14 de maio de 2020

Lição 07: Confiança em tempo de aflição: Vídeos - aulas, Slides, Betel: Adultos

Texto Áureo
Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem. Salmos 56.11


Verdade Aplicada
Uma simples confiança no Senhor é resultado de uma experiência pessoal com Ele e fundamentada na Palavra de Deus.

Objetivos da lição
APRESENTAR o contexto histórico do Salmo 56.
OBSERVAR aspectos da oração que Davi apresentou a Deus.
ENSINAR que devemos ter plena confiança no Senhor.





Texto de referência

Salmos 56
1. Tem misericórdia de mim, ó Deus, porque o homem procura devorar-me; pelejando todo dia, me oprime.
3. Em qualquer tempo em que eu temer, confiarei em ti.
4. Em Deus louvarei a sua palavra, em Deus pus a minha confiança; não temerei o que me possa fazer a carne.
5. Todos os dias torcem as minhas palavras; todos os seus pensamentos são contra mim para o mal.
6. Ajuntam-se, escondem-se, marcam os meus passos, como aguardando a minha alma.
8. Tu contas as minhas vagueações; põe as minhas lágrimas no teu odre. Não estão elas no teu livro?




Hinos Sugeridos
Harpa Cristã: 191





Harpa Cristã: 422




Harpa Cristã: 491

Introdução
Os percalços fazem parte da vida cristã, mas não podemos ser paralisados por eles. O enfrentamento passa por uma firme confiança em Deus, que nos chamou para sermos Seu povo e é poderoso para nos guardar até o fim.
1. Contexto histórico
No Salmo 56, Davi expressa a situação complicada em que se encontrava. O medo em relação à circunstância que estava vivendo, marcada por ataques vorazes de seus inimigos, o levou a um profundo diálogo com Deus. Ele expressa ao Senhor sua esperança, sua súplica e seus medos. Embora fosse acostumado às batalhas, Davi estava fugindo de Saul, que planejava matá-lo. Nessa fuga, foi para Gate, cidade natal de Golias. Ele estava cercado, seja pelas ações de Saul, seja pelos prováveis ataques dos filisteus, a fim de vingar a morte de Golias.

1.1. O cântico das mulheres.
Após Davi derrotar o gigante Golias, as mulheres de Israel vieram até Saul cantando: "Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares" [1Sm 18.7]. Ao ouvir aquela canção, Saul irou-se e passou a ter inveja de Davi [1Sm 18.9]. O espírito maligno apoderou-ser dele, e ele passou a perseguir Davi.

1.2. As ações dos inimigos de Davi.
Davi estava enfrentando diversos conflitos. Primeiro, Saul, tomado por inveja, planejava sistematicamente a morte de Davi. Este para escapar, foge e procura abrigo entre os inimigos do povo de Deus. As agressões dos seus inimigos eram sem trégua. Eles eram incansáveis [Sl 56.6]. O Novo Testamento enfatiza as investidas das forças espirituais malignas que tentam destruir aqueles que estão em Cristo. Ou seja, a ênfase não é tanto quanto às pessoas, mas o espírito que influencia e usa as pessoas [2Co 10.3-4; Ef 6.10-18].

1.3. Uma guerra inglória.
A guerra arquitetada por Saul contra Davi era inglória. Uma verdadeira caça à pulga, como bem descreve o próprio Davi [1Sm 24.14]. Saul organizou todo o seu aparato, seu exército com mais de três mil soldados, para matar Davi, que estava acompanhado apenas de seiscentos soldados. Nessa atitude reprovável de Saul podemos inferir as nossas. Muitas vezes entramos em conflitos por pequenos problemas, tornando-os grandes, gastamos tempo, recursos, a fim de provarmos as nossas razões, entramos em discussões intermináveis nas redes sociais, em decorrência de assuntos irrisórios que não contribuem para o nosso caráter, um simples olhar diferente pode instaurar uma guerra; uma pequena canção pode instaurar um ira; aumentamos o tamanho dos gigantes, mas não valorizamos os cachos de uvas [Nm 13.23, 31-33]. Vemos problemas em tudo, mas não vemos o agir de Deus [Pv 20.3].

2. A oração de Davi
É interessante observar os aspectos da oração que Davi apresentou a Deus diante da circunstância que estava enfrentando. Ao observarmos a oração de Davi, podemos extrair diversas lições a serem seguidas.
2.1. Pedido de misericórdia.
Davi pede a Deus que tenha misericórdia, pois pelejavam contra ele diariamente [Sl 56.1]. Há plena consciência do poder dos seus inimigos. O gigante agora era forte, voraz e persistente [Sl 56.5]. A luta contra Golias e as feras enfrentadas no campo eram ínfimas em relação à perseguição arquitetada por Saul e seu exército e aos riscos enfrentados quando se refugiou em Gate e esteve na presença do rei Aquis. Em Cristo Jesus fomos feitos filhos de Deus, o qual também é chamado de "Pai das misericórdias" [Jo 1.12; 2 Co 1.3]. "Misericórdia" é uma das mais marcantes características de Deus presente na Bíblia. Junto ao trono da graça alcançamos misericórdia [Hb 4.16].

2.2. Levas em conta a minha peregrinação.
Davi está clamando por socorro. Para escapar da morte, precisou percorrer um caminho. Esta peregrinação foi marcada por lágrimas [Sl 56.8]. O salmista expressa que tem certeza de que Deus sabe de sua aflição e dificuldades, assim como de Seu contínuo cuidado. Interessante estas expressões: "contaste...põe no odre...estão no teu livro" - indica não apenas o conhecimento de Deus, mas Sua atenção favorável. Deus não está alheio aos nossos sofrimentos. Quando Jesus esteve presente na terra, não só enxergava, mas tinha compaixão pelo sofrimento das pessoas [Mt 4.23-25; 15.32].
2.3. Faça a tua justiça.
Davi indaga ao Senhor se os seus inimigos escapariam [Sl 56.7]. Davi estava enfrentando tal situação em decorrência de ter exercido o seu chamado. Não praticara qualquer ato para dar ensejo à fúria de Saul. Este por sua vez irou-se apenas por estar contaminado pela inveja. Nada justificava a fúria dele. Agora Davi pede a justiça de Deus. É preciso ler os textos que expressam pedidos de justiça nos Salmos sem deixar de considerar o ensino e a orientação do Novo Testamento. Derek Kidner afirma: "O Novo Testamento, nas suas citações e ecos do Saltério a respeito deste tema, às vezes fala com menos severidade do que a sua fonte, e às vezes com mais, mas nunca com mero rancor pessoal...(...) O Novo Testamento, portanto, longe de reduzir ao mínimo o papel do julgamento, aumenta a sua gravidade ao mesmo tempo em que remove da esfera de represália particular" [Lc 18.7-8; 1 Pe 3.12; Ap 6.16].

3. Confiança em tempo de crise
Ao escrever este salmo, Davi demonstrou atitudes que revelam a confiança no Senhor em tempos difíceis. A confiança é pressuposto da oração. Ao dobrar os joelhos diante da face de Deus, é preciso fazê-lo com fé, tendo certeza do agir de Deus. A experiência de Davi alimenta a nossa confiança no Senhor [Sl 56.3-4,11].

3.1. Louvor à Palavra de Deus.
O salmista declara que em Deus louvaria a Sua Palavra [Sl 56.4]. O termo é sinônimo de gloriar-se na Palavra do Senhor. Por mais difícil que fosse o momento em que estava passando, ele sabia da fidelidade do Senhor no cumprimento das Suas promessas. Davi estava vivendo um paradoxo. De um lado, as ameaças e os planos de seus inimigos para matá-lo; do outro, as promessas de Deus. Era preciso fazer uma escolha: entregar-se à desesperança ou confiar na Palavra de Deus, demonstrando conhecer as promessas do Senhor. É preciso conhecer e dar valor à Palavra de Deus [Mt 22.29].

3.2. O medo não prevalece diante da confiança.
O salmista declara: "No dia em que eu temer, hei de confiar em ti." [Sl 56.3]. Há um paradoxo, temor versus confiança. Há uma relação dinâmica entre medo e confiança. Sinto medo e por isso preciso reagir, porém de que forma? A reação poderia ser a de Elias, esconder-se em uma caverna [1Rs 19.2-3; 8-10]. Poderia retroceder, como fizeram os israelitas quando ouviram acerca dos gigantes que habitavam em Canaã [Nm 13.1-33; 14.1-38]. Porém, o salmista, ao deparar-se com esta situação, sobrepôs por meio da confiança em Deus. O medo faz parte do ser humano. Temos medo do futuro, do desemprego, das doenças, da violência, de enfrentarmos novos projetos, de assumir o nosso chamado. O medo pode impedir o nosso crescimento e por isso precisamos superá-lo. Em vários momentos, Jesus disse para que não tivéssemos medo.

3.3. A confiança que move à oração.
É relevante o fato do salmista, mesmo com medo, orar. Primeiro pede misericórdia para, a seguir, apresentar ao Senhor a questão e louvor, fazendo menção da Palavra de Deus. Tal construção da oração faz-nos lembrar de Filipenses 4.6-7: Paulo exorta para não sermos dominados por demasiada inquietação, mas orar e suplicar, "com ações de graças". Notar que o salmista também menciona ações de graças [Sl 56.12]. Que nossa confiança no Senhor nos mova à oração com gratidão e, assim, desfrutaremos da paz de Deus, ainda que as circunstâncias sejam contrárias.


CONCLUSÃO
Que o Espírito Santo nos ajude a conservarmos uma firme confiança no Senhor mesmo diante de tantos desafios e prosseguirmos na jornada cristã sabendo que os propósitos de Deus prevalecerão na vida do Seu povo.
Romanos 8.28, 31.
Fonte: Revista Betel
Comentarista:
Pr. Adriel Gonçalves do Nascimento
AD Uberlândia-MG



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