8 de janeiro de 2021

Aula Bíblica Jovens e adultos – Lição 02: Mateus, o Apóstolo Improvável: Central gospel

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
   Mateus 9.9-13;
9 E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.

10 E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos.

11 E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?

12 Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.

13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.



   
Mateus 10.1-7
1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.

2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;

3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;

4 Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.

5 Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;

6 Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;

7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.

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TEXTO ÁUREO
  E, depois disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me. Lucas 5.27


OBJETIVOS
Compreender as circunstâncias do chamado de Mateus;
Saber que o apóstolo foi usado por Deus para escrever um dos evangelhos;
Conhecer o resumo biográfico do evangelista que defendeu a genealogia de Cristo a partir de Abraão.


PALAVRA INTRODUTÓRIA
Professores, nesta lição ensine os detalhes da vida de Mateus e mostre aos alunos que Deus faz heróis com qualquer tipo de pessoa, só Ele faz isso.

- O segue-me de Jesus”, conforme relata os evangelhos, Mateus ao ouvir o chamado de Jesus, abandonou tudo e o seguiu, e ele trabalhava em um serviço muito rentável, comente com seus alunos, que às vezes precisamos abandonar algumas coisas muito rentáveis financeiramente, para seguir a Jesus.

- Funcionário do império romano”, Roma para poder cobrar impostos usava coletores da própria região, por isso haviam muitos cobradores de impostos judeus, mas o judeus consideravam esses coletores, como traidores, aliados de Roma, e os chamavam de “publicanos”, talvez tenha sido isso que chamou a atenção de Mateus, vendo Jesus um homem tão respeitado pela multidão chamando ele, que era tão desprezado por todos.


1. MATEUS O HOMEM
1.1. Evidências bíblicas
1.1.1. No Evangelho de Mateus
- O próprio Mateus é quem escreve esse evangelho e relata a sua própria história.


1.1.2. No Evangelho de Marcos

- Comem na casa de Levi, juntamente com publicanos”, Mateus chamou seus amigos ao banquete com Cristo, mas como ele era rejeitado pela sociedade, então seus amigos eram outros rejeitados. Às vezes os religiosos estão críticos demais e a única forma de Jesus alcançar os rejeitados é com um convite simples diretamente a um rejeitado.


1.1.3. No Evangelho de Lucas
- Citá-lo como Mateus”, nota-se que após o primeiro encontro com Jesus o nome de Mateus é mudado, talvez por Jesus ou pelo próprio Mateus, assim como aconteceu com Paulo, pois ao que tudo indica o próprio apóstolo mudou seu nome de Saulo para Paulo.


1.1.4. No livro de Atos
- Reunidos com outros seguidores”, Jesus tinha doze apóstolos, mas também muitos seguidores, que naquela ocasião chegou a mais de quinhentos, mas na festa de pentecostes eram somente 120.


1.2. A família de Mateus
1.3. O ofício de Mateus

- Corrompiam o sistema”, na sua maioria os cobradores de impostos tiravam um dinheiro por fora cobrando a mais do povo que não sabia fazer o cálculo para o imposto.
- Casa de Herodes”, o império romano administrava as províncias nomeando seus sacerdotes e reis. Para governar um província tinha que ser parceiro de Roma. Assim era Herodes e Anás (sumo sacerdote). Ambos tinham permissão de Roma para serem líderes. Roma fazia isso para manter a paz na região.
Em Lucas 3.2 fala de dois sumos sacerdotes, Anás e Caifás, a explicação é que Caifás deveria ser o sumo sacerdote, mas ele não se dava com Roma e por isso o procurador nomeou o sogro de Caifás chamado Anás.


1.4. A hospitalidade de Mateus
- Que ele dedicara ao Senhor”, alguém pode acabar pensando que Mateus fez o banquete para poder levar a sua nova fé aos seus amigos, mas o texto não dá a entender isso. Parece que Mateus fez pela alegria que estava sentindo.


2. MATEUS, O SERVO
- Tanto a grandeza quanto a simplicidade”, a grandeza porque Mateus não hesitou diante do chamado e simplicidade das palavras de Jesus. Foi a conversão mais rápida da Bíblia.


2.1. O trabalho missionário
- Mateus e muitos outros discípulos, como Barnabé, João Marcos, Apolo e muitos outros, fizeram obra missionária como Paulo, apenas Paulo é mais conhecido por ter doutrinado e estruturado as igrejas.


2.2. Os últimos dias do apóstolo
- Tradição da igreja primitiva”, são narrativas e livros escritos pelos pais da igreja, foram pastores que viveram depois dos apóstolos.
- Entre os etíopes”, assim como os outros apóstolos Mateus também foi martirizado, ele morreu na Etiópia perfurado por lanças.


3. MATEUS, O EVANGELHO
- Foi escrito aos judeus”, cada evangelho foi escrito para uma povo especificamente e por isso tem características próprias. Marcos foi escrito para os romanos, Lucas para os gregos e João para a Igreja.
- Mais eclesiástico”, eclesiástico se refere à igreja. Parece que somente nesse evangelho aparece o termo igreja e isso por duas vezes. Mateus 16.18 e 18.17


3.1. A autoria
- Palestina”, é a região da terra de Canaã, que compreendia a Judeia, a Galileia, Samaria, Gaza e Sinai. Atualmente Israel ocupa uma grande parte desses territórios.
- Todos esses detalhes apontam”, mesmo que um livro tenha o nome do autor, deve-se analisar as evidências internas, pois naquela época a autoria não tinha grande valor e muitas obras eram atribuídas à pessoas importantes somente para terem o crédito.


3.2. Composição canônica
- Os evangelistas”, se refere aos autores dos quatro evangelhos.
- “recursos narrativos próprios”, isso porque o Espírito Santo somente os inspirava e não ditava as palavras nos seus ouvidos, mas trazia-lhes à memória fatos vistos ou ouvidos para que fossem escritos.
- Linha cronológica”, é a linha de tempo, quer dizer que o autor não seguiu a ordem de tempo para registrar os fatos.
- Abordagem tópica”, quer dizer que ele abordou por tópico, ou por assunto.


3.3. Por que Mateus escreveu aos judeus?
- João escreveu à Igreja”, A maior pregação de João era o amor, e por essa característica ele achava que devia passar a mensagem de Cristo de forma universal. João por exemplo não cita o texto de Mateus 15.26, onde Jesus afirma sobre “tirar o pão da boca dos cachorrinhos” talvez esse texto fosse muito pesado para os novos convertidos da época.
- Lucas escreve aos gregos”, os gregos eram um povo muito ligado à perfeição humana, admiravam as esculturas do corpo perfeito, por isso Lucas passa Jesus como o homem perfeito chamando-o de o “Filho do Homem”. Devido às exigências culturais dos gregos havia a necessidade de expor os fatos de forma fidedigna, por isso Lucas faz um amplo trabalho de campo, pesquisando as fontes.
- Marcos dedicou-se aos romanos”, sobre ele deixo que você pesquise sozinho. É bom para treinar!


3.3.1. As expectativas judaicas
- Deveria ser”, isso é uma forma egocêntrica de se interpretar o texto sagrado, onde a pessoa só extrai o que lhe interessa e não analisa de forma a entender o que o autor queria passar. Esse erro acontece ainda hoje, a hermenêutica é a ciência que visa corrigir esse problema.
*Hermenêutica é a ciência ou arte da interpretação de textos, é um ramo da filosofia.


3.3.2. O estilo literário
- Citação dos profetas do Antigo Testamento”, pelo grande número de citações do AT entendemos que Mateus era conhecedor do judaísmo.
- Mateus não explica seus comentários sobre”, o fato de Mateus não explicar as práticas religiosas dos judeus dá a entender que ele estivesse escrevendo para quem conhecia o assunto e por isso não havia necessidade de maiores explicações.


Mateus, o apóstolo improvável
1 – Mateus, o homem
Origem ‐ Cafarnaum, na Galileia, é a provável localidade de origem desse discípulo.

Nome – Mateus (Mt 9.9,10; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) ‐ Levi (Mc 2.14, 15; Lc 5.27‐29).

Profissão – Coletor de impostos (publicano). Funcionário a serviço de Roma que dominava toda a região da Judéia.

Reputação – Os romanos tratavam os publicanos com muita desconfiança comparando‐os, muitas vezes, a gatunos e oportunistas. Em Israel eram vistos como traidores da nação, apóstatas, gentios e pecadores. ↘

“E, se não as escutar, dize‐o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera‐o como um gentio e publicano.” Mt 18.17.

“Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram‐lhe eles: O primeiro. Disse‐lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.” Mt 21.31‐32


2 – Mateus, o servo
O chamado ‐ “E, depois disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse‐lhe: Segue‐me.” Lc 5.27

Deixar tudo para acompanhar Jesus numa vida de discipulado itinerante provavelmente exigiu mais sacrifício para Mateus do que para alguns dos outros discípulos, pois Mateus era relativamente próspero para os padrões da época.

O trabalho missionário – Embora alguns estudiosos afirmem que Mateus dedicou‐se ao ministério apenas entre os judeus existem diversos relatos que vinculam a sua atuação a lugares como Pérsia, Macedônia e Etiópia.


3 – Mateus, o evangelho
Público alvo ‐ Os propósitos do Evangelho esta ligados com a comunidade formada pela maioria de judeus cristãos para a qual Mateus dirigiu seu evangelho. Mateus combina de forma única um intenso interesse pelas questões pertinentes aos judeus com igual ênfase na hostilidade de Jesus para com os líderes judaicos.

Mateus é o evangelho com duas vezes mais citações do Antigo Testamento do que qualquer outro e com o maior interesse na relação de Jesus com a Lei; mesmo assim, quando vemos o relacionamento de Cristo com a Lei neste evangelho, percebe‐se que é uma relação mais de contraste do que de continuidade (Mt 5.17‐48).

O plano da narrativa de Mateus

Mateus 1.1 a 4.16 ‐ proporciona uma introdução ao ministério de Jesus.

Mateus 4.17 a 16.20 ‐ descreve o desenvolvimento desse ministério, por meio de amostras da pregação de Cristo (Mt 5 a 7); dos milagres de cura (8.1 a 9.34); prediz e ilustra a oposição ao seu ministério (Mt 9.35 a 12.50); explica e narra a polarização progressiva da resposta positiva e negativa à sua obra (Mt 13.1 a 16.20).

Mt 16.21 a 28.20, enfatiza primeiro o ensino de Cristo sobre sua morte iminente, bem como suas implicações para o discipulado e a Igreja (16.21 a 18.35). Jesus então concentra‐se em sua jornada final e fatídica para Jerusalém e prediz o juízo sobre todos os que o rejeitassem

(Mt 19 a 25). Finalmente, o sofrimento e da morte de Cristo. Deus o ressuscita dentre os mortos, dando poder a Ele e aos seus seguidores para a evangelização mundial (Mt 28).

Visão que Mateus tinha de Jesus

O apresenta como impecável em suas credenciais judaicas ‐ é um verdadeiro filho de Davi e de Abraão e, portanto, qualificado para ser o Messias (Mt 1.1).

O ministério do Messias aos marginalizados pela sociedade, os quais os judeus ortodoxos rejeitavam. Mateus revela Cristo como essencialmente um Mestre, particularmente por meio de longos blocos de sermões (Mt 5 a 7; 10; 13; 18; 23 a 25).

Para Mateus, Jesus é também o Filho de Deus, de acordo com os textos‐chave da narrativa (Mt 2.15; 4.3,6; 14.33; 16.16; 26.63; 27.40,43), ou, mais especificamente, o "Emanuel" ‐ Deus conosco (Mt 1.23; 28.20).

É a personificação da Sabedoria, o qual dará ao seu povo um jugo mais suave e descanso para as almas cansadas (Mt 11.25‐30).

Ele é o Senhor ‐ mestre e Deus, digno de adoração, capaz de operar milagres que só a divindade pode efetuar (Mt 8.2,6,25; 9.28).

É o Rei dos judeus (27.1), mas não no sentido nacionalista ou militarista. Ele é o Filho do homem (Mt 26.64).

Jesus e a igreja

Mateus se preocupa com a natureza da comunidade cristã ‐ o discipulado e a Igreja. Usa a palavra "igreja" ‐ três vezes (Mt 16.18; 18.17, duas vezes). A maior parte do ensino de Jesus em Mateus consiste em instruções dadas aos discípulos sobre como se relacionariam com a comunidade depois de sua partida.

Adverte contra os falsos mestres e profetas, principalmente os de natureza antinomiana, que posteriormente se infiltrariam na comunidade cristã (Mt 7.15‐23).


Conclusão
Pela graça e pela misericórdia de Deus, Mateus, de possível corrupto, passou a apóstolo do Cordeiro.
CONCLUSÃO
- Pela graça”, analisando a vida de Mateus compreendemos porque Deus liberta o pecador e o faz anunciador do evangelho, se tinha tanta gente mais capacitada na época. A vida de Mateus seria uma pregação sem palavras, os outros publicanos e corruptos que conheciam ele antes, agora ao verem um Mateus transformado saberiam que há salvação também para eles.
- Aprendemos que Deus faz heróis com qualquer tipo de pessoa, só Ele faz isso.

- Faça o encerramento apresentando o resumo e anunciando a próxima aula.
Fonte/crédito
- Pr. Geziel Gomes:
(Revista: Central Gospel)



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