia, traição, hipocrisia, aversão ao bem e abuso de poder); e religiosas (blasfêmia, irreverência com o sagrado e amor aos prazeres)”. Quantas ovelhas estão padecendo com alguma doença!


2.3. A doença espiritual.
Há textos bíblicos onde os escritores, inspirados pelo Espírito Santo, para descrever a situação espiritual do povo, utilizam linguagem metafórica, como se o povo estivesse enfermo [Is 1.5-6]. David F. Payne comenta sobre o texto de Isaías: “Com o intuito de ampliar a metáfora do profeta, poderíamos descrever os v. 2-9 como o diagnóstico da enfermidade da nação, os v. 10-23, como a receita para a cura, e os v. 24-31 como o prognóstico. A enfermidade é dupla: é moral e religiosa (v.2ss) e também psicológica (v.5-9)”. Interessante ser feita, também, a seguinte comparação entres as dimensões física e espiritual: nem sempre a pessoa percebe que está doente de imediato. Portanto, espiritualmente, é necessário um constante exame, sempre à luz da Palavra de Deus e do Espírito Santo [2Co 13.5; Sl 139.23-24].

Há duas situações no contexto da ovelha doente: 
Primeiro, o pastor tem o compromisso de se preocupar com ela e lhe aplicar a medicação certa, sem paliativos, nem excessos; segunda, a ovelha deve se conscientizar de que está doente e precisa de ajuda, precisa ser tratada, não pode ignorar a sua situação.

Há ovelhas que, espiritualmente, portam deficiências, isto é, necessidades especiais.


3- JULGAMENTO E PROVIDÊNCIA DE DEUS
No capítulo 34 de Ezequiel, o profeta anuncia o julgamento divino contra os maus pastores – os governantes e líderes de Israel – e, também, contra os que estavam no rebanho e adotavam atitudes prejudiciais ao bem-estar coletivo [Ez 34.1-2, 10, 17-31]. Porém, este texto também revela as ações de Deus em favor de Suas ovelhas e a mensagem de esperança futura, com a vinda do Pastor Messiânico, o Bom Pastor.


3.1. Atitudes soberbas e egoístas.
O Senhor inicia o pronunciamento de julgamento condenando posturas que indicam soberba e egoísmo – “pisais o resto” e “enlameais o resto” [Ez 34.18]. São atitudes que lembram irreverência, ausência de amor fraternal e ganância. São atitudes que caracterizam os últimos dias da Igreja na terra, identificados como tempos trabalhosos [2Tm 3.1-7]. Interessante notarmos que tais posturas partiam de pessoas que estavam ali, no meio do rebanho, causando dificuldades para as “ovelhas” do Senhor [Ez 34.19]. É um alerta para cada membro do rebanho de Jesus não se deixar levar pela soberba, competição, egoísmo e autossuficiência [Rm 15.1-4; Fp 2.3-4; 1Co 10.24].


Russell P. Shedd comentou sobre Filipenses 2.3-4:
“Enquanto que o versículo 3 dá ênfase a uma humildade decisiva e ativa, o versículo 4 aplica o altruísmo a uma preocupação positiva pelas necessidades e aspirações de um irmão. Não devemos procurar o que é vantajoso para nós pessoalmente, mas tentar sempre olhar qualquer questão relacionando-a ao outro, pensando no que seria vantajoso para ele, e então agir de acordo.”


3.2. Atitudes que causam feridas e tropeços.
A seguir o Senhor se volta contra os que “empurram”, desprezam e procuram colocar outros para fora do rebanho [Ez 34.21]. Tais atitudes são totalmente contrárias ao que determina a Palavra de Deus quanto à convivência no seio da Igreja: “…tenham os membros igual cuidado uns dos outros” [1Co 12.25]. É preciso cuidado, pois é possível que, não apenas ações, mas palavras e omissões também provoquem “empurrões” e tropeços, dificultando, assim, o desenvolvimento do rebanho do Senhor. Fomos introduzidos no Corpo de Cristo pela ação do Espírito Santo [1Co 12.13]. Agora, é preciso andar em Espírito para que sejam produzidas em nós algumas virtudes que nos norteiem na convivência no seio da Igreja [Cl 3.12-16].

Taylor comentou sobre Ezequiel 34.17-22:
“O bom Pastor agora torna-se Juiz e trata das ovelhas más no meio do rebanho, isto é, os nobres opressores ou a classe mercantil intimidadora. (…) Ezequiel diz que os cidadãos poderosos e prósperos, que tomavam gananciosamente para si todas as coisas boas da terra negando o seu benefício aos seus semelhantes, seriam julgados pelo Pastor. O rebanho será realmente purificado, não somente de sua má liderança, como também dos maus membros.”


3.3. A providência divina.
O capítulo 34 de Ezequiel não apenas anuncia o julgamento divino, mas contém, também, diversas expressões que apontam para o agir do Senhor, como Pastor, em favor de Suas ovelhas: “livrarei, procurarei, buscarei, apascentarei… levantarei um só pastor”! São termos que lembram a mensagem do Salmo 23. Como escreveu Phillip Keller: “Como o Senhor é meu pastor, nada me faltará. A expressão “nada faltará” traz um conceito de não sofrer deficiência de nada – nem de carinho, nem de orientação, nem de cuidados”. Para aquele povo no cativeiro, tal mensagem era um refrigério e cheia de esperança.

F. F. Bruce: “No lugar dos mercenários que se mostraram infiéis ao seu chamado, Deus vai colocar sobre eles um novo pastor, a quem ele chama o meu servo Davi (cf. 37.24-25)
– O “príncipe” (ARA) messiânico (cf. Jr 23.1-6). (…) A parábola do bom pastor em João 10.1-16, que tem esse oráculo como o seu pano de fundo do Antigo Testamento, sugere que a reivindicação de Jesus é que ele é o Messias davídico: aquele “um só pastor” de João 10.16 é um eco proposital da mesma frase de Ezequiel 34.23.”

O profeta Ezequiel anunciou o julgamento divino contra aqueles que praticavam atitudes prejudiciais ao bem-estar coletivo.


CONCLUSÃO
Como ovelhas do rebanho do Senhor precisamos saber que o cuidado de Deus com o Seu povo inclui julgamento, disciplina e promessas. É necessário nos submetermos ao pastoreio do Senhor Jesus.


 
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Se é ensinar, haja dedicação ao ensino". Rm12 : 7b.
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Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.
Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...
Filipenses 3:13,14
 
     

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