O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, realizou neste domingo a reunião semanal de seu Executivo nos subterrâneos do Muro das Lamentações, na tentativa de evidenciar o que Israel chama de "reunificação" da cidade, em alusão à ocupação da metade oriental, em 1967.
"Convoquei hoje uma reunião especial do gabinete nos túneis do Muro", o lugar mais sagrado do judaísmo, "e aprovamos uma série de decisões importantes para fortalecer a nossa capital, Jerusalém", declarou ele sobre o encontro, no subsolo da Cidade Velha, na parte oriental da cidade, ocupada durante a Guerra dos Seis Dias.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) qualificou o ato de "provocação".
"O governo israelense decidiu marcar os 50 anos de ocupação e começo do mês sagrado do Ramadã enviado uma clara mensagem ao povo palestino de que as violações sistemáticas dos seus direitos inalienáveis continuarão. A reunião de hoje na zona oriental ocupada de Jerusalém é uma tentativa do governo israelense de normalizar a ocupação, opressão e colonização sobre a terra e as pessoas da Palestina", declarou o secretário-geral da OLP, Saeb Erekat, em comunicado.
De acordo com a OLP, "o governo israelense insiste em sabotar os esforços internacionais".
Apesar da comunidade internacional jamais ter reconhecido tal ação, o parlamento israelense aprovou em 1980 uma resolução estabelecendo que Jerusalém unificada é a "capital eterna e indivisível do Estado de Israel".
A reunião ministerial quis destacar o meio século do que consideram a "reunificação" de Jerusalém, que Israel comemorou na quarta-feira passada, um ato que, segundo a lei internacional, constituí uma anexação produto de uma ocupação que não tem validade legal do ponto de vista jurídico.
O governo israelense aprovou hoje o projeto para a construção de um teleférico que passará pela zona oriental de Jerusalém e ligará o Muro das Lamentações ao Monte das Oliveiras e que entrará em funcionamento em 2021.
Fonte: EFE via Terra
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