Deuteronômio 34:10
E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face.
Verdade Aplicada
O diferencial na vida de um líder está em sua submissão à vontade de Deus e desejo de ter comunhão com Ele.
Objetivos da lição
► 1 - Mostrar o cuidado de Deus para com Moisés desde o seu nascimento;
► 2 - Apresentar o comissionamento de Deus para Moisés;
► 3 - Extrair lições para efetuar uma liderança debaixo da vontade de Deus.
GlossárioIndubitavelmente: Que não pode ser posto em dúvida; incontestável;
Hostilidade: Atitude agressiva;
Vicissitude: Condição desfavorável ou contrária a algo ou alguém; revés.
Texto de referência
Êxodo 3:1-4
Êxodo 3:1-4
1 E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
2 E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
3 E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima.
4 E, vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. (ARC)
2 E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
3 E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima.
4 E, vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. (ARC)
Introdução
Deus levantou Moisés para inaugurar um novo ciclo na história do povo de Israel, um tempo de liberdade e de conquistas. No entanto, foi necessário Deus trabalhar em sua vida.
Neste tópico:
Moisés, um dos maiores vultos do povo hebreu, instrumento de Deus responsável pelo Êxodo e considerado o grande legislador do A.T.
Moisés é a resposta do clamor aflito de um povo sob regime de escravidão.
Ele nasceu em meio a uma grande conturbação social, estimulada pela servidão egípcia e por leis de proteção interna que ordenavam, sem misericórdia, a morte de todos os recém-nascidos de sexo masculino, filhos de estrangeiros existentes no Egito.
Foi neste momento crítico da história dos filhos de Israel que lhes surgiu um libertador nacional na pessoa de Moisés!
A narrativa bíblica informa que Moisés era uma criança formosa (Êx 2.2), filho de Anrão e Joquebede, descendentes de Levi (Êx 2.1; 6.20), servos piedosos e que tinham uma fé viva em Deus a ponto de verem que aquela criança tinha algo peculiar em sua vida (Êx 2.2).
Mesmo escolhido por Deus por tão grande propósito, foi necessário ser lapidado, a fim de que estivesse preparado e ao nível de tão nobre finalidade.
Quando há uma obra nos aguardando, Deus não se preocupa com o que podemos oferecer hoje, pois Ele providenciará os moldes para que estejamos prontos amanhã!
Moisés, um dos maiores vultos do povo hebreu, instrumento de Deus responsável pelo Êxodo e considerado o grande legislador do A.T.
Moisés é a resposta do clamor aflito de um povo sob regime de escravidão.
Ele nasceu em meio a uma grande conturbação social, estimulada pela servidão egípcia e por leis de proteção interna que ordenavam, sem misericórdia, a morte de todos os recém-nascidos de sexo masculino, filhos de estrangeiros existentes no Egito.
Foi neste momento crítico da história dos filhos de Israel que lhes surgiu um libertador nacional na pessoa de Moisés!
A narrativa bíblica informa que Moisés era uma criança formosa (Êx 2.2), filho de Anrão e Joquebede, descendentes de Levi (Êx 2.1; 6.20), servos piedosos e que tinham uma fé viva em Deus a ponto de verem que aquela criança tinha algo peculiar em sua vida (Êx 2.2).
Mesmo escolhido por Deus por tão grande propósito, foi necessário ser lapidado, a fim de que estivesse preparado e ao nível de tão nobre finalidade.
Quando há uma obra nos aguardando, Deus não se preocupa com o que podemos oferecer hoje, pois Ele providenciará os moldes para que estejamos prontos amanhã!
Hinos sugeridos.
Harpa cristã: 151
Harpa cristã: 225
Harpa cristã: 577
Motivo de Oração
Motivo de Oração
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1. O nascimento de Moisés
2. O comissionamento de Moisés
3. A liderança de Moisés
Conclusão
1. O nascimento de Moisés
Ele nasceu exatamente na época em que os filhos dos hebreus estavam condenados à morte por ordens de Faraó!
Flavio Josefo, historiador hebreu, nos conta que um dos escribas sagrados de Faraó, homem astuto para prever eventos futuros, disse ao sumo governante do Egito que por aquele tempo nasceria um menino israelita que, ao se tornar adulto, derrubaria o domínio dos egípcios e exaltaria os israelitas. Este nascido dos hebreus, superaria todos os homens em virtudes e obteria uma glória que duraria para sempre. Faraó ficou tão apavorado que, de acordo com a opinião desse escriba, ordenou a matança de todos os meninos que nascessem israelitas, lançando-os no rio Nilo.
O seu nascimento retrata o fracasso de Satanás e a confirmação de que os intentos do Senhor sempre prevalecem sobre qualquer outra força, autoridade, domínio ou poder, por isso Jó afirmou: “Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42.2)
A Bíblia narra que após o seu nascimento, seus pais criaram secretamente a criança durante três meses. Então Anrão, por causa da ordem do rei, temendo ser descoberto e sofrer juntamente com o filho a pena de morte, julgou conveniente abandonar o pequeno Moisés à providência de Deus. Pensou que poderia conservar o filho em oculto, mas viveriam, ele e o menino, em perigo constante, ao passo que, entregando-o nas mãos de Deus, a criança estaria em segurança! Que fé!
Após tomar essa resolução, ele e a mulher fizeram um berço de juncos do tamanho da criança e, para impedir que a água nele penetrasse, revestiram-no de betume. Puseram dentro o menino e colocaram o berço sobre as águas do rio, “abandonando-o” à providência divina (Ex 2.3).
Miriã, irmã do menino, por ordem de sua mãe, foi para o outro lado do Nilo ver o que aconteceria (Êx 2.3).
Deus então mostrou claramente que todas as coisas se realizariam, não segundo os planos da sabedoria humana, mas conforme os sublimes desígnios de sua vontade.
A mão de Deus conduzia o cesto de junco onde Moisés jazia dentro, desviando dos famintos crocodilos e das mais fortes corredeiras, colocando-o por fim, a vista da princesa egípcia, filha de Faraó.
O plano de Deus sempre é perfeitamente executado e os do inimigo, sempre perfeitamente desbaratado!
1.1. A educação de Moisés
Tão logo a filha de Faraó achou o cesto no rio, Miriã, irmã do menino, que estava por perto, indicou a sua própria mãe; que, além de cuidar de seu filho, receberia salário justo para isso. É impressionante como Deus age na história. Mesmo em momentos adversos, Deus muda o quadro de iminente morte para vida e honra. Durante a infância, a própria mãe de Moisés criou e ensinou-lhe os mandamentos do verdadeiro Deus, até que, já grande o menino, entregou-lhe a filha de Faraó, que o adotou em definitivo e colocou o seu nome de Moisés.
Comentário:
1.1 – A educação de Moisés
O menino Moisés ficou em perigo mortal enquanto esteve “navegando” no rio Nilo, mas o Deus que cumpre promessas a seu povo, nunca dorme (Sl 121.4), e estava cuidando do nenê, de Israel e do mundo!
A Bíblia não dá o nome da princesa que encontrou Moisés, mas a história diz que foi Hatsepsute, filha de Tutimose I, sua filha favorita, mulher de personalidade forte e muito dinâmica.
Enquanto ela se banhava no rio, uma de suas donzelas avistou o cesto flutuando no Nilo e ao apanhar e levar até a sua senhora, lá estava Moisés (tirado das águas), choroso. Choro este que comoveu Hatsepsute (Êx 2.5-6).
É a irmã mais velha do bebê Moisés que acompanha toda a cena e então sugere a filha de Faraó, chamar uma das mulheres hebreias para cuidar da criança (Êx 2.7). Então a própria mãe de Moisés é encarregada de criar o seu próprio filho (Êx 2.8).
É impressionante a sucessão de acontecimentos que convergem de forma maravilhosa para os propósitos divinos.
Jamais se poderá aceitar o acaso, ao contrário, vemos nitidamente, como o Senhor dirige o enredo da história e faz com que tudo ocorra de forma harmoniosamente perfeita para que os seus objetivos se concretizem.
Os estudiosos afirmam que Hatsepsute era estéril, portanto, não tinha filhos. Ela se afeiçoou tanto ao menino que prontamente o adotou.
Deus providenciou que Moisés adquirisse formação espiritual através da educação dos seus pais biológicos (Anrão e Joquebede), convivência com a sua própria família, e mais tarde, adquiriu formação acadêmica nas escolas do Egito (At 7.22).
Como o pai de Hatsepsute, não tinha filhos, afirmam os eruditos que ela se tornou praticamente em supremo governante do país de 1505 a 1474 a.C. e Moisés, seu filho adotivo, foi criado na condição e status de príncipe do Egito, e estaria sendo preparado para ser o futuro Faraó.
Sobre o fato, Flávio Josefo, citando a tradição judaica diz que à medida que Moisés crescia, demonstrava muito mais espírito e inteligência que o permitido pela sua idade. Mesmo brincando, dava sinais de que um dia seria alguém extraordinário. Quando completou três anos, Deus fez brilhar em seu rosto uma tão grande beleza que as pessoas, mesmo as mais austeras, ficavam arrebatadas. Ele atraía sobre si os olhares de todos os que o encontravam e, por mais pressa que tivessem, eram obrigados a parar para contemplá-lo.
Ele continua ao afirmar que a filha de Faraó o levou ao rei, seu pai, e, depois de falar-lhe da beleza do menino e da inteligência que já se manifestava nele, disse: “Foi um presente que o Nilo me fez, de maneira admirável. Recebi-o em meus braços, resolvi adotá-lo e vo-lo ofereço como sucessor, pois não tendes filhos”.
Com essas palavras, ela o colocou entre os braços do rei, que o recebeu com prazer e, para obsequiar a filha, estreitou-o nos braços, colocando-lhe o diadema sobre a cabeça. Moisés, como uma criança, que se diverte, tirou-o e o jogou ao chão, pisando-lhe em cima.
Essa ação foi considerada de péssimo augúrio, e o doutor da lei que predissera o quanto seria funesto o nascimento daquele menino para o Egito ficou tão nervoso que desejou matá-lo imediatamente. “Eis aí, majestade”, disse ele, dirigindo-se ao rei, “este menino, do qual Deus nos faz saber que a morte deve garantir a vossa paz. Vede que o fato confirma a minha predição, pois apenas nasceu e já despreza a vossa grandeza, calcando aos pés a vossa coroa. Matando-o, todavia, fareis perder aos hebreus a esperança que nele depositam e salvareis o vosso povo de um grande temor”.
A filha de Faraó, ouvindo-o falar desse modo, levou o menino sem que o rei se opusesse, porque Deus afastava do espírito de Faraó o pensamento de fazê-lo morrer.
A princesa fê-lo educar com grande desvelo, e quanto mais os hebreus se alegravam tanto mais os egípcios se atemorizavam. Entretanto, como a ninguém viam que pudesse suceder o rei no trono ou de quem pudessem esperar um governo mais feliz quando Moisés não existisse mais, abandonaram a ideia; de fazê-lo morrer.
A educação de Moisés se resumiu em três fases e lugares:
1 – No lar com seus pais, recebeu a instrução religiosa dos hebreus (Êx 2.9);
2 – Na corte de faraó aprendeu toda a ciência do Egito (At 7.22), recebeu a mais alta educação secular, tornando-o poderoso em palavras traduzida nos compêndios que formam os 5 primeiros livros da Bíblia (o Pentateuco), e conforme Flavio Josefo, foi também um grande líder, herói militar que comandou um exército egípcio contra a invasão Etíope;
3 – No deserto de Midiã (Êx 2.15), onde aprendeu com o próprio Deus a dependência, a paciência, a humildade e a suficiência divina!
O pastor Antônio Veras de Souza conclui o conhecimento recebido por Moisés em duas fases:
1 – Instrução intelectual – como decorrência do conjunto de conhecimento adquiridos “em toda ciência dos egípcios”, logo, ele detinha o conhecimento secular do mundo de então. Era um cientista na acepção da palavra;
2 – Instrução espiritual –
como resultado da educação no lar e de uma vida santa, em Midiã e Horebe (monte da oração)!
Todas as fases de instrução foram importantes para os planos que Deus tinha a realizar através de Moisés, portanto, esteja atento a “escola” que o Senhor te matriculou agora, pois nela contém ensinamentos relevantes para a obra que Ele desempenhará através da sua vida!
1.2. A fuga de Moisés
Segundo o relato de Atos 7.23, quando Moisés completou 40 anos, foi visitar seus irmãos, os filhos de Israel; e vendo a hostilidade com que os egípcios tratavam os hebreus, matou um egípcio e escondeu seu corpo na areia. Em Atos 7.24 aparece a expressão "maltratado"; no original grego "adikos", que significa "fazer sofrer em ferimentos". Tendo como base este conceito, podemos imaginar o sofrimento que os hebreus estavam expostos. No outro dia, ao ver que dois hebreus contendiam. Moisés tentou resolver o problema e temeu ao ver que homicídio havia sido descoberto (Êx 2.13-14). Correndo risco de ser morto, Moisés foge para Midiã. Diante dos ensinamentos maternos, aliado a opressão do seu povo. Moisés quis tomar uma atitude para mudar a história e acabou tendo que fugir.
1.3. A família e a profissão de Moisés
Longe dos holofote e fora da vida palaciana, Moisés se torna um estrangeiro. Vai morar na casa de Reuel e recebe como esposa sua filha Zípora, com a qual teve dois filhos. O primeiro filho se chamava Gérson, pois simbolizava sua peregrinação em terra estranha. O segundo se chamava Eleazar. Junto com a constituição de sua família, Moisés se torna pastor de ovelhas (Êx 2.15-22). Embora sua vida parecesse normal, tudo fazia parte de uma projeto de Deus. Moisés estava sendo preparado nos mínimos detalhes para marcar a história de um povo.
2. O comissionamento de Moisés.
Após 40 anos de sua fuga do Egito e de pastoreio, Moisés tem uma experiência que iria marcar e mudar a sua vida. O Anjo do Senhor aparece no meio de uma chama de fogo, onde a sarça ardia, mas não era consumida pelo fogo (Êx 3.2). Esta experiência sobrenatural marca a chamada de Moisés para libertar o povo de Deus da escravidão do Egito e conduzi-lo à Terra Prometida (Êx 3.8).
2.1. Deus chama Moisés
Na passagem de Êxodo 3.10, Deus diz: "Vem agora, pois, eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito". O verbo "vem" exprime uma ação e nos mostra que Deus exigia de Moisés uma atitude, uma decisão em relação a aceitar o seu chamado. O escritor aos Hebreus nos diz que Moisés recusou ser chamado filhos da filha de Faraó, escolhendo ser maltratado com o povo de Deus do que, por um pouco de tempo, ter o gozo do pecado (Hb 11.24-25). Moisés teve que tomar uma decisão: viver como pastor de ovelhas ou ser líder do povo de Deus; escolher andar por vista ou por fé.
2.2. Deus envia Moisés
Não basta ser chamado por Deus, é preciso ser enviado. Moisés não foi um aventureiro, Deus o chamou e o enviou e isto fez toda a diferença. Ele aprendeu a viver na dependência de Deus, esperando Seu tempo e Suas provisões. Infelizmente, encontramos muitas pessoas com chamada, mas que não foram enviadas por Deus, não quiseram esperar o tempo e queimaram etapas.
2.3. Consciência de sua missão
Em seu comissionamento, Deus deixou explícito a Moisés a sua missão: libertar os filhos de Israel do Egito (Êx 3.10). Moisés foi obediente a esta visão. mesmo diante das desculpas apresentadas, das dificuldades e do grande desafio que estava diante dele, ele aceitou a missão e foi até o fim. Ele fez tudo como o Senhor o ordenara, viveu uma vida digna, ao ponto de ter comunhão com o Eterno como quem fala com um amigo (Êx 33.11) Quando perdemos a visão que Deus nos deu, passamos a viver sem sentido tateando ministerialmente. Que Deus nos ajude a manter o foco e a chama da divina convocação.
3. A liderança de Moisés
Ser líder não é uma tarefa fácil; formar um líder não é um processo rápido, mas Deus investe na formação de seus líderes para serem agentes de transformação no exercício de sua missão. Indubitavelmente, Moisés foi um grande ícone de liderança no Antigo Testamento.
3.1. Tempo para Deus
Moisés era um homem preparado pelos homens e por Deus, para desempenhar uma liderança. Mesmo diante de tal preparo, ele tinha tempo estar com Deus. Basta olharmos para o momento em que ele passa 40 dias e 40 noites na presença de Deus (Êx 24.18). Mesmo diante dos afazeres diários e da grande multidão que liderava, ele se retirou para estar com Deus. Infelizmente, vivemos dias em que muitos líderes "não tem mais tempo" para estar com Deus. Uma das maiores deficiências de nossos dias está na falta de oração. Que venhamos a cultivar uma vida de oração.
3.2. Amor por seus liderados
Em seu relacionamento com o povo de Deus, Moisés lhes devotava atenção e amor. Êxodo 32.30-35 identifica um momento da história em que o povo de Israel se enveredou pelo caminho da idolatria. Então, Moisés intercedeu pelo povo e orou a Deus da seguinte maneira: "Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, peço-te, do teu livro, que tens escrito" Êx 32.32.
A nossa posição de liderança não pode nos distanciar do povo, mas, sim, nos aproximar mais e mais dele. Através dessa atitude, Deus se torna benevolente com o Seu povo. Assim como Cristo amou a Sua Igreja, necessitamos amar os nossos liderados. Paulo exortou aos cristãos a terem o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2.5-11). Olhemos para o conselho de Salomão: "Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre o gado". (Pv 27.23).
3.3. Humildes para Ouvir Conselhos
Você já notou que geralmente pensamos que bons conselhos não são válidos, e achamos que enxergamos tudo dentro de uma situação. Mais agora note como alguém de fora pode entrar numa situação e oferecer às vezes um discernimento que jamais ocorreu àqueles que participavam da cena há anos? Isso aconteceu com Moisés, seu sogro Jetro vendo toda situação de sufoco, exaustão, que seu genro estava enfrentando (Êx 18.13), resolveu se posicionar em aconselha-lo (Êx 18.14-22). Ele viu Moisés carregando o peso da nação sozinho, viu que seu tempo, dons, estavam sendo mal investidos e prioridades teriam que ser criadas. Jetro viu que ele desfaleceria (v.18), o termo hebraico aqui significa “estar caído em exaustão”. Como homem podemos cair em colapso pela sobrecarga.
O conselho de Jetro foi simplesmente esse, “delegue a carga de trabalho” (Êx 18.21,22). Moisés então ouviu seu sogro, e isso mudou o curso dos eventos da história de Israel e de Moisés.
Um dos maiores enganos é achar que não precisamos aprender mais nada ou que sabemos tudo sobre liderança. Êxodo 18 nos mostra Moisés sobrecarregado de afazeres, pois o povo ficava em pé diante dele o dia inteiro (Êx 18.14). O ritmo de Moisés o levaria a exaustão (Êx 18.18). diante de tanta dificuldade, Jetro aconselha Moisés a escolher homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborrecessem a avareza; e os colocasse como maiorais de mil, de cem, de cinquenta e de dez (Êx 18.21). O conselho de Jetro é o modelo organizacional de muitas empresas hoje. Um líder que deseja executar com excelência sua missão precisa ter humildade para aceitar bons conselhos.
Conclusão.
Moisés foi um homem escolhido por Deus para exercer um liderança diante de um povo que estava em formação. Através da sua jornada de vida, aprendemos que o Senhor Deus possui o Seu modo de trabalhar na vida de um líder, a fim de que o mesmo exerça com excelência os Seus propósitos.
Introdução
1. O nascimento de Moisés
2. O comissionamento de Moisés
3. A liderança de Moisés
Conclusão
1. O nascimento de Moisés
Flavio Josefo, historiador hebreu, nos conta que um dos escribas sagrados de Faraó, homem astuto para prever eventos futuros, disse ao sumo governante do Egito que por aquele tempo nasceria um menino israelita que, ao se tornar adulto, derrubaria o domínio dos egípcios e exaltaria os israelitas. Este nascido dos hebreus, superaria todos os homens em virtudes e obteria uma glória que duraria para sempre. Faraó ficou tão apavorado que, de acordo com a opinião desse escriba, ordenou a matança de todos os meninos que nascessem israelitas, lançando-os no rio Nilo.
O seu nascimento retrata o fracasso de Satanás e a confirmação de que os intentos do Senhor sempre prevalecem sobre qualquer outra força, autoridade, domínio ou poder, por isso Jó afirmou: “Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42.2)
A Bíblia narra que após o seu nascimento, seus pais criaram secretamente a criança durante três meses. Então Anrão, por causa da ordem do rei, temendo ser descoberto e sofrer juntamente com o filho a pena de morte, julgou conveniente abandonar o pequeno Moisés à providência de Deus. Pensou que poderia conservar o filho em oculto, mas viveriam, ele e o menino, em perigo constante, ao passo que, entregando-o nas mãos de Deus, a criança estaria em segurança! Que fé!
Após tomar essa resolução, ele e a mulher fizeram um berço de juncos do tamanho da criança e, para impedir que a água nele penetrasse, revestiram-no de betume. Puseram dentro o menino e colocaram o berço sobre as águas do rio, “abandonando-o” à providência divina (Ex 2.3).
Miriã, irmã do menino, por ordem de sua mãe, foi para o outro lado do Nilo ver o que aconteceria (Êx 2.3).
Deus então mostrou claramente que todas as coisas se realizariam, não segundo os planos da sabedoria humana, mas conforme os sublimes desígnios de sua vontade.
A mão de Deus conduzia o cesto de junco onde Moisés jazia dentro, desviando dos famintos crocodilos e das mais fortes corredeiras, colocando-o por fim, a vista da princesa egípcia, filha de Faraó.
O plano de Deus sempre é perfeitamente executado e os do inimigo, sempre perfeitamente desbaratado!
1.1. A educação de Moisés
Comentário:
A Bíblia não dá o nome da princesa que encontrou Moisés, mas a história diz que foi Hatsepsute, filha de Tutimose I, sua filha favorita, mulher de personalidade forte e muito dinâmica.
Enquanto ela se banhava no rio, uma de suas donzelas avistou o cesto flutuando no Nilo e ao apanhar e levar até a sua senhora, lá estava Moisés (tirado das águas), choroso. Choro este que comoveu Hatsepsute (Êx 2.5-6).
É a irmã mais velha do bebê Moisés que acompanha toda a cena e então sugere a filha de Faraó, chamar uma das mulheres hebreias para cuidar da criança (Êx 2.7). Então a própria mãe de Moisés é encarregada de criar o seu próprio filho (Êx 2.8).
É impressionante a sucessão de acontecimentos que convergem de forma maravilhosa para os propósitos divinos.
Jamais se poderá aceitar o acaso, ao contrário, vemos nitidamente, como o Senhor dirige o enredo da história e faz com que tudo ocorra de forma harmoniosamente perfeita para que os seus objetivos se concretizem.
Os estudiosos afirmam que Hatsepsute era estéril, portanto, não tinha filhos. Ela se afeiçoou tanto ao menino que prontamente o adotou.
Como o pai de Hatsepsute, não tinha filhos, afirmam os eruditos que ela se tornou praticamente em supremo governante do país de 1505 a 1474 a.C. e Moisés, seu filho adotivo, foi criado na condição e status de príncipe do Egito, e estaria sendo preparado para ser o futuro Faraó.
Sobre o fato, Flávio Josefo, citando a tradição judaica diz que à medida que Moisés crescia, demonstrava muito mais espírito e inteligência que o permitido pela sua idade. Mesmo brincando, dava sinais de que um dia seria alguém extraordinário. Quando completou três anos, Deus fez brilhar em seu rosto uma tão grande beleza que as pessoas, mesmo as mais austeras, ficavam arrebatadas. Ele atraía sobre si os olhares de todos os que o encontravam e, por mais pressa que tivessem, eram obrigados a parar para contemplá-lo.
Ele continua ao afirmar que a filha de Faraó o levou ao rei, seu pai, e, depois de falar-lhe da beleza do menino e da inteligência que já se manifestava nele, disse: “Foi um presente que o Nilo me fez, de maneira admirável. Recebi-o em meus braços, resolvi adotá-lo e vo-lo ofereço como sucessor, pois não tendes filhos”.
Com essas palavras, ela o colocou entre os braços do rei, que o recebeu com prazer e, para obsequiar a filha, estreitou-o nos braços, colocando-lhe o diadema sobre a cabeça. Moisés, como uma criança, que se diverte, tirou-o e o jogou ao chão, pisando-lhe em cima.
Essa ação foi considerada de péssimo augúrio, e o doutor da lei que predissera o quanto seria funesto o nascimento daquele menino para o Egito ficou tão nervoso que desejou matá-lo imediatamente. “Eis aí, majestade”, disse ele, dirigindo-se ao rei, “este menino, do qual Deus nos faz saber que a morte deve garantir a vossa paz. Vede que o fato confirma a minha predição, pois apenas nasceu e já despreza a vossa grandeza, calcando aos pés a vossa coroa. Matando-o, todavia, fareis perder aos hebreus a esperança que nele depositam e salvareis o vosso povo de um grande temor”.
A filha de Faraó, ouvindo-o falar desse modo, levou o menino sem que o rei se opusesse, porque Deus afastava do espírito de Faraó o pensamento de fazê-lo morrer.
A princesa fê-lo educar com grande desvelo, e quanto mais os hebreus se alegravam tanto mais os egípcios se atemorizavam. Entretanto, como a ninguém viam que pudesse suceder o rei no trono ou de quem pudessem esperar um governo mais feliz quando Moisés não existisse mais, abandonaram a ideia; de fazê-lo morrer.
A educação de Moisés se resumiu em três fases e lugares:
1 – No lar com seus pais, recebeu a instrução religiosa dos hebreus (Êx 2.9);
2 – Na corte de faraó aprendeu toda a ciência do Egito (At 7.22), recebeu a mais alta educação secular, tornando-o poderoso em palavras traduzida nos compêndios que formam os 5 primeiros livros da Bíblia (o Pentateuco), e conforme Flavio Josefo, foi também um grande líder, herói militar que comandou um exército egípcio contra a invasão Etíope;
3 – No deserto de Midiã (Êx 2.15), onde aprendeu com o próprio Deus a dependência, a paciência, a humildade e a suficiência divina!
O pastor Antônio Veras de Souza conclui o conhecimento recebido por Moisés em duas fases:
1 – Instrução intelectual – como decorrência do conjunto de conhecimento adquiridos “em toda ciência dos egípcios”, logo, ele detinha o conhecimento secular do mundo de então. Era um cientista na acepção da palavra;
2 – Instrução espiritual –
como resultado da educação no lar e de uma vida santa, em Midiã e Horebe (monte da oração)!
Todas as fases de instrução foram importantes para os planos que Deus tinha a realizar através de Moisés, portanto, esteja atento a “escola” que o Senhor te matriculou agora, pois nela contém ensinamentos relevantes para a obra que Ele desempenhará através da sua vida!
1.2. A fuga de Moisés
1.3. A família e a profissão de Moisés
2. O comissionamento de Moisés.
2.1. Deus chama Moisés
2.2. Deus envia Moisés
2.3. Consciência de sua missão
3. A liderança de Moisés
3.1. Tempo para Deus
3.2. Amor por seus liderados
A nossa posição de liderança não pode nos distanciar do povo, mas, sim, nos aproximar mais e mais dele. Através dessa atitude, Deus se torna benevolente com o Seu povo. Assim como Cristo amou a Sua Igreja, necessitamos amar os nossos liderados. Paulo exortou aos cristãos a terem o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2.5-11). Olhemos para o conselho de Salomão: "Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre o gado". (Pv 27.23).
3.3. Humildes para Ouvir Conselhos
O conselho de Jetro foi simplesmente esse, “delegue a carga de trabalho” (Êx 18.21,22). Moisés então ouviu seu sogro, e isso mudou o curso dos eventos da história de Israel e de Moisés.
Um dos maiores enganos é achar que não precisamos aprender mais nada ou que sabemos tudo sobre liderança. Êxodo 18 nos mostra Moisés sobrecarregado de afazeres, pois o povo ficava em pé diante dele o dia inteiro (Êx 18.14). O ritmo de Moisés o levaria a exaustão (Êx 18.18). diante de tanta dificuldade, Jetro aconselha Moisés a escolher homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborrecessem a avareza; e os colocasse como maiorais de mil, de cem, de cinquenta e de dez (Êx 18.21). O conselho de Jetro é o modelo organizacional de muitas empresas hoje. Um líder que deseja executar com excelência sua missão precisa ter humildade para aceitar bons conselhos.
Conclusão.
Moisés foi um homem escolhido por Deus para exercer um liderança diante de um povo que estava em formação. Através da sua jornada de vida, aprendemos que o Senhor Deus possui o Seu modo de trabalhar na vida de um líder, a fim de que o mesmo exerça com excelência os Seus propósitos.
1. O que as forças do império egípcio não puderam conter ?
R: A promessa de Deus (Gn 28.14).
2. Qual era a missão de Moisés ?
R: Libertar os filhos de Israel do Egito (Êx 3.10).
3. O que Êxodo 32.30-35 identiica ?
R: Um momento da história em que o povo de Israel se enveredou pelo caminho da idolatria (Êx 32.30-35).
4. O que Paulo exortou aos cristãos ?
R: A terem o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2:5-11)
5. Quem aconselhou Moisés a não se sobrecarregar ?
R: Jetro (Êx 18.17-23)
Lição 3 - Moisés, um Líder Excelente
Pré - aula: Lição 3 - Moisés, um Líder Excelente
Slides: Lição 3 - Moisés, um Líder Excelente
Dinâmica: O Exemplo de Moisés: Lição 3 - Moisés, um Líder Excelente
Curiosidade sobre as sandálias:
alguns comentaristas afirmam, que Deus manda Moisés tirar as sandálias porque elas ainda pertenciam do lugar que ele veio o Egito. Agora um detalhe interessante é, que notas arqueológicas referentes a cultura egípcia nos dizem, que um egípcio quando estava diante do ídolo de um deus ficava calçado de sandálias brancas, agora quando ele recebia a visitação que ele achava divina na integra, ele retirava as sandálias porque achava que estava recebendo a visita real de seu deus ou estava no mundo dos mortos. Portanto temos uma interrogação! As sandálias eram do Egito ainda, ou Deus ao se manifestar usa uma cultura comum para Moisés se atentar a visão, pois ainda não tinha a intimidade com o Deus de seus pais.
Fica então a reflexão!
Aplicação:
Revista Betel Dominical: 3º Trimestre de 2018 - Israel 70 anos - Tema: O chamado de uma nação e o plano divino de redenção: Adultos
através deste site.Almeida Revista eAtualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
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Fonte: Revista Betel Dominical: 3º Trimestre de 2018 - Israel 70 anos - Tema: O chamado de uma nação e o plano divino de redenção: Adultos
Gostei, bem esclarecido a lição
ResponderExcluirGostei muito da lição
ResponderExcluir1. O nascimento de Moisés
ResponderExcluirA narrativa do nascimento e livramento de Moisés é compacta, mas deixa bem claro que as forças do império egípcio não puderam conter a promessa de Deus de que a decadência de Abraão seria poderosa na terra (Gn 25.14)