Êxodo 20.1-4; 7-10; 12-17
1 - Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2 - Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 - Não terás outros deuses diante de mim.
4 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
7 - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
8 - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
9 - Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.
10 - Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
12 - Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
13 - Não matarás.
14 - Não adulterarás.
15 - Não furtarás.
16 - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
17 - Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
TEXTO ÁUREO
Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. 1 Timóteo 1.5.
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
Compreender que os dez mandamentos foram entregues, em primeiro lugar, para Israel;
Entender que os dez mandamentos são uma referência para dar ciência ao homem do que é pecado;
Concluir que a ética dos dez mandamentos traz valores imutáveis segundo o pensamento de Deus;
1. AS LEIS DE DEUS
No interregno de sua caminhada do Egito para Canaã, os hebreus foram formados por Deus como nação e, por essa razão, precisariam de uma constituição que os norteasse. Assim, Deus entregou a Moisés as leis que regeriam aquele povo. Foram 613 mandamentos (mitzvot), sendo 248 positivos (mitzvot assê = faça) e 365 negativos (mitzvot taassê = não faça). Dos 613 mandamentos, os Dez Mandamentos conhecidos pelos hebreus como as Dez Palavras, constituem um resumo didático da ética de conduta, chamados por Deus de sabedoria para os hebreus (Dt 4.6).
1.1. Os destinatários da Lei
A história do Antigo Testamento é baseada nas leis mosaicas, ou seja, o pano de fundo veterotestamentário é a nação israelita sendo regida, guiada e instruída pela Lei. Não se pode enxergar o Antigo Testamento senão sob a ótica da Lei.
Deus destinou as leis ao povo da antiga aliança, os hebreus. Aquele povo vivia um intenso pluralismo religioso em meio a diferentes crenças na terra do Egito. Faltava-lhes orientação quanto ao Deus de seus pais, enquanto viam e ouviam o discurso do egípcios na propagação e culto aos seus deuses. Depois de haverem recebido as leis de Deus pelas mãos de Moisés, o povo tinha de se comprometer com elas: aprendendo-as e praticando-as.
1.1.1. Para os hebreus ou para a Igreja?
A Primeira Aliança tem como base a história de Israel desde a sua formação (Gn 12); a Nova Aliança foca Jesus, o Verbo encarnado, bem como o nascimento e desenvolvimento da Igreja (Jo 1.14). Contudo, é preciso compreender que o Antigo e o Novo Testamentos se completam, sendo Cristo o centro de toda Escritura e o ápice da revelação de Deus aos homens
(Hb 1.1-3).
1.2. O ambiente criado por Deus para a entrega da lei
Os hebreus já haviam experimentados sinais extraordinários da presença de Deus entre eles, desde que saíram do Egito; porém, logo no início da viagem, o Senhor expressou a Moisés o desejo de se revelar de modo peculiar ao Seu povo.
O Senhor marcou um encontro com o hebreus de fronte ao monte Sinai (Êx 19.10-12,15). No instante em que a glória de Deus manifestou-se, o monte tremeu e eclodiram relâmpagos e trovões. O barulho era ensurdecedor, fazendo assustar o povo, a ponto de muitos pedirem a Moisés que falasse com eles e não o Senhor (Êx 19.16-20; Hb 12.18-21).
Foi em um ambiente como esse que Moisés recebeu as tábuas da Lei, contendo os Dez Mandamentos (Êx 32.34).
1.3. A implementação da Lei
Não matar, não furtar, não cobiçar a mulher do próximo, não dar falso testemunho e não cobiçar a propriedade alheia são atitudes de importância incontestável; mas por que razão o Senhor as valorizou tanto e as escreveu em tábuas de pedra quando, segundo Paulo elas já estavam escritas no coração dos homens (Rm 2.14,15)?
De que adianta os homens terem a Lei na consciência e transgredi-la constantemente? Ao menos, estando escritas, elas fazem parte de um conjunto de princípios inalteráveis que, a seu próprio tempo, servirão de acusação dos pecados praticados perante o Senhor.
1.4. A divisão da Lei
A Lei mosaica divide-se em três categorias: morais, civis e cerimoniais.
Nas leis cerimoniais estão estabelecidas as exigências para o culto realizado no tabernáculo e, posteriormente, no templo (Êx 25; 28; 35). Nessa mesma categoria está incluída a guarda do sábado (Êx 20.8-12).
As leis civis falam da relação do indivíduo com a nação.
As leis morais falam da relação do indivíduo com Deus e com o próximo (Êx 20.13-15).
2. A IMPORTÂNCIA DA LEI
Como discípulos de Jesus, precisamos submeter tudo aos ensinos da obra do Salvador (Jo 7.17). Além disso, cada aliança (Lei e Graça) precisa ser entendida a partir dos seus contextos e propósitos específicos. Lembremo-nos de que o Filho de Deus resumiu toda Lei em dois mandamentos, a saber: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mt 22.34-40).
2.1. A Lei e a Igreja
Uma vez que Jesus cumpriu integralmente a Lei (Mt 5.27), esta foi aliviada, mas ela não perdeu a sua função. Se não houvesse Lei, não haveria iniquidade, porque faltaria um aferidor que declarasse o que é e o que não é pecado: (...) onde não há lei também não há transgressão (Rm 4.15; 5.13; 7.7,8). Todavia, há uma Lei, e Paulo afirma que ela é santa; e o mandamento, santo, justo e bom (Rm 7.12).
A Lei insiste na primeira declaração de Deus sobre a relação entre o pecado e a morte: certamente morrerás (Gn 2.17). A transgressão (quebra da Lei) resulta em morte.
3. OS DEZ MANDAMENTOS
3.1. A ética da Lei
Como Igreja que somos, devemos ter absoluta clareza em relação aos benefícios e, ao mesmo tempo, às restrições impostas pela Lei. A Lei não salva ninguém (Gl 3.11). A mais clara distinção entre Israel e a Igreja está no modo como cada um se apresenta diante do Altíssimo: aqueles, pelas obras da Lei; a Igreja, pela fé, confiando nos benefícios da Graça (Rm 4.4,5).
Contudo, pelos motivos já expostos, devemos dar a Lei a devida importância no que concerne à vontade de Deus em nossas atitudes em relação a Ele mesmo e ao próximo, de acordo com o decálogo divino. O Decálogo tem uma função ética, conforme estudaremos doravante.
3.1.1. O papel da ética
A ética tem como finalidade: levar o homem a buscar a prática correta do bem e se afastar do que é mal para a vida e para a sobrevivência (1 Pe 3.11). Ligada diretamente à ética, ,está a deontologia (obrigação, dever). A ética deontológica mostra ao homem o que ele deve cumprir.
3.1.2. A ética objetiva e a ética subjetiva
Na prática, a ética objetiva submete-se ao que "Deus diz", enquanto a ética subjetiva parte do que "eu acho".
Deus não poderia deixar por conta dos homens esse poder de escolha, uma vez que o homem está morto em seus delitos e pecados e é guiado pelo espírito que opera nos filhos da desobediência (Ef 2.1-3).
3.2. A validade eterna dos princípios legais
No mundo atual, a ética tem sido relativizada. A sociedade pós-moderna tem evocado para si direitos e liberdades que não correspondem à vontade revelada de Deus. Foi por essa razão que o Senhor nos deixou um referencial absoluto, escrito em tábuas de pedra; ao olharmos para essas tábuas sempre seremos confrontados por elas, pois essas leis são perenes (Mt 5.18,19).
CONCLUSÃO
É de fundamental importância entender que, para o Antigo Testamento, toda conduta era controlada pela letra da lei, não pela consciência; e o homem estava mais preocupado com as suas atitudes perante o Senhor do que perante os homens.
No Novo Testamento, no entanto, o apóstolo Paulo afirma que o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. 1. Timóteo 1.5.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Além das tábuas de pedra, onde mais Deus colocou as Suas leis?
No coração do homem.
2. Em quais categorias as leis se dividem?
Morais, civis e cerimoniais.
3. Segundo o Novo Testamento, a Lei pode salvar?
Não.
4. O Decálogo é válido para a Igreja?
Sim
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Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.
Entender que os dez mandamentos são uma referência para dar ciência ao homem do que é pecado;
Concluir que a ética dos dez mandamentos traz valores imutáveis segundo o pensamento de Deus;
Palavra introdutória
Todo indivíduo nascido em um lar estruturado tem a noção básica de uma vida correta; isso, em si, já seria um bom ponto de partida, porque a Lei foi posta no coração do ser feito à imagem e semelhança de Deus (Rm 2.14,15). Mas, o Soberano Senhor conhece as limitações do ente humano e sabe que não lhe seria possível andar de modo independente; além disso, Suas exigências transcendem ao que se pode abrigar no coração. Era previsto, portanto, que o homem, um dia, criaria para si novos valores éticos (2 Tm 4.3,4).1. AS LEIS DE DEUS
No interregno de sua caminhada do Egito para Canaã, os hebreus foram formados por Deus como nação e, por essa razão, precisariam de uma constituição que os norteasse. Assim, Deus entregou a Moisés as leis que regeriam aquele povo. Foram 613 mandamentos (mitzvot), sendo 248 positivos (mitzvot assê = faça) e 365 negativos (mitzvot taassê = não faça). Dos 613 mandamentos, os Dez Mandamentos conhecidos pelos hebreus como as Dez Palavras, constituem um resumo didático da ética de conduta, chamados por Deus de sabedoria para os hebreus (Dt 4.6).
1.1. Os destinatários da Lei
A história do Antigo Testamento é baseada nas leis mosaicas, ou seja, o pano de fundo veterotestamentário é a nação israelita sendo regida, guiada e instruída pela Lei. Não se pode enxergar o Antigo Testamento senão sob a ótica da Lei.
Deus destinou as leis ao povo da antiga aliança, os hebreus. Aquele povo vivia um intenso pluralismo religioso em meio a diferentes crenças na terra do Egito. Faltava-lhes orientação quanto ao Deus de seus pais, enquanto viam e ouviam o discurso do egípcios na propagação e culto aos seus deuses. Depois de haverem recebido as leis de Deus pelas mãos de Moisés, o povo tinha de se comprometer com elas: aprendendo-as e praticando-as.
1.1.1. Para os hebreus ou para a Igreja?
A Primeira Aliança tem como base a história de Israel desde a sua formação (Gn 12); a Nova Aliança foca Jesus, o Verbo encarnado, bem como o nascimento e desenvolvimento da Igreja (Jo 1.14). Contudo, é preciso compreender que o Antigo e o Novo Testamentos se completam, sendo Cristo o centro de toda Escritura e o ápice da revelação de Deus aos homens
(Hb 1.1-3).
1.2. O ambiente criado por Deus para a entrega da lei
Os hebreus já haviam experimentados sinais extraordinários da presença de Deus entre eles, desde que saíram do Egito; porém, logo no início da viagem, o Senhor expressou a Moisés o desejo de se revelar de modo peculiar ao Seu povo.
O Senhor marcou um encontro com o hebreus de fronte ao monte Sinai (Êx 19.10-12,15). No instante em que a glória de Deus manifestou-se, o monte tremeu e eclodiram relâmpagos e trovões. O barulho era ensurdecedor, fazendo assustar o povo, a ponto de muitos pedirem a Moisés que falasse com eles e não o Senhor (Êx 19.16-20; Hb 12.18-21).
Foi em um ambiente como esse que Moisés recebeu as tábuas da Lei, contendo os Dez Mandamentos (Êx 32.34).
1.3. A implementação da Lei
Não matar, não furtar, não cobiçar a mulher do próximo, não dar falso testemunho e não cobiçar a propriedade alheia são atitudes de importância incontestável; mas por que razão o Senhor as valorizou tanto e as escreveu em tábuas de pedra quando, segundo Paulo elas já estavam escritas no coração dos homens (Rm 2.14,15)?
De que adianta os homens terem a Lei na consciência e transgredi-la constantemente? Ao menos, estando escritas, elas fazem parte de um conjunto de princípios inalteráveis que, a seu próprio tempo, servirão de acusação dos pecados praticados perante o Senhor.
1.4. A divisão da Lei
A Lei mosaica divide-se em três categorias: morais, civis e cerimoniais.
Nas leis cerimoniais estão estabelecidas as exigências para o culto realizado no tabernáculo e, posteriormente, no templo (Êx 25; 28; 35). Nessa mesma categoria está incluída a guarda do sábado (Êx 20.8-12).
As leis civis falam da relação do indivíduo com a nação.
As leis morais falam da relação do indivíduo com Deus e com o próximo (Êx 20.13-15).
2. A IMPORTÂNCIA DA LEI
Como discípulos de Jesus, precisamos submeter tudo aos ensinos da obra do Salvador (Jo 7.17). Além disso, cada aliança (Lei e Graça) precisa ser entendida a partir dos seus contextos e propósitos específicos. Lembremo-nos de que o Filho de Deus resumiu toda Lei em dois mandamentos, a saber: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mt 22.34-40).
2.1. A Lei e a Igreja
Uma vez que Jesus cumpriu integralmente a Lei (Mt 5.27), esta foi aliviada, mas ela não perdeu a sua função. Se não houvesse Lei, não haveria iniquidade, porque faltaria um aferidor que declarasse o que é e o que não é pecado: (...) onde não há lei também não há transgressão (Rm 4.15; 5.13; 7.7,8). Todavia, há uma Lei, e Paulo afirma que ela é santa; e o mandamento, santo, justo e bom (Rm 7.12).
A Lei insiste na primeira declaração de Deus sobre a relação entre o pecado e a morte: certamente morrerás (Gn 2.17). A transgressão (quebra da Lei) resulta em morte.
3. OS DEZ MANDAMENTOS
3.1. A ética da Lei
Como Igreja que somos, devemos ter absoluta clareza em relação aos benefícios e, ao mesmo tempo, às restrições impostas pela Lei. A Lei não salva ninguém (Gl 3.11). A mais clara distinção entre Israel e a Igreja está no modo como cada um se apresenta diante do Altíssimo: aqueles, pelas obras da Lei; a Igreja, pela fé, confiando nos benefícios da Graça (Rm 4.4,5).
Contudo, pelos motivos já expostos, devemos dar a Lei a devida importância no que concerne à vontade de Deus em nossas atitudes em relação a Ele mesmo e ao próximo, de acordo com o decálogo divino. O Decálogo tem uma função ética, conforme estudaremos doravante.
3.1.1. O papel da ética
A ética tem como finalidade: levar o homem a buscar a prática correta do bem e se afastar do que é mal para a vida e para a sobrevivência (1 Pe 3.11). Ligada diretamente à ética, ,está a deontologia (obrigação, dever). A ética deontológica mostra ao homem o que ele deve cumprir.
3.1.2. A ética objetiva e a ética subjetiva
Na prática, a ética objetiva submete-se ao que "Deus diz", enquanto a ética subjetiva parte do que "eu acho".
Deus não poderia deixar por conta dos homens esse poder de escolha, uma vez que o homem está morto em seus delitos e pecados e é guiado pelo espírito que opera nos filhos da desobediência (Ef 2.1-3).
3.2. A validade eterna dos princípios legais
No mundo atual, a ética tem sido relativizada. A sociedade pós-moderna tem evocado para si direitos e liberdades que não correspondem à vontade revelada de Deus. Foi por essa razão que o Senhor nos deixou um referencial absoluto, escrito em tábuas de pedra; ao olharmos para essas tábuas sempre seremos confrontados por elas, pois essas leis são perenes (Mt 5.18,19).
CONCLUSÃO
É de fundamental importância entender que, para o Antigo Testamento, toda conduta era controlada pela letra da lei, não pela consciência; e o homem estava mais preocupado com as suas atitudes perante o Senhor do que perante os homens.
No Novo Testamento, no entanto, o apóstolo Paulo afirma que o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. 1. Timóteo 1.5.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
No coração do homem.
2. Em quais categorias as leis se dividem?
Morais, civis e cerimoniais.
3. Segundo o Novo Testamento, a Lei pode salvar?
Não.
4. O Decálogo é válido para a Igreja?
Sim
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Que benção !!!
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