Soldado do Exército da Coreia do Sul passa próximo a TV que exibia lançamento de míssil feito pela vizinha Coreia do Norte
A Coreia do Norte lançou na manhã deste domingo (dia 14, horário local) um míssil balístico que caiu no mar entre a sua costa nordeste e o Japão. A informação foi confirmada pelos governos da Coreia do Sul e do Japão.
O míssil foi lançado de uma região chamada Kusong, ao norte da capital Pyongyang, e voou cerca de 700 quilômetros – e por aproximadamente meia hora – antes de cair no mar. Foi o primeiro teste em duas semanas. Nos últimos dois meses, a Coreia do Norte já havia feito testes e disparado ao menos outros quatro mísseis balísticos. São mísseis que, se bem sucedidos, são capazes de voar distâncias superiores a 5.000 quilômetros – ou seja, de cruzar diferentes continentes.
O novo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, convocou uma reunião de emergência do Conselho Nacional de Segurança para discutir a nova agressão dos vizinhos do norte. Ele tomou posse na quarta-feira passada e havia prometido insistir no diálogo para tentar encerrar o clima de animosidade com a Coréia do Norte, do ditador Kim Jong-un.
Reações
Os Estados Unidos pediram sanções mais fortes contra a Coreia do Norte após o primeiro teste balístico do regime comunista desde a posse de um novo presidente na Coreia do Sul, Moon Jae-in. “Que esta última provocação sirva de chamado a todas as nações para implementar sanções muito mais fortes contra a Coreia do Norte”, disse a Casa Branca em um comunicado.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, disse ao canal de televisão ABC que os EUA tem trabalhado bem com a China, aliado mais próximo de Pyongyang, e levantou a possibilidade de novas medidas, incluindo importações de petróleo.
O míssil caiu “tão perto do solo russo (…) que o presidente não pode imaginar que a Rússia esteja feliz”, acrescentou a Casa Branca. No entanto, o ministério da Defesa russo afirmou mais tarde que o míssil havia caído a 500 quilômetro de sua fronteira e que “não representa nenhum perigo” para o país, segundo um comunicado divulgado pelas agências de notícias do país.
Pouco antes, o Kremlin afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, expressaram sua preocupação “pela escalada de tensões” durante uma reunião em Pequim.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou o lançamento deste domingo como “totalmente inaceitável” e de “grave ameaça” para Tóquio.
A China reagiu pedindo moderação e lembrou que “se opõe à violação por parte da Coreia do Norte das resoluções do Conselho de Segurança”, indicou o ministério das Relações Exteriores em um comunicado.
Desde o ano passado, a Coreia do Norte realizou dois testes nucleares e dezenas de testes de mísseis balísticos, em sua tentativa de desenvolver armamento que possa alcançar o território dos Estados Unidos.
Fonte: Veja
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