27 de fevereiro de 2019

Lição 9: Lucas Retrata o Filho do Homem Escatológico: Pré - aula - Jovens e Adultos - Editora: Central Gospel




TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Lucas 17.22-30
22 - E disse aos discípulos: Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.
23 - E dir-vos-ão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Não vades, nem os sigais,
24 - porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia.
25 - Mas primeiro convém que ele padeça muito e seja reprovado por esta geração.
26 - E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do Homem.
27 - Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e consumiu a todos.
28 - Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam.
29 - Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos.
30 - Assim será no dia em que o Filho do Homem se há de manifestar.



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Pré - aula:
Comentarista: Pr. Renan di Melo




TEXTO ÁUREO
"E, então, verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande glória.", Lucas 21.27


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, Lucas fez inúmeras citações sobre as declarações que Jesus fez a respeito de Si mesmo como sendo o Filho do Homem, e essa expressão bíblica remete-nos não apenas aos eventos passados, mas também àquilo que ainda está por acontecer.
Nesta lição, tendo em vista a escassez de mensagens voltadas para os tempos do fim, discorreremos, ainda que de forma sucinta, sobre o Filho do Homem escatológico.
Há de se destacar que o termo escatologia tem origem no grego, sendo formado pela junção dos vocábulos escathos (últimas coisas) e logia (discurso racional) — em suma, escatologia é o estudo das últimas coisas.
Que o Espírito Santo o capacite e que esta aula seja pujante e renovadora para a Igreja do Senhor.


Palavra introdutória
Lucas, além de descrever a humanidade do Filho do Homem, também registrou em seus escritos declarações a respeito do Filho do Homem messiânico — profetizado no Antigo Testamento — e do Filho do Homem escatológico — anunciado triunfante no Apocalipse. O evangelista fez essa ponte com muita habilidade, evidenciando que Jesus, repetidas vezes, utilizou tal designação para referir-se a Si mesmo (Lc 6.5; 9.44; 11.30; 12.40; 17.26; 19.10; 22.22 etc.). Em Lucas 17.24 e em 21.27, por exemplo, parece claro que o Messias lançou mão da expressão (Filho do Homem) para descrever Seu caráter e missão descritos no Antigo Testamento: [...] eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem [...] o seu domínio é um domínio eterno [...] (Dn 7.13,14).
Ao identificar-se como Filho do Homem — Aquele a quem foi dado o domínio sobre todas as nações da terra —, Cristo expôs Seu divino caráter messiânico e a certeza de que, mesmo diante da aparente vitória de Seus inimigos e da suposta fragilidade de Seus seguidores, Ele haveria de triunfar no fim. Com isso, Jesus trouxe um enriquecido e novo conceito à expressão, que, até então, havida sido usada apenas no Antigo Testamento: o Filho do Homem, que se humilhou para ser um autêntico ser humano, é, ao mesmo tempo, o Eterno vitorioso (Mt 24.30).


1. JESUS DECLAROU SER O FILHO DO HOMEM
Nos quatro Evangelhos, Jesus utilizou mais de oitenta vezes a expressão “Filho do Homem” em autorreferência. Em Lucas, grande parte das vezes, tal designação está atrelada às declarações que Ele fez a respeito de Sua morte, ressurreição e segunda vinda (Lc 11.30; 18.31; 22.22). Isto faz com que, do ponto de vista teológico, este seja um dos títulos mais importantes atribuídos a Cristo em Seu ministério terreno.
A seguir, destacamos algumas razões para Jesus ter usado, com frequência, essa qualificação:
para anunciar o advento do Messias — Jesus estava consciente de Sua missão; deste modo, ao declarar-se Filho do Homem, Ele anunciava que o Prometido já se achava entre o povo (Lc 19.10);
para identificar-se com a humanidade e suas necessidades (Lc 7.34; 9.58);
para indicar Sua obra expiatória (Lc 18.31-33);
para revelar Sua completa vitória como Redentor (Lc 24.6-8);
para apontar o Seu senhorio universal — como Filho do Homem, tornou-se Juiz de todos homens (Lc 12.4-10; 21.36).


1.1. A origem da expressão Filho do Homem
A expressão Filho do homem tem origem no Antigo Testamento.
No hebraico (ben-’āḏām; p. ex.: Nm 23.19a; Sl 144.3), a ideia é a de alguém que pertence à raça adâmica;
no aramaico (bar’ĕnāš; p. ex.: Dn 7.13) e no grego (Huios tou anthrōpou; p. ex.: Lc 5.24), a ideia é a de alguém que pertence à raça humana.
Em muitas passagens, essa unidade lexical foi utilizada para, tão somente, enfatizar as limitações da natureza humana; olhando em seu contexto idiomático, no entanto, poderia significar, simplesmente, homem — isto fica patente, por exemplo, nos seguintes versos: Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa (Nm 23.19a). SENHOR, que é o homem, para que o conheças, e o filho do homem, para que o estimes (Sl 144.3)?
No Novo Testamento, tradicionalmente, tal designação (Filho do Homem) remete à humilde humanidade de Jesus, em contraste com a Sua divindade.


2. O FILHO DO HOMEM NAS ESCRITURAS
O livro em que encontramos a maior incidência da expressão (Filho do Homem), no Antigo Testamento, é Ezequiel (mais de 90 ocorrências) — sempre destacando a natureza humana do profeta que está sendo usado por Deus —; porém também a encontramos em outros tomos, tais como: Números (23.19), Jó (25.6; 35.8), Salmo (8.4; 80.17; 144.3), Isaías (51.12; 56.2) e Daniel (7.13), dentre outros. No Novo Testamento (versão ARC), o termo aparece em Mateus (32 vezes), Marcos (14 vezes), Lucas (26 vezes), João (12 vezes), Atos e Hebreus (uma vez em cada livro) e Apocalipse (duas vezes).
Nas Escrituras, pode-se classificar a expressão Filho do Homem (em referência direta a Jesus) em três categorias distintas: (1) em Daniel, Ele é profetizado; (2) nos Evangelhos, Ele está a serviço dos homens, morre e ressuscita; e (3) em Apocalipse, Ele é glorificado e governa.


2.1. Em Daniel
Em Daniel 7.13,14, temos a mais significativa ocorrência da expressão “Filho do Homem” no Antigo Testamento: Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído.
Em um sentido mais amplo e profundo, nesses versos está em foco a figura do Messias prometido sendo contemplado em Sua glória vindoura.
Observe, no texto de Daniel (cap. 7):
ao Filho do Homem é dada uma glória que só a Deus pode ser atribuída (Dn 7.14); significa dizer, então, que este não pode ser um homem comum;
há uma previsão de juízo das nações (Dn 7.10,26) na volta do Filho do Homem (conf. Mt 25.31-46; Ap 19.11-21; 20.1-15);
Jesus e o Pai eterno são pessoas distintas — enquanto o Filho do Homem é Jesus; o ancião de dias (Dn 7.9,13,22) é Deus-Pai, Aquele que habita a eternidade (Is 57.15);
o Filho do Homem recebendo o Reino (Dn 7.14) — conforme está escrito: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre (Ap 11.15b).


2.2. Nos Evangelhos
A revelação do Filho do Homem, nos Evangelhos, pode ser separada em dois tempos distintos: antes e depois do evento ocorrido em Cesareia de Filipe (Lc 9.18-22; Mt 16.13-23; Mc 8.27-33; Jo 6.66-69). O reconhecimento e a confissão de Pedro a respeito de Jesus naquela cidade marcam um ponto de mudança em Seu ministério, com uma nova direção na autorrevelação de Cristo aos Seus discípulos:
antes de Cesareia de Filipe, o Messias só dizia a respeito de Si mesmo que era o Filho do Homem terreno (Lc 5.24);
depois do evento de Cesareia de Filipe, são inseridas em Suas mensagens duas novas observações: o Filho do Homem deveria ser rejeitado por alguns, sofrer e morrer; porém, ao terceiro dia, ressuscitaria (Lc 9.22,44) e, posteriormente, viria como o Filho do Homem escatológico para julgar e governar no Reino de Deus (Lc 22.29,30,67-69).
O fato de o Filho do Homem estar no meio dos sete castiçais (Ap 1.13) revela-nos: Sua presença na Igreja; Sua proteção à
Igreja; Sua orientação e supervisão constantes.


2.3. No Apocalipse
João, no Livro de Apocalipse, mostra-nos o Filho do Homem como Mediador da Sua Igreja: e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro (Ap 1.13). As vestes, nesse texto, remetem às vestes sacerdotais do Antigo Testamento (Êx 28.4-29), e os sete castiçais representam as sete igrejas da Ásia (Ap 1.20).
Ambos os elementos, juntos, aludem ao Filho do Homem, o Sumo sacerdote da Igreja que está nos céus perante Deus (Hb 4.14-16).


2.3.1. Mediador e Juiz
Em Apocalipse 14.14 — E olhei, e eis uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, um semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão, uma foice aguda —, três elementos reafirmam que o Filho do Homem é o Mediador da Igreja e, também, o Juiz de toda a humanidade. São eles:
nuvem branca — revela a pureza de Sua justiça;
coroa de ouro — aponta para Sua majestade;
foice aguda — revela que a vida de todos os homens está em Suas mãos.


3. A VOLTA DO FILHO DO HOMEM
Jesus sempre alertou Seus discípulos e ouvintes sobre a necessidade de estarem preparados para Sua segunda vinda (Mt 25.13). A fim de ressaltar a gravidade desse alerta, Jesus usou duas gerações como referência: a de Noé (Lc 17.26,27) e a de Ló (Lc 17.28,29) — a primeira foi destruída pelas águas do Diluvio (Gn 7.22); a segunda, pelo fogo que desceu dos céus sobre Sodoma e Gomorra (Gn 19.24-29).
Apesar de não ser possível precisar quando se dará este Dia, Sua volta é certa (Lc 12.40).


3.1. Será em um momento de displicência espiritual
Ao comparar a Sua segunda vinda com os dias de Ló (Gn 19.1-29) e de Noé (Gn 6—7), o Filho do Homem chama a atenção para duas gerações que não atentaram para as oportunidades de salvação. Os contemporâneos de Noé e Ló envolviam-se com suas necessidades terrenas e esqueciam-se das espirituais (Lc 17.27,28) — não por outra razão, a mulher de Ló, momentaneamente, pareceu obedecer à ordem divina, para, em seguida, virar-se em direção a Sodoma e Gomorra, chamando para si o juízo imediato dos Céus. Seu corpo saiu da cidade, mas seu coração ainda estava preso às coisas que lá estavam (Gn 19.26).
Jesus usou o mesmo tom de advertência para descrever o Seu retorno como Filho do Homem vitorioso: a humanidade estará envolvida com suas demandas momentâneas e terrenas;
porém, com o coração completamente displicente para o Reino dos céus (Lc 17.30).


3.2. Será célere
O Filho do Homem comparou Sua Segunda vinda a um relâmpago que ilumina os céus, ou seja, a um fenômeno que acontece de maneira inesperada e repentina (Lc 17.24; Mt 24.27). Em outras palavras, significa dizer que não haverá tempo para o adequado preparo, devido à celeridade com que os eventos sucederão.
Merece destaque, neste tópico, a observância às zonas horárias do planeta: o Filho do Homem afirmou (e Lucas registrou) que a segunda vinda se dará, para uns, durante a noite — naquela noite, estarão dois numa cama (Lc 17.34) —, e, para outros, durante o dia — duas estarão juntas, moendo [...] dois estarão no campo(Lc 17.35,36). Isto deve fazer-nos lembrar da necessidade de vigilância diuturna e do devido preparo espiritual.


Com o avanço tecnológico, 
foi possível documentar, com 
câmeras ultrassensíveis, detalhes da formação de um raio que atingiu o solo à impressionante velocidade de 1980Km/s.
Essa velocidade é suficiente para cruzar, em menos de
um segundo, os 1962Km que separam as cidades de São
Paulo (SP) e Salvador (BA).

3.3. Será gloriosa
O Filho do Homem, no Grande Dia, virá com poder e grande glória (Lc 21.27), acompanhado por miríades de anjos, para resgatar Sua Igreja (1 Ts 4.16,17). Em Sua segunda vinda, todos os Seus atributos — poder, sabedoria, santidade, amor etc.
— resplandecerão, com fulgor, diante dos homens.
Há de se destacar, no entanto, as duas facetas desse evento escatológico — ambas apresentam-se em agudo contraste: os que preferirem desfrutar os prazeres efêmeros deste mundo amargarão a perdição eterna; os que dedicarem sua vida ao serviço do Reino, todavia, desfrutarão o galardão que lhes está reservado (Mt 25.34; 1 Pe 1.4; Rm 8.17).


CONCLUSÃO
A Igreja não pode ignorar a volta do Filho do Homem. A cada segundo que passa, aproxima-se o dia em que com Ele estaremos na eternidade: essa certeza precisa alimentar a nossa fé e encher-nos de esperança.


ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Em Apocalipse 14.14, quais elementos reafirmam que o Filho do Homem é o Mediador da Igreja e o Juiz da humanidade?
R: Nuvem branca (revela a pureza de Sua justiça); coroa de ouro (aponta para Sua majestade); e foice aguda (revela que a vida de todos os homens está em Suas mãos).





Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus Ano 14 - nº 57 - 1º Trimestre de 2019 - Tema: Os Evangelhos - Uma história, quatro dimensões - Editora: Central Gospel









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