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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Jonas 1.1-4,15,17
1 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Acoitai, dizendo:
2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 - E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Ursis, de diante da face do SENHOR
4 - Mas o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava para quebrar-se.
15 - E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria. 17 - Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Donas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.
10 - Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e ele vomitou a Jonas na terra.
2 - Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a pregação que eu te disse.
4 - E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e prega-va, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
5 - E os homens de Nínive creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até ao menor.
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Bíblia sagrada online
1 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Acoitai, dizendo:
2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 - E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Ursis, de diante da face do SENHOR
4 - Mas o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava para quebrar-se.
15 - E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria. 17 - Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Donas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.
Jonas 2.7,10
7 - Quando desfalecia em mim a minha alma, eu me lembrei do SE-NHOR; e entrou a ti a minha oração, no templo da tua santidade.10 - Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e ele vomitou a Jonas na terra.
Jonas 3.1,2,4,5
1- E veio a palavra do SENHOR segunda vez a Jonas, dizendo:2 - Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a pregação que eu te disse.
4 - E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e prega-va, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
5 - E os homens de Nínive creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até ao menor.
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Bíblia sagrada online
Mensageiros de Deus em tempos de crise e de restauração.
e não o fez. Jonas 3.10.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Salmo 139.1-10
Para onde fugirei da tua face?
3ª feira - Jonas 1.14-2.2
Do ventre do inferno gritei
4ª feira - Jonas 3.1-4
Vai à grande cidade de Nínive
5ª feira Jonas 3.5-10
E os homens de Nínive creram em Deus
6ª feira - Jonas 4.1-8
Melhor me é morrer do que viver
Sábado - Jonas 4.9-11
Não hei de Eu ter compaixão de Nínive?
• Compreender que ninguém deve fugir de uma incumbên-cia divina;
• Saber que os resultados do trabalho que desenvolvemos podem ser diferentes daqueles que imaginamos;
• Entender que precisamos ver os seres humanos com os olhos de Deus, ou seja, com amor e misericórdia.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, De um modo geral, Jonas é um dos poucos livros, dentre os Profetas Menores, conhecidos dos leitores das Escrituras. Exceto por alguns detalhes importantes que geralmente não são observados, este livro apresenta uma história tão familiar que até mesmo as crianças podem repeti-la com facilidade.
Os detalhes não observados merecem uma atenção especial para que o relato não sofra distorção, tais como o local onde Jonas foi vomitado pelo peixe; se o peixe era ou não uma baleia; a sequência do ministério de Jonas entre ser despejado pelo peixe e ter entrado na cidade de Nínive, etc.
Há quem diga que o relato de Jonas em Nínive é fictício. Outros dizem que é uma alegoria ou uma parábola para ensinar que o Deus de Israel é também o Deus de outras nações; entretanto, se no Novo Testamento temos um testemunho vivo do próprio Senhor Jesus acerca do livro, por que duvidar da sua veracidade histórica (Lc 11.30,32; Mt 12.40)?
Ao final da aula, incentive os alunos a fazerem a leitura do Livro de Miqueias para uma melhor compreensão do tema da próxima lição.
Que o Senhor o abençoe.
Boa aula!
Palavra introdutória
O que sabemos a respeito de Jonas é que ele era filho do profeta Amitai, da cidade de Gate-Hefer (2 Rs 14.25) —uma pequena aldeia de Zebulom (Js 19.13-16), que ficava a Noroeste de Nazaré. Seu nome significa pomba — o que não necessariamente traduz os traços mais conhecidos de sua personalidade.
Jonas exerceu um importante trabalho nos dias de Jeroboão II, pois foi por seu intermédio que esse rei de Israel conseguiu recuperar territórios anteriormente perdidos para os sírios (2 Rs 10.32,33; 14.25). Considerando que ele foi contemporâneo de Jeroboão II (793-753 a.C.), sua visita à Nínive teria ocorrido ao final de seu longo ministério em Israel, aproximadamente em 765 a.C. Naquela ocasião, o profeta teria escrito o seu livro, relatando a sua profecia aos ninivitas.
1.A ORDEM DE DEUS E A DESOBEDIÊNCIA DE JONAS
O Livro de Jonas desafia o povo de Deus a não se erguer contra quem quer que seja.
TEXTO ÁUREO
E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes fariae não o fez. Jonas 3.10.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Salmo 139.1-10
Para onde fugirei da tua face?
3ª feira - Jonas 1.14-2.2
Do ventre do inferno gritei
4ª feira - Jonas 3.1-4
Vai à grande cidade de Nínive
5ª feira Jonas 3.5-10
E os homens de Nínive creram em Deus
6ª feira - Jonas 4.1-8
Melhor me é morrer do que viver
Sábado - Jonas 4.9-11
Não hei de Eu ter compaixão de Nínive?
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:• Compreender que ninguém deve fugir de uma incumbên-cia divina;
• Saber que os resultados do trabalho que desenvolvemos podem ser diferentes daqueles que imaginamos;
• Entender que precisamos ver os seres humanos com os olhos de Deus, ou seja, com amor e misericórdia.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, De um modo geral, Jonas é um dos poucos livros, dentre os Profetas Menores, conhecidos dos leitores das Escrituras. Exceto por alguns detalhes importantes que geralmente não são observados, este livro apresenta uma história tão familiar que até mesmo as crianças podem repeti-la com facilidade.
Os detalhes não observados merecem uma atenção especial para que o relato não sofra distorção, tais como o local onde Jonas foi vomitado pelo peixe; se o peixe era ou não uma baleia; a sequência do ministério de Jonas entre ser despejado pelo peixe e ter entrado na cidade de Nínive, etc.
Há quem diga que o relato de Jonas em Nínive é fictício. Outros dizem que é uma alegoria ou uma parábola para ensinar que o Deus de Israel é também o Deus de outras nações; entretanto, se no Novo Testamento temos um testemunho vivo do próprio Senhor Jesus acerca do livro, por que duvidar da sua veracidade histórica (Lc 11.30,32; Mt 12.40)?
Ao final da aula, incentive os alunos a fazerem a leitura do Livro de Miqueias para uma melhor compreensão do tema da próxima lição.
Que o Senhor o abençoe.
Boa aula!
Palavra introdutória
O que sabemos a respeito de Jonas é que ele era filho do profeta Amitai, da cidade de Gate-Hefer (2 Rs 14.25) —uma pequena aldeia de Zebulom (Js 19.13-16), que ficava a Noroeste de Nazaré. Seu nome significa pomba — o que não necessariamente traduz os traços mais conhecidos de sua personalidade.
Jonas exerceu um importante trabalho nos dias de Jeroboão II, pois foi por seu intermédio que esse rei de Israel conseguiu recuperar territórios anteriormente perdidos para os sírios (2 Rs 10.32,33; 14.25). Considerando que ele foi contemporâneo de Jeroboão II (793-753 a.C.), sua visita à Nínive teria ocorrido ao final de seu longo ministério em Israel, aproximadamente em 765 a.C. Naquela ocasião, o profeta teria escrito o seu livro, relatando a sua profecia aos ninivitas.
1.A ORDEM DE DEUS E A DESOBEDIÊNCIA DE JONAS
O Livro de Jonas desafia o povo de Deus a não se erguer contra quem quer que seja.
O Senhor, o grande Rei, é livre para abençoar, conceder Sua graça e ser paciente com todas as nações da terra.
A visão que o profeta tinha a respeito do Altíssimo era limitada, pois ele acreditava que o Criador de todas as coisas era compassivo somente com os eleitos de Israel. Ele cria no fato de que, uma vez que o Eterno havia escolhido Israel dentre as nações ímpias, Ele tinha de ter piedade de Israel, ainda que o povo fosse rebelde. Jonas não conseguiu perceber que o Senhor podia ser igualmente tolerante com outras nações, assim como o foi com Israel (RA-DMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1344).
1.1. Nínive
Nínive é a transliteração para o hebraico do vocábulo assírio Ninus — esse era um dos nomes da deusa Istar. O termo hebraico nun significa peixe, o que pode indicar alguma relação com o deus Dagon, cujo corpo era composto, metade, por um homem e, a outra metade, por um peixe. Dagon era, provavelmente, a divindade adorada pelos ninivitas quando Jonas ali esteve.
Jonas recebeu o chamado do Altíssimo para pregar contra a maldade de Nínive, mas, desgostoso com a incumbência que recebera, resolveu fugir (Jn 1.2,3). A primeira lição que depreendemos dessa tentativa de fuga é que, quando Deus nos chama para fazer algo, não temos outra opção a não ser obedecê-lo, a menos que estejamos dispostos a colher as duras consequências desse ato.
A cidade de Nínive foi fundada por Ninrode (Gn 10.8-11) e, posteriormente, tornou-se a capital do Império Assírio — o qual, depois da visita de Jonas, levantou-se como um governo mundial, que dominou Samaria (2 Rs 17). Os moradores daquela cidade eram cruéis. Em suas batalhas, traziam as cabeças dos inimigos e amontoavam-nas na presença de todos, a fim de vangloriarem-se de sua força.
Escavações arqueológicas iniciadas no século 19 têm revelado diversas divindades adoradas pelos assírios. Foram encontrados centenas de tabletes de argila com histórias de deuses, tais como Assur (o principal deus assírio), Anu, Bel, Ea, Sim (a deusa da lua) e Istar (a rainha das estrelas).
Em razão de a cidade ter sofrido alguns cataclismos, como um eclipse total do sol em 15 de junho de 763 a.C., os ninivitas estavam, provavelmente, mais propensos a receber uma mensagem que os fizesse refletir sobre suas atitudes.
1.2. A fuga de Jonas
Tarsis não deve ser confundida com Tarso, cidade natal do apóstolo Paulo.
O profeta deveria seguir para Leste, mas embarcou em um navio com destino a Tarsis (antiga Tartessus), cidade lo-calizada ao Sul da Espanha, que ficava a Oeste (Jn 1.3).
O profeta não tentava fugir apenas da incumbência de levar a mensagem de Deus aos ninivitas, mas fugir de diante da face do Senhor (Jn 1.3), como se isso fosse possível (S1139.7-12).
1.3. A correção da rota
Para deter Jonas, o Senhor mandou ao mar um grande vento (In 1.4). Embora acostumados à vida marítima, a tripulação sabia que aquele vento era incomum. No navio, os marinheiros clamavam cada um ao seu deus, e lançavam no mar as fazendas que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso Uri 1.5). Em momentos de grande aflição o ser humano recorre à fé, até mesmo aqueles que não a praticam cotidianamente.
Jonas dormia no porão até ser confrontado pelo capitão On 1.5,6.). Foram lançadas sortes para descobrir a causa da tempestade, e essa caiu sobre o profeta. Diante disso, ele confessou o seu erro. Depois de dizer quem era e o que fazia ali, ele pediu para ser lançado às águas; assim o fizeram, e cessou o mar da sua fúria Un 1.7-15). Em seguida, um grande peixe o tragou, e ele permaneceu no ventre do peixe por três dias e três noites (In 1.17). Com este episódio da vida de Jonas compreendemos que, às vezes, a disciplina traz consigo as tão procuradas respostas.
1.4. No ventre do peixe
O preço da desobediência, por vezes, é muito alto. Jonas foi lançado ao encapelado mar e engolido por um grande peixe, permanecendo ali por três longos dias. Mas Deus não havia desistido de Seu profeta nem da missão que lhe destinara.
Alguns aspectos são levantados por alguns críticos a respeito deste episódio, a saber: o pequeno diâmetro da garganta dos animais marinhos — o que, tecnicamente, impediria o acesso do profeta ao interior do peixe —; e a impossibilidade de o profeta sobreviver em seu ventre.
No entanto, precisamos lembrar-nos de que um milagre só pode ser considerado como tal se for realizado fora dos padrões da normalidade. Se for difícil crer no relato de Jonas, também será fácil descrer de qualquer outro prodígio descrito na Bíblia, como por exemplo: a travessia do mar Vermelho (Èx 14.5-31); os três jovens que sobreviveram à fornalha de fogo na Babilônia (Dn 3.19-26); o machado que flutuou (2 Rs 6.6); a trasladação de Elias para o céu em um carro de fogo (2 Rs 2.11); o fato de Jesus ter andando sobre as águas (Mt 14.25-27), dentre outros.
1.5. O reencontro com o Eterno
No ventre do grande peixe, enquanto gritava do ventre do inferno (In 2.2), sua espiritualidade aflorou. Jonas orou e lembrou-se do Senhor. O Altíssimo, então, deu ordem ao peixe, e ele o vomitou na terra (In 2.10).
2. A MENSAGEM DE JONAS
É preciso observar, no relato bíblico, que há um espaço de tempo entre o primeiro e o segundo chamado do Altíssimo ao Seu profeta para pregar em Nínive: E veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas, dizendo: Levanta--te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a pregação que eu te disse. (Jn 3.1,2).
2.1. A posição geográfica de Nínive
A leitura desatenta do Livro de Jonas e a repetição do que o senso comum diz a respeito da chegada do profeta a Nínive tem promovido a propagação de uma interpretação equivocada desse episódio: o grande peixe não vomitou Jonas em Nínive — uma cidade situada a Leste do rio 'Tigre na Mesopotâmia, ou seja, a centenas de quilômetros do mar —, mas em uma encosta marítima ou em uma praia. Basta observar o início do capítulo 3 do referido livro para entender que Jonas recebeu um segundo chamado — não se sabe se logo ou algum tempo depois do primeiro. Entretanto, dessa vez, o profeta não fugiu, ele foi para Nínive (Jn 3.1,2).
Toda e qualquer tentativa de fugir do Eterno é vã. No auge do sofrimento tudo o que nos resta é buscar ardorosamente Sua face. Do ventre do peixe, no fundo do mar, o profeta lembrou-se do Altíssimo, e a sua alma compreendeu, em plenitude, que a santidade do Senhor não pode ser afrontada (Jn 2.7).
O salmo de livramento de Jonas (n 2), como é comumente conhecido, apresenta quatro partes:
(1) uma declaração introdutória acerca do livramento do Senhor (v. 2);
A visão que o profeta tinha a respeito do Altíssimo era limitada, pois ele acreditava que o Criador de todas as coisas era compassivo somente com os eleitos de Israel. Ele cria no fato de que, uma vez que o Eterno havia escolhido Israel dentre as nações ímpias, Ele tinha de ter piedade de Israel, ainda que o povo fosse rebelde. Jonas não conseguiu perceber que o Senhor podia ser igualmente tolerante com outras nações, assim como o foi com Israel (RA-DMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1344).
1.1. Nínive
Nínive é a transliteração para o hebraico do vocábulo assírio Ninus — esse era um dos nomes da deusa Istar. O termo hebraico nun significa peixe, o que pode indicar alguma relação com o deus Dagon, cujo corpo era composto, metade, por um homem e, a outra metade, por um peixe. Dagon era, provavelmente, a divindade adorada pelos ninivitas quando Jonas ali esteve.
Jonas recebeu o chamado do Altíssimo para pregar contra a maldade de Nínive, mas, desgostoso com a incumbência que recebera, resolveu fugir (Jn 1.2,3). A primeira lição que depreendemos dessa tentativa de fuga é que, quando Deus nos chama para fazer algo, não temos outra opção a não ser obedecê-lo, a menos que estejamos dispostos a colher as duras consequências desse ato.
A cidade de Nínive foi fundada por Ninrode (Gn 10.8-11) e, posteriormente, tornou-se a capital do Império Assírio — o qual, depois da visita de Jonas, levantou-se como um governo mundial, que dominou Samaria (2 Rs 17). Os moradores daquela cidade eram cruéis. Em suas batalhas, traziam as cabeças dos inimigos e amontoavam-nas na presença de todos, a fim de vangloriarem-se de sua força.
Escavações arqueológicas iniciadas no século 19 têm revelado diversas divindades adoradas pelos assírios. Foram encontrados centenas de tabletes de argila com histórias de deuses, tais como Assur (o principal deus assírio), Anu, Bel, Ea, Sim (a deusa da lua) e Istar (a rainha das estrelas).
Em razão de a cidade ter sofrido alguns cataclismos, como um eclipse total do sol em 15 de junho de 763 a.C., os ninivitas estavam, provavelmente, mais propensos a receber uma mensagem que os fizesse refletir sobre suas atitudes.
1.2. A fuga de Jonas
Tarsis não deve ser confundida com Tarso, cidade natal do apóstolo Paulo.
O profeta deveria seguir para Leste, mas embarcou em um navio com destino a Tarsis (antiga Tartessus), cidade lo-calizada ao Sul da Espanha, que ficava a Oeste (Jn 1.3).
O profeta não tentava fugir apenas da incumbência de levar a mensagem de Deus aos ninivitas, mas fugir de diante da face do Senhor (Jn 1.3), como se isso fosse possível (S1139.7-12).
1.3. A correção da rota
Para deter Jonas, o Senhor mandou ao mar um grande vento (In 1.4). Embora acostumados à vida marítima, a tripulação sabia que aquele vento era incomum. No navio, os marinheiros clamavam cada um ao seu deus, e lançavam no mar as fazendas que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso Uri 1.5). Em momentos de grande aflição o ser humano recorre à fé, até mesmo aqueles que não a praticam cotidianamente.
Jonas dormia no porão até ser confrontado pelo capitão On 1.5,6.). Foram lançadas sortes para descobrir a causa da tempestade, e essa caiu sobre o profeta. Diante disso, ele confessou o seu erro. Depois de dizer quem era e o que fazia ali, ele pediu para ser lançado às águas; assim o fizeram, e cessou o mar da sua fúria Un 1.7-15). Em seguida, um grande peixe o tragou, e ele permaneceu no ventre do peixe por três dias e três noites (In 1.17). Com este episódio da vida de Jonas compreendemos que, às vezes, a disciplina traz consigo as tão procuradas respostas.
1.4. No ventre do peixe
O preço da desobediência, por vezes, é muito alto. Jonas foi lançado ao encapelado mar e engolido por um grande peixe, permanecendo ali por três longos dias. Mas Deus não havia desistido de Seu profeta nem da missão que lhe destinara.
Alguns aspectos são levantados por alguns críticos a respeito deste episódio, a saber: o pequeno diâmetro da garganta dos animais marinhos — o que, tecnicamente, impediria o acesso do profeta ao interior do peixe —; e a impossibilidade de o profeta sobreviver em seu ventre.
No entanto, precisamos lembrar-nos de que um milagre só pode ser considerado como tal se for realizado fora dos padrões da normalidade. Se for difícil crer no relato de Jonas, também será fácil descrer de qualquer outro prodígio descrito na Bíblia, como por exemplo: a travessia do mar Vermelho (Èx 14.5-31); os três jovens que sobreviveram à fornalha de fogo na Babilônia (Dn 3.19-26); o machado que flutuou (2 Rs 6.6); a trasladação de Elias para o céu em um carro de fogo (2 Rs 2.11); o fato de Jesus ter andando sobre as águas (Mt 14.25-27), dentre outros.
1.5. O reencontro com o Eterno
No ventre do grande peixe, enquanto gritava do ventre do inferno (In 2.2), sua espiritualidade aflorou. Jonas orou e lembrou-se do Senhor. O Altíssimo, então, deu ordem ao peixe, e ele o vomitou na terra (In 2.10).
2. A MENSAGEM DE JONAS
É preciso observar, no relato bíblico, que há um espaço de tempo entre o primeiro e o segundo chamado do Altíssimo ao Seu profeta para pregar em Nínive: E veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas, dizendo: Levanta--te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a pregação que eu te disse. (Jn 3.1,2).
2.1. A posição geográfica de Nínive
A leitura desatenta do Livro de Jonas e a repetição do que o senso comum diz a respeito da chegada do profeta a Nínive tem promovido a propagação de uma interpretação equivocada desse episódio: o grande peixe não vomitou Jonas em Nínive — uma cidade situada a Leste do rio 'Tigre na Mesopotâmia, ou seja, a centenas de quilômetros do mar —, mas em uma encosta marítima ou em uma praia. Basta observar o início do capítulo 3 do referido livro para entender que Jonas recebeu um segundo chamado — não se sabe se logo ou algum tempo depois do primeiro. Entretanto, dessa vez, o profeta não fugiu, ele foi para Nínive (Jn 3.1,2).
Toda e qualquer tentativa de fugir do Eterno é vã. No auge do sofrimento tudo o que nos resta é buscar ardorosamente Sua face. Do ventre do peixe, no fundo do mar, o profeta lembrou-se do Altíssimo, e a sua alma compreendeu, em plenitude, que a santidade do Senhor não pode ser afrontada (Jn 2.7).
O salmo de livramento de Jonas (n 2), como é comumente conhecido, apresenta quatro partes:
(1) uma declaração introdutória acerca do livramento do Senhor (v. 2);
(2) um relato sobre sua aflição (vs. 2.3-6);
(3) uma descrição de seu clamor por ajuda (v. 7); e
(4) um voto de louvor (v. 8,9)
(RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1349).
FONTE: RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1346
2.2. A grande cidade
A grande cidade, expressão encontrada no Livro de Jonas (Jn 3.3; 4.11), não era apenas a capital do Império Assírio, mas também um símbolo de força e poder. Os ninivitas eram odiados por todos os povos devido às suas conquistas cruéis.
Nínive constituía-se de um enorme pátio quadrangular urbano de aproximadamente 95km; as muralhas que circundavam a cidade possuíam 30m de altura, e a sua largura permitia que três carruagens corressem lado a lado, cerca de 15m. Seus quinze portões eram guardados por imensos touros. Havia nela 50 torres de 60m de altura, distribuídas na extensão dos muros. Sua população era de, aproximadamente, 120 mil homens (Jn 4.11). Jonas levou três dias para percorrer a cidade (Jn 3.3).
Nínive competia com a Babilónia nos quesitos beleza e esplendor, com palácios reais, templos, mas largas, jardins públicos e uma biblioteca impressionante, contendo mais de 26 mil tábuas de barro — uma das maiores do mundo antigo. Foi destruída em 612 a.C. por um cerco feito por babilônios, citas e medos, os quais penetraram suas defesas quando súbitas inundações destruíram os muros (compare Na 2.6-8) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1346).
2.3. O teor e o resultado da mensagem
O profeta não entregou aos ninivitas uma mensagem branda, não citou a misericórdia de Deus, não falou em arrependimento, nem em perdão, apenas anunciou que a cidade seria destruída em 40 dias (Jn 3.4). Jonas não instruiu o povo contra a idolatria nem contra a maldade — práticas comuns entre os assírios —; nada disso fez parte do seu discurso.
De forma geral, qualquer pregador que se utilize desta tática para anunciar uma mensagem está fadado ao insucesso. Contudo, sabemos que Deus tem uma maneira própria de atrair as pessoas para si e de dispor os eventos, a fim de que elas se voltem para Ele com maior facilidade (Jr 17.10).
Muitos fatores podem explicar a repentina mudança de atitude dos ninivitas: pressões financeiras; turbulência política; desastres naturais; doenças, dentre outros — todos esses elementos, muitas vezes, levam os indivíduos a examinarem seu relacionamento com o Todo-poderoso.
O arrependimento de Nínive serve de exemplo para os cristãos hoje. Como lonas, recebemos o chamado para levar o Evangelho de arrependimento e salvação às nações (Mc 16.15,16). Ao fazermos isso, seria bom considerarmos uma estratégia de evangelismo dirigido. Parece que os esforços têm chances de ser mais eficazes em áreas onde o caos político e os desastres naturais geraram instabilidade e maior abertura à mensagem da graça. Se Deus já estava preparando os corações, é possível esperarmos resultados melhores sob essas circunstâncias
(RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010, p.1351).
Fato é que a população temeu. O rei determinou um jejum coletivo; exigiu uma atitude de consternação e obrigou a todos a cobrirem-se de pano de saco e a sentarem-se sobre as cinzas (Jn 3.5-9).
Jesus reconheceu o arrependimento dos ninivitas, a ponto de dizer que eles ressurgirão no Juízo porque deram ouvidos à pregação de Jonas, voltando-se para o Altíssimo. Os ninivitas representam os gentios que receberam a fé por intermédio da palavra de Deus (Mt 12.41,42).
3. O DESCONTENTAMENTO DE JONAS
Jonas contava com o cumprimento de seu vaticínio; afinal, se este não se cumprisse, ele poderia ser considerado um falso profeta — mesmo porque ele revelou o prazo em que o castigo divino se manifestaria: 40 dias (Jn 3.3). Entretanto, ele não contava com a possibilidade de arrependimento do povo. Sua expectativa foi frustrada porque, quando há verdadeiro arrependimento, Deus muda de planos (SI 36.6,7).
Se, na primeira vez em que Deus chamou Jonas, somos levados a crer que ele fugiu de sua incumbência devido ao preconceito judaico contra um povo pagão; na segunda vez, fica claro que o motivo era outro. Ao que parece, ele estava mais preocupado com a sua reputação de profeta do que com as vidas humanas que, em Nínive, seriam destruídas. Seu ressentimento foi tanto que ele preferiu a morte Un 4.2,3).
3.1. O desconsolo do profeta
O missionário Jonas alojou-se em urna cabana mal construída, a Leste da cidade. Naquele lugar, o profeta alimentou uma centelha de esperança de ver o juízo de Deus recair sobre Nínive. Nesse ínterim, distraiu-se com uma planta que cresceu sobre a sua palhoça, o que o encheu de alegria Un 4.5,6). No entanto, a planta foi picada por um parasita e morreu. Mas, parece que o profeta ficou desolado não apenas pela morte do vegetal em si, mas porque, a partir de então, a sombra lhe faltaria (Jn 4.6). Contudo, a preservação da natureza é muito importante, visto que também foi criada por Deus e é essencial para a vida humana (Cl 1.16,17).
Na versão ARC, afirma-se que a planta [qiyqayown, nas versões ARA e NVI que cresceu sobre Jonas seria uma aboboreira (Jn 4.6). Entretanto, também poderia ter sido um mamoneiro ou uma cabaceira — vegetal da família das Cucurbitáceas (Lagenaria vulgaris), cujo fruto é a cabaça. Muito provavelmente, tratava-se de uma espécie que crescia rapidamente (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1351).
3.2. A remoção do castigo
Então, o Senhor arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo (Ex 32.14). Essa expressão, muito comum nas páginas sagradas, significa mudança no plano divino.
Devido ao arrependimento do povo, Deus removeu o castigo que enviaria sobre a cidade ()n 3.10). O jejum e a vestimenta refletiam o quebrantamento de coração de todos e, assim, a sentença foi retirada (Jr 18.7,8).
A história de Jonas revela o coração amoroso de Deus até mesmo para com aqueles que estão distantes dele e que, em sua ignorância, fazem coisas que lhe ofendem. Fazer a obra do Senhor é o dever de todos nós. Quanto aos resultados, nem sempre serão os que esperamos. Consola-nos, entretanto, sa-ber que a Sua misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg 2.13).
R: Assíria.
2. Por que podemos afirmar que Jonas não foi vomitado pelo peixe em Nínive?
R: Porque Nínive ficava muito distante do mar.
3. Qual foi o último desalento do profeta Jonas?
R: A morte de uma planta que lhe cresceu sobre a cabeça.
A. Deus comissiona Jonas (1:1-2)
B. Jonas foge de Deus (1:3)
C. Deus vai atrás de Jonas (1:4-16) D. Deus preserva Jonas (1:17)
II. O profeta se sujeita à vontade de Deus (2:1-10)
A. O desamparo de Jonas (2:1-3) B. A oração de Jonas (2:4-7)
C. O arrependimento de Jonas (2:8-9)
D. O livramento de Jonas (2:10) I
IIl. O profeta cumpre a vontade de Deus (3:1-10)
A. Deus renova a comissão (3:1-2)
B. Jonas obedece (3:3-4)
C. A cidade se arrepende (3:5-9)
D. O Senhor tem compaixão (3:10)
IV. O profeta questiona a vontade de Deus (4:1-11)
A. O desprazer de Jonas (4:1-5)
B. Jonas é repreendido (4:6-11)
O livro de Jonas tem algumas características peculiares:
Em primeiro lugar, ele é mais um relato histórico do que uma profecia. O livro é mais uma narrativa da experiência do profeta Jonas do que oráculos divinos pregados pelo profeta Jonas. Os demais profetas falam da parte de Deus ao povo em vez de contarem sua própria experiência. Desmond Alexander desta este fato nos seguintes termos:
Há muito se observa que o livro de Jonas é notadamente diverso das outras obras que compõem os profetas menores. Enquanto elas se concentram basicamente nos dizeres dos profetas, o livro de Jonas trata dos acontecimentos em torno da missão do profeta e contém apenas um brevíssimo registro de seus pronunciamentos.17
Em segundo lugar, ele é o único profeta especificamente comissionado a pregar aos gentios. Esse é o grande livro missionário do Antigo Testamento, diz Charles Feinberg.18 Jonas, um nacionalista zeloso é chamado por Deus e enviado a Nínive, uma grande cidade para proclamar contra ela. Nínive, mencionada pela primeira vez em Gênesis 10.11 era a antiga capital do Império Assírio. Situava-se na margem oriental do rio Tigre. Senaqueribe fê-la a capital da Assíria e os Medos e Persas a destruíram em 612 a.C. Nínive era a maior cidade do mundo daquele tempo (3.2,3; 4.11).19 Os pecados dos pagãos sobem até o céu e ofendem a Deus. Mas, o amor de Deus pelos pagãos desce até a terra e Deus envia a eles um mensageiro para anunciar-lhes sua Palavra. Jerónimo Pott diz que o propósito do livro de Jonas é ensinar que a providência e o cuidado de Deus não se limitam a Israel, mas se estendem também aos gentios.20
Em terceiro lugar, o livro de Jonas termina com uma pergunta retórica. Somente Jonas e Naum terminam suas profecias com uma pergunta retórica de Deus e curiosamente ambos os profetas profetizaram a Nínive, capital da Assíria. A pergunta registrada em Jonas revela a misericórdia de Deus e a pergunta registrada em Naum revela a sua justiça.
Em quarto lugar, o livro de Jonas descreve o maior protótipo da morte e ressurreição de Cristo no Antigo Testamento. A experiência vivida por Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe foi um sinal da morte e ressurreição de Cristo (Mt 12.38-40). Assim como a experiência de Jonas abriu-lhe a porta para anunciar aos pagãos a Palavra de Deus, a morte e a ressurreição de Cristo é o alicerce da nossa redenção. O livro de Jonas oferece-nos um protótipo das duas mais importantes doutrinas do Cristianismo: a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
2. Descreva os altos e baixos da postura de Jonas ao longo do livro.
3. Por que Deus resgata Jonas apesar de sua desobediência?
4. Que visões a respeito do amor de Deus o livro de Jonas nos oferece?
5. Em que aspectos específicos você se identifica com Jonas?
O que você gostaria de evitar das experiências dele?
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Editora Central Gospel.
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Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - nº 63 - 3º Trimestre de 2020 - Mensageiros de Deus em tempos de crise e de restauração - Profetas menores: Central Gospel
(3) uma descrição de seu clamor por ajuda (v. 7); e
(4) um voto de louvor (v. 8,9)
(RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1349).
FONTE: RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1346
2.2. A grande cidade
A grande cidade, expressão encontrada no Livro de Jonas (Jn 3.3; 4.11), não era apenas a capital do Império Assírio, mas também um símbolo de força e poder. Os ninivitas eram odiados por todos os povos devido às suas conquistas cruéis.
Nínive constituía-se de um enorme pátio quadrangular urbano de aproximadamente 95km; as muralhas que circundavam a cidade possuíam 30m de altura, e a sua largura permitia que três carruagens corressem lado a lado, cerca de 15m. Seus quinze portões eram guardados por imensos touros. Havia nela 50 torres de 60m de altura, distribuídas na extensão dos muros. Sua população era de, aproximadamente, 120 mil homens (Jn 4.11). Jonas levou três dias para percorrer a cidade (Jn 3.3).
Nínive competia com a Babilónia nos quesitos beleza e esplendor, com palácios reais, templos, mas largas, jardins públicos e uma biblioteca impressionante, contendo mais de 26 mil tábuas de barro — uma das maiores do mundo antigo. Foi destruída em 612 a.C. por um cerco feito por babilônios, citas e medos, os quais penetraram suas defesas quando súbitas inundações destruíram os muros (compare Na 2.6-8) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1346).
2.3. O teor e o resultado da mensagem
O profeta não entregou aos ninivitas uma mensagem branda, não citou a misericórdia de Deus, não falou em arrependimento, nem em perdão, apenas anunciou que a cidade seria destruída em 40 dias (Jn 3.4). Jonas não instruiu o povo contra a idolatria nem contra a maldade — práticas comuns entre os assírios —; nada disso fez parte do seu discurso.
De forma geral, qualquer pregador que se utilize desta tática para anunciar uma mensagem está fadado ao insucesso. Contudo, sabemos que Deus tem uma maneira própria de atrair as pessoas para si e de dispor os eventos, a fim de que elas se voltem para Ele com maior facilidade (Jr 17.10).
Muitos fatores podem explicar a repentina mudança de atitude dos ninivitas: pressões financeiras; turbulência política; desastres naturais; doenças, dentre outros — todos esses elementos, muitas vezes, levam os indivíduos a examinarem seu relacionamento com o Todo-poderoso.
O arrependimento de Nínive serve de exemplo para os cristãos hoje. Como lonas, recebemos o chamado para levar o Evangelho de arrependimento e salvação às nações (Mc 16.15,16). Ao fazermos isso, seria bom considerarmos uma estratégia de evangelismo dirigido. Parece que os esforços têm chances de ser mais eficazes em áreas onde o caos político e os desastres naturais geraram instabilidade e maior abertura à mensagem da graça. Se Deus já estava preparando os corações, é possível esperarmos resultados melhores sob essas circunstâncias
(RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010, p.1351).
Fato é que a população temeu. O rei determinou um jejum coletivo; exigiu uma atitude de consternação e obrigou a todos a cobrirem-se de pano de saco e a sentarem-se sobre as cinzas (Jn 3.5-9).
Jesus reconheceu o arrependimento dos ninivitas, a ponto de dizer que eles ressurgirão no Juízo porque deram ouvidos à pregação de Jonas, voltando-se para o Altíssimo. Os ninivitas representam os gentios que receberam a fé por intermédio da palavra de Deus (Mt 12.41,42).
3. O DESCONTENTAMENTO DE JONAS
Jonas contava com o cumprimento de seu vaticínio; afinal, se este não se cumprisse, ele poderia ser considerado um falso profeta — mesmo porque ele revelou o prazo em que o castigo divino se manifestaria: 40 dias (Jn 3.3). Entretanto, ele não contava com a possibilidade de arrependimento do povo. Sua expectativa foi frustrada porque, quando há verdadeiro arrependimento, Deus muda de planos (SI 36.6,7).
Se, na primeira vez em que Deus chamou Jonas, somos levados a crer que ele fugiu de sua incumbência devido ao preconceito judaico contra um povo pagão; na segunda vez, fica claro que o motivo era outro. Ao que parece, ele estava mais preocupado com a sua reputação de profeta do que com as vidas humanas que, em Nínive, seriam destruídas. Seu ressentimento foi tanto que ele preferiu a morte Un 4.2,3).
3.1. O desconsolo do profeta
O missionário Jonas alojou-se em urna cabana mal construída, a Leste da cidade. Naquele lugar, o profeta alimentou uma centelha de esperança de ver o juízo de Deus recair sobre Nínive. Nesse ínterim, distraiu-se com uma planta que cresceu sobre a sua palhoça, o que o encheu de alegria Un 4.5,6). No entanto, a planta foi picada por um parasita e morreu. Mas, parece que o profeta ficou desolado não apenas pela morte do vegetal em si, mas porque, a partir de então, a sombra lhe faltaria (Jn 4.6). Contudo, a preservação da natureza é muito importante, visto que também foi criada por Deus e é essencial para a vida humana (Cl 1.16,17).
Na versão ARC, afirma-se que a planta [qiyqayown, nas versões ARA e NVI que cresceu sobre Jonas seria uma aboboreira (Jn 4.6). Entretanto, também poderia ter sido um mamoneiro ou uma cabaceira — vegetal da família das Cucurbitáceas (Lagenaria vulgaris), cujo fruto é a cabaça. Muito provavelmente, tratava-se de uma espécie que crescia rapidamente (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010a, p.1351).
3.2. A remoção do castigo
Então, o Senhor arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo (Ex 32.14). Essa expressão, muito comum nas páginas sagradas, significa mudança no plano divino.
Devido ao arrependimento do povo, Deus removeu o castigo que enviaria sobre a cidade ()n 3.10). O jejum e a vestimenta refletiam o quebrantamento de coração de todos e, assim, a sentença foi retirada (Jr 18.7,8).
CONCLUSÃO
Deus não predestina ninguém, antes age em comum acordo com a vontade humana, oferecendo uma oportunidade de salvação a todos, cabendo ao homem decidir: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me (Mt 16.24). O Senhor não é fatalista, nem viola a lei da consciência.A história de Jonas revela o coração amoroso de Deus até mesmo para com aqueles que estão distantes dele e que, em sua ignorância, fazem coisas que lhe ofendem. Fazer a obra do Senhor é o dever de todos nós. Quanto aos resultados, nem sempre serão os que esperamos. Consola-nos, entretanto, sa-ber que a Sua misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg 2.13).
ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO
1. Nínive era a capital de qual nação?R: Assíria.
2. Por que podemos afirmar que Jonas não foi vomitado pelo peixe em Nínive?
R: Porque Nínive ficava muito distante do mar.
3. Qual foi o último desalento do profeta Jonas?
R: A morte de uma planta que lhe cresceu sobre a cabeça.
ESBOÇO
I. O profeta foge da vontade de Deus (1:1-17)A. Deus comissiona Jonas (1:1-2)
B. Jonas foge de Deus (1:3)
C. Deus vai atrás de Jonas (1:4-16) D. Deus preserva Jonas (1:17)
II. O profeta se sujeita à vontade de Deus (2:1-10)
A. O desamparo de Jonas (2:1-3) B. A oração de Jonas (2:4-7)
C. O arrependimento de Jonas (2:8-9)
D. O livramento de Jonas (2:10) I
IIl. O profeta cumpre a vontade de Deus (3:1-10)
A. Deus renova a comissão (3:1-2)
B. Jonas obedece (3:3-4)
C. A cidade se arrepende (3:5-9)
D. O Senhor tem compaixão (3:10)
IV. O profeta questiona a vontade de Deus (4:1-11)
A. O desprazer de Jonas (4:1-5)
B. Jonas é repreendido (4:6-11)
O livro de Jonas tem algumas características peculiares:
Em primeiro lugar, ele é mais um relato histórico do que uma profecia. O livro é mais uma narrativa da experiência do profeta Jonas do que oráculos divinos pregados pelo profeta Jonas. Os demais profetas falam da parte de Deus ao povo em vez de contarem sua própria experiência. Desmond Alexander desta este fato nos seguintes termos:
Há muito se observa que o livro de Jonas é notadamente diverso das outras obras que compõem os profetas menores. Enquanto elas se concentram basicamente nos dizeres dos profetas, o livro de Jonas trata dos acontecimentos em torno da missão do profeta e contém apenas um brevíssimo registro de seus pronunciamentos.17
Em segundo lugar, ele é o único profeta especificamente comissionado a pregar aos gentios. Esse é o grande livro missionário do Antigo Testamento, diz Charles Feinberg.18 Jonas, um nacionalista zeloso é chamado por Deus e enviado a Nínive, uma grande cidade para proclamar contra ela. Nínive, mencionada pela primeira vez em Gênesis 10.11 era a antiga capital do Império Assírio. Situava-se na margem oriental do rio Tigre. Senaqueribe fê-la a capital da Assíria e os Medos e Persas a destruíram em 612 a.C. Nínive era a maior cidade do mundo daquele tempo (3.2,3; 4.11).19 Os pecados dos pagãos sobem até o céu e ofendem a Deus. Mas, o amor de Deus pelos pagãos desce até a terra e Deus envia a eles um mensageiro para anunciar-lhes sua Palavra. Jerónimo Pott diz que o propósito do livro de Jonas é ensinar que a providência e o cuidado de Deus não se limitam a Israel, mas se estendem também aos gentios.20
Em terceiro lugar, o livro de Jonas termina com uma pergunta retórica. Somente Jonas e Naum terminam suas profecias com uma pergunta retórica de Deus e curiosamente ambos os profetas profetizaram a Nínive, capital da Assíria. A pergunta registrada em Jonas revela a misericórdia de Deus e a pergunta registrada em Naum revela a sua justiça.
Em quarto lugar, o livro de Jonas descreve o maior protótipo da morte e ressurreição de Cristo no Antigo Testamento. A experiência vivida por Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe foi um sinal da morte e ressurreição de Cristo (Mt 12.38-40). Assim como a experiência de Jonas abriu-lhe a porta para anunciar aos pagãos a Palavra de Deus, a morte e a ressurreição de Cristo é o alicerce da nossa redenção. O livro de Jonas oferece-nos um protótipo das duas mais importantes doutrinas do Cristianismo: a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
APROFUNDAMENTO
1. Por que Jonas não queria ir a Nínive?2. Descreva os altos e baixos da postura de Jonas ao longo do livro.
3. Por que Deus resgata Jonas apesar de sua desobediência?
4. Que visões a respeito do amor de Deus o livro de Jonas nos oferece?
5. Em que aspectos específicos você se identifica com Jonas?
O que você gostaria de evitar das experiências dele?
Manual bíblico MacArthur:
Editora Central Gospel.
Adultos: Lições Bíblicas, dinâmicas, slides, subsídios, pré - aulas: Arquivo
Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - nº 63 - 3º Trimestre de 2020 - Mensageiros de Deus em tempos de crise e de restauração - Profetas menores: Central Gospel
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