O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que a Rússia "atropelou" seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama, durante seus oito anos de mandato e se tornou "ainda mais forte", com a anexação da Crimeia e a aquisição de mais mísseis.
"Durante oito anos, a Rússia 'atropelou' o presidente Obama, se tornou ainda mais forte, tomou a Crimeia e acrescentou mísseis. Fraco!", comentou Trump em sua conta pessoal no Twitter.
No fim de sua mensagem, o presidente incluiu a conta no Twitter do programa matutino "Fox & Friends", da emissora conservadora "Fox" ao qual ele assiste com frequência.
As críticas de Trump a Obama por este ter sido, na opinião do magnata, "fraco" com a Rússia durante seu mandato acontecem enquanto vários integrantes do governo do republicano estão sendo questionados por seus contatos com funcionários russos.
Michael Flynn acabou perdendo o cargo conselheiro de segurança nacional de Trump depois que ficou comprovado que ele havia mentido sobre seus contatos com o embaixador russo em Washington, Sergei Kislyak.
O procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, também se reuniu em várias ocasiões com Kislyak quando era senador e assessor da campanha de Trump, e omitiu esses contatos durante sua sabatina no Senado.
Diante das críticas geradas, Sessions anunciou que vai se afastar das investigações de seu departamento, o de Justiça, sobre a suposta interferência russa nas eleições para prejudicar, através de ataques cibernéticos, a então candidata democrata Hillary Clinton e favorecer seu rival, o agora presidente republicano Trump.
Por outro lado, o ex-presidente Obama está sendo o maior alvo dos últimos ataques de Trump, que o acusou - sem provas - de ter ordenado um grampo nas comunicações do magnata durante a campanha eleitoral do ano passado.
Hoje Trump afirmou, em outro tweet, que 122 ex-presos "violentos" de Guantánamo libertados pelo governo de Obama "voltaram ao campo de batalha".
Segundo Trump, essas libertações são "somente mais uma decisão terrível" tomada pelo governo Obama.
O presidente não citou em seu tweet de onde tirou esses dados, mas, em setembro do ano passado, o Escritório do Diretor Nacional de Inteligência (ODNI, sigla em inglês) publicou um relatório que assegurava que 122 ex-internos da prisão situada na Base Naval de Guantánamo, em Cuba, tinham se reintegrado a grupos armados.
De acordo com esse relatório, 113 desses 122 foram libertados não por ordem de Obama, mas durante o governo do ex-presidente George W. Bush.
Fonte: EFE
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