1 Pedro 3.15.
Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós
SÍNTESE
Diante das injustas perseguições, os cristãos devem se preparar para dar a razão da esperança cristã.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 3.12-17
Sofrimento, consequência da liberdade mal utilizada
TERÇA — Lc 21.12-17
Jesus diz que os cristãos serão odiados e perseguidos
QUARTA — 2Tm 2.3
Sofre as aflições como bom soldado
QUINTA — Rm 8.22
A criação sofre
SEXTA — Jo 16.33
No mundo tereis aflições
SÁBADO — 1Co 15.35-58
Esperando a plena glorificação
BÍBLIA ONLINE
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DESCREVER as qualidade da vida cristã;
REFLETIR acerca da questão do sofrimento;
SABER como defender a razão da esperança cristã.
INTERAÇÃO
Em todas as direções que olhamos, presenciamos dor e sofrimento. Apesar do avanço da ciência e das inúmeras comodidades inventadas pelo homem nos últimos séculos, trazendo melhores condições de vida, a dor física e emocional permanece como uma realidade perturbadora para o ser humano. Diariamente, a mídia noticia uma série de acontecimentos trágicos, violência, assassinatos, acidentes de trânsito, doenças e muitos outros eventos dolorosos. Como o cristão se porta diante do sofrimento? Sabendo que o sofrimento tem uma origem espiritual, decorrente da Queda no Éden, e que será aniquilado somente no fim de todas as coisas, o cristão usa a esperança, a fé, o consolo de Deus e o amparo dos irmãos para passar pelas tribulações nesta terra.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado(a) professor(a), o sofrimento do cristão é um dos temas centrais da Epístola petrina. Este assunto, como sabemos, é um tema delicado e complexo, pois envolve profundas questões teológicas, filosóficas e emocionais. Nesta lição, como forma de preparar o caminho para a lição seguinte, é interessante entender o contexto mais amplo, proporcionando aos seus alunos uma reflexão teológica sobre o “problema do mal” no nível intelectual. O propósito é munir os seus alunos com fortes argumentos apologéticos, para que a fé e a esperança deles estejam bem alicerçadas. Contudo, como escreveu Josh McDowell “os jovens cristãos de hoje precisam muito mais do que uma postura estritamente modernista, que apela para o intelecto. Precisam muito mais do que o ponto de vista pós-moderno, que rejeita a verdade e exalta a experiência pessoal” (Razões para Crer, CPAD, p.33). Eles precisam ser ajudados a entender que o Evangelho é verdadeiro, mas também é significativo e relevante para a vida. Assim, para esta lição, recomenda-se a leitura dos capítulos 1 e 16 do livro Razões para Crer: Argumentos a Favor da Fé Cristã.
TEXTO BÍBLICO
1 Pedro 3.8-17
8 — E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis,
9 — não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção.
10 — Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
11 — aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
12 — Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos, atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.
13 — E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?
14 — Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis;
15 — antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
16 — tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom procedimento em Cristo,
17 — porque melhor é que padeçais fazendo o bem (se a vontade de Deus assim o quer) do que fazendo o mal.
1 Pedro 4.1,2.
1 — Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado,
2 — para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
INTRODUÇÃO
A questão do sofrimento é tão antiga quanto a história da humanidade. “Por que sofremos?” é uma pergunta perturbadora, que leva o homem a questionar vários aspectos da vida, inclusive a existência de Deus. Nesta lição, veremos que a conduta reta e virtuosa, apesar de prevenir uma série de infortúnios, não isenta o cristão do sofrimento.
I. AS QUALIDADES DA VIDA CRISTÃ
1. Unidade cristã.
Tendo direcionado uma série de conselhos para grupos específicos dentro da igreja (cidadãos, servos, esposas e esposos), agora Pedro se volta para os crentes em geral. A palavra “finalmente”, empregada no versículo 8, indica a conclusão não da carta, mas do raciocínio que acabara de empregar, apresentando uma síntese das implicações da submissão no relacionamento entre os crentes. Podemos perceber que o apóstolo está reunindo em poucas palavras as qualidades morais e espirituais da vida cristã, a começar pela unidade. Recomenda que os crentes tenham “um mesmo sentimento”, ou seja, seu propósito é que os cristãos vivam em harmonia e união uns com os outros (Ef 4.3; Fp 2.2). A metáfora do corpo usada por Paulo é elucidativa a esse respeito (Rm 12). Apesar de cada membro possuir a sua individualidade, quanto à forma de operar, formamos um só corpo em Cristo. Cada parte é diferente em si, mas o corpo só funciona adequadamente se houver cooperação e relacionamento harmonioso entre todos.
2. Simpatia e perdão.
Outra qualidade do comportamento genuinamente cristão é a simpatia. A palavra grega sympathêstraduzida nesta passagem por compassivos tem o sentido de colocar-se no lugar do outro. Ser simpático, portanto, é muito mais que ser cordial e atencioso; consiste numa virtude que expressa solidariedade e compaixão pelo próximo. Virtude esta que deve ser seguida da prática do amor fraternal, com os corações cheios de misericórdia e humildade. Ao encorajar, no verso 9, que os crentes não tornem o mal por mal ou injúria por injúria, Pedro realça outra qualidade cristã: o perdão. A característica do cristão é perdoar a outros da mesma forma que foi perdoado (Ef 4.32). Somente com o amor depositado em nossos corações, deixamos de revidar e de retribuir com a mesma moeda a ofensa recebida. A frase “não levo desaforo para casa”, não deveria encontrar espaço no vocabulário cristão.
3. Guardando a língua.
Pedro recorre à citação do Salmo 34.12-15 com o propósito de acrescentar à sua lista de virtudes o cuidado com a língua: “Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano” (v.10). Encontramos aqui um verdadeiro princípio de sabedoria para a vida, pois quem guarda a sua boca e fala somente o necessário evita muitos dissabores e sofrimentos (Pv 12.13; 21.23). De forma contundente, Tiago advertiu que aquele que se considera religioso, mas não consegue conter a sua língua, engana-se a si mesmo; e a sua espiritualidade não tem valor algum (Tg 1.26).
II. A QUESTÃO DO SOFRIMENTO
1. O sofrimento do justo.
Apesar de elencar uma série de qualidades para a conduta do cristão, o apóstolo Pedro sabe que isso não é suficiente para isentar os justos das provas e perseguições na vida. Ora, tomar decisões adequadas e viver piedosamente ajuda a prevenir muitos dissabores, mas ainda assim o sofrimento é inevitável. Eis o motivo pelo qual Pedro indaga: “E qual é aquele que vós fará mal, se fordes zelosos do bem?” (v.13). Trata-se de uma pergunta retórica, a fim de enfatizar a importância de uma postura de zelo pelas coisas corretas. Afinal, espera-se que os justos sejam recompensados enquanto os desordeiros e irresponsáveis recebam a merecida punição. No entanto, vivendo em um mundo caído e de valores invertidos, pessoas íntegras sofrem injustiças e passam por provações, enquanto ímpios prosperam (Sl 73). Com efeito, Pedro estava preparando os crentes daquela época para as provações que lhes sobreviriam. Em vez de se sentirem amedrontados e alarmados com as ameaças que usualmente recebiam dos seus perseguidores, os cristãos são encorajados a recordar que são bem-aventurados ao padecerem por causa da justiça (v.14). Não há nenhum louvor em sofrer justamente pelos erros cometidos, mas há grande alegria em padecer por fazer a coisa certa. Ao contrário do que afirmam os teólogos da prosperidade e do triunfalismo espiritual, vida cristã não significa ausência de provações e lutas. Basta olharmos para a galeria de heróis da fé de Hebreus 11, para percebermos que muitos deles foram torturados até à morte, açoitados, acorrentados, apedrejados e estiveram famintos no deserto.
2. O problema do sofrimento.
Para os acusadores do Cristianismo, o mal é um argumento da inexistência de Deus. Os ateus e agnósticos, que não conseguem entender a questão do sofrimento — mas também não oferecem qualquer resposta satisfatória, indagam: se Deus é onipotente, por que permite que pessoas inocentes sofram? Se Ele é onisciente, por que não intervém? O simples fato de o ser humano inquirir acerca do sofrimento, a maldade e as injustiças do mundo, indica a natural percepção de que algo se encontra com defeito, fora do propósito para o qual fora planejado. Ficamos perplexos com o sofrimento porque, originariamente, a raça humana não foi criada para sofrer. Deus é bom e Todo-Poderoso, e criou criaturas boas com a capacidade de tomarem decisões livres. Todavia, o mau uso dessa liberdade levou o primeiro casal e toda a humanidade à Queda (Rm 5.12).
A desobediência no Éden, além de afastar o homem do Criador, introduziu a morte, a angústia, a dor e toda sorte de males que provocam o sofrimento. Somente em um mundo, onde o homem não tivesse liberdade, o sofrimento não existiria. Isso porque, é logicamente incompatível um mundo no qual o homem possa decidir entre o bem e o mal e ao mesmo tempo não ser afetado pelas consequências de sua decisão. A liberdade de colocarmos a mão no fogo, por exemplo, resulta em queimadura e dor. A completa ausência do sofrimento pressupõe a inexistência da liberdade humana. Porém, Deus não criou robôs, e sim pessoas livres. O sofrimento, portanto, além de ser o resultado da distorção da liberdade, é algo que se encontra dentro da permissão de Deus, que pode ser utilizado para ensinar e disciplinar o ser humano.
3. Deus sabe que sofremos.
Além de responder intelectualmente ao problema do mal presente no mundo, a fé cristã oferece consolação na tormenta. Ainda que Deus permita o sofrimento, Ele não fica indiferente à dor humana. A maior prova disso é que o Pai enviou seu Filho Unigênito para sofrer pelos nossos pecados (Jo 3.16; Rm 5.8), oferecendo-se em sacrifício no Calvário. E assim, a cruz é a maior prova de que Deus é sensível ao nosso sofrimento. Por esse motivo, o apóstolo refere-se repetidas vezes ao padecimento de Jesus, a fim de nos recordar de que Deus, em Cristo, morreu por nós. Para Pedro, o mais importante não é saber a causa cósmica do sofrimento, e sim como devemos reagir a ele. E isso começa com a compreensão de que Deus está ao nosso lado em momentos de angústia, levando-nos a aprender com o sofrimento. Paulo disse que devemos nos gloriar também na tribulação, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência a experiência, e a experiência a esperança (Rm 5.3,4).
III. A DEFESA DA NOSSA ESPERANÇA
Em seguida (3.15), Pedro fornece um dos conselhos mais primorosos do Novo Testamento, no qual enfatiza o segredo para o povo de Deus enfrentar a perseguição e responder aos ataques contra a fé.
1. Preparados para responder.
Diante da hostilidade, a primeira e mais importante atitude do cristão é santificar a Cristo em seu coração. Antes de qualquer coisa, Jesus deve ser consagrado e reverenciado no interior do nosso ser, de modo a ocupar a primazia de nossa existência. Em segundo lugar, o crente é instado a estar sempre preparado para responder (gr. apologia) sobre a razão da sua esperança. No original, a palavra apologia tem o sentido de discurso de defesa e justificação de algo. Assim, se alguém lhes perguntasse por que eles se consideravam cristãos — um grupo inexpressivo de religiosos à época, os crentes deveriam estar prontos para argumentar em defesa da fé que professavam. Tal prontidão deveria ser permanente, não importando o momento ou a circunstância.
2. Apologética que é cristã.
Desde a Igreja Primitiva, os ataques e objeções ao Cristianismo nunca cessaram. A apologética cristã, portanto, não é responsabilidade exclusiva dos pastores e teólogos cristãos; todo aquele que professa essa fé viva e genuína deve ser capaz de explicar aos outros os motivos pelos quais acredita nas convicções cristãs. Cada crente é convocado a dar razões intelectuais sobre a veracidade do Cristianismo, demonstrando não ser a fé cristã um salto no escuro, mas uma visão de mundo plausível e consistente com a racionalidade. Ao mesmo tempo, o testemunho do Espírito Santo e a experiência real que sentimos em Cristo, nos habilita a dar aos descrentes as razões pessoais da esperança que há em nós. Antes de sabermos no que cremos, sabemos em quem cremos!
3. Mansidão e temor.
É importante observar que Pedro apresenta o jeito adequado de respondermos aos descrentes: com mansidão e temor. A apologética cristã jamais deve ser usada com altivez e em clima de beligerância. O seu propósito não é vencer debates, e sim conduzir as pessoas ao Evangelho. Afinal, ganhar uma alma é mais valioso que ganhar uma discussão. Mesmo que os descrentes sejam hostis em seus ataques, o cristão defende as suas convicções com gentileza e cordialidade. Com mansidão e reverência cativamos e conquistamos os outros, por meio de uma apologética testemunhal.
CONCLUSÃO
A maneira mais eficaz de demonstrarmos a razão da nossa esperança aos descrentes e àqueles que questionam a nossa fé é mediante a nossa conduta pessoal. Argumentos teóricos e teológicos são importantes, mas, a menos que sejam corroborados pelo nosso testemunho de vida e no poder do Espírito, não passarão de palavras vazias. Tal testemunho ganha ainda mais valor quando mantemos a fé inabalável em tempos de sofrimento e perseguição.
ESTANTE DO PROFESSOR
GEISLER, Norman L.; MEISTER, Chad V. (eds.). Razões para Crer: Apresentando Argumentos a Favor da Fé Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013.
HORA DA REVISÃO
1. Qual o propósito de Pedro ao orientar os crentes a terem “o mesmo sentimento?
Seu propósito é que os cristão vivam em harmonia e união uns com os outros.
2. Qual é a palavra original empregada por Pedro traduzida por “compassivos” em 1Pe 3.8, e qual o seu sentido?
A palavra grega sympathês traduzida por “compassivos” tem o sentido de colocar-se no lugar do outro. Ser simpático, portanto, é muito mais que ser cordial e atencioso; consiste numa virtude que expressa solidariedade e compaixão pelo próximo.
3. O fato de o ser humano inquirir acerca sofrimento, da maldade e das injustiças do mundo indica o quê?
Indica a natural percepção de que algo se encontra com defeito, fora do propósito para o qual fora planejado.
4. Qual a maior prova de que Deus não fica indiferente ao sofrimento humano?
A maior prova disso é que o Pai enviou seu Filho Unigênito para sofrer pelos nossos pecados.
5. Segundo Pedro, de que forma devemos responder àqueles que indagarem a razão da nossa esperança?
Com mansidão e temor.
SUBSÍDIO
Aqueles que repudiam a crença religiosa por causa do mal banalizam o sofrimento e a fé admirável e invejável de quem sofre, sobretudo quando aqueles que sofrem permanecem firmes e encontram motivos de esperança em face do sofrimento por conta da presença e bondade de Deus para com eles. É muito mais intrigante quando as pessoas de orientação naturalista sofrem com graça e coragem. Ao que será que atribuem sua resistência no sofrimento? Qual é a fonte de sua força? Não é mais fácil os crentes que sofrem explicarem a fonte de sua força de sua coragem, consolo e graça em Deus? Os céticos que ridicularizam a crença que Deus existe e que Deus tem razões moralmente suficientes para permitir males terríveis tacitamente zombam da fé vibrante e autêntica dos crentes verdadeiros que experimentam males terríveis e, ainda assim aprendem a amar e confiar em Deus ainda mais. Talvez a profundidade da crença entre os crentes que sofrem seja um sinal indicador de uma realidade que os não crentes ainda têm de experimentar.
Videos aulas, Com vários professores.
O endereço na descrição dos videos.
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Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...
Filipenses 3:13,14
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SÍNTESE
Diante das injustas perseguições, os cristãos devem se preparar para dar a razão da esperança cristã.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 3.12-17
Sofrimento, consequência da liberdade mal utilizada
TERÇA — Lc 21.12-17
Jesus diz que os cristãos serão odiados e perseguidos
QUARTA — 2Tm 2.3
Sofre as aflições como bom soldado
QUINTA — Rm 8.22
A criação sofre
SEXTA — Jo 16.33
No mundo tereis aflições
SÁBADO — 1Co 15.35-58
Esperando a plena glorificação
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OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DESCREVER as qualidade da vida cristã;
REFLETIR acerca da questão do sofrimento;
SABER como defender a razão da esperança cristã.
INTERAÇÃO
Em todas as direções que olhamos, presenciamos dor e sofrimento. Apesar do avanço da ciência e das inúmeras comodidades inventadas pelo homem nos últimos séculos, trazendo melhores condições de vida, a dor física e emocional permanece como uma realidade perturbadora para o ser humano. Diariamente, a mídia noticia uma série de acontecimentos trágicos, violência, assassinatos, acidentes de trânsito, doenças e muitos outros eventos dolorosos. Como o cristão se porta diante do sofrimento? Sabendo que o sofrimento tem uma origem espiritual, decorrente da Queda no Éden, e que será aniquilado somente no fim de todas as coisas, o cristão usa a esperança, a fé, o consolo de Deus e o amparo dos irmãos para passar pelas tribulações nesta terra.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado(a) professor(a), o sofrimento do cristão é um dos temas centrais da Epístola petrina. Este assunto, como sabemos, é um tema delicado e complexo, pois envolve profundas questões teológicas, filosóficas e emocionais. Nesta lição, como forma de preparar o caminho para a lição seguinte, é interessante entender o contexto mais amplo, proporcionando aos seus alunos uma reflexão teológica sobre o “problema do mal” no nível intelectual. O propósito é munir os seus alunos com fortes argumentos apologéticos, para que a fé e a esperança deles estejam bem alicerçadas. Contudo, como escreveu Josh McDowell “os jovens cristãos de hoje precisam muito mais do que uma postura estritamente modernista, que apela para o intelecto. Precisam muito mais do que o ponto de vista pós-moderno, que rejeita a verdade e exalta a experiência pessoal” (Razões para Crer, CPAD, p.33). Eles precisam ser ajudados a entender que o Evangelho é verdadeiro, mas também é significativo e relevante para a vida. Assim, para esta lição, recomenda-se a leitura dos capítulos 1 e 16 do livro Razões para Crer: Argumentos a Favor da Fé Cristã.
TEXTO BÍBLICO
1 Pedro 3.8-17
8 — E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis,
9 — não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção.
10 — Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
11 — aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
12 — Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos, atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.
13 — E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?
14 — Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis;
15 — antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
16 — tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom procedimento em Cristo,
17 — porque melhor é que padeçais fazendo o bem (se a vontade de Deus assim o quer) do que fazendo o mal.
1 Pedro 4.1,2.
1 — Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado,
2 — para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
INTRODUÇÃO
A questão do sofrimento é tão antiga quanto a história da humanidade. “Por que sofremos?” é uma pergunta perturbadora, que leva o homem a questionar vários aspectos da vida, inclusive a existência de Deus. Nesta lição, veremos que a conduta reta e virtuosa, apesar de prevenir uma série de infortúnios, não isenta o cristão do sofrimento.
I. AS QUALIDADES DA VIDA CRISTÃ
1. Unidade cristã.
Tendo direcionado uma série de conselhos para grupos específicos dentro da igreja (cidadãos, servos, esposas e esposos), agora Pedro se volta para os crentes em geral. A palavra “finalmente”, empregada no versículo 8, indica a conclusão não da carta, mas do raciocínio que acabara de empregar, apresentando uma síntese das implicações da submissão no relacionamento entre os crentes. Podemos perceber que o apóstolo está reunindo em poucas palavras as qualidades morais e espirituais da vida cristã, a começar pela unidade. Recomenda que os crentes tenham “um mesmo sentimento”, ou seja, seu propósito é que os cristãos vivam em harmonia e união uns com os outros (Ef 4.3; Fp 2.2). A metáfora do corpo usada por Paulo é elucidativa a esse respeito (Rm 12). Apesar de cada membro possuir a sua individualidade, quanto à forma de operar, formamos um só corpo em Cristo. Cada parte é diferente em si, mas o corpo só funciona adequadamente se houver cooperação e relacionamento harmonioso entre todos.
2. Simpatia e perdão.
Outra qualidade do comportamento genuinamente cristão é a simpatia. A palavra grega sympathêstraduzida nesta passagem por compassivos tem o sentido de colocar-se no lugar do outro. Ser simpático, portanto, é muito mais que ser cordial e atencioso; consiste numa virtude que expressa solidariedade e compaixão pelo próximo. Virtude esta que deve ser seguida da prática do amor fraternal, com os corações cheios de misericórdia e humildade. Ao encorajar, no verso 9, que os crentes não tornem o mal por mal ou injúria por injúria, Pedro realça outra qualidade cristã: o perdão. A característica do cristão é perdoar a outros da mesma forma que foi perdoado (Ef 4.32). Somente com o amor depositado em nossos corações, deixamos de revidar e de retribuir com a mesma moeda a ofensa recebida. A frase “não levo desaforo para casa”, não deveria encontrar espaço no vocabulário cristão.
3. Guardando a língua.
Pedro recorre à citação do Salmo 34.12-15 com o propósito de acrescentar à sua lista de virtudes o cuidado com a língua: “Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano” (v.10). Encontramos aqui um verdadeiro princípio de sabedoria para a vida, pois quem guarda a sua boca e fala somente o necessário evita muitos dissabores e sofrimentos (Pv 12.13; 21.23). De forma contundente, Tiago advertiu que aquele que se considera religioso, mas não consegue conter a sua língua, engana-se a si mesmo; e a sua espiritualidade não tem valor algum (Tg 1.26).
II. A QUESTÃO DO SOFRIMENTO
1. O sofrimento do justo.
Apesar de elencar uma série de qualidades para a conduta do cristão, o apóstolo Pedro sabe que isso não é suficiente para isentar os justos das provas e perseguições na vida. Ora, tomar decisões adequadas e viver piedosamente ajuda a prevenir muitos dissabores, mas ainda assim o sofrimento é inevitável. Eis o motivo pelo qual Pedro indaga: “E qual é aquele que vós fará mal, se fordes zelosos do bem?” (v.13). Trata-se de uma pergunta retórica, a fim de enfatizar a importância de uma postura de zelo pelas coisas corretas. Afinal, espera-se que os justos sejam recompensados enquanto os desordeiros e irresponsáveis recebam a merecida punição. No entanto, vivendo em um mundo caído e de valores invertidos, pessoas íntegras sofrem injustiças e passam por provações, enquanto ímpios prosperam (Sl 73). Com efeito, Pedro estava preparando os crentes daquela época para as provações que lhes sobreviriam. Em vez de se sentirem amedrontados e alarmados com as ameaças que usualmente recebiam dos seus perseguidores, os cristãos são encorajados a recordar que são bem-aventurados ao padecerem por causa da justiça (v.14). Não há nenhum louvor em sofrer justamente pelos erros cometidos, mas há grande alegria em padecer por fazer a coisa certa. Ao contrário do que afirmam os teólogos da prosperidade e do triunfalismo espiritual, vida cristã não significa ausência de provações e lutas. Basta olharmos para a galeria de heróis da fé de Hebreus 11, para percebermos que muitos deles foram torturados até à morte, açoitados, acorrentados, apedrejados e estiveram famintos no deserto.
2. O problema do sofrimento.
Para os acusadores do Cristianismo, o mal é um argumento da inexistência de Deus. Os ateus e agnósticos, que não conseguem entender a questão do sofrimento — mas também não oferecem qualquer resposta satisfatória, indagam: se Deus é onipotente, por que permite que pessoas inocentes sofram? Se Ele é onisciente, por que não intervém? O simples fato de o ser humano inquirir acerca do sofrimento, a maldade e as injustiças do mundo, indica a natural percepção de que algo se encontra com defeito, fora do propósito para o qual fora planejado. Ficamos perplexos com o sofrimento porque, originariamente, a raça humana não foi criada para sofrer. Deus é bom e Todo-Poderoso, e criou criaturas boas com a capacidade de tomarem decisões livres. Todavia, o mau uso dessa liberdade levou o primeiro casal e toda a humanidade à Queda (Rm 5.12).
A desobediência no Éden, além de afastar o homem do Criador, introduziu a morte, a angústia, a dor e toda sorte de males que provocam o sofrimento. Somente em um mundo, onde o homem não tivesse liberdade, o sofrimento não existiria. Isso porque, é logicamente incompatível um mundo no qual o homem possa decidir entre o bem e o mal e ao mesmo tempo não ser afetado pelas consequências de sua decisão. A liberdade de colocarmos a mão no fogo, por exemplo, resulta em queimadura e dor. A completa ausência do sofrimento pressupõe a inexistência da liberdade humana. Porém, Deus não criou robôs, e sim pessoas livres. O sofrimento, portanto, além de ser o resultado da distorção da liberdade, é algo que se encontra dentro da permissão de Deus, que pode ser utilizado para ensinar e disciplinar o ser humano.
3. Deus sabe que sofremos.
Além de responder intelectualmente ao problema do mal presente no mundo, a fé cristã oferece consolação na tormenta. Ainda que Deus permita o sofrimento, Ele não fica indiferente à dor humana. A maior prova disso é que o Pai enviou seu Filho Unigênito para sofrer pelos nossos pecados (Jo 3.16; Rm 5.8), oferecendo-se em sacrifício no Calvário. E assim, a cruz é a maior prova de que Deus é sensível ao nosso sofrimento. Por esse motivo, o apóstolo refere-se repetidas vezes ao padecimento de Jesus, a fim de nos recordar de que Deus, em Cristo, morreu por nós. Para Pedro, o mais importante não é saber a causa cósmica do sofrimento, e sim como devemos reagir a ele. E isso começa com a compreensão de que Deus está ao nosso lado em momentos de angústia, levando-nos a aprender com o sofrimento. Paulo disse que devemos nos gloriar também na tribulação, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência a experiência, e a experiência a esperança (Rm 5.3,4).
III. A DEFESA DA NOSSA ESPERANÇA
Em seguida (3.15), Pedro fornece um dos conselhos mais primorosos do Novo Testamento, no qual enfatiza o segredo para o povo de Deus enfrentar a perseguição e responder aos ataques contra a fé.
1. Preparados para responder.
Diante da hostilidade, a primeira e mais importante atitude do cristão é santificar a Cristo em seu coração. Antes de qualquer coisa, Jesus deve ser consagrado e reverenciado no interior do nosso ser, de modo a ocupar a primazia de nossa existência. Em segundo lugar, o crente é instado a estar sempre preparado para responder (gr. apologia) sobre a razão da sua esperança. No original, a palavra apologia tem o sentido de discurso de defesa e justificação de algo. Assim, se alguém lhes perguntasse por que eles se consideravam cristãos — um grupo inexpressivo de religiosos à época, os crentes deveriam estar prontos para argumentar em defesa da fé que professavam. Tal prontidão deveria ser permanente, não importando o momento ou a circunstância.
2. Apologética que é cristã.
Desde a Igreja Primitiva, os ataques e objeções ao Cristianismo nunca cessaram. A apologética cristã, portanto, não é responsabilidade exclusiva dos pastores e teólogos cristãos; todo aquele que professa essa fé viva e genuína deve ser capaz de explicar aos outros os motivos pelos quais acredita nas convicções cristãs. Cada crente é convocado a dar razões intelectuais sobre a veracidade do Cristianismo, demonstrando não ser a fé cristã um salto no escuro, mas uma visão de mundo plausível e consistente com a racionalidade. Ao mesmo tempo, o testemunho do Espírito Santo e a experiência real que sentimos em Cristo, nos habilita a dar aos descrentes as razões pessoais da esperança que há em nós. Antes de sabermos no que cremos, sabemos em quem cremos!
3. Mansidão e temor.
É importante observar que Pedro apresenta o jeito adequado de respondermos aos descrentes: com mansidão e temor. A apologética cristã jamais deve ser usada com altivez e em clima de beligerância. O seu propósito não é vencer debates, e sim conduzir as pessoas ao Evangelho. Afinal, ganhar uma alma é mais valioso que ganhar uma discussão. Mesmo que os descrentes sejam hostis em seus ataques, o cristão defende as suas convicções com gentileza e cordialidade. Com mansidão e reverência cativamos e conquistamos os outros, por meio de uma apologética testemunhal.
CONCLUSÃO
A maneira mais eficaz de demonstrarmos a razão da nossa esperança aos descrentes e àqueles que questionam a nossa fé é mediante a nossa conduta pessoal. Argumentos teóricos e teológicos são importantes, mas, a menos que sejam corroborados pelo nosso testemunho de vida e no poder do Espírito, não passarão de palavras vazias. Tal testemunho ganha ainda mais valor quando mantemos a fé inabalável em tempos de sofrimento e perseguição.
ESTANTE DO PROFESSOR
GEISLER, Norman L.; MEISTER, Chad V. (eds.). Razões para Crer: Apresentando Argumentos a Favor da Fé Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013.
HORA DA REVISÃO
1. Qual o propósito de Pedro ao orientar os crentes a terem “o mesmo sentimento?
Seu propósito é que os cristão vivam em harmonia e união uns com os outros.
2. Qual é a palavra original empregada por Pedro traduzida por “compassivos” em 1Pe 3.8, e qual o seu sentido?
A palavra grega sympathês traduzida por “compassivos” tem o sentido de colocar-se no lugar do outro. Ser simpático, portanto, é muito mais que ser cordial e atencioso; consiste numa virtude que expressa solidariedade e compaixão pelo próximo.
3. O fato de o ser humano inquirir acerca sofrimento, da maldade e das injustiças do mundo indica o quê?
Indica a natural percepção de que algo se encontra com defeito, fora do propósito para o qual fora planejado.
4. Qual a maior prova de que Deus não fica indiferente ao sofrimento humano?
A maior prova disso é que o Pai enviou seu Filho Unigênito para sofrer pelos nossos pecados.
5. Segundo Pedro, de que forma devemos responder àqueles que indagarem a razão da nossa esperança?
Com mansidão e temor.
SUBSÍDIO
Aqueles que repudiam a crença religiosa por causa do mal banalizam o sofrimento e a fé admirável e invejável de quem sofre, sobretudo quando aqueles que sofrem permanecem firmes e encontram motivos de esperança em face do sofrimento por conta da presença e bondade de Deus para com eles. É muito mais intrigante quando as pessoas de orientação naturalista sofrem com graça e coragem. Ao que será que atribuem sua resistência no sofrimento? Qual é a fonte de sua força? Não é mais fácil os crentes que sofrem explicarem a fonte de sua força de sua coragem, consolo e graça em Deus? Os céticos que ridicularizam a crença que Deus existe e que Deus tem razões moralmente suficientes para permitir males terríveis tacitamente zombam da fé vibrante e autêntica dos crentes verdadeiros que experimentam males terríveis e, ainda assim aprendem a amar e confiar em Deus ainda mais. Talvez a profundidade da crença entre os crentes que sofrem seja um sinal indicador de uma realidade que os não crentes ainda têm de experimentar.
(GEISLER, Norman L.; MEISTER, Chad V. (eds.). Razões para Crer:Apresentando Argumentos a Favor da Fé Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.281).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
JOVENS
3º Trimestre de 2019
Título: A razão da nossa esperança — Alegria, crescimento e firmeza nas cartas de Pedro
Comentarista: Valmir Nascimento
BÍBLIA ONLINE
Dinâmica: Vencendo o Gigante
Objetivo: Refletir sobre as condições para vencer os obstáculos, os problemas e aflições.
Material: ½ folha de papel ofício e caneta para cada aluno.
Procedimento:
– Entreguem ½ folha de papel ofício para cada aluno.
– Solicitem que cada aluno desenhe uma figura humana grande e outra pequena, que representarão um gigante e ele(o aluno) respectivamente.
– Peçam para que o aluno reflita sobre qual o “gigante” que está perturbando sua vida, isto é, aquilo que está causando dor, sofrimento etc.– Leiam: I Sm 17. 23,24,37,40,41,42,48,49.
– Solicitem que desenhe 05 pedras ao lado da figura pequena, que representarão as atitudes que ele dever ter para vencer o gigante(o problema, a dificuldade).
Por exemplo: paz, confiança em Deus, oração, jejum, conselho etc.
– Para concluir, leiam Salmo 34.19 e João 16.33.
Por Sulamita Macedo.
Fonte: blogatitudedeaprendiz.blogspot.com- Dinâmica:
Texto de Reflexão
O Bordado
Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava no chão, brincando perto dela e sempre lhe perguntava o que estava fazendo. Ela respondia que estava bordando. Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta. Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia.
– Mãe, o que a senhora está fazendo?
Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, cumpridos, curtos, uns grossos e outros finos. Eu não entendia nada. Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:
– Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho, eu chamo você, coloco-o no meu colo e deixarei que veja o trabalho da minha posição, está bem?
Mas, com toda aquela curiosidade infantil, eu continuava a me perguntar lá de baixo:
“Por que ela usa alguns fios de cores escuras e outros claros? Por que eles me parecem tão desordenados e embaraçados? Por que estavam cheios de pontas e nós? Por que não tinham ainda uma forma definida? Por que demorava tanto para fazer aquilo?”
Bem mais tarde, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:
– Filho, venha aqui e sente-se em meu colo; quero lhe mostrar uma coisa.
É claro que fui correndo, louco para ver a sua obra acabada. Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia acreditar! Lá de baixo parecia tão confuso e, agora, vendo de cima, vi uma paisagem maravilhosa! Como podia ser?
Então, minha mãe me disse:
– Filho, vendo de baixo, tudo parece tão confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho. Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo…
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:
– Pai, o que estás fazendo?
Ele parece responder:
– Estou bordando sua vida, filho.
E eu continuo perguntando;
– Mas está tudo tão confuso, Pai, tudo em desordem… Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros… Por que não são mais brilhantes?
O Pai parece me dizer:
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
JOVENS
3º Trimestre de 2019
Título: A razão da nossa esperança — Alegria, crescimento e firmeza nas cartas de Pedro
Comentarista: Valmir Nascimento
BÍBLIA ONLINE
Dinâmica: Vencendo o Gigante
Objetivo: Refletir sobre as condições para vencer os obstáculos, os problemas e aflições.
Material: ½ folha de papel ofício e caneta para cada aluno.
Procedimento:
– Entreguem ½ folha de papel ofício para cada aluno.
– Solicitem que cada aluno desenhe uma figura humana grande e outra pequena, que representarão um gigante e ele(o aluno) respectivamente.
– Peçam para que o aluno reflita sobre qual o “gigante” que está perturbando sua vida, isto é, aquilo que está causando dor, sofrimento etc.– Leiam: I Sm 17. 23,24,37,40,41,42,48,49.
– Solicitem que desenhe 05 pedras ao lado da figura pequena, que representarão as atitudes que ele dever ter para vencer o gigante(o problema, a dificuldade).
Por exemplo: paz, confiança em Deus, oração, jejum, conselho etc.
– Para concluir, leiam Salmo 34.19 e João 16.33.
Por Sulamita Macedo.
Fonte: blogatitudedeaprendiz.blogspot.com- Dinâmica:
Texto de Reflexão
O Bordado
Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava no chão, brincando perto dela e sempre lhe perguntava o que estava fazendo. Ela respondia que estava bordando. Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta. Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia.
– Mãe, o que a senhora está fazendo?
Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, cumpridos, curtos, uns grossos e outros finos. Eu não entendia nada. Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:
– Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho, eu chamo você, coloco-o no meu colo e deixarei que veja o trabalho da minha posição, está bem?
Mas, com toda aquela curiosidade infantil, eu continuava a me perguntar lá de baixo:
“Por que ela usa alguns fios de cores escuras e outros claros? Por que eles me parecem tão desordenados e embaraçados? Por que estavam cheios de pontas e nós? Por que não tinham ainda uma forma definida? Por que demorava tanto para fazer aquilo?”
Bem mais tarde, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:
– Filho, venha aqui e sente-se em meu colo; quero lhe mostrar uma coisa.
É claro que fui correndo, louco para ver a sua obra acabada. Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia acreditar! Lá de baixo parecia tão confuso e, agora, vendo de cima, vi uma paisagem maravilhosa! Como podia ser?
Então, minha mãe me disse:
– Filho, vendo de baixo, tudo parece tão confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho. Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo…
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:
– Pai, o que estás fazendo?
Ele parece responder:
– Estou bordando sua vida, filho.
E eu continuo perguntando;
– Mas está tudo tão confuso, Pai, tudo em desordem… Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros… Por que não são mais brilhantes?
O Pai parece me dizer:
– Meu filho, ocupa-te, descontrai-se, confie em Mim e Eu farei bem o meu trabalho. Um dia colocarei você no meu colo e, então, você vai ver o plano da sua vida da minha posição!
Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida. Do outro lado, Deus está “bordando”…
Autoria do texto desconhecida.
Por Sulamita Macedo.
Fonte: blogatitudedeaprendiz.blogspot.com- Texto de Reflexão
Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida. Do outro lado, Deus está “bordando”…
Autoria do texto desconhecida.
Por Sulamita Macedo.
Fonte: blogatitudedeaprendiz.blogspot.com- Texto de Reflexão
Videos aulas, Com vários professores.
O endereço na descrição dos videos.
ANO: 2019
Jovens: Cpad - 3° Trimestre de 2019 - Tema: A razão da Nossa Esperança: Alegria, Crescimento e Firmeza nas Cartas de Pedro
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CPAD
ANO: 2018
Revista Jovens - 4° Trimestre de 2018 - Tema: O vento sopra onde quer – O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua operação na vida da Igreja
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ANO: 2017
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► Revista Jovens - 2º Trimestre de 2017 - O Sermão do Monte: A justiça sob a Ótica de Jesus - Cpad
► Jovens - 1º Trimestre de 2017 - CPAD. A Igreja de Jesus Cristo Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno
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ANO: 2016
► Lições Bíblicas Jovens - 1º TRIMESTRE 2016
► Lições Bíblicas Jovens - 2º Trimestre de 2016
► Lições Bíblicas Jovens - 3º Trimestre 2016
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Para Jovens Estudos Pregações e muito mais - Completo
Escola Bíblica Dominical
►Lições Bíblicas: 3º Trimestre 2019
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► Lições Bíblicas 1º trimestre 2016
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► Lições Bíblicas 3º Trimestre 2016
► Lições Bíblicas 4º Trimestre 2016
Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...
Filipenses 3:13,14
“E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz. Romanos 13:11,12” (Bíblia Sagrada)
"A EBD É AMIGA DA INFÂNCIA, A INSPIRAÇÃO DA MOCIDADE, A FORÇA DA MATURIDADE E O CONFORTO DA VELHICE".
Meu amigo e irmão Jesus disse em sua palavra
Que aquele que não nascer de novo da água e do Espírito
Não pode jamais ver o Reino de Deus
E hoje Ele te convida a fazer de você uma nova criatura
E escrever uma nova história , fazer morada em seu coração
Assim como Ele mudou a minha vida e de milhares de pessoas
Ele quer mudar a sua também e fazer de você um campeão
Aleluia!
O segredo da felicidade está nestes versículos
Todos querem ser felizes mas umas pessoas são mais felizes que outras. Qual é o segredo da felicidade? Filipenses 4 explica o que você precisa para ser feliz:
1. Se alegrar em Deus
Ser feliz é uma decisão. Se você é salvo por Jesus, você tem muitas razões para ser feliz! Mesmo quando tudo corre mal, você tem a vida eterna e a amizade, a proteção e o conforto de Deus. Alegre-se, nem tudo é ruim!
2. Ser grato e entregar os problemas a Deus
Você está preocupado com alguma coisa? Não deixe que a ansiedade estrague sua felicidade. Fale com Deus sobre o problema. Confie em Deus e ele vai lhe ajudar. Não precisa ficar ansioso.
Atenção! Não se esqueça de agradecer a Deus pela ajuda! Quem é grato é mais feliz.
3. Pensar em coisas boas
Muitas vezes pensamos tanto nas coisas ruins da vida que esquecemos das coisas boas. Pensamentos negativos tiram a felicidade. Por isso, quando você está em baixo, pense em coisas boas! Por cada pensamento negativo pense em duas coisas positivas e agradeça a Deus por elas.
4. Pôr em prática.
Saber não basta. Você precisa praticar! Quanto mais você pratica, mais fácil fica. Se você realmente quer ser feliz, precisa praticar o que a Bíblia diz.
Seja feliz!
Fonte: BÍBLIA SAGRADA ONLINE
Seja imitador de Deus
"A EBD É AMIGA DA INFÂNCIA, A INSPIRAÇÃO DA MOCIDADE, A FORÇA DA MATURIDADE E O CONFORTO DA VELHICE".
Que aquele que não nascer de novo da água e do Espírito
Não pode jamais ver o Reino de Deus
E hoje Ele te convida a fazer de você uma nova criatura
E escrever uma nova história , fazer morada em seu coração
Assim como Ele mudou a minha vida e de milhares de pessoas
Ele quer mudar a sua também e fazer de você um campeão
Aleluia!
O segredo da felicidade está nestes versículos
Todos querem ser felizes mas umas pessoas são mais felizes que outras. Qual é o segredo da felicidade? Filipenses 4 explica o que você precisa para ser feliz:
1. Se alegrar em Deus
2. Ser grato e entregar os problemas a Deus
Atenção! Não se esqueça de agradecer a Deus pela ajuda! Quem é grato é mais feliz.
3. Pensar em coisas boas
4. Pôr em prática.
Seja feliz!
Fonte: BÍBLIA SAGRADA ONLINE
Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.
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