19 de março de 2021

Aula Bíblica Jovens e adultos – Central gospel: Lição 12: Tomé, O Crítico da Verdade

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
 
João 14. 1-6

1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.

2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.

3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.

4 Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.

5 Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?

6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.


 João 20.24-27
24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.

25 Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

26 E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.

27 Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.


TEXTO ÁUREO
 João 20.28,29
28 E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!

29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.

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OBJETIVOS
* Entender que Tomé, escolhido pessoalmente por Cristo para o ministério apostólico, era um homem crítico, o que, em determinados momentos, limitava sua compreensão da Verdade;
* Saber que os desafios à fé cristã apresentam-se cotidianamente na vida do crente;
* Compreender que eventuais lapsos de fé encontram plena restauração em Cristo.


1 O nome de Tomé ocorre nas listas de apóstolos descritas no Novo Testamento. 
Nos três primeiros evangelhos, é colocado ao lado de Mateus (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15), enquanto no livro de Atos está próximo de Filipe (At 1.13). O seu nome, em hebraico, significa “gêmeo”. No evangelho de João, seu nome é referido como sendo Dídimo (Jo 11.16; 20.24; 21.20), que no grego significa precisamente “gêmeo”.


TOMÉ, O APOSTOLO DA CORAGEM
João, em seu evangelho, particularmente apresenta algumas informações que reproduzem algumas características significativas de sua personalidade. A primeira refere-se à exortação que ele fez aos outros apóstolos, quando Jesus, num momento crítico da sua vida, decidiu ir a Betânia para ressuscitar Lázaro, aproximando-se, assim, perigosamente de Jerusalém (Mc 10.32). Naquela ocasião, Tomé disse aos seus colegas-discípulos: “Vamos nós também para morrermos com ele” (Jo 11.16). Essa sua determinação em seguir o Mestre é singular e exemplar e nos oferece uma preciosa lição: revela a disponibilidade completa para seguir a Jesus, até identificar o próprio destino com o dele e compartilhar com o Senhor a prova suprema da morte. O mais importante é nunca se separar de Jesus. O discípulo deve estar onde está o seu mestre. O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos da cidade Corinto: “Vós estais em nosso coração para morte e para a vida” (2Co 7.3).


TOMÉ, O APÓSTOLO DA DÚVIDA
A segunda informação apresentada por João está diretamente relacionada à última ceia. 
Naquela ocasião, Jesus, em conversa íntima com seus discípulos, está predizendo a sua partida inevitável e anuncia que vai preparar um lugar para seus discípulos, para que eles estejam onde Ele estiver, e esclarece: “Para onde eu vou, vós conheceis o caminho” (Jo 14.4). É exatamente Tomé que afoitamente diz: “Senhor, nós não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?” (Jo 14.5). Na realidade, com essa expressão, ele se coloca em um nível de compreensão bastante simples. Mas as suas palavras proporcionam a Jesus a ocasião para pronunciar a célebre definição: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida...”. (Jo 14.6). Portanto, Tomé é o primeiro a quem é feita essa revelação, mas ela vale para todos nós e para todos os tempos. E todas as vezes que ouvimos ou lemos essas palavras, podemos colocar-nos com o pensamento ao lado de Tomé e imaginar que o Senhor fala também conosco, como falou a ele.

Da mesma forma como Tomé foi tomado de dúvidas, nós, também, muitas vezes precisamos pedir ajuda ao Senhor. Com frequência não compreendemos a sua maneira de agir e precisamos clamar: “Senhor, escuta-me, ajuda-me a compreender”. Dessa forma, com essa autenticidade é que devemos orar ao Senhor, exprimindo a nossa limitação e incapacidade de compreender a sua mensagem. Mas devemos nos colocar em atitude de confiança como quem espera força e coragem de quem é capaz de doá-las.


TOMÉ, O APÓSTOLO INCRÉDULO
É muito conhecida a cena de Tomé revelando a sua incredulidade. E isto aconteceu oito dias após a Páscoa. Num primeiro momento, ele não acreditou que Jesus aparecera durante a sua ausência, e disse: “Se eu não vir a marca dos cravos em suas mãos, e não colocar o meu dedo ali e não puser a minha mão no seu lado, não acreditarei” (Jo 20.25). Essas palavras são indicadoras de que Jesus é reconhecível tanto pela sua voz, mas também pelas cicatrizes deixadas por nossos pecados em seu santo corpo. Tomé imaginava que os sinais qualificadores da identidade de Jesus fossem sobretudo as marcas, nas quais se revela até que ponto Ele nos amou. E nisso o apóstolo não se enganou. Os evangelhos nos informam que oito dias depois, Jesus apareceu no meio dos seus discípulos e, desta vez, Tomé estava presente. Jesus o interpela dizendo: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos! Estende a tua mão e põe no meu lado e não sejas incrédulo, mas crente” (Jo 20.27). Tomé reage com a profissão de fé mais surpreendente de todo o Novo Testamento: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20.28). Santo Agostinho comentou: “Tomé via e tocava o homem, mas confessava a sua fé em Deus, que não via e nem tocava. Mas o que via e tocava levava-o a crer naquilo do qual, até aquele momento, tinha duvidado”.


TOMÉ, UM APÓSTOLO DECIDIDO
João ainda descreve a cena, registrando uma última palavra de Jesus: “Porque me viste, acreditaste. Bem-aventurados os que, sem terem visto, creram” (Jo 20.29). Naquele momento, Jesus estava emitindo um princípio fundamental para os cristãos que viriam depois de Tomé, portanto, para todos nós. Merece muito mais quem crê sem ver, do que quem crê porque vê. A carta aos Hebreus, citando os antigos patriarcas bíblicos, que acreditaram em Deus sem ver o cumprimento das suas promessas, define a fé como “fundamento das coisas esperadas e comprovação daquelas que não vemos” (11.1). 

O exemplo de Tomé é importante para nós, por pelo menos três razões: 
1ª) porque nos conforta em nossas incertezas; 
2ª) porque nos demonstra que qualquer dúvida pode levar a um êxito feliz além de qualquer incerteza; e 
3ª) porque as palavras dirigidas a ele por Jesus nos ensinam o verdadeiro sentido da fé madura e nos encorajam a prosseguir, apesar das dificuldades, em nosso caminho em direção a Ele. O evangelho de João faz uma última observação: Tomé é apresentado como testemunha do ressuscitado após a pesca milagrosa no lago de Tiberíades (Jo 21.2). Nessa ocasião ele é mencionado logo depois de Simão Pedro: Sinal evidente da grande importância que desfrutava no meio das comunidades cristãs. Historiadores do primeiro século escreveram que Tomé evangelizou primeiro a Síria e a Pérsia (Orígenes, citado por Eusébio de Cesareia), depois, foi até a índia Ocidental de onde, enfim, alcançou a Índia Meridional. Nessa visão missionária, aprendamos com Tomé a fortalecer cada vez mais a nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor e nosso Deus.


TOMÉ, UM APÓSTOLO TRANSFORMADO
A fé não é um mero sentimento, mas, sobretudo, “uma convicção”. Esta mesma fé, que é a mão estendida da alma humana, vem de fora, é dom de Deus. O homem não a produz por si mesmo. É Deus quem a concede a ele. O espírito do homem encontra o Deus vivo, revelado em Cristo, reconhecendo, com admiração infinita o amor santo que o tem buscado desde a fundação do mundo, e que avança ao seu encontro, e o homem se rende a este amor grande e incansável, sem restrições, sem reservas, sem dúvidas, mas com uma atitude deliberada, veemente e eterna. Cristo ressuscitou. Ele apareceu aos apóstolos. Apareceu a Tomé em especial. Há muitas evidências desse encontro. A religião cristã é fundamentada no senhorio de Cristo ressuscitado. Assim sendo, nossa escolha é uma decisão de fé.

O ponto vital da nossa existência é fé, a maior escolha. 
Ela produz alegria intensa, mesmo diante do medo, do terror e da morte. O filho de Deus, o ressurreto, Senhor Vivo, está diante de nós de mãos estendidas mostrando as feridas e dizendo: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega também a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Bem aventurados os que não viram e creram!” (Jo 20.27-29).


Conclusão
Mais que pelos seus circunstanciais momentos de dúvida, a tradição cristã nos assegura que Tomé mostrou-se digno de ser lembrado pela posteridade como aquele que não temeu expor sua própria vida aos perigos e privações da carreira apostólica. Seu fim, violentamente perpetrado pelos inimigos da fé, é prova inconteste de como a fé e a confiança no nome de JESUS se tornaram os ditames de seu ministério.


PARA PENSAR E AGIR
1. Tomé era impaciente e questionador. 
Jesus o amou mesmo assim.



2. Tomé era um apóstolo repleto de dúvidas. 
Jesus o manteve, ainda assim.



3. Tomé era um apóstolo cuja fé baseava-se em evidências físicas. Jesus o curou mesmo assim. Você também pode ser curado da impaciência e descrença.
Texto extraído da revista “Palavra & Vida” da Convenção Batista Fluminense

Fonte/crédito-Pr. Geziel Gomes:
(Revista: Central Gospel)

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