3 de junho de 2021

Aula Bíblica Jovens e adultos, Central Gospel – Lição 10: Perdas inaceitáveis

* A paz do Senhor
TEXTO ÁUREO
   Romanos 12.2
E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.


TEXTO BÍBLICO BÁSICO
   Lucas 15.1-9
1 - E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir

2 - E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.

3 - E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:

4 - Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?

5 - E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo;

6 - e, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.

7 - Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

8 - Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?

9 - E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
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OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
•    Entender que a vida é feita, também, de perdas: algumas inevitáveis, mas necessárias; outras acidentais ou circunstanciais e outras, ainda, inaceitáveis;
   • Refletir, a partir da parábola da Dracma Perdida, sobre as seguintes questões: quais são os seus maiores tesouros? O que, de fato, tem valor na vida? O que devemos fazer quando perdermos um bem imaterial de grande valor?
•   Compreender quais perdas, na vida, precisam ser encaradas como inaceitáveis.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Professores, na vida, fazemos escolhas a todo instante, e isso nos leva usar critérios que se atrelam diretamente ao valor que, pessoalmente, damos às coisas. As vezes, a ordem dos valores não é bem determinada Como deveria ser.

Nesse ponto, deve entrar a ajuda prof. com relação ao estudo sistemático do texto bíblico. Incentive seus alunos a priorizarem a Escola Dominical. Além de serem participantes assíduos, eles devem incentivar Seus filhos e demais parentes a se matricularem numa classe. Só com o conhecimento da Escritura é que o crente se torna capaz de compreender e combater as astutas ciladas do diabo.


Palavra introdutória
Nenhum de nós, independente da fase que esteja atravessando — adolescência, juventude, maturidade ou senescência —, pode se dar conta de uma realidade incontestável: a vida é feita, também, de perdas. Perder faz parte do cardápio da existência. Algumas perdas são inevitáveis, mas necessárias. Estas dizem respeito às subtrações inerentes à condição humana: para ser adolescente, é preciso abrir mão da infância; para ser jovem, é preciso abrir mão das fantasias da puberdade; para ser adulto, é preciso abrir mão das inconstâncias juvenis; para casar-se, é preciso abrir mão da condição de solteiro etc. Apenas pessoas imaturas (na fé, ou na psique) ficam retidas no tempo e não abandonam o que não lhes pertence mais, pela dinâmica natural da vida.

Saber perder ajuda-nos a crescer diante de nós mesmos, diante do próximo e diante de Deus. Outras perdas são acidentais ou circunstanciais. São as curvas da estrada, os acasos que simplesmente se apresentam no caminho, as doenças súbitas, as mortes imprevistas, as falências inesperadas, dentre outras tantas possibilidades. Por fim, há perdas que são irreparáveis, inaceitáveis. Essas exigem de nós, cristãos, maturidade espiritual para saber lidar com o ideal divino de restauração, reconquista e reprogramação mental.


Dennis Allan
As Parábolas dos Perdidos e Achados Jesus foi criticado frequentemente pelos chefes religiosos de seu tempo, de modo que a queixa deles em Lucas 15:1-2 não era novidade: “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.” Jesus respondeu com uma série de três parábolas.

A parábola da ovelha perdida (15:3-7) Os pastores são usados frequentemente na Bíblia para descrever aqueles que cuidam do povo do Senhor. Um bom pastor está constantemente alerta para as necessidades de suas ovelhas e pronto a arriscar-se para preservá-las. Na parábola, o pastor percebe que uma de suas 100 ovelhas está perdida. Ele deixa as 99 e vai procurar a perdida. Quando a encontra, volta para casa e chama seus vizinhos para participar da comemoração. A aplicação: há uma comemoração no céu quando um pecador perdido retorna ao Senhor.

A parábola da moeda perdida (15:8-10) Uma mulher tinha dez moedas, o equivalente aproximado ao salário de meio mês. Ela perdeu uma das moedas e não podia descansar enquanto não a encontrasse. Ficou acordada até tarde procurando por toda a casa até que recuperou o dinheiro perdido. Que alívio! Ela chamou suas amigas e as convidou para partilhar com ela o seu regozijo. A aplicação: os anjos de Deus se regozijam quando um pecador perdido retorna ao Senhor. A parábola dos filhos perdidos (15:11-32)

Na terceira parábola, Jesus não está preocupado com animais e objetos perdidos. Ele agora evoca toda a emoção da vida real, falando de um pai amoroso e de seus dois filhos. Um dia, o mais novo desafia seu pai com um desrespeito quase inimaginável. Especialmente na cultura dos dias de Jesus, um filho recebia sua herança quando o pai morria. O pedido que este filho fez era um insulto indizível ao pai. Não era um mero pedido de dinheiro. Ele estava rejeitando seu pai e toda a bondade que ele lhe tinha mostrado através dos anos. Ele abandonou sua família, pegou suas malas e viajou para outro país.

Com seus bolsos cheios de dinheiro para gastar, o jovem fez uma desordem em sua vida. Gastou rapidamente o dinheiro levando uma vida despreocupada e pecaminosa. A irresponsabilidade levou-o a necessidade e sofrimento, e esse filho logo ficou sem recursos e faminto. O filho privilegiado de um homem rico e generoso estava agora reduzido a procurar um trabalho humilde. Encontrou trabalho para tomar conta de porcos. Podemos considerar este serviço como sujo e mal cheiroso, mas era muito mais ofensivo para a sensibilidade dos ouvintes judeus de Jesus. De acordo com a lei de Moisés, que governava os judeus até a morte de Jesus, os porcos eram animais imundos. Certamente alguns dos ouvintes de Jesus começaram a imaginar seus filhos rebaixados a alimentar esses asquerosos suínos.

Mas o sofrimento do rapaz não terminou aqui. Ele estava faminto. Olhava ansioso para os restos que estava dando aos suínos. Ali ele começou a perceber o quanto tinha perdido. Estava humilhado, esfomeado, longe de casa. Ninguém percebia isso. Ninguém se preocupava. Ninguém o ajudava.

No meio daqueles porcos asquerosos, o jovem caiu em si . Ele se lembrava como as coisas tinham sido melhores antes dele ter desprezado a bondade de seu pai. Até os mais humildes servos de seu pai tinham vida melhor do que está. Ele sabia que tinha perdido todo o direito de filho, mas talvez pudesse trabalhar para seu pai. O filho arrependido decidiu voltar e pedir misericórdia e perdão. Enquanto ia, ensaiava o pedido que faria ao seu pai. Será que seu pai seria tão bom que o empregasse para alguma tarefa humilde?

Apesar de todo o sofrimento que tinha suportado por causa da rebeldia de seu filho, o pai não tinha perdido a esperança. Ele olhou para a estrada e viu, ainda ao longe, a figura de seu filho perdido voltando ao lar. Ele correu para abraçá-lo e beijá-lo.

O filho, humilhado pelas consequências de seus graves erros, começou sua confissão: “Pequei contra ti e contra Deus. Não mereço mais ser chamado teu filho.” Suas palavras foram interrompidas pela voz de seu pai dando ordens aos seus servos: “Tragam-lhe as melhores roupas que temos e preparem a melhor comida para festejarmos!” A explicação do pai mostra a profundidade de seu entendimento da situação difícil de seu filho, e o amor ilimitado que ele sentia pelo rebelde: (15:24). O filho mais velho voltou do seu trabalho no campo, onde servia fielmente seu pai, ouviu a festança e ficou sabendo do motivo. O irmão ficou furioso e ressentido e se recusou a participar das festividades. Quando seu pai tentou acalmá-lo, o irmão mais velho mostrou seu egoísmo: “Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado” (15:29-30). Note o desdém na voz do irmão mais velho. Ele nem mesmo se referiu ao retornado como seu irmão. “Ele é teu filho”, ele disse a seu pai.

A resposta de seu pai pôs as coisas no seu devido lugar. Ele lembrou o ciumento irmão mais velho de que ele tinha sempre gozado a grande bênção que o filho pródigo estava buscando recuperar: o privilégio de estar novamente na presença de seu pai. Ele defendeu sua decisão de comemorar, porque o morto estava vivo e o perdido foi achado.

Aplicações aos ouvintes originais
Jesus estava dizendo o que seus ouvintes originais desesperadamente necessitam ouvir. Lembre-se do cenário destas parábolas (15:1-2). Em todas estas parábolas, os festeiros nos lembram que Deus e seus servos fiéis ficam emocionados quando um pecador vem ao Senhor. A terceira parábola mostra a consequência de darmos as costas a um pai amoroso (os apuros do pecador). Contudo, sua afirmação principal não é dirigida aos pecadores, mas aos presunçosos fariseus e escribas. O desprezo arrogante do irmão mais velho retrata perfeitamente a atitude destes chefes religiosos para com seus irmãos em erro. Sua queixa contra o pai reflete a murmuração deles contra o filho de Deus, que veio buscar e salvar os perdidos (veja Marcos 2:17).

Aplicações aos nossos dias É fácil imitar os presunçosos fariseus, e muito difícil imitar o amoroso Pai celestial. Como vemos aqueles enredados no pecado? O assunto não é a feiura do ato (todos os pecados parecem terríveis a Deus), mas a beleza da criatura de Deus que está presa na armadilha do diabo. Será que vemos tal pessoa como um amado de Deus necessitando ouvir a mensagem de salvação do Senhor e Salvador? Ou olhamos com desprezo para aquele que merece as consequências de sua rebeldia? A diferença entre essas duas atitudes é o que separava Jesus dos fariseus.

Como olhamos para aqueles que buscam o Senhor? Estamos relembrando constantemente quão desgraçados eles eram? Duvidamos de que Deus perdoaria realmente tão corrupto pecador, ou nos maravilhamos com a profundidade de seu amor e grandeza de sua graça? Precisamos nos lembrar de que o mesmo sangue de Jesus que nos salva também salva o mais vil dos pecadores. Se pensamos que Deus não pode perdoar alguns pecadores, estamos subestimando enormemente seu poder. O diabo e suas obras não são empecilho para o Senhor e seu amor redentor, e meus pecados não são menos danosos do que os pecados dos outros. Pensar de outro modo é seguir os presunçosos fariseus à condenação (veja Lucas 18:9-14). Poderia ter havido um fim diferente? Jesus escolheu a parábola dos filhos perdidos para mostrar a diferença entre o pecador que se arrependeu e o presunçoso que desprezou seu irmão. O propósito da parábola é corretivo. Mas, e se os judeus religiosos tivessem mostrado uma atitude correta?

Poderia ter havido um fim diferente?
Tentemos aprender a lição de Lucas 15 de modo que Jesus pudesse descrever nossa atitude com uma versão diferente da parábola. Esta versão descreve a atitude do verdadeiro discípulo de Cristo:

Um homem tinha dois filhos. Um exigiu sua herança e partiu para esbanja-la numa vida pecaminosa. O homem ficou triste e esperou ansiosamente que seu filho retornasse. Então, um dia, seu outro filho partiu de viagem. Dias, depois semanas, passaram. A única notícia que o pai recebeu era uma carta ocasional de seu filho mais velho: “Ainda procuro, mas não o encontrei ainda.” Mais dias passaram, e o pai ficou cada vez mais preocupado. Será que ele jamais veria novamente um dos seus filhos vivo?

Um dia, o pai preocupado viu alguém na estrada, ainda bem longe, aproximando-se de sua casa. Poderiam ser seus filhos? Ele apurou a vista e começou a correr na direção deles, e seu coração se confrangeu um pouco quando viu somente duas pernas S uma pessoa S subindo a estrada. Quando se apressava na direção da figura que se aproximava, percebeu que seu filho mais velho estava lutando sob o peso de uma carga. Ele se apressou na direção do filho e viu que, nos seus ombros, estava a forma flácida de seu filho mais novo. Quando o pai chegou ao salvador cansado, ouviu estas palavras: “Ele está doente, quase morto. Mas levemo-lo para casa e tentamos tratá-lo para que recupere a saúde. Encontrei meu irmão. Eu trouxe teu filho de volta.”

Jesus não contou esta parábola porque os fariseus não tinham aprendido o amor do Senhor pelos perdidos. Eles não entenderam o amor e a graça demonstrados por Jesus e mais tarde explicado tão eloquentemente por Paulo (veja Romanos 1:16; 2:9-11; 3:10,23; 5:6-8; Efésios 2:8-9; 3:18-19). Façamos tudo o que pudermos para compreender a magnitude deste amor por nós, por todas as outras pessoas. Sigamos o exemplo de Jesus e não o dos escribas e fariseus. Todos necessitamos da graça de Deus.

Perder é ficar privado de algo que se tinha ou possuía, de alguém por morte ou separação. Toda perda nos dá uma sensação de privação e ansiedade, que pode se manifestar através do comportamento, das emoções, dos pensamentos, da filosofia, do modo como nos relacionamos com os outros, e até da nossa espiritualidade. Qualquer perda pode provocar esse tipo de sofrimento.


Que perdas são essas?
❖ Divórcio
❖ Aposentadoria
❖ Amputação de membro
❖ Partida de um filho
❖ Partida de um pastor
❖ Reprovação em concurso público
❖ Mudança de emprego
❖ Relacionamento agradável deixado para trás
❖ Perda da fé Mas nesse contexto estaremos dando ênfase às:
❖ Perdas inevitáveis: a presença de Deus na minha vida, a minha família, a minha fé (Hb 11:6).
❖ Perdas acidentais: um filho para as drogas.
❖ Perdas inaceitáveis: comunhão com nossa família, culto doméstico, etc.

Existem perdas que trazem alegrias e outras que trazem dor. Imagine um pai de família, no qual Deus abre a porta para ele, e adquire uma empresa ou um emprego bem sucedido, e então ele passa a valorizar mais o emprego que a sua casa ou sua família, ou seja, ele dá prioridade ao seu emprego em detrimento à sua família. O que você acha que pode acontecer?

Existem pastores, líderes e diáconos que estão perdendo sua família, pois estão priorizando a igreja e não a sua casa.
Há pais perdendo seus filhos dentro da sua própria casa para as redes sociais. Podemos até admitir que a vida não é feita só de ganhos, mas também de perdas. Porém, não podemos permitir que nossa família seja um ninho de perdedores, de fracasso ou derrotas. Ainda que nada esteja dando certo em nossa casa, e ainda que não tenhamos alcançado nossos sonhos, não podemos desistir de sonhar (Is 55:8). Por isso, nós como líderes, precisamos valorizar a nossa família: amando, protegendo, cuidando, dando mais atenção, perdoando, caminhando juntos num só pensamento, na mesma visão. "Nenhum sucesso do mundo compensa o fracasso de um lar".

Daniel preferiu não comer dos manjares do rei para não se contaminar, pois o palácio o esperava. Naamã teve que perder o status de general para ser curado. José perdeu o amor de seus irmãos para ser governador do Egito. Jó perdeu tudo o que tinha para que Deus lhe desse tudo em dobro. Noé perdeu a amizade de seus contemporâneos sendo chamado de louco para salvar a sua família. As perdas nos impulsionam a sair da área de conforto da acomodação e da mesmice. Serve de alavanca para o sucesso da nossa família. Faz-nos refletir e melhorar. Precisamos olhar para as perdas de hoje como alavanca para o futuro.
PERDAS E GANHOS
As perdas Na história do jovem rico, em Marcos 10:17-22, a Palavra conta que o jovem rico até tinha uma genuína motivação de entrar no Reino de Deus, mas ao ser desafiado por Jesus a deixar tudo e segui-lo, foi embora triste porque tinha muitas propriedades.

Ele queria, como muitos, um evangelho só de ganhos. Porém, é necessário entender o que o apóstolo Paulo entendeu: em Filipenses 3:7,8 Paulo declara: “Mas o que para mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo”. O apóstolo entendeu que as perdas perdem o valor quando comparadas com os ganhos presentes e futuros em Deus. Ganhos do tempo presente

Jesus declara que, mesmo com as perdas e perseguições, os seguidores que renunciaram a tudo por amor a Ele podem confiar no sustento divino.

Aqueles que por seguir a Cristo perderem suas casas ao serem expulsos dela receberiam muitas outras casas para serem acolhidos, por meio de muitos irmãos dessa família espiritual que ganharam.

Paulo declara em 2 Coríntios 1:3-5 que o consolo de Deus transbordaria na vida dos seus filhos, e que a graça dEle seria mais do que o suficiente para sustentar a todos que O amam e obedecem.

Ganhos do tempo futuro
O jovem rico tinha a vida aparentemente resolvida na terra, mas não resolvida nos céus. O objetivo final e razão da nossa fé está fundamentada na recompensa eterna, que é a “salvação da alma.”

Pedro declara em 1 Pedro 1:6-9: “Nisso vocês exultam, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejam contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da fé que vocês têm, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado pelo fogo, resulte em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. Mesmo sem tê-lo visto vocês o amam. Mesmo não o vendo agora, mas crendo nele, exultam com uma alegria indescritível e cheia de glória, obtendo o alvo dessa fé: a salvação da alma”.

Aqueles que deixaram tudo para seguir a Cristo têm a segurança que o que Deus começou agora será concluído no futuro, porque Ele é fiel para terminar a obra que começou. A maneira que você tem vivido hoje tem construído algo consistente na eternidade?
Luciano Subirá Comunidade Alcance, Curitiba-PR


SOFRIMENTO INSUPORTÁVEL
Não é nenhuma novidade que algumas frases atribuídas a Deus e a bíblia, na verdade, nunca foram ditas por Ele e nem estão registradas nas Escrituras, tais como: “Deus ajuda a quem se ajuda”, “Deus quer que você seja feliz”, “Todos os caminhos levam a Deus” e por aí vai. O fato é que qualquer cristão com o mínimo de conhecimento das Escrituras sabe que essas coisas não são verdadeiras.

No entanto, escrevo este artigo para alertar sobre uma afirmação que ouço da boca de muitos cristãos e que é realmente tratada como uma verdade espiritual por muita gente, mesmo que o que Deus diga sobre o assunto seja exatamente o contrário. Pois é, isso mesmo. Veja se você já ouviu ou mesmo se fala e acredita nessa frase: “Deus nunca permite um sofrimento além do que você possa suportar”

– Mas a bíblia não diz isso, pastor?
– Você pode estar me perguntando.

E a minha resposta é Não! O que acontece é que muitas pessoas confundem o sofrimento com a tentação, pois a bíblia realmente diz que Deus não permite que nos sobrevenha tentação que não seja humana, que não tenhamos capacidade de suportar, no entanto, não fala nada nesse sentido sobre o sofrimento.

As Escrituras não dizem que Deus não permite sofrimento além da nossa capacidade de suportar, na verdade, para “piorar” a situação dos que acreditam nisso, a bíblia narra uma situação em que está claro exatamente o contrário! Veja só o que Paulo escreveu aos coríntios:

“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos… para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; o qual nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda”. (2 Co 1:8) 

Está claro que Paulo está dizendo que na Ásia, eles sofreram com uma tribulação que estava além das forças que tinham para suportar, algo que os fez até perderem as esperanças de viver. E por que Deus fez isso? O texto também nos diz. Ele fez com Paulo e seus companheiros, e também faz conosco, para quebrar nossa autoconfiança, ou seja, para que não achemos que por nós mesmos, podemos coisa alguma. Para nos lembrarmos sempre que sem Ele, nada podemos fazer.

E é fato que Deus permite sim, muitas vezes, sofrimento além da capacidade humana, para que aprendamos a encontrar Nele os recursos de que necessitamos em qualquer área da nossa caminhada. Para que saibamos que nós não podemos nada e que tudo é Ele que opera em nós. Dessa forma, nosso sofrimento glorifica a Deus, em Cristo, e saímos dele ainda mais fortalecidos no Senhor e na força do seu poder, a fim de permanecer firmes para quando chegar o próximo dia mal.

Portanto amados, que aceitemos o convite do Senhor para participar dos sofrimentos de Cristo e que encontremos a beleza de exultar e glorificar ao Senhor, ainda que em nossa dor, pois nos vales, muitas vezes, estão as maiores oportunidades de ver a Glória do Senhor brilhando em nossas vidas, assim como no escuro é muito mais fácil de enxergar a luz de um pequeno vaga-lume.

E em especial a você que está sofrendo agora e já não sabe como continuar ou suportar aquilo que tem passado. Com certeza a Palavra de Deus para você é:
Não desista!
Não Pare!
Não desanime!

Não esqueça que ainda que o sofrimento vá ao extremo de tirar sua vida (não estou dizendo que isso vai acontecer, só estou colocando como sendo o máximo que o sofrer aqui na terra pode fazer), o seu homem interior se renova todos os dias para encontrar sua verdadeira esperança, que não está aqui neste mundo, pelo contrário, está na Eternidade, onde você estará para sempre com o Senhor. Essa é nossa esperança! Essa é sua esperança! Essa é a nossa esperança e nada, nem ninguém, pode tirá-la de nós, nunca! Nem morte, nem vida, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem anjos, nem principados e nem qualquer outra criatura pode nos afastar do amor de Deus, que está em Cristo! Pois Cristo pagou com seu sangue e sua Graça nos alcançou com essa promessa. Tudo o mais é o caminho e o caminho é árduo, pois somos convidados a seguir os passos do nosso mestre, que também passou por caminhos árduos aqui na terra.

E para finalizar, não esqueçamos que ainda que Paulo tenha chamado o sofrimento de insuportável, ele sobreviveu para contar. Ou seja, Deus é poderoso para fazer com que o insuportável, humanamente falando, seja superado pela excelência do seu poder que opera em nós, se essa for sua soberana vontade, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
E que ele nos abençoe e guarde, sempre.
Pr. Raphael Melo


EVANGELHO DE LUCAS - CAPÍTULO. 15
I) CONSIDERAÇÕES GERAIS
Podemos chamar o capítulo 15 do Evangelho segundo escreveu Lucas de “A Parábola Dos Bens Perdidos”. Embora muitos a dividam em três (Parábolas) na verdade é única, com três figuras diferentes. Não há interrupção nos versículos. Uma ilustração flui para outra.

Quando lemos: “Jesus lhes propôs esta Parábola” (Lc 15:3), a forma singular, “esta Parábola” significa que o capítulo inteiro constitui de uma única narrativa. Há níveis que se sucedem na parábola, mas não há interrupção. As ilustrações que Jesus usou nela fundem-se e combinam umas com as outras.

Matematicamente podemos visualizar o seguinte:
A Ovelha Perdida – Representava 1% de Perda – Uma em Cem;


A Dracma Perdida – Representava 10% de Perda – Uma em Dez;


O Filho Perdido – Representava 50% de Perda – Um em Dois.

Podemos ainda o acontecido da seguinte forma:

A Ovelha – está perdida

A Prata – desapareceu

O Filho – está perecendo


Quando olhamos para as três figuras expostas, concluímos que simbolizam toda a obra da salvação; mas cada uma, separadamente, propõe a obra, e refere-se a uma outra pessoa divina da Trindade:

O Pastor – com muita dor e sacrifício, procura as ovelhas despreocupadas e errantes;

A Mulher – busca a moeda de prata, insensível, mas perdida;

O Pai – com o beijo de reconciliação, recebe o seu filho errante que volta para casa.

Podemos ver de forma clara que, nos três casos é descrito a inclusão dos desprezados e humildes no Reino de Deus. Podemos ainda resumir todo o capítulo com quatro verbos: Perder, Procurar, Encontrar e Regozijar.

PARA QUEM JESUS PROPÔS ESTA PARÁBOLA
A Parábola dividida em três partes é dirigida a três grupos e seu objetivo é responder os principais questionamentos internos de cada um, segundo aquilo que criam.

1. Publicanos: (Classe Social) Judeus que trabalhavam para o governo romano, cobrando impostos. Sua disposição para trabalhar para o governo era vista como falta de lealdade a Israel e desejo de comerciar com os gentios.

2. Fariseus: (Classe Religiosa) Seita judaica que comandava o poder religioso na Palestina durante o ministério de Cristo. Esses indivíduos, “separados”, criam que as suas descrições detalhadas de como obedecer à lei se igualavam em autoridade à lei mosaica e que a sua obediência meticulosa a essas tradições os tornava os únicos judeus justos vivos.

3. Escribas: (Classe Social) Classe de homens que copiavam, ensinavam e explicavam a lei. Da mesma forma que os fariseus, eles se apegavam à autoridade das tradições orais. Como professores da lei, mantinham um lugar importante na sociedade judaica e também serviam como juizes ou advogados, julgando de acordo com a lei que conheciam tão bem.


A OVELHA PERDIDA
   Lucas 15. 1-7

Introdução
Esta parábola fala do regozijo do pastor ao reencontrar a ovelha perdida. Todos estamos perdidos. Devido às dificuldades em que se encontrava, fala-nos das misérias que vivemos estando longe do aprisco. Fala da inclusão dos humildes e desprezados no reino de Deus.

Os escribas e fariseus murmuravam contra Jesus, por receber os pecadores e comer com eles, e Ele aproveitou a oportunidade para contar-lhes esta parábola, a fim de ilustrar seu interesse em salvar o pecador.

Fundo Histórico (v. 1, 2)
Lucas deixa claro que todos os cobradores de impostos de impostos e pecadores reuniram-se ao redor de Jesus para o ouvir. Devido à escória da sociedade estar junto a Jesus, os fariseus e os escribas murmuravam sua desaprovação. Na mente desses homens, o fato de Jesus associar-se com tais indivíduos, que se percebe pelas frases recebe e coe com eles, dá a entender que próprio Jesus não era melhor do que essa corja.

Se Jesus fosse realmente um mestre, dotado da piedade e da teologia judaica, quanto mais se fosse o Messias, ou o Filho de Deus, não deveria associar-se com tais pessoas. Portanto, Jesus narra essas três parábolas como reação a essa atitude errônea.


A PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA
Fala-nos de um homem que tinha cem ovelhas. Se ele perdesse uma delas, o que faria? Ao formular essa pergunta, Jesus força seus ouvintes a responder. É certo que todos responderão: “Procurá-la-ei até encontra-la”. Essa é a resposta natural humana, quando se perde algo de valor.

No presente caso, o pastor esta disposto até a deixar no deserto as noventa e nove, o que constitui algum risco para estas, a fim de procurar a perdida. E quando a encontra sente-se cheio de alegria e dispõe-se a celebrar o acontecimento. O ponto central dessa parábola é que, quando alguém valoriza muito alguma coisa, se vier a perde-la, irá procura-la diligentemente e, uma vez achada, regozija-se.

Jesus aplica essa parábola à atitude de Deus para com os perdidos que se arrependem. Haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.


I. Uma Descoberta Penosa
1) Perdera uma ovelha (v. 4). O pastor amoroso possuía cem ovelhas e as cuidava com dedicação, mas uma se perdera. O que representa essa ovelha? O mundo inteiro? Israel? Um pecador apenas? Não importa, Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19. 10).

2)Deixou as 99 no aprisco. Deu pela falta de uma e, angustiado, saiu pelos montes a sua procura. Este é o dever do pastor: buscar a ovelha ausente e juntá-la às noventa e nove no redil, antes que morra!


II. Buscou-a com Perseverança
1) “Até acha-la” (v. 4). Foi perseverante, não descansou até acha-la. Buscou-a por amor, ou por causa do valor que ela representava? Que o Senhor nos guarde de sermos mercenários.

2) Buscou-a com amor. Seu amor à ovelha perdida o levou a arriscar sua vida para acha-la. És uma ovelha perdida? Deus te ama e enviou seu Filho para morrer na Cruz, para salvar-te (Jó 3.16).


III. A Alegria do Pastor
1) “E, achando-a, a põe sobre seus ombros, alegre” (v. 5). Que momento glorioso para o pastor. Achou sua ovelha que perdera! Não usou o cajado para quebrar-lhe a perna. Não a repreendeu, nem a censurou. Levantou-a com carinho e a pôs sobre os ombros, depois de pensar-lhes as feridas.

2) De volta ao aprisco. Que alegria para a ovelha. Antes perdida, sem esperança; agora, em segurança, nos ombros do seu pastor. Quantas ovelhas há desgarradas, andando de aprisco em aprisco, em busca de um pastor..... Ès uma dessas? Descansa nos braços de Jesus (Mt 11. 28 – 30)!


IV. Jesus É o Bom Pastor

1) “Dou minha vida pelas ovelhas” (Jo 10. 15). Não há maior amor do que este. Já provaste este amor?

2) “As minhas ovelhas ouvem a minha voz... e me seguem” (Jo 10. 27). Ouves a voz de Jesus a chamar – te? Vem, e segue-o!

3) “Dou-lhes a vida eterna” (Jo 10. 28). Crê em Jesus, e jamais perecerás!


Conclusão
Cristo deu sua vida por nós no Calvário (Jo 12, 32). Crê em Jesus, e jamais perecerás!



A DRACMA PERDIDA
   Lucas 15. 08 – 10

Introdução
Esta parábola fala do regozijo em que a mulher ficou ao encontrar a dracma (moeda) perdida. Fala-nos da insensibilidade da mulher ao perder a dracma. Fala da inclusão dos humildes e desprezados no reino de Deus. Há alegria no céu quando alguém que esteve perdido (um pecador) se encontra (se arrepende), especialmente neste caso que o perdido estava dentro da própria casa.

Tal alegria forma violento contraste com os fariseus e outras pessoas religiosas “respeitáveis” que murmuravam porque Jesus investia tempo naquelas pessoas consideradas “perdidas” pelos fariseus.

Fundo Histórico
Havia um costume que, parte do dote dado ao pai da noiva era retirado e confiado à noiva, geralmente este “presente” era exibido, como no caso da parábola proposta, as moedas. Elas eram colocadas em forma de arco, tiara na cabeça ou em forma de pulseira. Quando na tiara, ganhava o nome de semedi. Esta jóia passava a ser usado simbolizando a aliança, que era uma mulher comprometida. Quando a mulher perdia uma das peças (moeda) isto demonstrava que:

A) Ela não foi zelosa com o seu compromisso (noivado, casamento).

B) Era vista como desleixada com seu compromisso, o que dava direito ao noivo ou marido de romper o compromisso que havia com ela.

C) Era vista como desonrada. Perdeu o símbolo de compromisso. É como se a “aliança” tivesse se quebrado.

Por isso, quando a mulher perde uma de suas dez dracmas, vira a casa de cabeça para baixo e a busca com diligência até acha-la e, quando a encontra, regozija-se muito.

Esta parábola contrasta violentamente com os fariseus e outras pessoas religiosas “respeitáveis” que murmuravam porque Jesus investia tempo naquelas pessoas consideradas “perdidas” pelos fariseus.

Dracma – A dracma era uma moeda de poder aquisitivo pequeno. Uma dracma equivale a U$ 0,25 (1/4 de dólar).

Ela estava sob os cuidados da srª da casa – simboliza a igreja. A Moeda encontrava-se perdida em casa, e estava perdida não por vontade própria, mas por falta de cuidado ou desatenção de seus moradores (habitantes).

A Casa – Era pequena e a principal entrada de luz era pela porta.

O Chão (Piso) – Era de terra batido e, como as ruas não eram calçadas, havia um grande depósito de pó (poeira) nas casas.

A Candeia – A casa pobre não tinha janela; precisava de candeia.


O FILHO PRÓDIGO
  Lucas 15. 11 – 24

Pródigo – Dicionário Bíblico: Digno de Pena

Pródigo – Dicionário da Língua Portuguesa: Esbanjador

Introdução
Esta parábola fala do regozijo do pai. Deixa livre o ensinamento que podemos nos perder diante das nossas próprias escolhas. Deixa explicito o remorso que o filho sentiu.

O homem afasta-se de Deus por seu livre arbítrio. Porém Ele não se afasta do homem. Se estivermos afastados de Deus é porque queremos. Mas o Senhor espera que voltemos para Ele enquanto podemos acha-lo (Is 55. 6,7). Fala da inclusão dos humildes e desprezados no reino de Deus.

Diferente da ovelha e da dracma que se perdem de forma involuntária, inconsciente, o filho se perde por vontade própria.


Fundo Histórico
Jesus procura demonstrar de forma dramática a ingratidão, o pecado e a degradação desse moço. Esse jovem demonstra não ter o mínimo interesse pelo bem-estar de seu pai (ou família). Decidiu partir para longe de todos. Toma posse de sua herança e sai de casa. Partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissoluta-mente.

Nas mentes dos judeus respeitáveis do primeiro século, o comportamento desse filho teria sido considerado desleal e ultrajante, e a parábola prossegue, partindo do egoísmo do filho até sua degradação. Termina tendo que trabalhar para um gentio (o que fica implícito pela referência a “terra longínqua”), para quem ele pastoreia porcos (animais imundos para os judeus). Não só alimenta porcos, mas desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam. Do ponto de vista judaico, esse moço atingiu o fundo do poço da degradação e desgraça.

Finalmente, o rapaz acabou caindo em si. Como o contexto indica, o filho mais novo chegou por fim à compreensão de si mesmo e de sua situação. Reconhece ter caído e permanecido no fundo (está numa situação pior do que a dos diaristas de seu pai), e reconhece mais: pecara contra o céu e perante seu pai. Sabe que deixou de ser digno de ser chamado filho. Estando assim arrependido, volta para seu pai.

A parábola atinge seu desfecho dramático no momento em que seu pai o viu quando ainda estava longe, e correu a encontrar-se com ele, e o beijou. Ele ouve a confissão de pecado e recebe-o com alegria. O pai não ficou irado contra o filho pródigo, desviado, mas cheio de alegria dá ordens para que ele seja vestido com a melhor túnica, que se mate o bezerro cevado, e haja um banquete alegre.

Se a parábola se encerrasse no v. 24, teria ficado incompleta. No entanto, com o v. 25, surge uma nova questão. O filho mais velho, que aparentemente estava no campo, ouviu o som e os ruídos da festa e, assim, pergunta o que estava acontecendo. Ao descobrir a causa da celebração, fica indignado e recusa-se a tomar parte nela. Sente-se ludibriado, visto que nenhuma festa foi feita em sua homenagem, a ele que sempre foi fiel. Traz a memória do pai a má ação do irmão, suas aventuras pecaminosas do passado e protesta contra o que considera uma festa imerecida e descabida.

O pai lhe explica que a ele, o filho mais velho, que todas as bênçãos e recompensas da fidelidade permanecem inalteradas. A alegre festa ilustra o regozijo de recuperar o que estava perdido.

No contexto original, os dois filhos representam os judeus:

Filho mais novo: Judeus irreligiosos (os pecadores, os cobradores de impostos, as prostitutas).

Filho mais velho: Judeus fanáticos (os sacerdotes, os fariseus e os doutores da lei).

Em vez de festejar o ministério bem-sucedido de Jesus entre os desprezados da sociedade judaica, os fariseus “murmuram”.

Podemos ainda fazer a seguinte comparação:

Filho mais novo: os gentios e a sociedade judaica marginalizada.

Filho mais velho: representava os judeus religiosos (talvez até os cristãos), cujos padrões mais severos impediam ou dificultavam a aceitação dos gentios como parte da nova comunidade, ou pelo menos a comunhão com eles. (Ver Atos 11; 15).


I. O Pedido Insano de Filho.


1) “Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence” (v. 11). Ele planejava sair da casa do pai. O pai não o despedira. Vê-se por este pedido que os laços do lar já haviam se soltado no coração do jovem. O amor esfriara. Espiritualmente, o pedido do filho mais moço exprime o desejo do homem em proclamar-se independente de Deus e planejar a sua vida de acordo com a própria vontade. Este é o retrato do pecado, o querer impor a própria vontade, que é a raiz dos demais pecados cometidos por ele.

2) “Partiu para uma terra distante” (v. 13). Quantos têm se distanciado para bem longe de Deus, tendo sido criado em sua casa. Preferem as ilusões do mundo! Passou-se um certo tempo até ele deixar a casa do pai. Antes de alguém agir como desviado, já possui um coração desviado. O coração de Filho Pródigo levara-o para longe do pai, antes de seus pés estarem fora da casa. Stº Agostinho escreveu que “A Terra longínqua é o esquecimento de Deus”.

3) “Ali desperdiçou a sua fazenda” (v. 13). Vivendo nas orgias com os falsos amigos. Primeiro ajunta os bens; agora, os dissipa. Viver para o próprio eu é desgastante: gasta os talentos, enfraquece a vontade, destrói as oportunidades e quebranta o corpo.

4) “Começou a padecer necessidades” (v. 14). Onde estavam os “amigos”? Este é o quadro da decadência da alma que deliberadamente se separou da Fonte da felicidade e alegria. Não é de imediato que o pecador descobre seu miserável estado, porque os “prazeres transitórios do pecado” lançam um brilho atraente sobre o caminho da vida.

5) “Mandou-o apascentar porcos” (v. 15). É isto que o diabo faz com os que se apartam de Deus. Ali ele desejou comer com os porcos.

6) “Caindo em si” (v. 17). Precisou sofrer para despertar a consciência. Melhor traduzido seria “Mas quando voltou aos seus sentidos”. O homem distanciado de Deus não vive sua verdadeira personalidade.

Estou aqui morrendo de fome, e na casa do meu pai há fartura de pão.

Que bom voltar e comer do novilho cevado...!

7) “E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.” (v. 16). As Bolotas são também chamadas de Alfarrobas. As alfarrobas têm a forma de um chifre e até hoje são extremamente comuns na Palestina. Chamadas de bainhas de gafanhoto e pão de São João, as alfarrobas concentram no seu interior uma substância gelatinosa, dotada de um sabor adocicado, e, além de servir como alimento para os porcos e gado, eram também consumidas pelos pobres. A Alfarrobeira é árvore formosa e sempre verde, de nove a dez metros de altura, sem espinhos. Produz as vagens em tão grande abundância que, às vezes, atingem a trinta centímetros de comprimento. Da polpa das vagens faz-se um xarope muito apreciado.

Cool “Levantar-me-ei ... e pedir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu” (v. 18). Ele reconheceu a tempo o seu erro. Não só contra o pai, mas contra Deus (Is 1. 18; 55. 7). O filho foi pródigo em desperdiçar seus bens, o pai foi pródigo em esbanjar amor e perdão. Deus é pródigo em amor (Jo 3. 16; Ef 2. 4). A expressão “Levantar-me-ei” sugere ressurreição espiritual. Ele estava morto em delitos e pecados, mas agora levanta-se, inspirado pelo desejo de procurar o pai amoroso e o lar confortável. A salvação começa quando ele se volta à “casa paternal”.


II) A Volta ao Lar e a Alegria do Pai

1) “Este meu filho... reviveu” (v. 24). O pecador está morto em delitos e pecados (Ef 2. 1). Mas Deus garante a vida eterna em Cristo, aos que voltam para Ele. Em Cristo, todos renascemos (Jo 3. 3 – 8; Ef 2. 4 – 6).

2) “E começaram a alegrar-se” (v. 24). Grande foi o regozijo do pai com a volta do filho pródigo. Há alegria nos céus quando o pecador se arrepende (v. 10).

III) A Decepção do Filho Mais Velho

1) Sem amor. Pode se notar a falta de amor quando não diz as palavras “pai”, “meu irmão”, mas diz “Teu filho”. Não demonstra amor nem para com o pai e muito menos com o irmão.

2) “Se indignou ... não queria participar da festa” (v. 28). Julgou ser injustiça do pai toda aquela festa por alguém que não valorizou a família, os bens, perdeu tudo e agora retorna para casa.

3) “Nunca me deste um cabrito ... mas mataste um bezerro cevado” (v. 29, 30). Olhou pelo lado materialista. Nunca me deste algo de pouco valor (um cabrito) e a dele destes um bezerro cevado (algo de muito valor).

4) “E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas” (v 31). Mostra que o filho nunca desfrutou das riquezas do pai por não querer, pois tudo estava à sua disposição. Podemos ver claramente um certo nível de INGRATIDÃO. O pai o adverte, de modo indireto que, está caindo no mesmo erro do irmão, pedindo sua parte nos bens.

5) Tanto o filho mais novo quanto o mais velho são pródigos!

Se analisarmos ambas as situações de cada um dos filhos, veremos que ambos são “dignos de pena”. Um, não valorizou os bens conquistados ao longo da vida da família. Já o outro, não aproveitava e usufruía de tudo que era da sua família e, portanto, seu. Isto é afirmado pelo pai no versículo 31.


Conclusão
Deus está esperando a sua volta (v. 20). Ele perdoará os teus pecados, não os lançará em teu rosto. Tirará de ti as vestes imundas (Is 64. 6), e te dará novas roupas: os dons do Espírito Santo! (At 2. 39). Queres voltar aos braços do Pai celeste? Aceita Jesus e terás um lugar à mesa do banquete com Ele, no céu!
Grande será a alegria ali com tua volta (v. 10). Vem sem demora!
Fonte escola bereana-Advec
fabrica da e.b.d/advec
Blog///Crescendoparaedificar.blogspot.com


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