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1.2. O derramamento do Espírito Santo
No Antigo Testamento, o Espírito Santo manifestava-se espo-radicamente e apenas sobre algumas pessoas, tais como: Beza-lel (Ex 31.3); Otniel Qz 3.9,10); Gideão Qz 6.34); Jefté (3z 11.29) Sansão (3z 14.5,6; 15.14-16) e Davi (1 Sm 16.13). Contudo, no Novo Testamento Jesus prometeu derramar o Espírito Santo so-bre todo aquele que nele cresse (Jo 7.37-39; At 2.16-21,39).
1.3. O Grande e terrível dia do Senhor
O Livro de Joel possui um caráter escatológico. Além de falar sobre o castigo nacional — a devastação da lavoura por intermédio de unia praga de insetos —, o profeta fez menção a eventos futuros. Ele citou ocorrências típicas da Grande Tribulação (Ap 6.12-17; 31 2.31; 3.15); falou do dia do Senhor (J1 2.31); disse que o povo de Deus não seria mais envergonhado 131 2.27); mencionou a reunião das nações no vale da Decisão 01 3.2,14) e falou sobre a posição de Sião no Milênio (J13.16-21).
O grande e terrível dia do Senhor é o dia da Grande Tribulação, também conhecido como o dia da angústia de Jacó (Jr 30.7; Jr 46.10; Is 2.17-20; 3.7-18; 4.1,2; 13.6-9).
Os textos de Joel 2.31 e de Apocalipse 6.12 apresentam características semelhantes: haverá o escurecimento do sol e a transformação da lua em sangue, sugerindo o período da Grande tribulação, quando a Igreja não estará mais na Terra.
1.4. O descanso no Milênio
O que se lê na sequência do Livro de Joel é que haverá, após a Grande Tribulação, um período de fartura sobre a terra (312.18-20,22,24-26) e de alegria no Senhor (312.21,23); o povo de Deus não mais será envergonhado (312.27); e o futuro de Sião será glorioso (31 3.17,18,20).
Este tempo refere-se ao Milênio, ocasião em que Satanás estará preso, e o Senhor governará por mil anos junto com os Seus santos (Ap 20.1-4).
2. A INVASÃO DOS INSETOS
Ainda que pareço simplista, os profetas de Israel e de Judá entendiam que, de modo geral, qualquer espécie de mal que viesse sobre a nação era resultado de alguma pendência do povo em relação a Deus. Os pecados nacionais estavam sempre relacionados à idolatria; acordos com povos estrangeiros; orgulho; abandono dos cultos e desprezo aos pobres.
O pequeno Livro de Joel surge no início da profecia escrita. O autor não tinha por objetivo limitar sua narrativa à invasão dos gafanhotos. Sua mensagem tem um cunho escatológico significativo, pois vai além de um castigo para uma nação indiferente.
O filho de Petuel apresentou seu vaticínio em uma linguagem poética, na qual fez alusão a uma devastação na lavoura por quatro tipos diferentes de insetos: lagarta, gafanhoto, locusta e pulgão (P 1.4) — conhecidos dos lavradores no Oriente Médio. Joel interpretou esses desastres como um anúncio do dia do Senhor. Essas pragas devastadoras poderiam ser evitadas, se o povo se arrependesse.
O que a lagarta não devorasse o gafanhoto devoraria; o que restasse do gafanhoto o comeria a locusta; e o que restasse da locusta o comeria o pulgão. Enfim, nada restaria, porque o exército invasor daria conta de exterminar todo o produto da lavoura, gerando fome.
2.1. De pai para filho
Essa sucessão de ataques dos insetos serviria de parábola para ensinar que a devastação seria insaciável. Do mesmo modo como os pais deveriam ensinar os oráculos divinos aos filhos (Dt 6.4-7), era seu dever ensinar-lhes que, quando a nação peca, o Senhor envia castigo sobre ela (J1 1.3).
2.2. O juízo
Não haveria mais culto, porque não havia mais ofertas de alimento nem de vinho (31 1.9 - NTLH); não haveria alimento para o povo nem serviço para os lavradores (11 1.10-12). Esse juízo pode apresentar uma mensagem de cumprimento duplo na mesma profecia: um próximo, e outro para um futuro distante — denominado sensus plenior em Teologia.
Observe-se que os vaticínios relacionados à Grande Tribulação dizem respeito à nação de Israel e são encontradas no Antigo Testamento (Jr 30.7).
3. EXPRESSÕES IMPORTANTES NO LIVRO
Encontramos na profecia de Joel, expressões como: o dia do Senhor 01 1.15; 2.1,11,31; 3.14) e restantes que o Senhor chamar CP 2.32), bem como referências a acontecimentos relacionados ao escurecimento do sol e à transformação da lua em sangue (Jl 2.10,31; 3.15). Certamente, estas são mensagens de cunho escatológico e, por isso, merecem especial atenção.
3.1. O dia do Senhor
O grande e terrível dia do Senhor é uma expressão que indica o período da Grande Tribulação, descrita tanto no AT quanto no NT (J1 2.31; MI 4.5; Mt 24.21; Ap 7.14).
Vejamos a seguir os significados desta mesma expressão para alguns profetas veterotestamentários:
• Isaías — o dia de acerto de contas com os soberbos e um dia de destruição por parte do Altíssimo (Is 2.12; 13.6,9);
• Ezequiel — o dia em que as nações se lamentaram quando Nabucodonosor empunhou a espada do Senhor e conquis-tou o Ocidente (Ez 13.5; 30.3);
• Joel — um dia de assolação (11 1.15) e de perturbação Ul 2.1); um dia grande e mui terrível Ul 2.11); o dia em que o sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue (J1 2.31); um dia em que multidões se encontrarão no vale da Decisão (Jl 3.14);
• Amos - um dia de escuridão para o mundo e também para Israel (Am 5.20);
• Sofonias — um dia de grande ira por parte do Senhor (Sf 1.7,14);
• Malaquias — o dia em que o Senhor esmagará os perversos e os destruirá como refugo (MI 4.5).
3.2. O remanescente salvo
O profeta apresenta palavras de esperança para um remanescente que será salvo por simplesmente invocar o nome do Senhor Q12.32). Tais palavras encontram eco nos escritos do apóstolo Paulo (Rm 10.13). Assim como Joel, Paulo acreditava na conversão final de todos os escolhidos de Israel, que cressem no Senhor e invocassem o Seu nome.
2. O que indica a expressão dia do Senhor (Jl 1.15; 2.1,11,31; 3.14)?
R.: O dia do juízo de Deus na Grande Tribulação.
3. Segundo Joel, quando ocorrerá o grande avivamento sobre a Terra (Jl 2.31)?
R: Antes do grande e terrível dia do Senhor.
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Joel 2.1,13,15-17,28-31
1 - Tocai a buzina em Sião e clamai em alta voz no monte da minha santidade; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, ele está perto;
13 - E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência e se arrepende do mal.
15 - Tocai a buzina em Sião, santificai um jejum, proclamai um dia de proibição.
16 - Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu tálamo.
17 - Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa o teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?
28 - E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
29 - E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.
30 - E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça.
31 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR.
TEXTO ÁUREO
E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR
será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá
livramento, assim como o SENHOR tem dito, e nos restantes que o SENHOR chamar. Joel 2.32
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Joel 1.1-4
Escutai, todos os moradores da terra
3ª feira - Joel 2.11-14
Convertei-vos a mim de todo coração
4ª feira - Joel 2.16-21
Santificai a congregação
5ª feira - Joel 2.22-27
Meu povo não será envergonhado
6ª feira - Joel 2.28-32
Depois, derramarei o meu Espírito
Sábado - Romanos 11.26-30
Todo o Israel será salvo
• Saber que, de acordo com o Livro de Joel, uma sucessão de calamidades viria sobre a nação de Judá, trazendo devasta-ção à lavoura;
• Entender que, se o povo se arrepender de seus pecados, o juízo divino será revertido;
• Compreender que um derramamento do Espírito sobre toda a carne é aguardado.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, Os desastres naturais (enchentes e terremotos, por exemplo) provocam temor e tremor. Ainda que estejam disponíveis inúmeros recursos de engenharia na atualidade, as pessoas são incapazes de controlar essas forças poderosas e destruidoras.
Joel começa o seu livro descrevendo esse gênero de desastre natural — uma praga de gafanhotos —, cujo poder de destruição toma-se um vívido alerta sobre a força do juízo vindouro de Deus e um claro apelo para que o povo recorra à Sua misericórdia.
Os inimigos da nação, mencionados pelo filho de Petuel, são os fenícios, os egípcios e os edomitas (J1 3.4,19). Os as-sírios e os babilônios não são referidos por ele. A alta crítica — pontuada por um segmento de historiadores e teólogos —data o Livro de Joel em 400 a.C.; entretanto, o profeta não fez qualquer menção aos povos que haviam oprimido o povo de Deus. Qualquer ligação com as nações opressoras, neste livro, tem caráter profético e não histórico — o que nos faz entender que o livro tem data muito anterior a tais acontecimentos.
Ao final da aula, incentive os alunos a fazerem a leitura do Livro de Amós para uma melhor compreensão do tema da próxima lição. Que o Senhor o abençoe. Boa aula!
Mensageiros de Deus em tempos de crise e de restauração. Profetas Menores
Possivelmente, o filho de Petuel é o profeta do Antigo Testamento com o qual a Igreja melhor se identifica, devido à sua mensagem sobre o derramamento do Espírito Santo, citada por Pedro no dia de Pentecostes (At 2.16-21). Ele exerceu seu ministério no Reino do Sul (Judá, conf. J12.1; 3.1,6,8,20), mas seus vaticínios alcançaram também o Reino do Noite.
O livro que traz seu nome teria sido escrito por volta de 825 a.C. Se estiverem certos os que o situam por volta do ano 800 a.C., ele profetizou durante o reinado de Joás (2 Cr 24.22-24); nesse caso, teria conhecido Elias — apesar de Joel ainda ser muito jovem naquela época, ele teria sido contemporâneo de Eliseu também.
1. AS QUATRO DIVISÕES DO LIVRO
O período compreendido entre o ano da profecia, seu cumprimento e a data de compilação do Livro de Joel é bastante longo. As limitadas informações históricas a respeito do filho de Petuel bem como o desenvolvimento do texto de seu livro fazem-nos pensar em uma sucessão de eventos distantes no tempo.
Pelo conteúdo da mensagem e os encaixes no desenvolvimento da história bíblica subentende-se que o profeta cobriu quatro períodos distintos. Essa interpretação depende da datação do livro. A praga dos gafanhotos é interpretada, por alguns, como sendo as invasões estrangeiras, ou seja, os quatro impérios que hostilizaram a nação em sequência; mas as pragas também podem ter sido literais, trazendo devastação da lavoura e, consequentemente, a fome.
O estilo literário do filho de Petuel se parece mais com a literatura clássica dos hebreus — diferente, portanto, do estilo de Ageu, Zacarias e Malaquias. Joel assemelha-se a Amós (compare Jl 3.16 com Am 1.2 e J13.18 com Am 9.13); a Jeremias (jr 2.1-7) e a Isaías (Is 4.2,3).
Joel segue um estilo poético e dramático. Para ilustrar o juízo divino, apresentou a parábola da devastação dos insetos, prenunciando, provavelmente, as invasões assíria, babilônica, grega e romana que estavam por vir. O livro tem, deste modo, um cunho escatológico.
1.1. O primeiro período
O primeiro período do livro trata da praga dos gafanhotos, que representaria os exércitos invasores dos quatro impérios que atingiram a nação, um após o outro, a saber:
• o império assírio (722 a.C.);
• o império babilônico (596 a.C.) — excetuando-se o império Medo-Persa que tratou os judeus com generosidade, dando-lhes, inclusive, permissão para voltarem do cativeiro ba-bilônico em aproximadamente 535 a.C.;
• o império grego (333 a.C.);
• o império romano (165 a.C.).
A praga dos gafanhotos pode ter sido literal — o que parece mais provável —, promovendo a devastação da lavoura e trazendo, como consequência, a fome para a nação; algo que nunca antes se vira (31 1.2). Parece até uma ironia do profeta, mas, nem os que se embriagavam teriam vinho para beber (31 1.5); os sacerdotes não teriam oferta para o culto Q1 1.9); os animais no campo não teriam pasto (J1 1.10-12,20). Essa devastação seria um juízo divino sobre a nação, em razão do seu estado espiritual.
Joel 2.1,13,15-17,28-31
1 - Tocai a buzina em Sião e clamai em alta voz no monte da minha santidade; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, ele está perto;
13 - E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência e se arrepende do mal.
15 - Tocai a buzina em Sião, santificai um jejum, proclamai um dia de proibição.
16 - Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu tálamo.
17 - Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa o teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?
28 - E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
29 - E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.
30 - E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça.
31 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR.
TEXTO ÁUREO
será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá
livramento, assim como o SENHOR tem dito, e nos restantes que o SENHOR chamar. Joel 2.32
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Joel 1.1-4
Escutai, todos os moradores da terra
3ª feira - Joel 2.11-14
Convertei-vos a mim de todo coração
4ª feira - Joel 2.16-21
Santificai a congregação
5ª feira - Joel 2.22-27
Meu povo não será envergonhado
6ª feira - Joel 2.28-32
Depois, derramarei o meu Espírito
Sábado - Romanos 11.26-30
Todo o Israel será salvo
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:• Saber que, de acordo com o Livro de Joel, uma sucessão de calamidades viria sobre a nação de Judá, trazendo devasta-ção à lavoura;
• Entender que, se o povo se arrepender de seus pecados, o juízo divino será revertido;
• Compreender que um derramamento do Espírito sobre toda a carne é aguardado.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, Os desastres naturais (enchentes e terremotos, por exemplo) provocam temor e tremor. Ainda que estejam disponíveis inúmeros recursos de engenharia na atualidade, as pessoas são incapazes de controlar essas forças poderosas e destruidoras.
Joel começa o seu livro descrevendo esse gênero de desastre natural — uma praga de gafanhotos —, cujo poder de destruição toma-se um vívido alerta sobre a força do juízo vindouro de Deus e um claro apelo para que o povo recorra à Sua misericórdia.
Os inimigos da nação, mencionados pelo filho de Petuel, são os fenícios, os egípcios e os edomitas (J1 3.4,19). Os as-sírios e os babilônios não são referidos por ele. A alta crítica — pontuada por um segmento de historiadores e teólogos —data o Livro de Joel em 400 a.C.; entretanto, o profeta não fez qualquer menção aos povos que haviam oprimido o povo de Deus. Qualquer ligação com as nações opressoras, neste livro, tem caráter profético e não histórico — o que nos faz entender que o livro tem data muito anterior a tais acontecimentos.
Ao final da aula, incentive os alunos a fazerem a leitura do Livro de Amós para uma melhor compreensão do tema da próxima lição. Que o Senhor o abençoe. Boa aula!
Mensageiros de Deus em tempos de crise e de restauração. Profetas Menores
COMENTÁRIO
Palavra Introdutória Pouco se sabe sobre Joel, a não ser o fato de que o seu pai chamava-se Petuel (J1 1.1). O profeta morou em Jerusalém; não fez referência a qualquer rei, nem especificou quais pecados assolavam a nação; e, devido às frequentes menções que fez aos sacerdotes e aos anciãos, pode ter sido um sacerdote também (JI 1.2,9,13,14; 2.16,17).Possivelmente, o filho de Petuel é o profeta do Antigo Testamento com o qual a Igreja melhor se identifica, devido à sua mensagem sobre o derramamento do Espírito Santo, citada por Pedro no dia de Pentecostes (At 2.16-21). Ele exerceu seu ministério no Reino do Sul (Judá, conf. J12.1; 3.1,6,8,20), mas seus vaticínios alcançaram também o Reino do Noite.
O livro que traz seu nome teria sido escrito por volta de 825 a.C. Se estiverem certos os que o situam por volta do ano 800 a.C., ele profetizou durante o reinado de Joás (2 Cr 24.22-24); nesse caso, teria conhecido Elias — apesar de Joel ainda ser muito jovem naquela época, ele teria sido contemporâneo de Eliseu também.
1. AS QUATRO DIVISÕES DO LIVRO
O período compreendido entre o ano da profecia, seu cumprimento e a data de compilação do Livro de Joel é bastante longo. As limitadas informações históricas a respeito do filho de Petuel bem como o desenvolvimento do texto de seu livro fazem-nos pensar em uma sucessão de eventos distantes no tempo.
Pelo conteúdo da mensagem e os encaixes no desenvolvimento da história bíblica subentende-se que o profeta cobriu quatro períodos distintos. Essa interpretação depende da datação do livro. A praga dos gafanhotos é interpretada, por alguns, como sendo as invasões estrangeiras, ou seja, os quatro impérios que hostilizaram a nação em sequência; mas as pragas também podem ter sido literais, trazendo devastação da lavoura e, consequentemente, a fome.
O estilo literário do filho de Petuel se parece mais com a literatura clássica dos hebreus — diferente, portanto, do estilo de Ageu, Zacarias e Malaquias. Joel assemelha-se a Amós (compare Jl 3.16 com Am 1.2 e J13.18 com Am 9.13); a Jeremias (jr 2.1-7) e a Isaías (Is 4.2,3).
Joel segue um estilo poético e dramático. Para ilustrar o juízo divino, apresentou a parábola da devastação dos insetos, prenunciando, provavelmente, as invasões assíria, babilônica, grega e romana que estavam por vir. O livro tem, deste modo, um cunho escatológico.
1.1. O primeiro período
O primeiro período do livro trata da praga dos gafanhotos, que representaria os exércitos invasores dos quatro impérios que atingiram a nação, um após o outro, a saber:
• o império assírio (722 a.C.);
• o império babilônico (596 a.C.) — excetuando-se o império Medo-Persa que tratou os judeus com generosidade, dando-lhes, inclusive, permissão para voltarem do cativeiro ba-bilônico em aproximadamente 535 a.C.;
• o império grego (333 a.C.);
• o império romano (165 a.C.).
A praga dos gafanhotos pode ter sido literal — o que parece mais provável —, promovendo a devastação da lavoura e trazendo, como consequência, a fome para a nação; algo que nunca antes se vira (31 1.2). Parece até uma ironia do profeta, mas, nem os que se embriagavam teriam vinho para beber (31 1.5); os sacerdotes não teriam oferta para o culto Q1 1.9); os animais no campo não teriam pasto (J1 1.10-12,20). Essa devastação seria um juízo divino sobre a nação, em razão do seu estado espiritual.
1.2. O derramamento do Espírito Santo
No Antigo Testamento, o Espírito Santo manifestava-se espo-radicamente e apenas sobre algumas pessoas, tais como: Beza-lel (Ex 31.3); Otniel Qz 3.9,10); Gideão Qz 6.34); Jefté (3z 11.29) Sansão (3z 14.5,6; 15.14-16) e Davi (1 Sm 16.13). Contudo, no Novo Testamento Jesus prometeu derramar o Espírito Santo so-bre todo aquele que nele cresse (Jo 7.37-39; At 2.16-21,39).
1.3. O Grande e terrível dia do Senhor
O Livro de Joel possui um caráter escatológico. Além de falar sobre o castigo nacional — a devastação da lavoura por intermédio de unia praga de insetos —, o profeta fez menção a eventos futuros. Ele citou ocorrências típicas da Grande Tribulação (Ap 6.12-17; 31 2.31; 3.15); falou do dia do Senhor (J1 2.31); disse que o povo de Deus não seria mais envergonhado 131 2.27); mencionou a reunião das nações no vale da Decisão 01 3.2,14) e falou sobre a posição de Sião no Milênio (J13.16-21).
O grande e terrível dia do Senhor é o dia da Grande Tribulação, também conhecido como o dia da angústia de Jacó (Jr 30.7; Jr 46.10; Is 2.17-20; 3.7-18; 4.1,2; 13.6-9).
Os textos de Joel 2.31 e de Apocalipse 6.12 apresentam características semelhantes: haverá o escurecimento do sol e a transformação da lua em sangue, sugerindo o período da Grande tribulação, quando a Igreja não estará mais na Terra.
1.4. O descanso no Milênio
O que se lê na sequência do Livro de Joel é que haverá, após a Grande Tribulação, um período de fartura sobre a terra (312.18-20,22,24-26) e de alegria no Senhor (312.21,23); o povo de Deus não mais será envergonhado (312.27); e o futuro de Sião será glorioso (31 3.17,18,20).
Este tempo refere-se ao Milênio, ocasião em que Satanás estará preso, e o Senhor governará por mil anos junto com os Seus santos (Ap 20.1-4).
2. A INVASÃO DOS INSETOS
Ainda que pareço simplista, os profetas de Israel e de Judá entendiam que, de modo geral, qualquer espécie de mal que viesse sobre a nação era resultado de alguma pendência do povo em relação a Deus. Os pecados nacionais estavam sempre relacionados à idolatria; acordos com povos estrangeiros; orgulho; abandono dos cultos e desprezo aos pobres.
O pequeno Livro de Joel surge no início da profecia escrita. O autor não tinha por objetivo limitar sua narrativa à invasão dos gafanhotos. Sua mensagem tem um cunho escatológico significativo, pois vai além de um castigo para uma nação indiferente.
O filho de Petuel apresentou seu vaticínio em uma linguagem poética, na qual fez alusão a uma devastação na lavoura por quatro tipos diferentes de insetos: lagarta, gafanhoto, locusta e pulgão (P 1.4) — conhecidos dos lavradores no Oriente Médio. Joel interpretou esses desastres como um anúncio do dia do Senhor. Essas pragas devastadoras poderiam ser evitadas, se o povo se arrependesse.
O que a lagarta não devorasse o gafanhoto devoraria; o que restasse do gafanhoto o comeria a locusta; e o que restasse da locusta o comeria o pulgão. Enfim, nada restaria, porque o exército invasor daria conta de exterminar todo o produto da lavoura, gerando fome.
2.1. De pai para filho
Essa sucessão de ataques dos insetos serviria de parábola para ensinar que a devastação seria insaciável. Do mesmo modo como os pais deveriam ensinar os oráculos divinos aos filhos (Dt 6.4-7), era seu dever ensinar-lhes que, quando a nação peca, o Senhor envia castigo sobre ela (J1 1.3).
2.2. O juízo
Não haveria mais culto, porque não havia mais ofertas de alimento nem de vinho (31 1.9 - NTLH); não haveria alimento para o povo nem serviço para os lavradores (11 1.10-12). Esse juízo pode apresentar uma mensagem de cumprimento duplo na mesma profecia: um próximo, e outro para um futuro distante — denominado sensus plenior em Teologia.
Observe-se que os vaticínios relacionados à Grande Tribulação dizem respeito à nação de Israel e são encontradas no Antigo Testamento (Jr 30.7).
3. EXPRESSÕES IMPORTANTES NO LIVRO
Encontramos na profecia de Joel, expressões como: o dia do Senhor 01 1.15; 2.1,11,31; 3.14) e restantes que o Senhor chamar CP 2.32), bem como referências a acontecimentos relacionados ao escurecimento do sol e à transformação da lua em sangue (Jl 2.10,31; 3.15). Certamente, estas são mensagens de cunho escatológico e, por isso, merecem especial atenção.
3.1. O dia do Senhor
O grande e terrível dia do Senhor é uma expressão que indica o período da Grande Tribulação, descrita tanto no AT quanto no NT (J1 2.31; MI 4.5; Mt 24.21; Ap 7.14).
Vejamos a seguir os significados desta mesma expressão para alguns profetas veterotestamentários:
• Isaías — o dia de acerto de contas com os soberbos e um dia de destruição por parte do Altíssimo (Is 2.12; 13.6,9);
• Ezequiel — o dia em que as nações se lamentaram quando Nabucodonosor empunhou a espada do Senhor e conquis-tou o Ocidente (Ez 13.5; 30.3);
• Joel — um dia de assolação (11 1.15) e de perturbação Ul 2.1); um dia grande e mui terrível Ul 2.11); o dia em que o sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue (J1 2.31); um dia em que multidões se encontrarão no vale da Decisão (Jl 3.14);
• Amos - um dia de escuridão para o mundo e também para Israel (Am 5.20);
• Sofonias — um dia de grande ira por parte do Senhor (Sf 1.7,14);
• Malaquias — o dia em que o Senhor esmagará os perversos e os destruirá como refugo (MI 4.5).
3.2. O remanescente salvo
O profeta apresenta palavras de esperança para um remanescente que será salvo por simplesmente invocar o nome do Senhor Q12.32). Tais palavras encontram eco nos escritos do apóstolo Paulo (Rm 10.13). Assim como Joel, Paulo acreditava na conversão final de todos os escolhidos de Israel, que cressem no Senhor e invocassem o Seu nome.
3.3. Referência ao sol e à lua
A profecia de Joel que diz: o sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue (J1 2.31) é um fenômeno que não pode ser explicado com exatidão.
O escurecimento do sol pode referir-se a um momento de escuridão na Terra — como o que aconteceu na Europa em 19 de maio de 1780, ou como o que ocorreu no instante em que Jesus foi crucificado (Lc 23.44). Quanto ao fato de a lua converter-se em sangue, chegou-se a cogitar que esta profecia cumpriu-se quando o homem pisou nela; entretanto, tais proposições não passariam de especulação.
O Apocalipse repete este anúncio e situa-o à abertura do sexto selo (Ap 6.12). Sabendo de antemão que os poderes do céu serão abalados (Lc 21.26), não há por que não admitir a ocorrência desse vaticínio profético.
Segundo os teólogos pré-tribulacionistas, a segunda fase da Grande Tribulação será ainda mais intensa que a primeira (Dn 9.27). Ainda de acordo com esta corrente teológica, o evento relacionado ao sol e à lua diz respeito ao período mais crítico da Grande Tribulação; entretanto, neste tempo, Jesus já teria voltado para levar a Sua Igreja (At 2.19,20; JI 2.31).
4. O POVO ARREPENDIDO
O objetivo da mensagem do profeta era fazer o povo arrepender-se de seus pecados e voltar-se para o Senhor, uma vez que a reconstrução de Israel dependia do ressurgimento do verdadeiro culto a Deus.
O pano de fundo histórico do livro descreve um período de reconstrução promovido pelo sumo sacerdote Joiada, que culminou com a morte da rainha Atalha. Em lugar dela reinou Joás, seu neto (2 12s 11.17-21).
4.1. Ambiente religioso
A acomodação e a indiferença espiritual caracterizavam os habitantes de Judá àquela época (2 Rs 12.7). O povo saíra de um período de idolatria a Baal — desde uma campanha promovida por Jeú (841 a.C.) e de outra promovida pelo sumo sacerdote Joiada (835 a.C.) —; no entanto, ainda assim, não havia se aproximado de Deus.
Esse indiferentismo religioso teria motivado o profeta Joel a se insurgir contra a nação, anunciando o julgamento do Senhor, cujos efeitos estariam representados na devastação da lavoura com a praga de gafanhotos.
A história da nação hebreia é marcada por constantes altos e baixos (Os 11.7). Frequentemente, os profetas conclamavam a nação ao arrependimento. Joel compartilhou a ideia de que pecado e sofrimento são inseparáveis, e que a única solução é o arrependimento. Foram vários os apelos que ele fez para um quebrantamento coletivo (JI 1.5,13,14; 2.12-17).
4.2. Convocação ao arrependimento
O arrependimento é um tema recor-rente na mensagem do profeta, pois ele se apoia na necessidade de quebrantamento para que todos os avisos de juízo caiam por terra. O arrependimento é sempre a chave para a mudança da ação divina em relação ao pecado do homem.
Como a profecia é abrangente, conclui-se que os Juízos esperados — tanto os imediatos quanto os escatológicos —apontam para um comportamento cíclico na espiritualidade do povo, o qual intercala momentos de profunda devoção e perigosa apostasia.
5. O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO
Outra expressão chave no Livro de Joel é o derramamento do Espírito (J12.29). Com esta anunciação, o profeta criou grande expectativa no povo de Deus — embora esse mesmo povo não soubesse, com exatidão, quando tal vaticínio se cumpriria. Esse dia chegou, e o próprio Espírito encarregou-se de revelá-lo a Pedro no dia de Pentecostes (At 2.16-21).
De todas as profecias do Antigo Testamento excetuando-se a do advento do Messias — não há outra que mais agrade os leitores do Novo Testamento que a de Joel, a respeito do derramamento do Espírito Santo (J12.28-32). Embora os críticos entendam que esse derramamento seja restrito aos judeus, o profeta Joel disse que este se daria sobre toda carne (JI 2.28), e Pedro, em seu discurso no dia de Pentecostes, citou a profecia, relacionando-a à era da Igreja (At 2.16-21).
5.1. O dia de Pentecostes
Muitos judeus que viviam espalhados pelo mundo estavam presentes na cidade de Jerusalém para a grande festa de Pentecostes, quando algo excepcional aconteceu com um grupo de discípulos de Jesus, os quais estavam reunidos no cenáculo do Templo (At 1.13,14).
Línguas repartidas, como que de fogo; som, como de um vento veemente e impetuoso e pessoas falando outros idiomas, sem os terem aprendido, chamaram a atenção de grande multidão, despertando a curiosidade e a admiração de alguns, e motivando a crítica de outros (At 2.1-13). Cumpria-se, portanto, a profecia de Joel e a promessa de Jesus sobre o envio do Espírito Santo (11 2.28; At 1.8; Lc 24.49).
No dia de Pentecostes, a profecia de Joel se cumpriu (JI 2.28-32; At 2.16-21). Quem poderia imaginar quais seriam os seus desdobramentos? Vivemos, nesta era, o cumprimento desse texto e, ao que tudo indica, esse derramar do Espírito há de se intensificar!
A chuva temporã é moderada e prepara a terra para o plantio; a serôdia prepara a lavoura para a colheita (Tg 5.7). O profeta Joel associou a chuva serôdia ao grande e último avivamento (JI 2.23), a qual apressará a colheita (Os 6.3; Am 9.13). Mesmo que Deus a tenha prometido, devemos pedir ao Senhor que a faça descer sobre nós (Zc 10.1).
5.2. A explicação de Pedro
O derramamento do Espírito, de acordo com a profecia de Joel, teria uma abrangência universal: E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne (J1 2.28). No dia de Pentecostes, Pedro fez menção a esse vaticínio, entendendo que, naquele momento, ele fora cumprido (At 2.16-21). O que se conclui desse discurso é que as palavras do filho de Petuel não se restringiram, tão somente, à nação de Israel.
CONCLUSÃO
O ciclo de pecado-punição-arrependimento-bênção, sem-pre notório nos escritos proféticos, demonstra a paciência e a tolerância de Deus para com o Seu povo.
O último capítulo de Joel retrata uma vitória histórica sobre os inimigos do povo de Deus. A partir desse ponto, o profeta descreveu o juízo do Senhor sobre as nações ao redor de Jerusalém, quando da volta de Cristo (Zc 14.1-3; J13.1-16). E, portanto, a contraparte da vivência que Judá terá do dia do Senhor. As nações que perseguiram a Israel serão julgadas.
De todas as promessas que o Senhor poderia ter feito, nenhuma é tão bem-vinda quanto à do derramar de Seu Espírito! Quanto ao mais, nada melhor que reconhecer quem é o Senhor: E vós sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que habito em Sido, o monte da minha santidade (J1 3.17a)!
ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO
1. O que a parábola sobre a devastação pelos insetos ensina
A profecia de Joel que diz: o sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue (J1 2.31) é um fenômeno que não pode ser explicado com exatidão.
O escurecimento do sol pode referir-se a um momento de escuridão na Terra — como o que aconteceu na Europa em 19 de maio de 1780, ou como o que ocorreu no instante em que Jesus foi crucificado (Lc 23.44). Quanto ao fato de a lua converter-se em sangue, chegou-se a cogitar que esta profecia cumpriu-se quando o homem pisou nela; entretanto, tais proposições não passariam de especulação.
O Apocalipse repete este anúncio e situa-o à abertura do sexto selo (Ap 6.12). Sabendo de antemão que os poderes do céu serão abalados (Lc 21.26), não há por que não admitir a ocorrência desse vaticínio profético.
Segundo os teólogos pré-tribulacionistas, a segunda fase da Grande Tribulação será ainda mais intensa que a primeira (Dn 9.27). Ainda de acordo com esta corrente teológica, o evento relacionado ao sol e à lua diz respeito ao período mais crítico da Grande Tribulação; entretanto, neste tempo, Jesus já teria voltado para levar a Sua Igreja (At 2.19,20; JI 2.31).
4. O POVO ARREPENDIDO
O objetivo da mensagem do profeta era fazer o povo arrepender-se de seus pecados e voltar-se para o Senhor, uma vez que a reconstrução de Israel dependia do ressurgimento do verdadeiro culto a Deus.
O pano de fundo histórico do livro descreve um período de reconstrução promovido pelo sumo sacerdote Joiada, que culminou com a morte da rainha Atalha. Em lugar dela reinou Joás, seu neto (2 12s 11.17-21).
4.1. Ambiente religioso
A acomodação e a indiferença espiritual caracterizavam os habitantes de Judá àquela época (2 Rs 12.7). O povo saíra de um período de idolatria a Baal — desde uma campanha promovida por Jeú (841 a.C.) e de outra promovida pelo sumo sacerdote Joiada (835 a.C.) —; no entanto, ainda assim, não havia se aproximado de Deus.
Esse indiferentismo religioso teria motivado o profeta Joel a se insurgir contra a nação, anunciando o julgamento do Senhor, cujos efeitos estariam representados na devastação da lavoura com a praga de gafanhotos.
A história da nação hebreia é marcada por constantes altos e baixos (Os 11.7). Frequentemente, os profetas conclamavam a nação ao arrependimento. Joel compartilhou a ideia de que pecado e sofrimento são inseparáveis, e que a única solução é o arrependimento. Foram vários os apelos que ele fez para um quebrantamento coletivo (JI 1.5,13,14; 2.12-17).
4.2. Convocação ao arrependimento
O arrependimento é um tema recor-rente na mensagem do profeta, pois ele se apoia na necessidade de quebrantamento para que todos os avisos de juízo caiam por terra. O arrependimento é sempre a chave para a mudança da ação divina em relação ao pecado do homem.
Como a profecia é abrangente, conclui-se que os Juízos esperados — tanto os imediatos quanto os escatológicos —apontam para um comportamento cíclico na espiritualidade do povo, o qual intercala momentos de profunda devoção e perigosa apostasia.
5. O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO
Outra expressão chave no Livro de Joel é o derramamento do Espírito (J12.29). Com esta anunciação, o profeta criou grande expectativa no povo de Deus — embora esse mesmo povo não soubesse, com exatidão, quando tal vaticínio se cumpriria. Esse dia chegou, e o próprio Espírito encarregou-se de revelá-lo a Pedro no dia de Pentecostes (At 2.16-21).
De todas as profecias do Antigo Testamento excetuando-se a do advento do Messias — não há outra que mais agrade os leitores do Novo Testamento que a de Joel, a respeito do derramamento do Espírito Santo (J12.28-32). Embora os críticos entendam que esse derramamento seja restrito aos judeus, o profeta Joel disse que este se daria sobre toda carne (JI 2.28), e Pedro, em seu discurso no dia de Pentecostes, citou a profecia, relacionando-a à era da Igreja (At 2.16-21).
5.1. O dia de Pentecostes
Muitos judeus que viviam espalhados pelo mundo estavam presentes na cidade de Jerusalém para a grande festa de Pentecostes, quando algo excepcional aconteceu com um grupo de discípulos de Jesus, os quais estavam reunidos no cenáculo do Templo (At 1.13,14).
Línguas repartidas, como que de fogo; som, como de um vento veemente e impetuoso e pessoas falando outros idiomas, sem os terem aprendido, chamaram a atenção de grande multidão, despertando a curiosidade e a admiração de alguns, e motivando a crítica de outros (At 2.1-13). Cumpria-se, portanto, a profecia de Joel e a promessa de Jesus sobre o envio do Espírito Santo (11 2.28; At 1.8; Lc 24.49).
No dia de Pentecostes, a profecia de Joel se cumpriu (JI 2.28-32; At 2.16-21). Quem poderia imaginar quais seriam os seus desdobramentos? Vivemos, nesta era, o cumprimento desse texto e, ao que tudo indica, esse derramar do Espírito há de se intensificar!
A chuva temporã é moderada e prepara a terra para o plantio; a serôdia prepara a lavoura para a colheita (Tg 5.7). O profeta Joel associou a chuva serôdia ao grande e último avivamento (JI 2.23), a qual apressará a colheita (Os 6.3; Am 9.13). Mesmo que Deus a tenha prometido, devemos pedir ao Senhor que a faça descer sobre nós (Zc 10.1).
5.2. A explicação de Pedro
O derramamento do Espírito, de acordo com a profecia de Joel, teria uma abrangência universal: E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne (J1 2.28). No dia de Pentecostes, Pedro fez menção a esse vaticínio, entendendo que, naquele momento, ele fora cumprido (At 2.16-21). O que se conclui desse discurso é que as palavras do filho de Petuel não se restringiram, tão somente, à nação de Israel.
CONCLUSÃO
O ciclo de pecado-punição-arrependimento-bênção, sem-pre notório nos escritos proféticos, demonstra a paciência e a tolerância de Deus para com o Seu povo.
O último capítulo de Joel retrata uma vitória histórica sobre os inimigos do povo de Deus. A partir desse ponto, o profeta descreveu o juízo do Senhor sobre as nações ao redor de Jerusalém, quando da volta de Cristo (Zc 14.1-3; J13.1-16). E, portanto, a contraparte da vivência que Judá terá do dia do Senhor. As nações que perseguiram a Israel serão julgadas.
De todas as promessas que o Senhor poderia ter feito, nenhuma é tão bem-vinda quanto à do derramar de Seu Espírito! Quanto ao mais, nada melhor que reconhecer quem é o Senhor: E vós sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que habito em Sido, o monte da minha santidade (J1 3.17a)!
ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO
1. O que a parábola sobre a devastação pelos insetos ensina
(Jl 1.1-4)?
R: Uma sucessão de juízos divinos contra a nação.
R: Uma sucessão de juízos divinos contra a nação.
2. O que indica a expressão dia do Senhor (Jl 1.15; 2.1,11,31; 3.14)?
R.: O dia do juízo de Deus na Grande Tribulação.
3. Segundo Joel, quando ocorrerá o grande avivamento sobre a Terra (Jl 2.31)?
R: Antes do grande e terrível dia do Senhor.
Adultos: Lições Bíblicas, dinâmicas, slides, subsídios, pré - aulas: Arquivo
Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - nº 63 - 3º Trimestre de 2020 - Mensageiros de Deus em tempos de crise e de restauração - Profetas menores: Central Gospel
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