2 de julho de 2018

Subsidio: Lição 02: Consequências da Queda - Juvenis - de 15 a 17 anos

  Eclesiastes 9. 18
As Escrituras nos dizem que ''um só pecador destrói muitos bens'''

I. FRACASSADOS POR CAUSA DO PECADO
devemos, portanto, trazer aos nossos alunos a definição concisa sobre o pecado e aquilo que ele representa. Um dos maiores problemas da área teológica é a origem do pecado. Todavia, se cremos fielmente nas informações que as Escrituras fornecem sobre o pecado, podemos descobrir sua origem, sua natureza, conseqüências e coisas assim.

1. A origem do pecado.
A" origem do pecado teve seu princípio de formação no coração de Satanás". A causa principal da queda deste terrível ser foi o "orgulho", mas o ponto marcante no momento fatal foi a "violência!". Só DEUS conhece e pode explicar a contento a origem do mal, e é Ele quem diz quando teve início o primeiro pecado. Veja: "Se encheu o teu interior de violência, e pecaste!" (Ez 28.16b). Aqui, e a partir daqui, portanto, o pecado teve início (Is 14.13; 1 Tm 3.6). Houve o momento em que foi detectado o início do pecado no coração de Satanás, conforme depreendemos do texto: "Desde que se achou iniqüidade em ti" (Ez 28.16). A característica primordial do pecado é o princípio da desobediência e em todos os textos é que ele, antes de tudo, se manifesta contra DEUS. Lúcifer personificou o princípio sombrio do pecado.

2. A natureza do Pecado
e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata debaixo dela. conseqüências do pecado. se entende. segundo definição do Dr. Torrey, "qualquer falta que fere a santidade de DEUS" , quer em ato ou estado, ou natureza. As palavras que gravitam no hebraico e grego "hattã'th", "hamartia", "hamartema", "parabasis", "paraptõma", "poneria", "anomia" e "adikia", denotam tortuosidade no sentido próprio e errar o alvo no sentido religioso. O pecado, assim definido, é fracasso, é erro, é iniqüidade, é transgressão, é contravenção, é falta de lei, é injustiça. O pecado no sentido lato é sempre citado no singular, para denotar aquele princípio pecaminoso que produz a morte, tanto física como espiritual. O pecado é, então, personificado como sendo "o grande tirano" que impõe tristeza, desespero e morte, colocando a criatura humana numa' 'região triste e inativa"(Cf. Mt4.16).

3. Suas conseqüências.
As conseqüências do pecado são detectadas em cada parte do universo-físico e espiritual. Convém notar que, no segundo dia da Criação, DEUS não pronunciou a palavra "bom' , ou seu equivalente "boa", quando criou os "ares" (Gn 1.6-8). Isso significa que o inimigo de DEUS, e dos homens, infestou essas regiões celestes com seres caídos (Ef2.2; 6.12). Eles ali existem, como inimigos de todo o bem fazendo guerra aos santos. No universo físico. as conseqüências do pecado são sentidas nos seres e nas coisas. Assim o pecado permeou todo o universo da vida e da existência, incluindo cada reino na Criação e afetando cada raça e espécie entre as criaturas!

QUEDA DO HOMEM
A doutrina da queda do homem é precedida pela tentação, ou seja, por sua provação. Certo autor escreveu que "a causa última do mal não se encontra nem em DEUS, que é absolutamente SANTO, ou seja, a mais perfeita negação do mal, nem no mundo, criado bom em DEUS e para DEUS" (Tg l . l 3).

A- A PROPENSÃO PARA O PECADO
1. Propenso, mas não destinado. Como ser racional, o homem, em seu primeiro estado de inocência , desconhecia o pecado. A possibilidade para o pecado surgiu com a tentação. De fato, ele não havia ainda desenvolvido o seu caráter moral. Esta propensão para a transgressão não significa que o homem, inevitavelmente, estivesse destinado a pecar. Esta tendência baseava-se unicamente em seu Livre-arbítrio. Ele poderia, conscientemente, manter-se fiel aos limites do conhecimento que o Criador lhe deu, ou, então, rebelar-se contra esta lei, e partir para o outro lado.


2. O teste da tentação de Adão e Eva (Gn 2.9;16,17).
a) Surge o agente da tentação (Gn 3.1). 
O teste moral de Adão e Eva começou, por permissão de DEUS, com uma criatura feita pelo Criador, mas que, por rebelião tornou-se o maior opositor do Senhor e de toda a sua obra. Este ser foi criado como ESPÍRITO dependente do Criador, como os demais membros do mundo angelical. Esta criatura é Satanás ou Diabo; que não é igual a DEUS, mas surge diante de Adão e Eva, incorporado em inocente serpente que estava no jardim plantado por DEUS.

b) A trama satânica para engodar a Adão e Eva. 

Satanás sabia que não seria tão fácil convencer o casal a desobedecer a DEUS. Ele investiu, então, sobre a mulher, porque entendia que ela, como um ser mais frágil que o homem, facilmente cederia as suas provocações.

B- A QUEDA DO HOMEM, ATRAVÉS DO PECADO
1. O relato bíblico da queda do homem (Gn 3.1-12). 
A queda de Adão e Eva é apresentada, literalmente, na Bíblia, de modo explícito. Não foi um relato teórico ou figurativo, mas um histórico da queda humana, Por isso, entendemos que o pecado de nossos primeiros pais foi um ato involuntário de sua própria vontade e determinação. É claro que a tentação veio de fora, da parte de Satanás, que os instigou a desobedecer à ordem de DEUS.

Concluímos , pois, que a essência do primeiro pecado está na desobediência do homem à vontade divina e na realização de sua própria vontade. O seu pecado foi uma transgressão deliberada ao limite que DEUS lhe havia colocado.

2. As três Áreas do auto-engano que levaram à queda (Gn 3,6).
A primeira área do auto-engano de Eva foi a fome instintiva, provocada pela palavra de satanás. A segunda área de auto-engano de Eva e Adão foi o desejo de grandeza, incitado por satanás, com a idéia de obter o entendimento do bem e do mal. A terceira área do auto-engano de Eva e Adão foi a satisfação através dos olhos, porque aquela Árvore "era agradável aos olhos".

II. Conseqüências da Queda
A. Separação Espiritual: o homem e o Criador
A Queda implica diretamente na separação espiritual com Deus. Em função da entrada do pecado no mundo, o homem está privado de desfrutar dessa bem-aventurança, pois Deus não pode conviver, nem manter comunhão com o pecado. Por essa razão afirma-se não existir mais comunhão direta entre Deus e os homens. No relato de Gênesis, vemos que após cometerem uma infração direta à Lei de Deus, tanto o homem como a mulher “esconderam-se“. Isso implica que a comunhão com Deus havia sido quebrada.

B. Separação Psico-somática: o homem em si mesmo
O homem, em função do pecado, sofre da falta de unidade no que tange aos aspectos imateriais do homem. Ou seja, o pecado desestabilizou a harmonia inicial do homem, e devido a isso, não pode portar-se de maneira irrepreensível diante da Lei de Deus, e do próprio Deus. E as conseqüências ainda podem ser claramente observadas: A mulher passa a sofrer as dores do parto (3.16), o homem a penar em sua labuta diária (3.19a) e a morte passa a reinar na experiência humana (3.19b), sem contar que suas inclinações, agora, propendem ao pecado, ao erro, à pratica do mal.

C. Separação Sociológica: o homem do homem
O homem não perde apenas comunhão com Deus, e harmonia consigo mesmo, mas em função do pecado o homem está separado do homem. Em Gênesis 3 podemos ler a seguinte declaração:

Então disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi (v.12)

O primeiro conflito do homem encontra-se no contexto matrimonial. Ou seja, entre homem e mulher o conflito já estava anunciado na queda. Contudo, Deus ainda profere punições para esse relacionamento:

E à mulher disse: (…) o teu desejo será para[1] o teu marido, e ele te governará. E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher, e comeste da árvore que eu te ordenara não comesse…(16-17).

O que se nota é que o conflito existente nessa relação, como conseqüência do pecado. Entretanto, o relacionamento homem mulher não é o único prejudicado, mas qualquer espécie de relacionamento, pois em Gn.4 podemos notar o ciúmes e o homicídio de Caim para com Abel.

D. Separação Antro-ecológica: o homem da natureza
O relacionamento do homem para com a natureza é também afetado, pois é necessário que o homem viva em constante trabalho para sua sobrevivência (3.18-19). Entretanto, esse trabalho é enfadonho agora, pois a terra precisa ser cuidada para que de fruto.

E. Separação Ecológica: a natureza da natureza

Por conseqüência do pecado , a natureza passa a sofrer. Note que agora a “terra é maldita”, “produzirá cardos e abrolhos” e esta sujeita à vaidade (Rm.8.20; cf.Is.11.6s; 65.25).


Conclusão
Desde Adão e Eva, o pecado tem corrompido nosso mundo e trazido serias consequências . Deus ofereceu aos homens inúmeras oportunidades para serem limpos do pecado, mas as pessoas, egoístas, concupiscentes, continuam pecando. O problema é tão difundido que Paulo afirmou: "Pois todos pecaram e carecem da gloria de Deus" (Romanos 3:23).



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