O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, criticou a decisão do juiz Sergio Moro de absolver a jornalista Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na avaliação dele, o magistrado teve “coração generoso” ao absolvê-la, mas se equivocou na tese de que ela não tinha conhecimento da origem ilícita dos recursos que mantinha no exterior.
Na sentença, Moro avaliou que era possível comprovar que ela teve acesso aos recursos e de fato concretizou os gastos em faturas de cartão de crédito e aquisição de produtos de luxo, mas que não existiam provas de que ela soubesse que o dinheiro, repassado por Cunha, era proveniente de corrupção.”Uma pessoa como Cláudia Cruz, jornalista, com um nível de formação cultural, deveria saber quais eram as origens dos recursos”, rebateu o procurador.
Lima confirmou que o Ministério Público Federal (MPF) vai recorrer contra a decisão de Moro ao Tribunal Regional Federal (TRF) e disse estar esperançoso de que a Corte reverterá a decisão do juiz. Ele ressaltou que Cláudia Cruz não é acusada por corrupção, mas sim por lavagem de dinheiro, o que acredita ter ficado provado pela investigação.
O procurador ressaltou que o empresário português Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, absolvido na decisão de quinta-feira, terá a sua inocência também contestada. Na decisão, Moro considerou que não estava claro que ele tinha ciência de que o pagamento de cerca de 10 milhões de dólares ao lobista João Augusto Rezende Henriques, originários da compra dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras, não se tratavam de uma “comissão justificada”, mas sim de propina.
Em março, Eduardo Cunha foi condenado a quinze anos de prisão por ter sido o beneficiário de parte desse valor em contas no exterior, de onde teriam saído os recursos transferidos para outras contas em titularidade de Cláudia Cruz. Nesta sexta-feira, a Operação Poço Seco seguiu investigando o pagamento de propina sobre o campo de Benin, buscando esclarecer mais detalhes a respeito do caminho dos recursos e de outros possíveis envolvidos e beneficiados no esquema.
Fonte: Veja
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Na sentença, Moro avaliou que era possível comprovar que ela teve acesso aos recursos e de fato concretizou os gastos em faturas de cartão de crédito e aquisição de produtos de luxo, mas que não existiam provas de que ela soubesse que o dinheiro, repassado por Cunha, era proveniente de corrupção.”Uma pessoa como Cláudia Cruz, jornalista, com um nível de formação cultural, deveria saber quais eram as origens dos recursos”, rebateu o procurador.
Lima confirmou que o Ministério Público Federal (MPF) vai recorrer contra a decisão de Moro ao Tribunal Regional Federal (TRF) e disse estar esperançoso de que a Corte reverterá a decisão do juiz. Ele ressaltou que Cláudia Cruz não é acusada por corrupção, mas sim por lavagem de dinheiro, o que acredita ter ficado provado pela investigação.
O procurador ressaltou que o empresário português Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, absolvido na decisão de quinta-feira, terá a sua inocência também contestada. Na decisão, Moro considerou que não estava claro que ele tinha ciência de que o pagamento de cerca de 10 milhões de dólares ao lobista João Augusto Rezende Henriques, originários da compra dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras, não se tratavam de uma “comissão justificada”, mas sim de propina.
Em março, Eduardo Cunha foi condenado a quinze anos de prisão por ter sido o beneficiário de parte desse valor em contas no exterior, de onde teriam saído os recursos transferidos para outras contas em titularidade de Cláudia Cruz. Nesta sexta-feira, a Operação Poço Seco seguiu investigando o pagamento de propina sobre o campo de Benin, buscando esclarecer mais detalhes a respeito do caminho dos recursos e de outros possíveis envolvidos e beneficiados no esquema.
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