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TEXTOS DE REFERÊNCIA
2- E ele me tirou pelo caminho da porta do norte e me fez dar uma volta pelo caminho de fora, até a porta exterior, pelo caminho que olha para o oriente; e eis que corriam umas águas desde a banda direita.
3- Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos artelhos.
TEXTO ÁUREO
Ezequiel 47.8Então me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas.
VERDADE APLICADA
As águas que emanam do Senhor para o Seu povo produzem transformação, frutificação e sustentação.OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Mostrar a visão das águas que jorram do Templo.- Falar do uso do termo águas nas mensagens bíblicas.
- Destacar a água viva no presente e no futuro.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Gn 2.9-10 Jardim do Éden: local do rio e árvore da vida.
TERÇA / Ez 37
A visão de um vale de ossos secos.
QUARTA / Ez 40-46
As visões sobre a restauração do Templo.
QUINTA / Jo 4.10-14
Jesus, a fonte da água da vida.
SEXTA / Ef 2.1
A ação transformadora da graça de Deus.
SÁBADO / Ap 22.1-2
O rio puro da água da vida.
Momento do louvor
Harpa Cristã: 129
Harpa Cristã: 523
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que o Senhor traga esperança ao Brasil por meio das igrejas que aqui estão.
1- A visão das águas que jorram do Templo
2– O uso do termo “águas” nas mensagens bíblicas
3– Água viva no presente e no futuro
Conclusão
1- A VISÃO DAS ÁGUAS QUE JORRAM DO TEMPLO
Interessante observarmos que esta visão [Ez 47] se dá após as visões sobre a restauração do Templo [Ez 40-46], que, por sua vez, estão registradas após a visão do vale de ossos secos, cujo capítulo 37 termina fazendo menção: à habitação na Terra Prometida [v. 25] e ao santuário de Deus no meio [v. 27]. Tais aspectos também estão presentes no contexto de Ezequiel 47: Templo [v. 1] e terra em herança [v. 13]. A restauração nas visões de Ezequiel é abrangente: povo, Templo e terra.
1.1. A fonte das águas.
Para um povo que anteriormente tinha depositado, equivocadamente, confiança no magnífico Templo construído por Salomão [2Cr 7.1-3; Jr 7.14] e, posteriormente, testemunhou a destruição do mesmo, além de estar agora no cativeiro, esta visão de Ezequiel, acerca da restauração do Templo [Ez 40-44] e de águas saindo debaixo da entrada do mesmo [Ez 47.1], deve ter sido surpreendente e renovadora. Considerando que o Templo possuía forte significado para a vida religiosa do povo de Israel. Tal associação entre Templo e a fonte das águas lembra o próprio Senhor como a fonte da água viva [Jo 4.10, 14; Ap 21.22; 22.1].
* Professora Betty Bacon: “No mundo de hoje, a água potável é tema de muitos encontros e estudos, inclusive no Brasil. Em todo o Oriente Médio antigo era causa de disputas e grandes preocupações, haja vista a importância dos poços cavados pelos patriarcas, e as frequentes brigas pelos mesmos [Gn 21.25; 26.19-22]. A filha de Calebe pediu fontes de água como acréscimo ao dote [Js 15.19]. A vida de homens e de animais dependia da água.”
1.2. Percurso e profundidade das águas.
As águas que saíam do Templo corriam para o oriente, considerando que a frente do Templo estava voltada para esta direção [Ez 47.1-2, 8]. A glória de Deus veio do oriente para o Templo restaurado [Ez 43.1-2]. As águas corriam para o mar, cujas águas seriam saradas [Ez 47.8]. À medida que corriam as águas, a profundidade ia aumentando. A medição era feita por um homem, provavelmente o mesmo mencionado em Ezequiel 40.3, a cada mil côvados (cerca de quinhentos metros). Assim, o rio não tinha uma mesma profundidade, pois ia aumentando conforme o profeta ia sendo conduzido pelo homem. Até o ponto no qual já não se podia atravessar andando, um total de aproximadamente dois mil metros de extensão [Ez 47.5]. Deixemo-nos ser conduzidos pelo rio de Deus.
* Bíblia de Estudo Arqueológica: “Na visão de Ezequiel, as águas do templo, situadas na região montanhosa central a oeste, fluem na direção leste, para Arabá (denominação, na Palestina, para a depressão criada pelo vale da Grande Fenda) e o vale do Jordão. A água dali flui para dentro do mar Morto e refresca suas águas. É nesta Grande Fenda que estão situados, na Palestina, os vales da Galileia e do Jordão, até o Mar Morto e dali até o golfo de Ácaba.”
1.3. Águas que vivificam.
Destaquemos dois textos relevantes ao encerrar este tópico: “viverá tudo por onde quer que entrar” [Ez 47.9] e “porque as suas águas saem do santuário” [Ez 47.12]. O homem que conduz o profeta ainda o desperta para que prestasse muita atenção [Ez 47.6]. O foco agora é o efeito vivificador e transformador daquelas águas. “A água é a fonte de vida de todos os seres vivos. Por isso, nas expedições em outros planetas, a água é um dos primeiros recursos procurados, pois pode ser um indicador da existência de vida” (https://www.todamateria.com.br/a-importancia-https://www.todamateria.com.br/a-importancia-da-agua). Moody: “Um adequado suprimento de água era fornecido por um vasto sistema de irrigação, um emaranhado de rios que brotavam dentro e à volta do jardim, dando-lhe vida” [Gn 2.10-14].
* De acordo com o Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “A água viva que Deus forneceria tinha poder imensurável para renovar, restaurar e ressuscitar. Esse mar, que estava morto, iria borbulhar com vida em todas as suas margens – desde Engedi até En-glaim. Grande quantidade e variedade de vegetação, perpetuamente produtiva, resultaria desse rio cujas águas saem do santuário [Ez 47.1]. Veja João 7.37-39 para observar o uso que Jesus fez da ilustração de águas vivas que Ele concede aos que creem nEle.
* O Templo possuía forte significado para a vida religiosa do povo de Israel. Assim, a associação entre Templo e a fonte das águas lembra o próprio Senhor como a fonte da água viva.
2- O USO DO TERMO “ÀGUAS” NAS MENSAGENS BÍBLICAS
Nem todo texto bíblico que menciona “águas” está se referindo diretamente a bênçãos de Deus para o Seu povo [Gn 7.17-24; Sl 93.3-4; Mt 7.26-27]. Assim, no presente tópico a ênfase será em mensagens bíblicas que registram o uso de termos como “águas”, “rios”, “fonte” pelo Espírito Santo para que uma pessoa entenda as ações de Deus para com o Seu povo, segundo os Seus planos e visando os Seus propósitos.
2.1. Ação divina de transformação.
E, sendo levadas ao mar, sararão as águas” [Ez 47.8]. Ou seja, as águas salgadas se tornam doces e saudáveis. Este mar, denominado de “mar de Sal” [Gn 14.3], Salgado [Nm 34.3,12; Js 3.16], entre outros; segundo o Dicionário Enciclopédico da Bíblia, após o século II d.C. passou a ser denominado de Mar Morto. É o ponto mais baixo da face da terra em relação ao nível do mar. “A salinidade torna qualquer vida impossível e os peixes do Jordão que caem ali morrem rapidamente”. Contudo, a visão que Ezequiel tem é: águas que brotam do trono de Deus entrarão no mar Morto e isto resultará em transformação. Como o poder de Deus transformou os ossos sequíssimos em um grande exército [Ez 37], este mesmo poder se manifestará por intermédio de um rio de águas vivificadoras. Trata-se de uma excelente ilustração quanto à ação transformadora da graça de Deus que nos alcançou como um rio: “Vos vivificou, estando vós mortos” [Ef 2.1]; “Estando nós ainda mortos…nos vivificou” [Ef 2.5].
* R. N. Champlin: “A água cria vida onde dominava a morte. O mar Morto tem uma concentração seis vezes maior de sal do que o oceano e não pode suportar vida alguma, mas o poder miraculoso de Yahweh entra em cena e faz o mar viver; suas águas, por sua vez, dão vida a tudo ao redor. Como as águas são “curadas”, assim os homens também são curados de sua morte espiritual. O velho mundo ímpio será transformado pelas águas do Novo Dia.”
2.2. Ação divina de frutificação.
O texto menciona “abundância de árvores” [Ez 47.7]. Porém, não apenas árvores, mas notemos que só no versículo 12 há quatro vezes a expressão “fruto” ou “frutos”. Agora atentemos para a localização das árvores: “à margem do ribeiro” ou “junto do ribeiro” [Ez 47.7, 12]. Sim, as águas que saem do Templo do Senhor fazem a diferença. É pertinente a conexão com a mensagem do Salmo 1.3, onde vemos o salmista associando estar “junto a ribeiros de águas” com a relação de uma pessoa com a Palavra de Deus – prazer e meditar. Frutificar para ser bênção na vida de outros [Ez 47.12] e para a glória de Deus [Jo 15.8].
* R. N. Champlin – Ezequiel 47.7: “Temos aqui o tema do jardim do Éden, o Paraíso de Deus na terra, para o benefício de homens espiritualmente transformados. As árvores obviamente têm qualidades espirituais, e o homem que come de seus frutos compartilha da vida divina [2Pe 1.4]. As árvores cresceram nos dois lados do rio, falando de uma vida abundante, uma provisão ampla, uma graça que superabunda.”
2.3. Ação divina de sustentação.
Notemos o texto de Ezequiel 47.12: “não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto”. Expressões que transmitem ideia de sustentação ou perseverança. Não apenas crescer, mas frutificar. Não apenas crescer e frutificar, mas perseverar [Lc 8.15]. Talvez um dos maiores desafios do cristão esteja em ser perseverante. Para nosso tempo de tanta “liquidez”, uma das mensagens do último livro da Bíblia é: “vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis” [Ap 17.14]. Mas como ser perseverante em um tempo de tantas distrações e novidades? Estendendo nossas raízes para este ribeiro de águas que brotam do trono de Deus [Jr 17.8]. Mesmo no calor, as folhas permanecerão verdes. Ainda que não chova, permanecerá frutificando.
* Kidner – Salmo 1.3: “(…) a árvore não é um mero canal, levando a água de um lugar para outro, sem alterá-la. Pelo contrário, é um organismo vivo que a absorve, para produzir, no devido tempo, algo que é novo e agradável, próprio do seu tipo e estação. A promessa de que a folha fica imune ao murchar não é independência do ritmo das estações; é o livramento dos danos aleijantes da seca [Jr 17.8b].
* O uso do termo “águas” nas mensagens bíblicas nos mostra a ação divina de transformação, frutificação e sustentação.
3.1. Jesus e os rios de água viva.
O Senhor Jesus se apresenta como a fonte da água da vida [Jo 4.10-14; 7.37-39]. Ele é o que satisfaz a sede mais profunda da alma. Em um mundo tão árido, espiritualmente, em Cristo é possível desfrutar permanentemente dos “ribeiros de águas” [Is 32.2]. O professor G. H. C. Macgregor escreveu: “Cristo satisfaz uma pessoa não exterminando sua sede, o que podaria o crescimento da sua alma, mas concedendo-lhe, com o dom do seu Espírito, uma fonte interior de satisfação que surge de modo perene e espontâneo cada necessidade reincidente de refrigério”.
* F. F. Bruce comenta sobre João 7.37-39: “Parece que a cerimônia (derramamento de água, usada na Festa dos Tabernáculos, com a intenção de reconhecer a bondade de Deus em enviar chuva e garantir um suprimento abundante) não era realizada no oitavo dia, no qual somente uma oração pedindo chuva era realizada. Se isto é verídico, então a afirmação de João, de que no oitavo dia Jesus fez sua proclamação, é ainda mais significativa. Se neste dia não era derramada água material, em lugar dela havia água espiritual, vivificante, à disposição de todos que quisessem recebê-la dele.”
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução1- A visão das águas que jorram do Templo
2– O uso do termo “águas” nas mensagens bíblicas
3– Água viva no presente e no futuro
Conclusão
INTRODUÇÃO
A visão de Ezequiel acerca das águas que saíam do Templo faz parte das mensagens de restauração transmitidas ao povo cativo. Ao longo de toda a Bíblia, há menção a “rios” e “águas” com sentido metafórico que transmitem verdades espirituais. É o que será estudado nesta lição.PONTO DE PARTIDA
As águas de Deus produzem vida.
1- A VISÃO DAS ÁGUAS QUE JORRAM DO TEMPLO
Interessante observarmos que esta visão [Ez 47] se dá após as visões sobre a restauração do Templo [Ez 40-46], que, por sua vez, estão registradas após a visão do vale de ossos secos, cujo capítulo 37 termina fazendo menção: à habitação na Terra Prometida [v. 25] e ao santuário de Deus no meio [v. 27]. Tais aspectos também estão presentes no contexto de Ezequiel 47: Templo [v. 1] e terra em herança [v. 13]. A restauração nas visões de Ezequiel é abrangente: povo, Templo e terra.
1.1. A fonte das águas.
Para um povo que anteriormente tinha depositado, equivocadamente, confiança no magnífico Templo construído por Salomão [2Cr 7.1-3; Jr 7.14] e, posteriormente, testemunhou a destruição do mesmo, além de estar agora no cativeiro, esta visão de Ezequiel, acerca da restauração do Templo [Ez 40-44] e de águas saindo debaixo da entrada do mesmo [Ez 47.1], deve ter sido surpreendente e renovadora. Considerando que o Templo possuía forte significado para a vida religiosa do povo de Israel. Tal associação entre Templo e a fonte das águas lembra o próprio Senhor como a fonte da água viva [Jo 4.10, 14; Ap 21.22; 22.1].
* Professora Betty Bacon: “No mundo de hoje, a água potável é tema de muitos encontros e estudos, inclusive no Brasil. Em todo o Oriente Médio antigo era causa de disputas e grandes preocupações, haja vista a importância dos poços cavados pelos patriarcas, e as frequentes brigas pelos mesmos [Gn 21.25; 26.19-22]. A filha de Calebe pediu fontes de água como acréscimo ao dote [Js 15.19]. A vida de homens e de animais dependia da água.”
1.2. Percurso e profundidade das águas.
As águas que saíam do Templo corriam para o oriente, considerando que a frente do Templo estava voltada para esta direção [Ez 47.1-2, 8]. A glória de Deus veio do oriente para o Templo restaurado [Ez 43.1-2]. As águas corriam para o mar, cujas águas seriam saradas [Ez 47.8]. À medida que corriam as águas, a profundidade ia aumentando. A medição era feita por um homem, provavelmente o mesmo mencionado em Ezequiel 40.3, a cada mil côvados (cerca de quinhentos metros). Assim, o rio não tinha uma mesma profundidade, pois ia aumentando conforme o profeta ia sendo conduzido pelo homem. Até o ponto no qual já não se podia atravessar andando, um total de aproximadamente dois mil metros de extensão [Ez 47.5]. Deixemo-nos ser conduzidos pelo rio de Deus.
* Bíblia de Estudo Arqueológica: “Na visão de Ezequiel, as águas do templo, situadas na região montanhosa central a oeste, fluem na direção leste, para Arabá (denominação, na Palestina, para a depressão criada pelo vale da Grande Fenda) e o vale do Jordão. A água dali flui para dentro do mar Morto e refresca suas águas. É nesta Grande Fenda que estão situados, na Palestina, os vales da Galileia e do Jordão, até o Mar Morto e dali até o golfo de Ácaba.”
1.3. Águas que vivificam.
Destaquemos dois textos relevantes ao encerrar este tópico: “viverá tudo por onde quer que entrar” [Ez 47.9] e “porque as suas águas saem do santuário” [Ez 47.12]. O homem que conduz o profeta ainda o desperta para que prestasse muita atenção [Ez 47.6]. O foco agora é o efeito vivificador e transformador daquelas águas. “A água é a fonte de vida de todos os seres vivos. Por isso, nas expedições em outros planetas, a água é um dos primeiros recursos procurados, pois pode ser um indicador da existência de vida” (https://www.todamateria.com.br/a-importancia-https://www.todamateria.com.br/a-importancia-da-agua). Moody: “Um adequado suprimento de água era fornecido por um vasto sistema de irrigação, um emaranhado de rios que brotavam dentro e à volta do jardim, dando-lhe vida” [Gn 2.10-14].
* De acordo com o Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “A água viva que Deus forneceria tinha poder imensurável para renovar, restaurar e ressuscitar. Esse mar, que estava morto, iria borbulhar com vida em todas as suas margens – desde Engedi até En-glaim. Grande quantidade e variedade de vegetação, perpetuamente produtiva, resultaria desse rio cujas águas saem do santuário [Ez 47.1]. Veja João 7.37-39 para observar o uso que Jesus fez da ilustração de águas vivas que Ele concede aos que creem nEle.
* O Templo possuía forte significado para a vida religiosa do povo de Israel. Assim, a associação entre Templo e a fonte das águas lembra o próprio Senhor como a fonte da água viva.
2- O USO DO TERMO “ÀGUAS” NAS MENSAGENS BÍBLICAS
Nem todo texto bíblico que menciona “águas” está se referindo diretamente a bênçãos de Deus para o Seu povo [Gn 7.17-24; Sl 93.3-4; Mt 7.26-27]. Assim, no presente tópico a ênfase será em mensagens bíblicas que registram o uso de termos como “águas”, “rios”, “fonte” pelo Espírito Santo para que uma pessoa entenda as ações de Deus para com o Seu povo, segundo os Seus planos e visando os Seus propósitos.
2.1. Ação divina de transformação.
E, sendo levadas ao mar, sararão as águas” [Ez 47.8]. Ou seja, as águas salgadas se tornam doces e saudáveis. Este mar, denominado de “mar de Sal” [Gn 14.3], Salgado [Nm 34.3,12; Js 3.16], entre outros; segundo o Dicionário Enciclopédico da Bíblia, após o século II d.C. passou a ser denominado de Mar Morto. É o ponto mais baixo da face da terra em relação ao nível do mar. “A salinidade torna qualquer vida impossível e os peixes do Jordão que caem ali morrem rapidamente”. Contudo, a visão que Ezequiel tem é: águas que brotam do trono de Deus entrarão no mar Morto e isto resultará em transformação. Como o poder de Deus transformou os ossos sequíssimos em um grande exército [Ez 37], este mesmo poder se manifestará por intermédio de um rio de águas vivificadoras. Trata-se de uma excelente ilustração quanto à ação transformadora da graça de Deus que nos alcançou como um rio: “Vos vivificou, estando vós mortos” [Ef 2.1]; “Estando nós ainda mortos…nos vivificou” [Ef 2.5].
* R. N. Champlin: “A água cria vida onde dominava a morte. O mar Morto tem uma concentração seis vezes maior de sal do que o oceano e não pode suportar vida alguma, mas o poder miraculoso de Yahweh entra em cena e faz o mar viver; suas águas, por sua vez, dão vida a tudo ao redor. Como as águas são “curadas”, assim os homens também são curados de sua morte espiritual. O velho mundo ímpio será transformado pelas águas do Novo Dia.”
2.2. Ação divina de frutificação.
O texto menciona “abundância de árvores” [Ez 47.7]. Porém, não apenas árvores, mas notemos que só no versículo 12 há quatro vezes a expressão “fruto” ou “frutos”. Agora atentemos para a localização das árvores: “à margem do ribeiro” ou “junto do ribeiro” [Ez 47.7, 12]. Sim, as águas que saem do Templo do Senhor fazem a diferença. É pertinente a conexão com a mensagem do Salmo 1.3, onde vemos o salmista associando estar “junto a ribeiros de águas” com a relação de uma pessoa com a Palavra de Deus – prazer e meditar. Frutificar para ser bênção na vida de outros [Ez 47.12] e para a glória de Deus [Jo 15.8].
* R. N. Champlin – Ezequiel 47.7: “Temos aqui o tema do jardim do Éden, o Paraíso de Deus na terra, para o benefício de homens espiritualmente transformados. As árvores obviamente têm qualidades espirituais, e o homem que come de seus frutos compartilha da vida divina [2Pe 1.4]. As árvores cresceram nos dois lados do rio, falando de uma vida abundante, uma provisão ampla, uma graça que superabunda.”
2.3. Ação divina de sustentação.
Notemos o texto de Ezequiel 47.12: “não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto”. Expressões que transmitem ideia de sustentação ou perseverança. Não apenas crescer, mas frutificar. Não apenas crescer e frutificar, mas perseverar [Lc 8.15]. Talvez um dos maiores desafios do cristão esteja em ser perseverante. Para nosso tempo de tanta “liquidez”, uma das mensagens do último livro da Bíblia é: “vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis” [Ap 17.14]. Mas como ser perseverante em um tempo de tantas distrações e novidades? Estendendo nossas raízes para este ribeiro de águas que brotam do trono de Deus [Jr 17.8]. Mesmo no calor, as folhas permanecerão verdes. Ainda que não chova, permanecerá frutificando.
* Kidner – Salmo 1.3: “(…) a árvore não é um mero canal, levando a água de um lugar para outro, sem alterá-la. Pelo contrário, é um organismo vivo que a absorve, para produzir, no devido tempo, algo que é novo e agradável, próprio do seu tipo e estação. A promessa de que a folha fica imune ao murchar não é independência do ritmo das estações; é o livramento dos danos aleijantes da seca [Jr 17.8b].
* O uso do termo “águas” nas mensagens bíblicas nos mostra a ação divina de transformação, frutificação e sustentação.
3- ÁGUA VIVA NO PRESENTE E NO FUTURO
Evidente que não é possível esgotar este assunto, pois o “rio é profundo”. Assim, encerrando esta lição, refletiremos sobre outros textos bíblicos que também fazem uso dos termos “rios” ou “águas” de forma metafórica. Façamos nossa a oração do salmista no Salmo 119.18.3.1. Jesus e os rios de água viva.
O Senhor Jesus se apresenta como a fonte da água da vida [Jo 4.10-14; 7.37-39]. Ele é o que satisfaz a sede mais profunda da alma. Em um mundo tão árido, espiritualmente, em Cristo é possível desfrutar permanentemente dos “ribeiros de águas” [Is 32.2]. O professor G. H. C. Macgregor escreveu: “Cristo satisfaz uma pessoa não exterminando sua sede, o que podaria o crescimento da sua alma, mas concedendo-lhe, com o dom do seu Espírito, uma fonte interior de satisfação que surge de modo perene e espontâneo cada necessidade reincidente de refrigério”.
* F. F. Bruce comenta sobre João 7.37-39: “Parece que a cerimônia (derramamento de água, usada na Festa dos Tabernáculos, com a intenção de reconhecer a bondade de Deus em enviar chuva e garantir um suprimento abundante) não era realizada no oitavo dia, no qual somente uma oração pedindo chuva era realizada. Se isto é verídico, então a afirmação de João, de que no oitavo dia Jesus fez sua proclamação, é ainda mais significativa. Se neste dia não era derramada água material, em lugar dela havia água espiritual, vivificante, à disposição de todos que quisessem recebê-la dele.”
3.2. Zacarias e as águas vivas de Jerusalém.
Zacarias foi um dos profetas do período pós-exílico, portanto, posterior a Ezequiel [Ed 5.1-2; Zc 1.1]. O povo que tinha retornado para Jerusalém encontrou a cidade e o Templo destruídos. Quanta diferença da Jerusalém dos tempos de Davi e Salomão. Em um tempo repleto de desafios, Deus levanta Zacarias para anunciar mensagens que confortassem judeus desencorajados e estimulassem a esperança do povo, quanto à reconstrução do Templo como, também, de aplicação escatológica [Zc 14.8]. Assim, a Jerusalém que estava em ruínas e debaixo do jugo do império persa, ainda será “a fonte e provisão de águas correntes que não vão oscilar com as estações, mas vão correr em direção ao leste para o mar Morto e ao oeste para o mar Mediterrâneo”, como comentou David J. Ellis.
* J. G. Baldwin: “O sonho de abundância de água em Jerusalém se tornará realidade. Em lugar da fonte Giom, cuja água corria “brandamente” até o tanque de Siloé [Is 8.6], e nunca supria totalmente as necessidades da cidade, surgirão, em Jerusalém, rios independentes das chuvas das estações, jorrando para leste e oeste até o Mar Morto e o Mediterrâneo. Em Ezequiel 47.1-12 um só rio corria em direção leste.”
3.3. João viu o rio da água da vida.
Por causa do pecado [Gn 3.24], o homem é lançado fora do jardim do Éden, onde tinha rio e árvore da vida [Gn 2.9-10]. Em Apocalipse 22.1-2, João recebe a visão do “rio puro da água da vida” e da “árvore da vida” que estarão disponíveis aos que guardam a Palavra de Deus e são purificados no sangue do Cordeiro [Ap 22.7, 14]. Bem-aventurados os que aproveitam a oportunidade e atendem ao chamado para tomar a água da vida [Ap 22.17].
* Simon Kistemaker: “O rio corre no centro da rua principal mencionada anteriormente e descrita como sendo de ouro [Ap 21.21]. A descrição de João é resumida, mas a imagem é clara; o seu foco não está na rua, mas no rio. (…) Com o rio e a árvore da vida, João pinta um quadro de um paraíso renovado para completar o relato bíblico da história humana. Adão e Eva expulsos do Jardim do Éden, foram impedidos de tocar na árvore da vida, mas no jardim da cidade santa todos os habitantes têm direito a essa árvore [Ap 22.14; 2.7]”. Assim, é bastante produtivo lermos o último capítulo de Apocalipse fazendo uma conexão com outros textos bíblicos [Gn 2-3; Ez 47; Jl 3.18; Zc 14.8].
* Jesus é a fonte da água da vida. Ele satisfaz a sede mais profunda da alma. Por isso, bem-aventurados os que atendem ao chamado para tomar a água da vida.
Zacarias foi um dos profetas do período pós-exílico, portanto, posterior a Ezequiel [Ed 5.1-2; Zc 1.1]. O povo que tinha retornado para Jerusalém encontrou a cidade e o Templo destruídos. Quanta diferença da Jerusalém dos tempos de Davi e Salomão. Em um tempo repleto de desafios, Deus levanta Zacarias para anunciar mensagens que confortassem judeus desencorajados e estimulassem a esperança do povo, quanto à reconstrução do Templo como, também, de aplicação escatológica [Zc 14.8]. Assim, a Jerusalém que estava em ruínas e debaixo do jugo do império persa, ainda será “a fonte e provisão de águas correntes que não vão oscilar com as estações, mas vão correr em direção ao leste para o mar Morto e ao oeste para o mar Mediterrâneo”, como comentou David J. Ellis.
* J. G. Baldwin: “O sonho de abundância de água em Jerusalém se tornará realidade. Em lugar da fonte Giom, cuja água corria “brandamente” até o tanque de Siloé [Is 8.6], e nunca supria totalmente as necessidades da cidade, surgirão, em Jerusalém, rios independentes das chuvas das estações, jorrando para leste e oeste até o Mar Morto e o Mediterrâneo. Em Ezequiel 47.1-12 um só rio corria em direção leste.”
3.3. João viu o rio da água da vida.
Por causa do pecado [Gn 3.24], o homem é lançado fora do jardim do Éden, onde tinha rio e árvore da vida [Gn 2.9-10]. Em Apocalipse 22.1-2, João recebe a visão do “rio puro da água da vida” e da “árvore da vida” que estarão disponíveis aos que guardam a Palavra de Deus e são purificados no sangue do Cordeiro [Ap 22.7, 14]. Bem-aventurados os que aproveitam a oportunidade e atendem ao chamado para tomar a água da vida [Ap 22.17].
* Simon Kistemaker: “O rio corre no centro da rua principal mencionada anteriormente e descrita como sendo de ouro [Ap 21.21]. A descrição de João é resumida, mas a imagem é clara; o seu foco não está na rua, mas no rio. (…) Com o rio e a árvore da vida, João pinta um quadro de um paraíso renovado para completar o relato bíblico da história humana. Adão e Eva expulsos do Jardim do Éden, foram impedidos de tocar na árvore da vida, mas no jardim da cidade santa todos os habitantes têm direito a essa árvore [Ap 22.14; 2.7]”. Assim, é bastante produtivo lermos o último capítulo de Apocalipse fazendo uma conexão com outros textos bíblicos [Gn 2-3; Ez 47; Jl 3.18; Zc 14.8].
* Jesus é a fonte da água da vida. Ele satisfaz a sede mais profunda da alma. Por isso, bem-aventurados os que atendem ao chamado para tomar a água da vida.
CONCLUSÃO
Que o Espírito Santo nos ajude a desfrutarmos dos efeitos dos rios de Deus produzidos, no presente, na vida de todos que buscam essas águas: restauração, frutificação e sustentação até que Ele venha. E, no futuro, gozarmos do rio puro da água da vida e da árvore da vida.Vídeos aulas:
Endereço e crédito na descrição dos vídeos:
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Adultos: Lições Bíblicas, dinâmicas, slides, subsídios, pré - aulas: Arquivo
Se é ensinar, haja dedicação ao ensino". Rm12 : 7b.
Ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.
Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...
Filipenses 3:13,14
Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.
Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...
Filipenses 3:13,14
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