Mais de 6 em cada 10 brasileiros não possuem qualquer reserva financeira, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (26) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Segundo o indicador, 65% dos brasileiros não possuem reserva contra imprevistos. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o baixo número de poupadores tem relação direta com a crise econômica. “O desafio de boa parte das famílias é superar a queda da renda decorrente do aumento do desemprego e do avanço recente da inflação, que corroeu o poder de compra do consumidor.”
Em março, segundo a pesquisa, 76% não conseguiram guardar dinheiro. Entre a população das classes A e B, 37% informaram ter reservado alguma quantia. Já nas classes C, D e D, o percentual foi de apenas 13%. Em média, aqueles que conseguiram poupar guardaram R$ 502 em março.
A principal justificativa dada entre aqueles que não conseguiram poupar foi a renda baixa, mencionada por 44% dos entrevistados; 16% citaram imprevistos e outros 13% disseram estar sem renda no momento. Além destes motivos, 9% citaram o fato de não conseguirem controlar os gastos e 6% a falta de disciplina.
A pesquisa ouviu 800 pessoas com idade superior ou igual a 18 anos em 12 capitais das cinco regiões brasileiras. Em relação ao destino da reserva financeira, 64% escolhem a caderneta de poupança como aplicação preferencial, segundo a pesquisa. Outros 20% afirmam manter o dinheiro guardado na própria casa. Em seguida, aparecem os fundos de investimento (10%); a Previdência Privada (7%); o CDB (6%); e o Tesouro Direto (4%).
O levantamento mostra ainda que, em março, entre aqueles que possuem reserva financeira, mais da metade (55%) fizeram uso dos recursos poupados. Os principais motivos foram o pagamento de contas da casa (13%), imprevistos (11%), despesas extras (9%), viajar (4%) e comprar uma casa ou apartamento (4%).
Segundo a economista, a escolha da modalidade deve sempre levar em conta o propósito da reserva. “Se o objetivo é de longo prazo, o poupador deve buscar o melhor rendimento. Essa busca implica, muitas vezes, disciplina e um esforço de pesquisa dos melhores tipos de investimentos existentes mas pode levar a escolhas melhores. Já se o objetivo é constituir uma reserva contra imprevistos, será mais conveniente optar por um investimento com maior liquidez, isto é, mais facilidade de saque, como a poupança e os CDBs sem carência, por exemplo”, analisa Kawauti.
Fonte: G1
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Segundo o indicador, 65% dos brasileiros não possuem reserva contra imprevistos. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o baixo número de poupadores tem relação direta com a crise econômica. “O desafio de boa parte das famílias é superar a queda da renda decorrente do aumento do desemprego e do avanço recente da inflação, que corroeu o poder de compra do consumidor.”
Em março, segundo a pesquisa, 76% não conseguiram guardar dinheiro. Entre a população das classes A e B, 37% informaram ter reservado alguma quantia. Já nas classes C, D e D, o percentual foi de apenas 13%. Em média, aqueles que conseguiram poupar guardaram R$ 502 em março.
A principal justificativa dada entre aqueles que não conseguiram poupar foi a renda baixa, mencionada por 44% dos entrevistados; 16% citaram imprevistos e outros 13% disseram estar sem renda no momento. Além destes motivos, 9% citaram o fato de não conseguirem controlar os gastos e 6% a falta de disciplina.
A pesquisa ouviu 800 pessoas com idade superior ou igual a 18 anos em 12 capitais das cinco regiões brasileiras. Em relação ao destino da reserva financeira, 64% escolhem a caderneta de poupança como aplicação preferencial, segundo a pesquisa. Outros 20% afirmam manter o dinheiro guardado na própria casa. Em seguida, aparecem os fundos de investimento (10%); a Previdência Privada (7%); o CDB (6%); e o Tesouro Direto (4%).
O levantamento mostra ainda que, em março, entre aqueles que possuem reserva financeira, mais da metade (55%) fizeram uso dos recursos poupados. Os principais motivos foram o pagamento de contas da casa (13%), imprevistos (11%), despesas extras (9%), viajar (4%) e comprar uma casa ou apartamento (4%).
Segundo a economista, a escolha da modalidade deve sempre levar em conta o propósito da reserva. “Se o objetivo é de longo prazo, o poupador deve buscar o melhor rendimento. Essa busca implica, muitas vezes, disciplina e um esforço de pesquisa dos melhores tipos de investimentos existentes mas pode levar a escolhas melhores. Já se o objetivo é constituir uma reserva contra imprevistos, será mais conveniente optar por um investimento com maior liquidez, isto é, mais facilidade de saque, como a poupança e os CDBs sem carência, por exemplo”, analisa Kawauti.
Fonte: G1
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