9 de abril de 2020

Lição 02: Jesus Cristo e Missões nos Salmos: Vídeos - aulas, Slides, Betel: Adultos


Texto Áureo
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
Salmos 22.1



Verdade Aplicada

Os Salmos também testificam de acerca de Jesus Cristo, Sua obra e o plano divino de alcançar os povos para que todos O adorem.



OBJETIVOS DA LIÇÃO
Compreender as mensagens proféticas sobre o Messias;
Apresentar o sofrimento do Messias;
Destacar a missão dado por Cristo ao seu povo.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
Salmos 2
1. Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs?
2. Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo:
3. Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.


Salmos 22
27. Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face.


Salmos 110
1. Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.

Hinos Sugeridos
Harpa Cristã: 37





Harpa Cristã: 204



Harpa Cristã: 515
Introdução
Nesta lição, estudaremos salmos messiânicos e missionários, destacando a mensagem profética, o sofrimento, o triunfo de Cristo o e propósito de Deus para todos os povos.


Não são poucos os salmos que, embora escritos há mais de mil anos antes do nascimento de Jesus Cristo, fazem referências claras e indiscutíveis à sua vida, ministério, paixão, morte e exaltação. Estes salmos são conhecidos como cânticos messiânicos, isto é, salmos que exaltam a pessoa do Senhor Jesus Cristo, seu triunfo e domínio sobre as nações (Salmo 2; 8; 16; 22; 23; 24; 40; 41; 45; 50; 68; 69; 72; 89; 96; 102; 110; 118 e 132). Aproximadamente metade das referências do Antigo Testamento ao Messias citadas pelos escritores do Novo Testamento são citações buscadas do Livro de Salmos. Eis alguns exemplos: Mateus 22.44 (Sl 110.1); João 2.17 (Sl 69.9); Mateus 21.42 (Sl 118.22); Hebreus 5.6 (Sl 110.4); João 13.18 (Sl 41.9); Romanos 15.3 (Sl 69.9); Atos 2.25-28 (Sl 16.8-11).

1. Profecias nos salmos messiânicos
O Salmo 2, escrito por Davi, conforme pode ser verificado em Atos 4.25, relata três profecias a respeito do Messias: a) A revolta da nação e do povo contra o Ungido de Deus; b) o triunfo do Filho de Deus; c) o reinado do Filho de Deus sobre todas as nações.
1.1. A revolta do povo contra o Ungido de Deus.
O Salmo 2 começa com a seguinte indagação: "Por que se amotinam as gentes, e os povo imaginam coisas vãs?". A palavra amotinar significa "enfurecer-se, revoltar-se". Percebe-se, no contexto, que essa revolta é generalizada, independe da posição ou classe social do indivíduo. A revolta não será apenas dos povos, mas de reis e príncipes em conluio e são direcionadas ao Ungido de Deus. O termo "ungido" aponta profeticamente para Jesus, o Ungido de Deus [At 2.36; 18.28]. Várias passagens do Antigo Testamento que mencionam a unção são consideradas messiânicas por serem prenúncios de Cristo [Sl 45.7; 89.20; Is 61.1; Dn 9.24-26]. Portanto, Cristo enfrentaria uma forte oposição [Lc 13.14; At 4.27-28; 5.33]. No contexto atual, é notória a revolta de governos, grupos e comunidades contra Cristo. O ataque direto aos valores cristãos, a morte e a tortura de missionários cristãos são exemplos claros da revolta contra Cristo.
1.2. O triunfo do Filho de Deus.
Percebe-se que a revolta e conluio dos reis, príncipes, povos e nações, relatadas no Salmo 2.1-3, tinham por finalidade romper as ataduras do Messias. "Rompamos", ou seja, removamos "ataduras e cordas". Não querem o domínio e o poder sobre eles. Retrata aqueles que não se submetem ao senhorio de Jesus Cristo. Contudo, o texto informa que o conluio e revolta não subsistirão, pois o Messias triunfará. Vejamos: a) os sábios e entendidos serão confundidos [1Co 1.20]. b) haverá triunfo sobre os arrogantes [Cl 2.15].
1.3. O reinado do Filho de Deus.
O decreto divino estabelece o reinado do Filho de Deus: Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão." [Sl 2.8]. O decreto divino escorçado nos versos 7-9 profetisa o ofício real de Cristo. O exercício desse ofício por Cristo está mais detalhado no Novo Testamento: 1) Em relação ao Universo, Cristo passa a governar o mundo [Mt 25.31-32]. As nações serão reunidas em volta dEle [Mt 28.18; Hb 1.3]; 2) O Seu reinando é extensivo à Igreja, conforme podemos verificar em Efésios 1.22-23. Cristo, como Filho de Deus, assumiria a propriedade das nações, não apenas dos judeus, mas também dos gentios e os confins da Terra [Is 53.12; Ap 11.15]. Por fim, aqueles que não aceitarem o Messias sofrerão duro juízo [Sl 2.9].
2. O sofrimento do Messias
Encontramos também nos Salmos o sofrimento do Ungido do Senhor (Salmo 22), expresso de forma profética e tipológica. É também chamado de "Salmo da Cruz". Esdras e Reginal escrevem que este Salmo "é citado pelo menos sete vezes no Novo Testamento, todas com referência a Jesus Cristo [...].
2.1. Sujeição e abandono.
Cristo sujeitou-se a um dos piores sofrimentos: o abandono. Cristo no momento da crucificação, cita o Salmo 22: "E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz dizendo: Eli, Eli, lama sabactâni, isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" [Mt 27.46]. Cristo abre mão da Sua glória para aceitar a punição que deveria ser aplicada aos homens, pois o pecado faz separação entre Deus e o homem. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós [Gl 3.13].
2.2. Zombaria e desprezo.
Salmo 22.6 ressalta: "Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo". Denota-se na presente passagem o completo esvaziamento de si, comprovando o que o apóstolo Paulo fala em Filipenses 2.6-7, quando Cristo assumiu a forma de servo. Como profetizou Isaías (NTLH): "...tão desfigurado que nem parecia um ser humano" [Is 52.14]. Foi ridicularizado pelos homens, conforme pode ser verificado por suas declarações em Marcos 10.33-34 e pela atitude de um dos ladrões que estavam na cruz [Lc 33.39].
2.3. O sofrimento não lhe impediu de cumprir a missão.
O verso 22 dá início a uma declaração pública de alguém que não deixará de anunciar e louvar o nome de Deus. O escritor aos Hebreus usa este verso para se referir a Jesus Cristo [Hb 2.11-12]. O sofrimento, o desprezo, as afrontas não conseguiram impedir o Ungido de Deus, Jesus Cristo, de cumprir Sua missão. Anúncio e louvor não serão abalados pelo sofrimento. "O trabalho da sua mão ele verá e ficará satisfeito" [Is 53.11]. Tão satisfeito que chama os que foram santificados de irmãos. Ainda que haja zombadores e escarnecedores, contudo também há santificados e irmãos.
3. O sacerdócio real e os salmos missionários
Estudadas as questões relativas as profecias, aos sofrimentos do Messias e Seu sacrifício, conforme o Salmo 2 e 22, cabe destacarmos alguns pontos frisados nos Salmos 67, 110 e 117.



3.1. Sacerdócio da ordem de Melquisedeque.
O Salmo 110.4 informa acerca de "um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque". Esse ponto também é tratado em Hebreus 5.6. De acordo com Matthew Henry: "Melquisedeque foi sacerdote no seu trono e, também, o é Cristo [Zc 6.13], rei de justiça e rei de paz. Melquisedeque não teve sucessor; nem Cristo o tem; o sacerdócio dele é imutável.". O sacerdócio de Cristo é incorruptível, sem pecado, conforme podemos verificar em Hebreus 4.15. Sofreu tentações, mas não pecou e tendo cumprido a Sua obra, "foi recebido em cima no céu" [At 1.9-11].



3.2. Os Salmos missionários.
Após destacarmos os salmos diretamente relacionados a pessoa e características de Cristo, compete observarmos que o Salmo 67 e 117 estabelecem um dever missionário. Assim, o livro dos Salmos nos convoca não apenas para conhecermos a pessoa de Jesus Cristo e Sua obra, mas, por causa disso, clamarmos a Deus por misericórdia e bênçãos, sem, contudo, ignorarmos o propósito de Deus em abençoar todas as nações [Sl 67.2; 117.1] como revelado a Abraão [Gn 12.3]. O texto do Salmo 67.2 revela este propósito: "Para que". O verso menciona caminho e salvação: vontade de Deus, o padrão divino para o nosso viver e a tão grande salvação. Há uma interessante sequência: somos abençoados para que a vontade de Deus e a Sua salvação também sejam conhecidas por todas as nações e, assim, o Senhor será adorado por todos os povos.



3.3. Que todos os povos louvem ao Senhor.
O Salmo 117, segundo Kidner e Champlin, faz parte do grupo de salmos identificado como "Salmos Hallel" (Louvor) - 113 a 118. O Salmo 117 é o menor de todos, contudo é um chamado universal: "todas as nações...todos os povos". São dois os motivos apresentados: benignidade e verdade, ou misericórdia e fidelidade. A ênfase recai sobre o caráter de Deus e não nos feitos. Em um tempo de tanto destaque (às vezes até demasiado) quanto aos feitos humanos, é interessante refletirmos sobre o caráter, a essência: Deus é amor e fiel! O apóstolo Paulo citou este salmo ao discorrer sobre o fato de Cristo ter nos recebido, enfatizando os "gentios" [Rm 15.11].




CONCLUSÃO
Louvemos a Deus por Seu amor e fidelidade, bem como por Seu plano redentor executado por intermédio de Jesus Cristo, e cumpramos com fidelidade e no poder do Espírito Santo a missão de anunciarmos a salvação, até os confins da terra para a glória de Deus.
Comentarista:
Pr. Adriel Gonçalves do Nascimento
AD Uberlândia-MG








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Fonte: Slides- www.revistaebd.com

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