Uma das piores crises humanitária do mundo com mais de 21 milhões de pessoas, ou 82% da população, a precisar de ajuda humanitária.
A declaração foi dada pela vice-chefe de direitos humanos, Kate Gilmore, ao descrever a situação no Iémen.
Crianças
Ela falou ao Conselho de Direitos Humanos, na quarta-feira, em Genebra.
Gilmore afirmou que 14 milhões de iemenistas sofrem de insegurança alimentar. Deste total, 1.3 milhão de crianças enfrentam situação grave de malnutrição.
A funcionária lembrou ainda que a infraestrutura do Iémen foi destruída e a economia dizimada. Para a vice-chefe de direitos humanos, as condições de vida no país são "simplesmente deploráveis e insustentáveis".
A intensificação do conflito ocorreu há dois anos. Até 15 de janeiro último, pelo menos 4726 pessoas haviam sido assassinadas e mais de 8,2 mil civis ficaram feridos com os combates.
Cessar-fogo
Kate Gilmore ressaltou que a escalada da violência, registada nos últimos três meses, está a minar as possibilidades de um acordo de cessar-fogo imediato assim como a retomada de ajuda humanitária.
Os combates nas cidades portuárias de Mokha e Hodeidan estão a deixar milhares de cidadãos no meio do fogo cruzado, sem poder acessar a uma passagem segura para sair da área.
O alto comissário de Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, voltou a pedir a instauração de uma comissão independente internacional de investigação para o Iémen. Segundo Zeid, é preciso apurar alegações de violações dos direitos humanos e da lei humanitária.
Para ele, a medida também ajudaria o enviado especial do secretário-geral a alcançar um acordo duradouro para o conflito.
Fonte: Rádio ONU
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