O presidente acredita que a paz é possível, que uma abordagem nova pode funcionar, mas ele sabe que estamos em uma fase inicial. Por isso, nós não pensamos que tenha chegado a hora de organizar um encontro entre os dois lideres [palestino e israelense] ou de realizar negociações trilaterais. É que ainda é cedo demais", informa o jornal Haaretz, citando uma de suas fontes.
Como o governo americano está na fase inicial dos preparativos para o processo de paz, ele tenciona agir de maneira cautelosa, explica a edição.
Foi comunicado que no decorrer das visitas Trump apelará ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e ao líder da Palestina, Mahmoud Abbas, para "empreenderem medidas de reforço da confiança com o fim de criar um ambiente adequado para a reinicialização das negociações de paz entre as partes".
As fontes do jornal esclareceram que Trump irá recordar a Netanyahu a necessidade de restinguir a construção de assentamentos por parte de Israel e melhorar a situação econômica palestina. Ao longo do encontro com Abbas, Trump, por sua vez, voltará a apelar à Palestina para se abster de "incitar à violência" em relação a Israel.
De acordo com as fontes da edição, Trump planeja dedicar sua visita a Israel à "recuperação e melhoramento" das relações bilaterais americano-israelenses, que passaram por um "período difícil" nos 8 anos de governo de Obama.
"Temos um bom início, e queremos mostrar ao povo israelense que esta união está voltando ao caminho certo", resumiram os interlocutores do jornal.
No início da próxima semana, ou seja, em 22 ou 23 de maio, Trump deve chegar a Israel com sua primeira visita na qualidade de presidente.
Espera-se que, além das negociações com as autoridades do país, ele visite o centro histórico de Jerusalém e pronuncie um discurso nas ruínas de Massada — uma fortaleza antiga no litoral do mar Morto, onde os rebeldes judeus pararam o avanço das legiões romenas. Além disso, Trump planeja se encontrar com o líder palestino Abbas em Belém, que é venerado como o local de nascimento de Jesus Cristo.
Os israelenses e palestinos romperam o diálogo de paz em 2014. As tentativas repetidas dos mediadores internacionais para fazê-los voltarem à mesa das negociações não deram frutos até hoje.
A construção de assentamentos na Cisjordânia e na Jerusalém Oriental ocupada, onde já moram quase 600 mil israelenses, é considerada como o principal fator de irritação nas relações entre Israel e a comunidade internacional e um dos obstáculos principais na busca de paz com os palestinos.
Fonte: sputniknews.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário