30 de abril de 2020

Lição 05: Tire um Dia Para Descansar - Central Gospel

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Deuteronômio 5.1-3; 12-15
1 - E chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhes: Ouve, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos; e aprendê-los-eis, e guardá-los-eis, para os cumprir.
2 - O Senhor nosso Deus fez conosco aliança em Horebe.
3 - Não com nossos pais fez o Senhor esta aliança, mas conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos.
12 - Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus.
13 - Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho.
14 - Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho nele, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro que está dentro de tuas portas; para que o teu servo e a tua serva descansem como tu;
15 - Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado.



 Bíblia online
 BÍBLIA SAGRADA ONLINE





TEXTO ÁUREO
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Êxodo 20.8


Palavra introdutória
O fato de não existir qualquer evidência da guarda do sábado entre os primitivos discípulos fez com que a Igreja adotasse o domingo como o dia do Senhor. Não se pode negar: grande parte dos cristãos encontra dificuldades para explicar a razão do quarto mandamento. Assim convencionou-se dizer que o decálogo divino destinou-se, exclusivamente, ao povo da antiga aliança, os hebreus, desconsiderando-se que esse mandamento - como todos os outros - diz respeito ao Corpo de Cristo.


1. A RAZÃO DO SÁBADO
Deus não faz nada sem propósito: assim como instituiu as 613 leis, Ele sublinhou a importância de cada uma das Dez Palavras, atribuindo-lhes igual valor.
Embora o quarto mandamento faça parte do Decálogo destinado aos hebreus, tudo indica que ele fora instituído muito antes de o Senhor entregá-lo ao irmão de Arão (Gn 2.2,3). O Sábado alude, antes de tudo, ao sétimo dia guardado pelo próprio Deus, que, depois de haver criado todas as coisas, descansou (Gn 2.2).
O descanso divino no sétimo dia da Criação, portanto, parece soar como um prenúncio de que o dia do Senhor teria dupla finalidade: descanso e adoração.



1.1. Deus pensou nos homens e nos animais
Há, no início do Decálogo, uma frase de transição que acompanha cada um dos mandamentos: Eu sou o Senhor que vos tirou da terra do Egito (Êx 20.2). Essa menção justifica todos os atos de Deus doravante, inclusive a razão de cada mandamento. No Egito, os hebreus não tinham direitos trabalhistas; eram escravos sem permissão para folga (Dt 5.15). Os bois e os jumentos também precisavam de descanso. Assim como os homens, eles sofriam a fadiga do trabalho contínuo.


1.2. Deus pensou em Si mesmo
O sábado foi santificado por Deus; esse dia estava incluído nas festas solenes, fazendo parte das santas convocações (Lv 23.1-3). Ao mesmo tempo em que Deus determinou o descanso para o homens e animais nesse dia, Ele também pensou que o dia santificado deveria ser um dia de adoração a Ele.
A desobediência à guarda do sábado era considerada ofensiva, e o transgressor, digno de morte (Êx 31.14,15; Nm 15.32-36).



2. A EXTENSÃO DO SÁBADO NO ANTIGO TESTAMENTO
2.1. Ano de reflexão
O calendário do povo hebreu recebeu a inclusão do ano sabático, período que daria um ano de descanso à terra, após seis anos de plantio (Lv 25.1-7).
No ano sabático, tanto o proprietário da terra quanto os empregados e animais colheriam da novidade da terra, ou seja, do que ela produzisse livremente (Lv 25.6). Isso igualaria o proprietário aos seus empregados e até mesmo aos animais que se esforçavam por ela. Esse descanso levaria os filhos de Abraão a lembrarem que durante 40 anos não plantaram nem colheram no deserto (2 Cr 36.21; Jr 29.10)



2.2. Semanas de anos de reflexão
Além do ano sabático, os hebreus deveriam observar, ainda, o ano do jubileu, comemorado a cada sete semanas de anos, perfazendo 49 anos. No quinquagésimo ano, porém, a terra descansaria (Lv 25.10-12).
No ano do jubileu, seriam anistiado os que estivessem endividados; os que haviam hipotecado suas terras as receberiam de volta sem encargos; os que foram vendidos como escravos se tornariam livres (Êx 25.10). Nenhuma propriedade pertenceria definitivamente ao seu dono (Lv 25.23).



2.3. O abuso dos gananciosos
Nos tempos de Amós - Observa-se que os proprietários das terras eram tão gananciosos que sequer suportavam guardar o sábado comum (Am 8.5,6).
Nos tempos de Neemias - Os comerciantes não respeitavam o sábado; antes, pisavam uvas nos lagares, traziam jumentos carregados de feixes, comercializavam vinho, uvas e figos e até estrangeiros participavam da feira (Ne 13.15,16).3. O SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO
Referindo-se ao Antigo Testamento, cuja orientação está baseada totalmente na Lei, Jesus deixou claro que a Lei e os Profetas duraram até João (o Batista, conf. Lc 16.16). Nesse sentido, vemos que o Mestre reinterpretou a lei que estabelecia o dia do descanso, afirmando que o sábado foi feito para o homem e não o contrário (Mc 2.27).



3.1. Jesus foi cumpridor da Lei
Os opositores de Jesus jamais acharam nele qualquer pecado ou algo que pudesse incriminá-lo; seus oponentes, todavia, tentavam julgá-lo pelo modo como Ele e seus discípulos lidavam com o sábado. Para os detratores do Mestre, a guarda do sétimo dia era mais uma questão ritualística do que uma forma de gozar um benefício, que visava a reposição as energias após uma semana de trabalho.
Jesus não tinha qualquer dificuldade com o sábado, até porque, sendo judeu, estava acostumado com essa prática desde a mais tenra idade (Lc 4.16). O que incomodava o Salvador não era a validade do sábado, mas o legalismo tão ardorosamente defendido por aqueles que o perseguiam (Mt 5.17).



3.2. As acusações que Jesus e os discípulos sofriam
Certo sábado, enquanto Jesus passava pelas searas, Seus discípulos colheram espigas. Os fariseus reclamaram deles - afinal, era sábado (Lc 6.1,2). Jesus respondeu-lhes com um fato histórico. Ele lembrou-lhes de quando Davi, para alimentar-se e dar de comer a seus homens, não se furtou de comer dos pães da propiciação que eram consagrados ao Senhor (Mc 2.23-28; 1 Sm 21.6).


3.2.1. Jesus cura no sábado
Jesus curou uma mulher que andava curvada havia 18 anos, em uma sinagoga, no dia de sábado (Lc 13.10-17).
Jesus curou um homem hidrópico num sábado e foi recriminado, como sempre, pelos doutores da Lei e pelos fariseus (Lc 14.1-6).
Jesus curou o paralítico de Betesda num sábado (Jo 5.1-9).
3.3. A guarda do domingo
Os cristãos escolheram o domingo como dia do Senhor porque, além de não haver qualquer orientação para a guarda do sábado no Novo Testamento, neste dia (no domingo), nosso Senhor ressuscitou (leia Jo 20.1).



3.3.1. Os argumentos apostólicos pelo domingo
O culto principal da Igreja primitiva acontecia aos domingos (1 Co 16.2).
Paulo, o apóstolo dos gentios, celebrou a ceia do Senhor, em Trôade, num dia de domingo (At 20.7).
Na igreja de Roma, houve uma discussão sobre alimentos e calendários. Paulo exortou os irmãos daquela comunidade a se entenderem e a se respeitarem mutuamente (Rm 14.5,6).
Paulo, preocupado com o fato de os gálatas não terem compreendido que o Evangelho isenta-nos do pacto entre Deus e os filhos de Abraão, escreveu-lhes uma carta, dizendo que quando eles ainda não conheciam a Deus, guardavam dias, e meses, e tempos, e anos, nomeando essa prática de rudimentos fracos e pobres (Gl 4.8-11).
Paulo foi ainda mais veemente quando tratou com os crentes de Colossos; ele estava livre do entendimento de que o dia de descanso teria de ser, necessariamente, no sábado (Cl 2.16,17).CONCLUSÃO
O nosso Deus trabalha incessantemente (Is 64.4), mas também aprecia o descanso - não que Ele tenha esgotado Seu poder e força quando criou o Universo; afinal, um Ser infinito, imaterial e todo-poderoso não poderia exaurir-se, jamais. Mas, para ilustrar a necessidade e importância de um tempo de repouso, Ele próprio descansou ao sétimo dia.
O descanso semanal - no caso, o sábado prescrito na Lei - constitui-se em uma sombra, dentre outras tantas apontadas pela mesma Lei (conf. Cl 2.16). Essas sombras falam do repouso que aguarda os filhos de Deus: um dia, repousaremos definitivamente do trabalho que hoje empreendemos (Hb 4.1-13).




ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Por que Deus instituiu também o ano sabático?
R.: Para dar descanso à terra.




Vídeo aula:
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Lição 05: Recompensa aos pescadores de homens: Betel conectar

Versículo do dia
E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 
Mateus 4.19.


Verdade aplicada

Jesus nos chamou para sermos pescadores de almas, nos comissionando a pregar o Seu Evangelho a toda criatura, e prometeu recompensar a cada um segundo o seu trabalho.


Textos de Referência.
Mateus 
4.12-20
12 Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia;

13 E, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali;

14 Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz:

15 A terra de Zebulom, e a terra de Naftali, Junto ao caminho do mar, além do Jordão, A Galiléia das nações;

16 O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; aos que estavam assentados na região e sombra da morte,A luz raiou.

17 Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.

18 E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;

19 E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.

20 Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.




Introdução
Não há missão maior da igreja do que representar o amor de Jesus Cristo às almas perdidas. Se a igreja tem tido outras prioridades acima desta, ela não pode ser chamada de igreja, isso seria como uma padaria que não tem pães para saciar a fome das pessoas.


Ponto chave
A chamada de Cristo a estes homens foi irresistível, pois eles sabiam que estavam trabalhando não com um homem simples, filho de um carpinteiro, mas com o próprio Deus. E diante deste chamado, Jesus prometeu que eles fariam a diferença entre as nações. 


1. UM DIA DIFERENTE
Talvez parecesse mais um dia de pesca ou somente mais um dia cansativo de trabalho, mas aquele dia ficou marcado na vida daqueles pescadores. Eles foram chamados para o maior e mais importante trabalho de sua existência, o de ganhar vidas para o Reino dos Céus. A Bíblia diz que o que ganha almas sábio é! Provérbios 11.30.


1.1. O chamado
Hoje, bem se sabe que existem vários trabalhos missionários pelo mundo, com estruturas muito bem formadas, e com alcance extraordinário a povos que se encontram nos confins da terra, mas tudo se iniciou com a chamada de Jesus a quatro pessoas, que imediatamente a aceitaram, seus nomes: Pedro, André, Tiago e João.
O chamado de Deus foi tão forte em suas vidas, que a Bíblia relata que eles deixaram seus afazeres imediatamente, para viverem exclusivamente em prol da obra de Deus.
Disse o pastor Martin Luther King: "Se um homem não descobriu pelo que morreria, não está pronto para viver". O que sustenta os obreiros do Senhor em sua seara é a convicção que foram chamados por Deus.



1.2. Confiança em Jesus
O que moveu esses quatro homens a abandonarem tudo e seguirem a Jesus?
Eles creram que Jesus tinha caminho de excelência para eles, já que Jesus é o caminho. Creram que Jesus falava a verdade, pois Ele é a própria verdade, como também creram que Ele lhes daria vida, pois Jesus é a própria vida (Jo 14.6).
A chamada de Cristo a estes homens foi irresistível, pois eles sabiam que estavam trabalhando não com um homem simples, filho de um carpinteiro, mas com o próprio Deus.
E diante deste chamado, Jesus prometeu que eles fariam a diferença entre as nações.




Refletindo
Não são os grandes homens que transformam o mundo, mas sim os fracos e os pequenos nas mãos de um grande Deus. James Hudson Taylor



2. CONFIRMANDO A PROMESSA

Jesus confiou tanto em Seus vocacionados que lhes deu poder para pisar serpentes e escorpiões e toda a força do mal. A missão estava apenas começando, pois o foco era os confins da terra.
Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16.15



2.1. A descida do Espírito Santo

Após a Sua morte e ressurreição, Jesus vai ao encontro de Seus discípulos para trazer as últimas instruções, dentre elas, Ele reafirma a promessa que fizera durante Seu ministério terreno, na qual os discípulos deveriam aguardar o tempo de evangelizar as nações, o que aconteceria depois que fossem revestidos do alto, ou seja, até que recebessem a plenitude do Espírito Santo.
"E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.", Lc 24.49
A promessa de Cristo foi cumprida no quinquagésimo dia depois da Páscoa, ou seja, no dia de Pentecostes, onde os discípulos estavam reunidos em um mesmo lugar; quando veio um vento veemente e encheu toda a casa. Todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2.1-13).
Eles foram cheios do Espírito Santo para pregarem as boas novas de salvação.

Nosso dever é trabalhar na seara de Deus, sabendo que nada é em vão no Senhor...



2.2. Recompensa aos trabalhadores
Jesus nos enviou a pregar o Seu Evangelho a toda a criatura de todas as nações (Mc 16.15).
Nesta ordenança de Cristo, nosso dever é trabalhar na seara de Deus, sabendo que nada é em vão no Senhor (1Co 15.58).
Tudo o que fazemos está registrado (Ap 20.12) e Deus recompensará a todos segundo as suas obras (Sl 62.12).
Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. 1 Coríntios 3.8.



3. MISSÕES URGENTE!
O principal motivo do derramamento do Espírito Santo foi para que a igreja fizesse Missões. Henry Martin, missionário anglicano do século XVIII, disse: O Espírito de Cristo é o Espírito de missões. Quanto mais nos aproximamos de Cristo, mais intensamente nos tornamos missionários.


3.1. Até os confins da terra

Após serem cheios do Espírito Santo, os discípulos foram confirmados para a maior obra da vida deles: alcançar o mundo inteiro, não que isso aconteceria por seus próprios pés, mas por suas mensagens que se embasavam no Evangelho. As mensagens apostólicas tinham como centralidade a vida, ministério, morte e ressurreição de Cristo. O segredo do Evangelho apostólico é que eles pregavam a Cristo.
"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.", At 1.8



3.2. Muitos sedentos
Segundo a Organização Alliance for the Unreache (Aliança para os não Alcançados), cerca de 40% da população mundial ainda não foi alcançada pelo doce Evangelho de Cristo. A maioria dos povos se encontram dentro da famigerada janela 10x40: isso representa cerca de 3,2 bilhões de pessoas, porém Jesus conta com cada um de nós, para que possamos levar o Evangelho a toda a criatura. Todos foram chamados para essa missão e você faz parte deste exército!
"Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas. Romanos 10.14,15.



Conclusão
Jesus nos chamou como pescadores de almas para o Seu Reino. Pregar as Boas Novas de salvação é uma urgência e grande privilégio de todo cristão, que certamente desfrutará da promessa divina de recompensa conforme o seu trabalho.
Seja um ganhador de almas e seja agraciado pelas promessas de Cristo.




Eu aprendi que:

Jesus nos comissionou a pescadores de almas, a fim de pregar o Seu Evangelho a toda criatura. E neste trabalho, em Sua seara, Ele recompensará a cada um segundo o trabalho prestado.
Fonte: Revista Betel Conectar

29 de abril de 2020

Lição 05: Celebrando a segurança do povo de Deus: Vídeos - aulas, Slides, Betel: Adultos

Texto Áureo

Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Salmos 46.1


Verdade Aplicada
A segurança do povo de Deus não está nas circunstâncias, mas em Deus, nosso Senhor, Refúgio e Fortaleza.



Objetivos da lição
• Destacar a proteção do Senhor.
• Apresentar as características da cidade de Deus.
• Enfatizar importantes relações e inspirações.


Texto de referência
Salmo 46
1. Deus é o nosso refúgio e fortaleza socorro bem presente na angústia.
2.Pelo que não temeremos ,ainda que a terra se mude ,e ainda que os
Montes se transportem para o meio dos mares;
3. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se
abalem pela sua braveza.
4. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das
Moradas do altíssimo.
5. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper
da manhã.
11. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.



Hinos Sugeridos
Harpa Cristã: 212



Harpa Cristã: 304



Harpa Cristã: 305

Introdução
Esta lição fala sobre a segurança do povo de Deus por ter o refúgio, a fortaleza e a proteção de Deus. Enfatiza a grandeza e soberania do Senhor e, por fim, destaca a inspiração de Lutero ao compor o hino "Castelo Forte".


1. Deus é o nosso refúgio e a fragilidade humana
O Salmo 46 traz lições profundas aos servos de Deus no que se refere à proteção e às ameaças que ocorrem ao longo da vida. Também nos mostra a ação do Senhor e a fragilidade humana.


1.1. Deus é o nosso refúgio.
A primeira estratégia para se proteger dos momentos de perigo é procurar um lugar de escape, que sirva de amparo e proteção. Há diversos exemplos na Bíblia, entre eles, as cidades de refúgio. Tratava-se de lugares para onde pessoas que estavam correndo risco de vida se abrigavam [Nm 35.6-7]. É interessante o fato de o salmo iniciar com a declaração de que Deus é "nosso refúgio" [v.1] antes de relatar as calamidades; depois, no meio dos relatos [v.7] e no fim do salmo [v.11]. Deus é nosso refúgio forte [Sl 71.7].

1.2. Deus é nossa fortaleza.
O que adianta ter um abrigo se ele é facilmente invadido, se os soldados inimigos podem destruí-lo? Nesse enfoque, o abrigo precisa ser protegido das interferências externas. Naquele tempo, as cidades eram protegidas com muros, torres e portões. Por exemplo, Davi fortificou a cidade de Jerusalém [2 Sm 5.9]. Salomão fortificou várias cidades [2 Cr 8.5]. Mas o Senhor também é a fortaleza do nosso interior [Sl 73.26]. Neste presente século tão marcado pelas enfermidades da alma - angústia, complexos, traumas, esgotamentos - bem aventurado aquele que enfrenta estes e outros tantos desafios com a confiança de que Deus é "a fortaleza do necessitado na sua angústia" [Is 25.4]. Quem está em Cristo e tem uma experiência pessoal com Ele, pode afirmar que Deus é "a minha fortaleza" [Sl 91.2].

1.3. Socorro bem presente na angústia.
São vários os termos que podem expressar "angústia" no hebraico: "dificuldade; aflição". De acordo com o Dicionário VINE, pode representar um estado psicológico ou espiritual. Em alguns textos bíblicos está no plural [2 Co 6.4; 12.10], podendo estar indicando diversos tipos de sofrimento. Contudo, aquele que está em Cristo, pode afirmar e experimentar da parte de Deus "socorro bem presente na angústia" [Sl 46.1], nos "tempos de aflição" (NTLH), nas "tribulações" (RA) ou "na adversidade" (BKJ). Como encontramos na Bíblia de Estudo Palavras-Chave: "A expressão "bem presente", no texto hebraico, origina-se de (duas palavras no hebraico). Estas palavras enfatizam a rapidez, a perfeição e o poder do socorro do Senhor".

2. Completa confiança no agir de Deus
O salmista após descrever Deus como o seu refúgio e fortaleza, demonstra plena confiança no agir do Senhor [Sl 46.2-11].

2.1. A confiança prevalece em meio ao caos.
O salmista declara que, em decorrência de Deus ser o seu refúgio e fortaleza, ainda que a terra se mude e os montes transportem para o meio dos mares, não temeria [Sl 46.2]. Terra e monte lembram firmeza, mas o mar pode rompê-los. Há perigos que rompem as bases sólidas. O salmista expressa plena confiança, ainda que as bases sólidas sejam rompidas, ainda que os perigos sejam avassaladores, de tal modo que nada fique no lugar, pois, de alguma forma, Deus trará o livramento, Ele trará o escape [Jo 26.5-13; Sl 74.12; 89.8].

2.2. A cidade de Deus.
O salmista está identificando Jerusalém como "a cidade de Deus" [46.4; 87.3]. Também é identificada como "santa cidade" [Ne 11.1]. Lá estava o Templo e a arca da Aliança. Um outro salmista diz que o Senhor habita em Jerusalém [Sl 135.21]. Com a Nova Aliança estabelecida por Jesus Cristo, os escritos do Novo Testamento enfatizam a "Jerusalém que é de cima" [Gl 4.26], a esperança de que "nossa cidade está nos céus" [Fp 3.20], "a futura" [Hb13.14], "a nova Jerusalém" [Ap 12.2]. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: "A rigor, não há rio nenhum em Jerusalém; o rio mencionado aqui poderia ser uma metáfora para a influência vivificadora da adoração e do serviço que flui do santuário de Deus [Êx 47.1-12; Ap 22.1-2]". São muitas as lições e vários detalhes, contudo é relevante que o discípulo de Cristo tenha sempre em mente: rio que alegra; habitação de Deus; Deus no meio; Deus ajudará. São termos que lembram preciosas verdades acerca da relação de Deus com o Seu povo: presença, provisão, auxílio e senhorio.

2.3. A agitação das nações e o cessar das guerras.
O salmista também celebra a segurança e o agir de Deus para com o Seu povo em meio às agitações das nações e dos reinos com suas guerras [Sl 46.6-9]. O Salmo 2 também retrata os movimentos dos povos e governantes contra o governo divino [Sl 2.1-3]. O profeta Isaías menciona bramido e rugido das nações [Is 17.12]. Em nosso tempo, temos testemunhado esta "agitação" ou "revolta" das nações expressas em leis e costumes contrários aos princípios estabelecidos por Deus, portas que se fecham para a proclamação do Evangelho, perseguições contra aqueles que professam a fé em Jesus Cristo ou, ainda, uma profissão de fé meramente nominal. Contudo, o salmista permanece confiante na presença de Deus, em Seu auxílio e em Seu agir. O relato deste salmo é, também, como se antecipasse o resultado da batalha final: "Os reinos do mundo vieram a ser do nosso Senhor e do seu Cristo" [Ap 11.15-17; 19.15-16].

3. Relações importantes e inspirações
Após refletirmos sobre a segurança e a completa confiança em Deus, cabe destacarmos algumas relações importantes entre os Salmos 46, 47 e 48.

3.1.Relação entre os Salmos 46 e 47.
Os Salmos 46 e 47 possuem muitas ideias afins. No Salmo 46, verificamos a ação de Deus em fazer cessar as guerras, ou seja, o triunfo sobre as guerras. Essa ideia é reforçada no Salmo 47, o qual celebra o reino vitorioso de Deus sobre a terra. Retrata a soberania do Senhor e as vitórias finais do nosso Deus. As nações reconhecem que o Deus de Israel é o Grande Rei [Sl 47.9]. Conclama os povos a louvar pela Sua majestade; o Rei de todas as terras, os Seus grandes feitos [Sl 47.3-5]. Percebemos, nestes salmos, que devemos louvar o nosso Deus, pela Sua majestade, pela Sua maravilha e pelos Seus grandes feitos.

3.2. Relação entre os Salmos 46 e 48.
Há paralelos entre os Salmos 46 e 48. Ambos, assim como o Salmo 47, são cânticos de triunfo. Trata-se de mais um cântico que contribui para solidificar no povo de Deus a consciência da grandeza do Senhor, o privilégio de desfrutar de Sua presença e auxílio [vs. 3,7-8], bem como da alegria por contemplar Seus feitos, benignidade e Sua justiça [vs. 8-11]. Interessante os dois últimos versos - 13-14 - pois é um chamado para observar com atenção os detalhes para narrar "à geração seguinte", pois o nosso Deus nos "guia até a morte". Uma importante lição a ser aplicada aos membros do Corpo de Cristo: não apenas desfrutar de tantas bênçãos e louvar, mas, também, proclamarmos a outros, começando por nossa família, "as virtudes daquele que nos chamou" [1 Pe 2.9] e de Seu glorioso agir em favor de todos que Nele confiam e esperam, mesmo após a morte.

3.3. A inspiração de Lutero.
Lutero, além de teólogo, era músico e compositor. Tocava alaúde, um instrumento de cordas. Entre as diversas músicas que compôs, a mais célebre é "Castelo Forte". Essa música foi inspirada na convicção do salmista de que Deus é o nosso refúgio e fortaleza [Sl 46.1]. Em sua composição, Lutero afirma: "Ainda que este mundo, repleto de demônios, ameace destruir-nos, não temeremos, pois Deus quer que a sua verdade triunfe por meio de nós". O hino foi composto em uma das épocas mais sombrias da Igreja. Acredita-se que essa composição ocorreu por volta de 1521. Neste período, Lutero foi intimado para defender suas teses teológicas e estava correndo o risco de morte, porém manteve-se firme nos seus propósitos.


CONCLUSÃO
Aprendemos na presente lição que, por mais que as circunstâncias seja contrárias, o povo de Deus permanece confiante e esperançoso, pois o Senhor Deus está conosco e é o Nosso Refúgio, Fortaleza e Auxílio. Por isso, sabemos que, no final, a vitória é de Deus e Seu povo.
Fonte: Revista Betel
Comentarista:
Pr. Adriel Gonçalves do Nascimento
AD Uberlândia-MG



Lição 05: Confirmando o concerto: Dinâmica: Videos aulas, Subsídios: Cpad: Jovens


TEXTO DO DIA
Ao qual nossos pais não quiseram obedecer, antes o rejeitaram e, em seu coração, se tornaram ao Egito. Atos 7.39.


SÍNTESE
Deus firmou um concerto conosco mediante a nossa fé em seu Filho Jesus Cristo.



AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 9.8,9
Deus fez aliança com Noé

TERÇA — Gn 15.18
Deus faz aliança com Abraão

QUARTA — Êx 2.24
Deus se lembra da aliança com os patriarcas

QUINTA — Êx 24.4-8
O livro da aliança deve ser lido

SEXTA — Dt 4.23
O povo de Deus não deve esquecer-se da aliança

SÁBADO — Hb 12.24
Jesus, o Mediador de uma nova aliança



OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
EXPLICAR o significado da circuncisão para os hebreus;
EXPOR os episódios fundamentais acontecidos no arraial montado em Gilgal, um lugar marcante para a história do povo hebreu;
MOSTRAR como surgiu a Páscoa e qual o seu simbolismo.


INTERAÇÃO
Todas as lições dessa revista possuem um elo que as une, pois tratam de temas sequenciais do livro de Josué. Dessa maneira é confuso para um aluno compreender a lição atual se ele não tiver conhecimento das anteriores. Se ficarem muito calados durante a aula, procure mobilizá-los, estimulando a perguntarem, opinarem, etc. Sempre motive os alunos para que não faltem à próxima aula e para que convidem os que estão mais ausentes. Essas lições são importantíssimas para o crescimento cristão, pois trazem valiosas orientações que se adequam ao nosso dia a dia moderno, pois retratam, como sombras do passado, a conduta do povo de Deus que propiciou a conquista da Terra Prometida!


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Nessa lição estudaremos dois temas importantes no Antigo Testamento: A circuncisão e a Páscoa. Então, para apresentar melhor os assuntos, reproduza o quadro abaixo, mostrando o ensino teológico correto e o que diz o conhecimento popular.



TEXTO BÍBLICO
Josué 5. 2-12.
2 — Naquele tempo, disse o SENHOR a Josué: Faze facas de pedra e torna a circuncidar os filhos de Israel.

3 — Então, Josué fez para si facas de pedra e circuncidou aos filhos de Israel em Gibeate-Haralote.

4 — E foi esta a causa por que Josué os circuncidou: todo o povo que tinha saído do Egito, os varões, todos os homens de guerra, eram já mortos no deserto, pelo caminho, depois que saíram do Egito.

5 — Porque todo o povo que saíra estava circuncidado, mas a nenhum do povo que nascera no deserto, pelo caminho, depois de terem saído do Egito, haviam circuncidado.

6 — Porque quarenta anos andaram os filhos de Israel pelo deserto, até se acabar toda a nação, os homens de guerra, que saíram do Egito, que não obedeceram à voz do SENHOR, aos quais o SENHOR tinha jurado que lhes não havia de deixar ver a terra que o SENHOR jurara a seus pais dar-nos, terra que mana leite e mel.

7 — Porém, em seu lugar, pôs a seus filhos; a estes Josué circuncidou, porquanto estavam incircuncisos, porque os não circuncidaram no caminho.

8 — E aconteceu que, acabando de circuncidar toda a nação, ficaram no seu lugar no arraial, até que sararam.

9 — Disse mais o SENHOR a Josué: Hoje, revolvi de sobre vós o opróbrio do Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal, até ao dia de hoje.

10 — Estando, pois, os filhos de Israel alojados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó.

11 — E comeram do trigo da terra, do ano antecedente, ao outro dia depois da Páscoa; pães asmos e espigas tostadas comeram no mesmo dia.

12 — E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do trigo da terra, do ano antecedente, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano, comeram das novidades da terra de Canaã.



INTRODUÇÃO
Deus chamou o patriarca Abrão e fez com ele uma aliança. Para cumprir a sua parte, como forma de aceitação do concerto, Abrão deveria comprometer-se com a prática da circuncisão, em todos os homens de sua casa. Ele aceitou o desafio e muito tempo depois, às vésperas do êxodo, o Senhor estabeleceu a festa da Páscoa, a qual foi celebrada duas vezes: na saída do Egito e no deserto do Sinai (Nm 9). O Senhor estava ensinando seu povo sobre a obediência e a devoção.

O Todo-Poderoso lhes dava mantimento, conforto, proteção, porém requeria deles (como requer da Igreja) uma atitude de fé. Mas, ao contrário, eles rebelaram-se contra o Senhor. Em face disso, Deus tirou-lhes o privilégio da celebração da Páscoa e admitiu a não circuncisão do restante do povo, até o dia em que puseram os pés em Canaã. Nesse instante, Deus determinou uma nova circuncisão e a comemoração da Páscoa. Uma nova etapa da vida deles estava chegando e, por isso, precisavam manter a intimidade com Deus, confirmando a parte deles na aliança.



I. CIRCUNCISÃO, UM PACTO DE DEUS COM OS
HEBREUS
1. A aceitação do pacto abraâmico.

A circuncisão é a retirada do prepúcio do órgão sexual masculino. Entretanto, muito mais do que uma conduta de saúde pública, a circuncisão aqui estudada era praticada em forma de ritual pelos hebreus, e trazia em seu conteúdo não a concretização de uma aliança, mas a “resposta humana” ao concerto firmado pelo Senhor com o patriarca Abrão (Gn 17.9-14). Era, portanto, um ato de obediência e fé (Dt 10.16; Jr 4.4), que deixava uma marca na carne capaz de distinguir os israelitas dos demais povos. A circuncisão era realizada com uma faca de pedra (Js 5.2), embora naquele tempo já existissem instrumentos de bronze, mas não de ferro, haja vista vivessem no final da Idade do Bronze.


2. Uma marca de Deus.
A circuncisão produzia uma marca de autoridade e comunhão, por demonstrar que Deus aceitava uma alma para adorá-lo. Isso era tão relevante que Moisés e sua esposa tiveram um grave incidente com o Senhor, o qual tencionou matá-lo pelo fato de seu filho não ser circuncidado (Êx 4.24-26). É triste notar que a geração que saiu do Egito, não obstante circuncidada na carne, não tinha o coração e os lábios circuncidados (Êx 6.12; Lv 26.41), por isso morreram no deserto. Esse era o grande desafio da geração do eisodus (e da nossa também): Ser obediente a Deus em tudo, não apenas na aparência, mas no homem interior.


3. Uma marca que era um requisito para ser guerreiro.
A circuncisão era um requisito para se comer a Páscoa (Êx 12.44,48), bem como para tornar-se guerreiro. Ele não poderia lutar as guerras do Senhor sem antes ser submetido ao ritual. Em Gênesis 17.14, Deus disse que os não circuncidados deveriam ser exterminados do povo. A circuncisão para um guerreiro soava com uma verdadeira proteção, que trazia a garantia da aliança abraâmica com Deus. Eis por que Davi, no confronto com Golias, insultou-o duas vezes chamando-o de incircunciso (1Sm 17.26,36). Aquele jovem pastor de ovelhas conhecia muito bem o Deus de Israel, e pela ação de uma “pedra” lançada por ele, o incircunciso gigante veio ao chão. Nas nossas pelejas, a única segurança que trazemos conosco é a obediência a Deus, pois a estratégia e perícia humanas, sem a aprovação do Senhor, para nada servirá.


Pense!
Por qual razão Deus permitiu que a geração que entraria em Canaã ficasse um longo período sem ser circuncidada, no deserto?


Ponto Importante
Deus não queria somente a circuncisão do prepúcio, mas a do coração.


II. UM LUGAR CHAMADO GILGAL
1. Lugar de aliança (vv.8,9).
Gilgal foi o local da renovação da aliança com o Senhor, onde havia uma ambiência de comunhão com Deus e unidade de propósitos entre os israelitas. O doloroso ato da circuncisão, em uma população adulta, foi algo difícil, a ponto de terem de ficar retidos no mesmo lugar até sararem (v.8). Em Gilgal, os israelitas foram restaurados, pois o opróbrio do Egito foi ali retirado (v.9).


2. Lugar de exaltação. 

Senhor disse que estava revolvendo, naquele dia, o opróbrio do Egito (v.9), elevando o povo a um patamar de excelência diante dEle. Não se tratava, obviamente, do opróbrio da escravidão imposta pelos egípcios, nem dizia respeito aos vexames e escárnios que os israelitas suportaram ou mesmo pelas condições degradantes em que viviam. A vergonha, o vexame e a desgraça eram devido às atitudes pecaminosas dos hebreus diante de Deus durante a caminhada pelo deserto. A murmuração, a dureza de coração e o pecado fizeram com que milhares morressem no deserto. Deus removeu o opróbrio em Gilgal, e restabeleceu a dignidade, ponto de partida para um novo capítulo na história do seu povo. O fato de os hebreus submeterem-se novamente ao Senhor enquanto nação, aceitando serem circuncidados, pela fé, fez com que eles fossem reinseridos no pacto espiritual.


3. Lugar de prosperidade.
O povo de Israel andou de acampamento em acampamento por 40 anos em um deserto inóspito, no qual não havia água. Agora, após transpor o Jordão, os hebreus armaram em Gilgal seu primeiro arraial em Canaã, onde não há registro de falta de água e nem de comida. Há um tempo, na vida do servo de Deus, que as coisas são difíceis, como aconteceu na caminhada pelo deserto. Nesse caso, é preciso ter paciência e aguardar o fim do deserto. Entretanto, depois de renovada a aliança com Deus, o tempo da Terra Prometida chegou. Nos dias de abundância e fartura, a dependência de Deus ainda é necessária. Antes, o povo era saciado com água saída da rocha, mas agora beberiam da “chuva dos céus” (Dt 11.11,12).


Pense!
Por que Deus permitiu ao povo passar 40 anos no deserto? Não foi tempo demais?


Ponto Importante
O deserto foi uma escola, na qual os hebreus aprenderam os estatutos de Deus (Sl 119.71).


III. A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA
1. A primeira Páscoa.
Foi estabelecida por Deus sob a orientação de Moisés (Êx 12.1-20). O povo foi orientado para que, no dia 10 do mês de abibe (ou nisã), separasse um cordeiro por família, porque, dentro de quatro dias, o animal seria sacrificado, assado e comido com pães asmos e ervas amargas, e isso apressadamente. Haja vista que o povo estaria de saída do Egito. Deus falou, ainda, que na noite desse 14 do primeiro mês, um anjo sairia a matartodos os primogênitos do Egito, onde não houvesse o sangue do cordeiro a marcar os umbrais e vergas das portas (Êx 12.12). De fato, tudo aconteceu como dito pelo Senhor a Moisés.

Um ano depois, mais uma vez, o Altíssimo determinou a celebração da Páscoa (Nm 9.1-3). Israel peregrinava, nesse tempo, pelo deserto. Antes, porém, de completar o segundo ano de peregrinação, os hebreus desistiram de invadir Canaã e, em seus corações, voltaram ao Egito (At 7.39), pelo que Deus rejeitou àquela geração. Nunca mais a Páscoa foi celebrada, até o dia em que a nova geração chegou a Canaã.



2. Páscoa: um memorial judaico perpétuo.

A Páscoa foi estabelecida em memorial perpétuo, mas o Senhor preferiu suportar a ausência dessa celebração tão importante, por 39 anos, tanto pela incircuncisão dos pretensos adoradores (Êx 12.48), quanto pela incapacidade que eles tinham de cumprir a liturgia determinada. Agora, depois da circuncisão em massa, o Senhor autorizou a referida celebração. Como visto, era a terceira vez que celebravam a Páscoa. A primeira vez foi na saída do Egito; a segunda vez aconteceu no deserto, um ano depois, conforme Números 9.1,2 e, agora, a terceira vez quando aportavam na Terra Prometida.


3. Páscoa: um símbolo poderoso.
A Páscoa apontava para a morte do Cordeiro de Deus, apontando para o sacrifício expiatório de Cristo no Calvário. Não se tratava de mera celebração cívico-religiosa, mas de um culto ao Deus verdadeiro, o Criador do Universo, o qual, fazendo-se semelhante aos homens, entregaria voluntariamente sua vida para salvar a humanidade de seus pecados.


Pense!
Qual a relação da Páscoa com o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário?


Ponto Importante
Quando a Páscoa foi instituída o Altíssimo estava anunciando que Jesus, o Cordeiro imaculado, viria ao mundo e morreria em favor da humanidade.


CONCLUSÃO
Os hebreus precisavam fazer sua parte no concerto com Deus. Infelizmente, contudo, na maior parte do tempo, andaram de maneira desobediente, razão pela qual não puderam celebrar a páscoa por 39 anos. Após a saída do Egito, porém, com a confirmação, pela fé, da aliança abraâmica, com a circuncisão, o opróbrio do Egito foi removido e a Páscoa foi celebrada novamente. Israel estava apto para tomar posse das promessas divinas.


HORA DA REVISÃO
1. Conforme a lição, o que significa a circuncisão?
A circuncisão é o procedimento cirúrgico consistente na retirada do prepúcio do órgão sexual masculino.





2. Qual milagre cessou quando os hebreus comeram do fruto da terra de Canaã?
O maná que era recolhido todas as manhãs.





3. Em que local foi montado o primeiro acampamento hebreu na Terra Prometida?
Em Gilgal.





4. Qual a referência bíblica que afirma que os hebreus voltaram ao Egito em seus corações?
“Ao qual nossos pais não quiseram obedecer, antes o rejeitaram e, em seu coração, se tornaram ao Egito” (At 7.39).





5. Moisés celebrou a páscoa quantas vezes?
Duas vezes.



Sugestão para o ensino:
Para concluir. 
Dinâmica: Libertação
Objetivo: Introduzir o estudo sobre a Páscoa.
Material:
02 correntes confeccionadas de papel
Figuras de pão asmo, cordeiro e ervas amargas
Figura de pão e vinho
Expressões para digitar: Páscoa e Santa Ceia
02 pequenos textos(vejam no procedimento).
Procedimento:
– Dividam a turma em 02 grupos.
– Falem para o grupo 01: Vocês vão representar o povo escravo no Egito, sob o jugo de Faraó. Para tanto, entreguem para um aluno uma corrente de papel, simbolizando escravidão.
– Falem para o grupo 02: Vocês vão representar a humanidade que está escravizada pelo pecado. Entreguem para um aluno uma corrente de papel, simbolizando escravidão.
– Para o grupo 01 entreguem:
A palavra “Páscoa”
Figuras de cordeiro, pão asmo e ervas amargas
– Para o grupo 02 entreguem:
A expressão “Santa Ceia”
Figura de pão e vinho
– Peçam para que uma pessoa do grupo 01 leia o texto abaixo:
Nós estávamos escravos no Egito. Mas, fomos libertos, através da providência divina, depois das 10 pragas(o aluno deve retirar com força as correntes e demonstrar alegria pela libertação). Entre a 9ª e a 10ª pragas, celebramos a Páscoa, com um cordeiro, pães asmos e ervas amargosas(os alunos devem mostrar as figuras). Esta foi a primeira celebração da Páscoa.
– Peçam para que uma pessoa do grupo 02 leia o texto abaixo:
Nós éramos escravos do pecado. Mas, fomos libertos pelo sacrifício de Jesus. O cordeiro pascal nos remete ao sacrífico de Jesus que foi sacrificado por nós. “Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado”(I Co 5:7). Jesus celebrou a última Páscoa e instituiu a Ceia, que deve ser celebrada como memorial de seu sacrifício pela humanidade.
– Orientem os 02 grupos para que falem ao mesmo tempo: Somos libertos!
Por Sulamita Macedo.
Fonte: Dinâmica-Blog/atitudedeaprendiz.blogspot.com



SUBSÍDIO
A circuncisão é, literalmente, a remoção cirúrgica do prepúcio do órgão sexual masculino. […] é prescrita como um sinal externo necessário (Gn 17.11; At 7.8; Rm 4.11) para que alguém pertencesse ao povo da aliança do Senhor. Naturalmente isso se aplicava somente às pessoas do sexo masculino. A circuncisão era um sinal adequado para o povo escolhido de Deus, porque a pureza espiritual e a santidade deviam caracterizar a sua vida.

O significado positivo da circuncisão no Novo Testamento não está no cumprimento da lei, mas sim no sinal do povo escolhido por Deus, era uma parte do mandamento de Deus que continha a promessa do Messias. A verdadeira circuncisão era um selo de fé. A verdadeira circuncisão ‘não feita por mão [humana]’ consiste em deixar de lado o ‘corpo da carne’ pela circuncisão em Cristo, isto é, ser sepultado com Ele no batismo e ressuscitar com Ele (Cl 2.11,12). Quem quer que sirva a Deus em Espírito e glorifique somente a Cristo estará verdadeiramente circuncidado (Rm 2.28,29; Fp 3.3). O Antigo Testamento enfatiza a circuncisão tanto no sentido espiritual quanto no carnal. O Novo Testamento valoriza somente no sentido espiritual ao atribuir-lhe um significado mais profundo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2012, pp.421-423).
Lições Bíblicas Jovens:
Créditos
Cpad - 2° Trimestre de 2020
Tema: Título: Tempo de conquistas — Fé e obediência no livro de Josué
Comentarista: Reynaldo Odilo



Bíblia online
BÍBLIA SAGRADA ONLINE


LIÇÕES BÍBLICAS
CPAD
ANO: 2020
Jovens: Cpad - 2° Trimestre de 2020 - Tema: Tempo de conquistas, fé e obediência no livro de Josué



Jovens: Cpad - 1° Trimestre de 2020 - Tema: Jesus Cristo – Filho do Homem, Filho de Deus



Jovens: Estudos, Pregações, Lições Bíblicas, Dinâmicas, Subsidios, Pré - aulas: Arquivo

Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.

Dinâmica: Fui Liberto!

Objetivo: Introduzir o estudo sobre a finalidade da morte de Jesus Cristo – salvar a humanidade, livrando-a do pecado.
Material:
02 correntes feitas com papel
Procedimento:
- Escolham um aluno e uma aluna e falem que eles vão representar a humanidade.
- Falem:
O homem, antes de pecar, gozava da comunhão com Deus.
Mas, quando o homem pecou, o pecado o separou de Deus.
Tornando-se preso ao pecado e as garras do Diabo.
- Coloquem as correntes nas mãos do aluno e da aluna, demonstrando a humanidade presa ao pecado.
- Leiam “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado”(Rm 8.34).
- Depois, falem: Deus, com seu grande amor pela humanidade, providenciou uma forma de resgatar os homens e as mulheres, enviando Seu filho, Jesus Cristo, para que morresse e salvasse a humanidade, libertando-a do pecado e das garras de Satanás.
- Leiam “Porque Deus amou o mundo de uma tal maneira, que deu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”(Jo 3.16).
- Depois, leiam “Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”(Jo 8.36).
- Nesse momento, o aluno e a aluna devem retirar com força as correntes e demonstrar alegria.
- Leiam, também: “Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão”(Gl 5.1).
Por Sulamita Macedo.

Fonte: Blog///atitudedeaprendiz.blogspot.com


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Lição 05: Libertos do pecado para uma nova vida em Cristo: Subsídios, Dinâmica: Videos - aulas, - Adultos

VÍDEO AULA:
Endereço na descrição dos videos:


TEXTO ÁUREO
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo. Efésios 2.4-5.


VERDADE PRÁTICA
Por meio da maravilhosa graça divina fomos libertos do pecado, perdoados e salvos da condenação e, ainda, recebemos o direito à vida eterna.





LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 3.21-23
Todos pecaram e encontravam-se longe de Deus

Terça — Is 59.1,2
Os pecados nos afastam de Deus e impedem as nossas orações

Quarta — Tg 1.15
A consequência do pecado é a morte

Quinta — Rm 11.30-32
A compaixão divina alcança toda a humanidade

Sexta — Rm 3.24-26
Fomos alcançados pelo favor imerecido de nosso Deus

Sábado — Mt 5.13-16
Resgatados por Cristo, devemos ser sal da terra e luz do mundo



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 2.1-10.
1 — E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,

2 — em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;

3 — entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

4 — Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,

5 — estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),

6 — e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;

7 — para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.

8 — Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.

9 — Não vem das obras, para que ninguém se glorie.

10 — Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.



HINOS SUGERIDOS
Harpa Cristã: 117




Harpa Cristã: 291





Harpa Cristã: 351


OBJETIVO GERAL
Revelar que a graça salvadora de Cristo nos garante a vida eterna.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Refletir sobre nossa natureza pecaminosa;
II. Explicar que fomos vivificados pela graça de Deus;
III. Informar que nossa salvação vem de Deus e não das obras.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Palavra de Deus revela que formos libertos do pecado por meio da maravilhosa graça divina. Por ela, fomos perdoados e salvos da condenação eterna. Assim, em Cristo Jesus, recebemos o direito à vida eterna. Na presente lição, você deve mostrar os relevantes aspectos doutrinários que estão revelados em Efésios 2.1-10. Nessa seção da epístola, o apóstolo Paulo amplia o conceito de libertação do pecado descrevendo-o como um favor imerecido dado por Deus aos salvos a fim de que a nova criatura em Jesus desfrute de uma nova vida com o Salvador.


INTRODUÇÃO

A presente seção da Epístola aos Efésios apresenta relevantes aspectos doutrinários da salvação (2.1-10). Nela, o apóstolo descreve a libertação dos pecados como um favor imerecido dado por Deus aos salvos, a fim de que eles desfrutassem de uma nova vida em Cristo.


PONTO CENTRAL
A graça salvadora de Cristo nos garante a vida eterna.



I. A ANTIGA NATUREZA MORTA EM OFENSAS E PECADOS
No início da Epístola, o apóstolo Paulo lembra que antes da regeneração estávamos mortos em ofensas, pecados e éramos por natureza “filhos da ira” (2.1-3).


1. Nossa condição anterior.
E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados” diz o primeiro versículo. A palavra “ofensa”, do grego paraptoma , tem o sentido de “passo em falso de forma deliberada”. O termo para pecado é hamartia , o qual descreve como “aquele que erra o alvo”. Em vista disso, o homem em sua natureza decaída é diagnosticado como “morto” (2.1), ou seja, uma declaração da real condição das pessoas sem Deus. O conceito é de morte moral e espiritual provocada pelo pecado, que inevitavelmente separa o homem de Deus (Is 59.2; Tg 1.15). Tal qual um corpo inerte, a natureza pecaminosa impede o homem de ouvir e obedecer à voz de Deus. Quem assim vive está morto enquanto “vive. (1Tm 5.6).


2. Nossas ofensas e pecados.
A má conduta “em que, noutro tempo, andastes” é descrita por Paulo por meio da metáfora do ato de “andar” (2.2a). Refere-se às atitudes erradas adotadas na vida passada do salvo antes da regeneração:


2.1. “Andastes, segundo o curso deste mundo” (2.2b).
Os costumes eram praticados conforme o sistema mundano da época, tais como: a imoralidade, o furto e a mentira (4.22-32). Uma constatação de que o salvo não deve tomar a forma do mundo, relativizar o pecado e muito menos ajustar-se à maneira de viver de seu tempo (Rm 12.2).


2.2. “Andastes, […] segundo o príncipe da potestade do ar” (2.2c). 

Uma alusão a Satanás que exerce autoridade sobre os poderes do mal (Jo 12.31). Indica que os agentes malignos têm a capacidade de influenciar os homens desobedientes e incrédulos (2Co 4.4). Mais adiante na Carta, Paulo alerta que a nossa luta é contra tais seres do mal (6.12). Contudo, não é necessário temer, pois Deus exaltou Cristo acima de todos eles (1.21).


2.3. “Andávamos fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (2.3). 

Refere-se à inclinação para fazer o mal, algo inerente à natureza humana (Gn 6.5). Estão incluídos aqui os pensamentos pervertidos e a prática de todos os desejos desordenados da carne. Como resultado, éramos “filhos da ira”, isto é, condenados e desprovidos do favor divino. Paulo sublinha que essa era a nossa condição (4.18). Entretanto, aprouve ao Pai nos eleger e nos predestinar para “filhos de adoção” (1.5).


SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A nossa condição diante de Deus era caótica, éramos escravos e estávamos condenados à perdição e morte eterna.


SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO
Ao expor este tópico, faça uma reflexão a respeito da necessidade do novo nascimento como substituição à velha natureza. Para isso, tome por base o seguinte fragmento textual: “O pecado não consiste apenas de ações isoladas, mas também é uma realidade, ou natureza, dentro da pessoa (ver Ef 2.3). O pecado, como natureza, indica a ‘sede’ ou a sua ‘localização’ no interior da pessoa, como a origem imediata dos pecados. Inversamente, é visto na necessidade do novo nascimento, de uma nova natureza a substituir a velha, pecaminosa (Jo 3.3-7; At 3.19; 1Pe 1.23). Esse fato é revelado na ideia de que regeneração só pode acontecer de fora para dentro da pessoa (Jr 24.7; Ez 11.19; 36.26,27; 37.1-14; 1Pe 1.3)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 2018, p.286).


II. VIVIFICADOS PELA GRAÇA
Por ato de bondade e misericórdia, estando nós ainda mortos em pecados, Deus imensamente nos amou e, por isso, nos vivificou por meio de sua graça.


1. Alcançados pela misericórdia e pelo amor divino.
Após constatar a situação da humanidade “sob a ira de Deus” (2.3), Paulo passa a descrever os atos divinos de amor e de misericórdia que alteraram o quadro caótico da raça humana. Começando com uma conjunção adversativa, o apóstolo declara exultante: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou” (2.4). O ato de misericórdia implica compaixão e simpatia para com os indignos (Rm 11.30-32). A Carta aos Efésios ensina que, ao prover à humanidade o meio de escape da merecida ira (cf. 1.7), Deus não se mostra apenas misericordioso, mas “abundante em misericórdia”. E essa riquíssima misericórdia procede do “seu muito amor com que nos amou”. A Bíblia enfatiza que foi a magnitude desse amor que motivou a nossa salvação (Jo 3.16; 1Jo 4.9).


2. Vivificados por sua graça.

Descrevendo as dádivas divinamente concedidas aos salvos, o apóstolo enfatiza que o amor de Deus nos alcançou “estando nós ainda mortos em nossas ofensas” (2.5a). Isso significa que não éramos merecedores desse amor, mas que, mesmo assim, Deus “nos vivificou juntamente com Cristo” (2.5b). Essa frase quer dizer que nascemos de novo (Jo 3.3). Não estamos mais mortos, pois Cristo nos deu vida outra vez. Fomos vivificados sem mérito algum, tudo foi efetivado por meio da sua graça, o favor imerecido (2.8,9).


3. Exaltados por sua graça.

O apóstolo dos gentios ainda destaca que o poder de Deus “nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo” (2.6). Observe que a palavra “juntamente” indica que Deus concede ao homem os mesmos benefícios alcançados por Cristo: a ressurreição, a vida eterna e o galardão nos céus (1Co 15.3-8,20-25). Assim, ao conceder tais bênçãos aos homens, Deus mostrou as “abundantes riquezas da sua graça” (2.7). Desse modo, ratificamos que a salvação e seus privilégios são conferidos pela imensurável graça de Deus, o favor divino imerecido.


SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O pecador passou da morte para a vida por meio da graça divina, concedida por obra da misericórdia e do grande amor de Deus.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Somos salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Crer no Filho de Deus leva à vida eterna (Jo 3.16). Sem fé, não poderemos agradar a Deus (Hb 11.6). A fé, portanto, é a atitude da nossa dependência confiante e obediente em Deus e na sua fidelidade. Essa fé caracteriza todo filho de Deus fiel. É o nosso sangue espiritual (Gl 2.20).

Pode-se argumentar que a fé salvífica é um dom de Deus, até mesmo dizer que a presença de anseios religiosos, inclusive entre os pagãos, nada tem a ver com a presença ou exercício da fé. A maioria dos evangélicos, no entanto, afirma semelhantes anseios, universalmente presentes, constituem-se evidências favoráveis à existência de um Deus, a quem se dirigem. Seriam tais anseios inválidos em si mesmos, à parte da atividade divina direta?” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 2018, p.370).




III. A SALVAÇÃO NÃO VEM DAS OBRAS
Em Efésios 2.8-10, Paulo revela que a salvação não depende de obras humanas, “porque pela graça sois salvos, por meio da fé” (2.8a). Porém, uma vez salvo, o crente deve praticar as boas obras.



1. Graça como meio de salvação.
“salvação” inclui a libertação da morte, da escravidão do pecado e da ira vindoura; ao mesmo tempo permite ao salvo desfrutar de todas as bênçãos espirituais descritas em Efésios 2.1-7. Portanto, a salvação é o livramento do poder da maldição do pecado e da morte; e a restituição do homem à comunhão com Deus, uma bênção concedida a todos que recebem Cristo como Salvador (Hb 2.15; 2Co 5.19).

A palavra “ graça” é a tradução do grego charis , que significa “favor imerecido” (Rm 3.24). Ela mostra que a iniciativa para tornar possível a salvação veio da parte Deus. É por meio da graça que Deus ativa o livre-arbítrio e capacita o pecador para que responda com fé ao chamado do Evangelho (Rm 11.6). Todavia, ainda assim o ser humano é livre para escolher entre dois caminhos (salvação e perdição); sua liberdade não foi eliminada e a graça pode ser resistida (Jo 7.17).

A “fé” deve ser considerada como a aceitação da obra realizada por Cristo em nosso favor. Ela é a resposta à graça de Deus através da qual recebemos a salvação.



2. Obras como evidência de salvação.
Aqui Paulo usa duas negações para endossar a origem da salvação: a primeira expressão “isso não vem de vós” (2.8b) trata da salvação pela graça que provém de Deus; a segunda ratifica que a salvação “não vem das obras”, o que indica não se tratar de recompensa de algum ato humano. Essas afirmações excluem a possibilidade de alguém ser salvo por esforço pessoal.

Como a salvação é uma realização divina, agora “somos feitura sua, criados em Cristo para as boas obras” (2.10). Uma transformação ocorreu: Agora em Cristo somos uma nova criatura e as coisas velhas passaram (2Co 5.17). Por isso, se antes o apóstolo usou a metáfora do andar numa perspectiva negativa — “outrora andávamos fazendo obras más” (2.2-3) — agora, por meio de uma perspectiva positiva, somos instados a “andar fazendo boas obras”, não como meio para ser salvo, mas como a evidência da salvação (2.10c).



SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A salvação é graça divina por meio da fé. As obras não são o meio, mas o resultado de nossa salvação.


SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Nenhuma medida de esforço próprio ou de devoção religiosa pode realizar o que está descrito acima. Pelo contrário, ‘pela graça sois salvos por meio da fé — e isso não vem de vós; é dom de Deus’ (2.8). A ação da graça de Deus está centrada em seu Filho - sua morte, ressurreição e entronização no céu como Senhor. Em relação à demonstração de sua graça, primeiramente vem o chamado ao arrependimento e à fé (At 2.38). Através dessa convocação, o Espírito Santo torna a pessoa capaz de responder à graça de Deus através da fé. Aqueles que por meio da fé respondem ao Senhor Jesus Cristo ‘são vivificados juntamente com Cristo’ (2.5). São regenerados ou nascidos de novo por obra do Espírito Santo (Jo 3.3-8). São ressuscitados e assentados com Cristo no reino celestial e continuam a receber a graça por sua união com Ele, que é a fonte do poder. Isso os torna capazes de resistir ao pecado e de viver de acordo com o Espírito Santo (Rm 8.13,14). Os crentes, então, passam a servir a Deus e praticar ‘boas obras’ (Ef 2.10; cf. 2Co 9.8) por causa da graça que opera em cada um (1Co 15.10)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. RJ: CPAD, 2017, p.413).


CONCLUSÃO
Antes da regeneração éramos “filhos da ira” e condenados à perdição eterna. Por ato do amor divino, por meio de sua maravilhosa graça, nos tornamos “filhos por adoção”. Essa gloriosa salvação nos foi concedida independente de nossas obras. A partir da salvação passamos a praticar boas obras que glorificam a Deus nosso Pai (Mt 5.16).


PARA REFLETIR

A respeito de “Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo”, responda:
1. Segundo a lição, qual o conceito de morto em Efésios 2.1?
O conceito é de morte moral e espiritual provocada pelo pecado, que inevitavelmente separa o homem de Deus (Is 59.2; Tg 1.15).






2. Cite as atitudes erradas adotadas na vida passada antes da regeneração do salvo conforme a lição.
“Andastes, segundo o curso deste mundo” (2.2b); “andastes, […] segundo o príncipe da potestade do ar” (2.2c); “Andávamos fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (2.3).





3. Após constatar a situação da humanidade “sob a ira de Deus” (2.3), o que Paulo passa a descrever?
Paulo passa a descrever os atos divinos de amor e de misericórdia que alteraram o quadro caótico da raça humana.





4. Segundo a lição, o que significa a frase “nos vivificou juntamente com Cristo” (2.5b)?
Essa frase quer dizer que nascemos de novo (Jo 3.3). Não estamos mais mortos, pois Cristo nos deu vida outra vez.





5. Que transformação ocorreu nos salvos?

Agora em Cristo somos uma nova criatura e as coisas velhas passaram (2Co 5.17).









SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
LIBERTOS DO PECADO PARA UMA NOVA VIDA EM CRISTO
O capítulo 2 de Efésios mostra o processo de libertação do pecador para uma nova vida em Cristo. Assim, a presente lição procura revelar a graça salvadora de Jesus Cristo que nos garante a vida eterna. A libertação do pecado só foi possível por causa dessa graça.

Para mostrar esse processo de libertação do pecado, reflita com a classe sobre a natureza pecaminosa do homem, morta em delitos e pecados; em seguida, explique que a graça de Deus vivificou-nos, transformando a nossa natureza para agora sermos inclinados às coisas celestiais; e, finalmente, afirme que a nossa salvação não vem de obras, mas de Deus pela sua graça salvadora.



Resumo da lição

A graça salvadora de Cristo nos garante a vida eterna. Esse ponto é central em nossa lição. Por esse motivo, o primeiro tópico faz uma reflexão acerca da antiga natureza humana morta em delitos e pecados. Ele mostra que a nossa condição diante de Deus era caótica, éramos escravos e estávamos condenados à perdição e morte eterna. Isso significa que o pecado não consiste apenas em atos isolados, mas numa realidade que se revela na natureza má dentro da pessoa.

Entretanto, Deus não ficou passivo diante de morte do ser humano em ofensas e pecados. O segundo tópico explica que fomos vivificados pela graça divina. O pecador passou da morte para a vida por meio da graça de Deus, que nos foi concedida por obra da misericórdia e do grande amor de Deus. Tudo isso foi possível pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Nesse caso, não há salvação se o homem não crer no Filho de Deus (Jo 3.16), pois sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).

Assim, se a salvação é pela graça por meio da fé, o terceiro tópico afirmará que ela não vem pelas obras, pois estas não são o meio, mas o resultado da salvação pela graça.




Aplicação
Deixe claro para a classe que não há qualquer esforço próprio ou ritual que nos garanta a salvação. Somos salvos pela graça mediante a fé somente (Ef 2.8). Essa graça se revelou em Cristo Jesus, conforme a sua obra completa. Na ação da graça de Deus leva-se em conta o chamado ao arrependimento e à fé. Quem torna possível a resposta a esse chamado é a obra do Espírito Santo que convence o mundo do pecado, e da justiça e do juízo (Jo 16.8). Ao respondermos positivamente à graça, somos regenerados pelo Espírito Santo e estamos, assim, habilitados a produzir boas obras (Ef 2.10).






Sugestão para concluir
Dinâmica: Fui Liberto!
Objetivo: Introduzir o estudo sobre a finalidade da morte de Jesus Cristo – salvar a humanidade, livrando-a do pecado.

Material:
02 correntes feitas com papel
Procedimento:
- Escolham um aluno e uma aluna e falem que eles vão representar a humanidade.
- Falem:
O homem, antes de pecar, gozava da comunhão com Deus.
Mas, quando o homem pecou, o pecado o separou de Deus.
Tornando-se preso ao pecado e as garras do Diabo.
- Coloquem as correntes nas mãos do aluno e da aluna, demonstrando a humanidade presa ao pecado.
- Leiam “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado”(Rm 8.34).
- Depois, falem: Deus, com seu grande amor pela humanidade, providenciou uma forma de resgatar os homens e as mulheres, enviando Seu filho, Jesus Cristo, para que morresse e salvasse a humanidade, libertando-a do pecado e das garras de Satanás.
- Leiam “Porque Deus amou o mundo de uma tal maneira, que deu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”(Jo 3.16).
- Depois, leiam “Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”(Jo 8.36).
- Nesse momento, o aluno e a aluna devem retirar com força as correntes e demonstrar alegria.
- Leiam, também: “Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão”(Gl 5.1).
Por Sulamita Macedo.

Fonte: Da dinâmica-Blog///atitudedeaprendiz.blogspot.com
Fonte: Cpad
Créditos.
Lições Bíblicas Adultos.
Tema: Título: Igreja Eleita — Redimida pelo Sangue de Cristo e selada com o Espírito Santo da promessa.
Douglas Baptista, comentarista das Revistas Lições Bíblicas da
Cpad.