TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 - E, tendo nascido Jesus em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém,
2 - e perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo.
3 - E o rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e toda a Jerusalém, com ele.
4 - E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo.
5 - E eles lhe disseram: Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo profeta:
6 - E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá, porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel.
7 - Então, Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
8 - E, enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino, e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.
9 - E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
10 - E, vendo eles a estrela, alegraram-se muito com grande júbilo.
TEXTO ÁUREO
E foi Jesus apresentado ao governador, e o governador o interrogou, dizendo: És tu o Rei dos judeus? E disse-lhe Jesus: Tu o dizes. Mateus 27.11através deste site.Almeida Revista eAtualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
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Comentarista: Pr. Renan di Melo
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Nobre professor,cada evangelista expõe um aspecto diferente do Mestre: Mateus apresenta Jesus como Rei; Marcos, como Servo de Deus; Lucas, como Filho do Homem; e João, como Filho de Deus.
Nesta lição, veremos Mateus apresentar Jesus como o Rei prometido de Israel; concomitantemente, analisaremos o impacto dessa revelação.
Pelo fato de Mateus enunciar a realeza de Cristo, é interessante iniciar a aula trazendo à memória dos alunos os nomes dos grandes reis da terra que tiveram suas histórias desbotadas pelo tempo e, com isso, traçar um paralelo entre eles e Jesus, cujo nome e mensagem continuam tendo total relevância e proeminência na História — esse é um excelente recurso didático.
A leitura das referências bíblicas é um excelente modo de envolver os alunos na dinâmica da aula; por essa razão, sempre que possível, peça a um voluntário para declamá-las e interpretá-las dentro do contexto.
Tenha uma excelente aula!
Palavra introdutória
O Evangelho de Mateus ocupa um lugar de destaque na Bíblia, sendo a ponte que conecta o Antigo ao Novo Testamento.As alusões que o evangelista faz aos textos veterotestamentários reiteram tal assertiva. Tradicionalmente, desde a Igreja primitiva, atribui-se a escrita do livro ao apóstolo Mateus, também chamado Levi, ex-coletor de impostos (Mt 9.9; Lc 5.27).
No há evidências sólidas que nos permitam indicar, com precisão, a data e o local de origem do referido texto, mas acredita-se que tenha sido escrito por volta de 50–70 d.C., na região da Antioquia.
Evidentemente, quando lemos a Bíblia para edificação da nossa fé e crescimento espiritual, as questões analíticas são sempre válidas, porém, secundárias. O alvo principal de nossa relação com as Escrituras é crer no plano redentivo, perpetrado na cruz, em favor da humanidade.
A mensagem do evangelho não começa com um “era uma vez...”; ela foi cravada nas páginas da História, tendo como tônica o poderoso nome de Jesus, o Cristo. Isto nos faz ter a certeza de que a nossa fé não está consolidada em uma fábula ou em um conto fictício, mas em um fato histórico verdadeiro.
Observamos, na conclusão do Antigo Testamento, que a nação escolhida aguardava a chegada do Messias, há tanto tempo prometido. Mateus mostra e comprova que Jesus é esse Rei.
Nesta lição, veremos como a profecia messiânica cumpriu-se na História, ressaltando o impacto que tal evento produziu nos homens daquela era e de todos os tempos.
1. LINHAGEM INCOMPARÁVEL
Um rei não é escolhido por meio de processos eleitorais; sua condição de soberano é determinada no nascimento. As genealogias são usadas para autenticar a origem das linhagens reais e comprovar a nobreza de quem está no trono e dos seus sucessores.No primeiro versículo do primeiro capítulo de seu Evangelho, Mateus já anuncia a substância e o propósito de seus escritos: Livro da genealogia de Jesus Cristo (ARA). Ambientado em uma atmosfera messiânica, o ex-coletor de impostos afirma que Jesus é o esperado filho do rei Davi (Mt 1.1; conf. 2 Sm 7.8-13) e filho de Abraão, em quem todas as famílias da terra seriam abençoadas (Mt 1.1; conf. Gn 12.3). Mateus conecta Jesus às duas grandes alianças estabelecidas entre Deus e Israel.
1.1. Filho de Davi
Na História, Abraão antecede Davi cerca de mil anos. Partindo desta premissa, primeiro, Jesus seria filho de Abraão e, depois, filho de Davi, mas Mateus cita propositalmente o nome de Davi antes do de Abraão, na intenção — ao que tudo indica — de destacar Sua realeza.Naquele tempo, os judeus esperavam a consolação de Israel (Lc 2.25), um rei maior e mais poderoso do que Davi, e Mateus começa seu Evangelho afirmando que Jesus é esse Rei. A grandeza gloriosa e a superioridade de Cristo residem no fato de Ele — mesmo sendo filho de Davi — ser também, inquestionavelmente, o Senhor de Davi (Mt 22.41- 46), comprovando, assim, Sua origem divina. Vale destacar que, toda vez que alguém o chamava de filho de Davi [como os cegos (Mt 9.27-31) e a mulher Cananeia (Mt 15.21-28), por exemplo], Jesus parava e realizava um milagre — esse vocativo (filho de Davi) revelava que o interpelante havia reconhecido Sua realeza.
Em Apocalipse 22.16, Jesus declara: Eu sou a Raiz e a Geração de Davi. Segundo Warren W. Wiersbe, Jesus é a Raiz, porque é eterno e deu a vida a Davi; e Ele é a Geração, pelo fato de Seu
nascimento humano estar ligado à linhagem de Davi
(Rm 1.1-4).
Deste modo, quando Mateus apresenta Jesus como Filho de Abraão (Mt 1.1), ele identifica-o com o Filho da promessa.
O bendito Salvador é Filho de Abraão por excelência; entretanto, Ele é maior do que Abraão: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou (Jo 8.58).
Em Sua infinita graça e misericórdia, Deus, por intermédio de Cristo, abençoa todos aqueles que exercitam sua fé, assim como Abraão (Gl 3.6,7).
Se dividirmos os 17 primeiros versículos do primeiro capítulo do Evangelho de Mateus em três blocos de 14 gerações (Mt 1.1-5, 6-10, 11-17), entre elas encontraremos a citação do nome de algumas mulheres, a saber: Tamar (Mt 1.3); Raabe e Rute (Mt 1.5); Bate-Seba (Mt 1.6); e Maria (Mt 1.16). Este fato, em si, é, no mínimo, incomum, pois, de modo geral, nomes femininos não eram incluídos nas genealogias.
Mateus quer sublinhar a maneira como Deus se faz presente e operante na História, ressaltando que até os excluídos são acolhidos por Sua misericórdia. Essas mulheres ilustram a graça divina; elas foram instrumentos de Deus para dar continuidade à promessa messiânica.
O Redentor foi trazido ao mundo não por demandas biológicas da Natureza, mas por Sua graça imprevisível, que sempre esteve na base da Promessa.
nascimento humano estar ligado à linhagem de Davi
(Rm 1.1-4).
1.2. Filho de Abraão
Depois de demonstrar sua fé e obediência a Deus no monte Moriá, Abraão recebeu a promessa direta do Senhor de que todas as nações da terra seriam benditas em sua semente (Gn 22.18). Naquela ocasião específica, o Eterno revelou ao patriarca que ele seria o progenitor do povo que daria o Rei e Messias ao mundo. Abraão entendia que o nascimento de Isaque prepararia o caminho para a vinda do Messias; ele não esperava que seu filho viesse a ser, por si, a esperança da humanidade.Deste modo, quando Mateus apresenta Jesus como Filho de Abraão (Mt 1.1), ele identifica-o com o Filho da promessa.
O bendito Salvador é Filho de Abraão por excelência; entretanto, Ele é maior do que Abraão: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou (Jo 8.58).
Em Sua infinita graça e misericórdia, Deus, por intermédio de Cristo, abençoa todos aqueles que exercitam sua fé, assim como Abraão (Gl 3.6,7).
1.3. Improváveis ascendentes
Algumas dinastias reais omitiam de suas genealogias quem pudesse desonrar a nobreza, mas é incrível como Deus faz diferente: Ele inspira Mateus a incluir pessoas completamente improváveis na genealogia do Rei Jesus.Se dividirmos os 17 primeiros versículos do primeiro capítulo do Evangelho de Mateus em três blocos de 14 gerações (Mt 1.1-5, 6-10, 11-17), entre elas encontraremos a citação do nome de algumas mulheres, a saber: Tamar (Mt 1.3); Raabe e Rute (Mt 1.5); Bate-Seba (Mt 1.6); e Maria (Mt 1.16). Este fato, em si, é, no mínimo, incomum, pois, de modo geral, nomes femininos não eram incluídos nas genealogias.
Mateus quer sublinhar a maneira como Deus se faz presente e operante na História, ressaltando que até os excluídos são acolhidos por Sua misericórdia. Essas mulheres ilustram a graça divina; elas foram instrumentos de Deus para dar continuidade à promessa messiânica.
O Redentor foi trazido ao mundo não por demandas biológicas da Natureza, mas por Sua graça imprevisível, que sempre esteve na base da Promessa.
Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo [hb.:netzer] (Is 11.1 ARA). O exílio judaico na Babilônia
reduziu a dinastia davídica a um toco. O profeta Isaías
está dizendo, nesse verso, que desse toco cresceria um galho (ou renovo), que reavivaria a dinastia messiânica: o Rei Jesus,
descendente de Davi.
reduziu a dinastia davídica a um toco. O profeta Isaías
está dizendo, nesse verso, que desse toco cresceria um galho (ou renovo), que reavivaria a dinastia messiânica: o Rei Jesus,
descendente de Davi.
2. O NASCIMENTO DO REI
Jesus nasceu em Belém da Judeia, como anunciou Miqueias (5.2). Assim como Davi era de Belém, Jesus, o Filho de Davi, também seria.
2.1. O cumprimento da promessa
Para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta. Mateus expressa essa ideia com certa frequência (Mt 1.22; 2.5,15,17,23). O objetivo do evangelista parece claro: provar que seus escritos estavam em consonância com os vaticínios proféticos; ambos se cumpriam na pessoa e no Reino de Jesus Cristo.
2.2. A primeira perseguição
Apenas Mateus descreve a visita dos magos (sábios; conf. KJA) do Oriente que foram honrar e adorar o Rei dos judeus (Mt 2.2), oferecendo-lhe ouro (destacando Sua realeza), incenso e mirra (Mt 2.11).O alarme de Herodes teve origem no fato de o nascimento de Jesus introduzir um rival político em suas expectativas de governo — ao menos assim pensava o soberano de Jerusalém.
Em outras palavras, significa dizer que a primeira perseguição que Jesus sofreu deu-se em razão de ser Ele um Rei.
3. O REI É ANUNCIADO
Os reis da terra tinham arautos que anunciavam sua chegada às províncias do reino; de igual modo, como predisse Malaquias (3.1), o Rei messiânico teria um arauto, um precursor, que anunciaria e autenticaria Seu advento entre os homens. Esse homem foi João, o batista. Neste ponto, vale destacar que os quatro evangelistas, embora tenham relatado de maneira distinta a vida e a obra de Jesus, incluíram algum detalhe do ministério de João Batista, antes de descreverem Seu ministério (Mt 3.1-17; Mc 1.1-8; Lc 3.1-20; Jo 1.6-9, 19-27).
Isso é notável! A expressão Reino dos céus não é a indicação literal de um território; ao contrário, remete à ideia de um governo dinâmico exercido por Deus sobre os Seus súditos. Foi
falando a respeito desse tema que João preparou o caminho para Jesus adentrar o cenário histórico.
A proximidade do Reino e a presença do Rei confirmavam que a expectativa de uma intervenção salvadora de Deus — alimentada pelos judeus durante tanto tempo — estava, a partir daquele momento, disponível a todos. João Batista sempre deixou claro para os seus ouvintes que o Rei-salvador — prometido e esperado — não era ele, mas, sim, aquele que viria depois dele, cujas sandálias nem era digno de levar (Mt 3.11).
Estando às margens do Jordão, o batizador declara o seguinte manifesto: a chegada do Rei Jesus, trazendo consigo o Seu Reino, cumpria uma dupla função (Mt 3.12); ao mesmo tempo que impunha duas indispensáveis condições para aqueles que desejassem ser participantes desse Reino (Mt 3.2,8). Observe.
primeira função: recolher o trigo no celeiro (Mt 3.12) — uma referência à salvação;
segunda função: queimar a palha com fogo que nunca se apagará (Mt 3.12) — uma referência à condenação;
condições: arrependei-vos e produzi frutos dignos de arrependimento (Mt 3.2,8) — requisitos indispensáveis para os súditos celestiais desfrutarem da salvação e tornarem-se livres da condenação.
Os homens chegaram a pensar que Cristo havia morrido, e Seu Reino, fracassado, mas Seu triunfo sobre o túmulo assegura-nos que o Rei está vivo e um dia voltará.
Jesus é a derradeira e única Esperança de Israel e da humanidade.
Ele veio como o Rei-salvador, para voltar como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Aleluia!
R.:
falando a respeito desse tema que João preparou o caminho para Jesus adentrar o cenário histórico.
3.1. O arauto do Rei
É chegado o Reino dos céus (Mt 3.2). João Batista, como arauto, anunciava essa mensagem, enfatizando que o Rei eterno implantaria Seu reinado celestial entre os homens.A proximidade do Reino e a presença do Rei confirmavam que a expectativa de uma intervenção salvadora de Deus — alimentada pelos judeus durante tanto tempo — estava, a partir daquele momento, disponível a todos. João Batista sempre deixou claro para os seus ouvintes que o Rei-salvador — prometido e esperado — não era ele, mas, sim, aquele que viria depois dele, cujas sandálias nem era digno de levar (Mt 3.11).
3.2. O manifesto do Rei
Entende-se por manifesto uma declaração pública de princípios e intenções, que tem por objetivo alertar sobre um problema ou fazer uma denúncia. Certamente esta é a melhor definição para a mensagem de João Batista.Estando às margens do Jordão, o batizador declara o seguinte manifesto: a chegada do Rei Jesus, trazendo consigo o Seu Reino, cumpria uma dupla função (Mt 3.12); ao mesmo tempo que impunha duas indispensáveis condições para aqueles que desejassem ser participantes desse Reino (Mt 3.2,8). Observe.
primeira função: recolher o trigo no celeiro (Mt 3.12) — uma referência à salvação;
segunda função: queimar a palha com fogo que nunca se apagará (Mt 3.12) — uma referência à condenação;
condições: arrependei-vos e produzi frutos dignos de arrependimento (Mt 3.2,8) — requisitos indispensáveis para os súditos celestiais desfrutarem da salvação e tornarem-se livres da condenação.
4. O TRIUNFO DO REI
4.1. Triunfo sobre o pecado e o mundo
A missão messiânica do Rei Jesus está explícita em cada página do Evangelho de Mateus; o auge de Seu ministério não reside, exclusivamente, no fato de Ele ter vencido o pecado, mas na realidade de nós também podermos vencê-lo, por meio do pacto de sangue que Cristo firmou com a humanidade na cruz do Calvário, estabelecendo, assim, uma Nova Aliança (Mt 26.28).
4.2. Triunfo sobre o reino das trevas
Mateus começa e termina o seu Evangelho descrevendo Jesus como Rei. No relato da crucificação, o evangelista enfatiza que por sobre a cabeça do Salvador, na cruz, havia uma placa em que se podia ler (em letras gregas, romanas e hebraicas; conf. Lucas 23.38): ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS (Mt 27.37). Os algozes do bendito Senhor pensavam tratar-se apenas de outra zombaria; no mundo espiritual, todavia, esta era uma declaração insuspeita, efetiva e fundamentada. Na cruz, o Filho de Deus venceu o reino das trevas para estabelecer entre os homens o Seu Reino eterno (Cl 2.14,15).
CONCLUSÃO
A declaração de Jesus, em Mateus 28.18, mostra-nos o Seu triunfo como Rei universal: É-me dado todo o poder no céu e na terra. A expressão “no céu e na terra” denota um domínio cósmico, cujos propósitos não podem ser detidos pelo império das trevas (Fp 2.9-11).Os homens chegaram a pensar que Cristo havia morrido, e Seu Reino, fracassado, mas Seu triunfo sobre o túmulo assegura-nos que o Rei está vivo e um dia voltará.
Jesus é a derradeira e única Esperança de Israel e da humanidade.
Ele veio como o Rei-salvador, para voltar como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Aleluia!
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por qual razão Mateus apresentou Jesus como Filho de Davi e Filho de Abraão?R.:
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