30 de agosto de 2019

Lição 09: Recebendo o Reino de Deus como menino : Vídeos - aulas, Slides - Betel: Adultos

A paz do Senhor Jesus Cristo a todos que amam a palavra de Deus, sejam muito bem vindos.

Texto Áureo
Marcos  10.15
Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele.


Verdade Aplicada
Participam do Reino de Deus aqueles que, como crianças, confiam e são humildes e submissos ao Senhor Jesus Cristo.



Objetivos da Lição
1 - Mostrar como Jesus foi carinhoso com as crianças;
2 - Apresentar pontos que relacionam Jesus com as crianças;
3 - Ensinar como se recebe o Reino de Deus como criança.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lucas 18.15-17
15 - E traziam-lhe também meninos, para que ele lhes tocasse; e os discípulos, vendo isto, repreendiam-nos.
16 - Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.
17 - Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele.


Marcos 10.16
16 - E, tomando-os nos seus braços e impondo-lhes as mãos, os abençoou.



HINOS SUGERIDOS
Harpa Cristã: 127




Harpa Cristã: 224



Harpa Cristã: 305








Motivo de Oração
Ore para que Deus se revele às crianças, usando-as para engrandecer Seu nome.





Introdução
Lucas registra a preciosa narrativa de Jesus abençoando os meninos que a Ele foram conduzidos. Nesta lição teremos uma ideia do amor de Jesus pelas crianças, como elas pontilharam o seu ministério, trazendo-nos preciosas lições.

Existe uma estreita relação entre o reino de Deus e uma criança. Muitos achavam que o Reino de Deus vem a nós fisicamente e sem a necessidade de mudança no nosso interior (Lc 17.20-21). O Reino de Deus não vem a nós, ele deve estar em nós. Precisamos apenas recepcionar dentro de nós o Seu Reino. De nada adianta ter um “reino ideal” se nós, súditos deste reino, formos corrompidos. O que faz a diferença são as nossas atitudes em relação às coisas do Reino. Dentro deste contexto Jesus deixa claro que para entrarmos no seu Reino, precisamos nos tornar como crianças (Mt 18.1-6; Jo 3.1-5, Mt 19.13-15, 21.15-17, Lc -18.15-17, Mc 10.14-16). A primeira exigência que Jesus faz para quem deseja entrar no Reino de Deus consiste em um paralelo com o nascer de novo (Mt 18.1-4). Comparando Mateus 18 e João 3, vemos que Jesus toma o nascimento biológico como uma metáfora indicando que, para entrarmos no Seu Reino, precisamos ser gerados outra vez, nos despojando de si mesmo (velha natureza) e adquirindo um “corpo” moral e espiritual (nova criatura) - (Mt 18.1-6; Jo 3.1-5; 2 Co 5.17). Receber o Reino significa que a pessoa começa a vida de novo, basicamente com novas atitudes, valores, etc. Em outras passagens correlatas Jesus sublinha alguns traços próprios de crianças, como simplicidade, inocência, pureza, sem rancor, sem orgulho, sem ódio, sem julgamento... ilustrando como deve permear as atitudes e comportamentos dos súditos do Reino de Deus. A simplicidade e pureza de uma criança, por exemplo, simplesmente a faz viver o amor e a alegria, aceitando a todos sem interesse! No coração deles não há espaço para o ódio, o rancor, as disputas de poder e sua inocência a respeito das hierarquias e classes sociais não separam os seres humanos uns dos outros com discriminação, guerras e conflitos, que somente se justificam pela vaidade e o orgulho dos egos que pretendem se afirmar às custas da diminuição e destruição dos demais. Todas estas e outras características que são inerentes as crianças ilustram muito bem como os súditos do Reino de Deus devem ser. É preciso receber o Reino com atitudes semelhantes à de uma criança (Mt 19.13-15; 21.15-17; Lc 18.15-17; Mc 10.14-16).

1. DEIXAI VIR A MIM OS MENINOS
Os meninos foram levados a Jesus para serem abençoados por Ele. Isso aconteceu, de acordo com o evangelho de Lucas, dentro de um contexto bem difícil, pois, Jesus se dirigia a Jerusalém pela última vez, quando, a seguir, seria crucificado. Vemos que, mesmo sob intensa pressão, não deixou de demonstrar amor para com as crianças.


Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus". Esta expressão nos mostra que o Senhor Jesus tem prazer nas crianças, que elas não são uma perda de tempo e que devemos amá-las e investir tempo e dedicação em suas vidas. A atitude de Jesus nos mostra que crianças sempre serão bem-vindas. Infelizmente em nossos dias as crianças têm sido vítimas dos mais diversos tipos de abuso e exploração. É nossa responsabilidade, quer seja como indivíduo, quer seja como igreja, criar um ambiente, onde as crianças se sintam bem e à vontade para aprender sobre o Senhor. Igrejas sérias e comprometidas com o Reino de Deus e com o ser humano, investem de maneira consciente em um ambiente adequado para que as crianças aprendam a buscar ao Senhor. Mas há muitos agindo como os discípulos expulsando-as da presença de Deus, impedindo-as de se achegar até Ele.


1.1. Dignos da atenção de Jesus
Conduzir as crianças aos rabinos para serem abençoadas por eles era uma prática comum em Israel, e eles os abençoavam. Mesmo num tempo em que ninguém gostava de dar atenção a crianças Jesus reservou Seu tempo para dar-lhes atenção. Eis um texto propício para os nossos dias tão cheios de preocupações e atividades, pois faz-nos lembrar da importância de os pais investirem tempo, também, para conduzirem seus filhos a Jesus Cristo a fim de serem abençoados. O cuidado com os filhos deve incluir a tarefa de fazê-los discípulos de Cristo.


“Ele tomou as criancinhas nos braços, colocou as mãos sobre elas, e as abençoou.” Jesus demonstra amor, cuidado e atenção especial com todos aqueles que eram marginalizados na sociedade. Ele dava valor aos leprosos, aos enfermos, aos publicanos, as prostitutas, aos gentios e agora, às crianças. Pertencemos a uma sociedade completamente vazia de afetos, de generosidade e de compaixão. Vivemos num meio corrompido pelo mal e habitamos, muitas vezes, na nossa solicitude, em densas trevas. Um olhar para a Escritura nos leva ao ensino de Jesus, quando ele chama uma criança, a coloca diante de todos os seus discípulos e lhes diz que “quem quiser receber o reino de Deus, precisa ser como ela”. As crianças podem e devem ser trazidas a cristo. Na cultura grega e judaica as crianças não recebiam o valor e a atenção devida, mas no Reino de Deus elas não apenas são acolhidas, como também são tratadas como modelo para os demais que querem entrar.


1.2. Jesus abençoa os meninos
“E traziam-lhe também meninos, para lhes tocasse”, esta é a descrição de Lucas deste acontecimento (Lc 18.15). Este tocar é a maneira própria de abençoar. No evangelho de Mateus, encontramos outros detalhes acerca deste abençoar: “Trouxeram-lhe, então, alguns meninos, para que sobre eles pusesse as mãos e orasse” . É provável que os discípulos, ao tentarem impedir que as crianças se aproximassem, não fizeram por mal, apenas tinham a intenção de preservar o mestre, tão ocupado e com tantas outras demandas. Contudo, Jesus disse; “Deixai vir a mim os meninos e não os impeçais”.

Jesus acolhe as crianças, toma-as em seus braços, ora por elas, impõe as mãos sobre elas e as abençoou (Mc 10.16). Somente Marcos menciona que Jesus abençoou as crianças. A forma que Ele usa o verbo no original indica ser uma bênção carinhosa e poderosa. Isto significa dizer que Cristo não se importava apenas com os adultos, mas também com as criancinhas. Ele lhes impôs as mãos, como se tendo as mesmas necessidades espirituais dos adultos e ainda nos pede pede para cuidarmos delas como se estivéssemos cuidando dEle. Não é a primeira vez que Jesus demonstra amor às crianças. Ele diz que quem recebe uma criança em seu nome é o mesmo que receber a ele próprio (Mc 9.36-37). Por outro lado, segundo Ele fazer uma criança tropeçar é uma atitude gravíssima (Mc 9.42). Precisamos, como igreja, abençoar as crianças (Mt 19.15).


1.3. Jesus toma as crianças nos braços
Além do toque abençoador, o texto nos mostra um toque afetivo do Senhor Jesus. O que demonstra que não foi algo mecânico, destituído de sentimentos, para se ver logo livre dos meninos. Ao contrário, foi um gesto revestido do Seu amor pelo ser humano, a quem ama desde a sua tenra idade (Mc 10.13-16). Há lugar nos braços de Cristo para os considerados insignificante , desprezados ou marginalizados. Esta é uma das marcas do evangelho de Lucas: o Evangelhos é universal. Esse universalismo inclui as crianças. Enfim, o amor divino promove o ser; e não humilha, escraviza e nem é indecente, destruindo o ser em sua meninice. Assim como Jesus, amemos e protejamos as nossas crianças.


“Ele tomou as criancinhas nos braços, colocou as mãos sobre elas, e as abençoou.” O toque, o abraço, a bênção dados por Jesus são sinais sensitivos de que Deus se volta às pessoas para oferecer-lhes seu perdão, seu amor e sua salvação. A primeira exigência do reino de Deus é que ele seja aceito. O reino de Deus não pode ser conquistado, mas recebido com humildade, na consciência da dependência dele. A oferta de Deus é anterior à ação de quem a recebe: Nós amamos porque ele nos amou primeiro (l Jo 4.19). A oferta de Deus produz metanoia. É mudança de pensamento e de atitude (Mt 18.3). O reino de Deus provoca completa reorientação de vida, um novo jeito de viver, como resposta ao amor e à graça concedidos.


2. CRIANÇAS NO MINISTÉRIO DE JESUS 
Crianças estavam em toda a parte aonde quer que Jesus fosse. Desse modo, em vários momentos elas tomaram parte do ministério de Jesus. Há relatos de crianças, adolescentes e jovens sendo abençoados, curados, libertos, ressuscitados, etc.

Durante o ministério de Jesus, a presença de crianças pode ser notada, embora no contexto social elas estivessem em desvantagem. Quando os sacerdotes e escribas repreenderam a livre manifestação de louvor das crianças, Jesus refutou esta repressão com um texto bíblico (Sl 8.2). A frase célebre de Jesus afirmando “deixar vir a mim os pequeninos” sempre é lembrada quando falamos de crianças. Mas o que Jesus queria dizer com estas palavras? Em todo o seu ministério Jesus encoraja os pais ou qualquer outra pessoa a trazer as crianças a Ele, pois elas podem crer em Cristo e são exemplo para aqueles que creem. Levar as crianças a Cristo é a coisa mais importante que podemos fazer. John Charles Ryle diz que devemos aprender com esta passagem a grande atenção que as crianças devem receber do Ministério e da Igreja de Cristo. Nenhum ministério ou igreja pode ser considerada saudável se não acolhe bem as crianças. Jesus, o cabeça da igreja, encontrou tempo para dedicar-se às crianças, demonstrando ser o cuidado com elas um ministério de grande valor. As crianças não deveriam ser vistas como impossibilitadas nem impedidas de virem a Cristo. Na religião judaica somente depois dos treze anos uma criança podia iniciar-se no estudo da Lei. Mas, Jesus revela que as crianças devem vir a ele para receberem seu amor e sua graça.

2.1. Contempladas por Jesus
Na língua grega há várias expressões para a palavra criança, admitindo vários significados: “criança”, “infante”, “menor”, “jovem”, entre outros. As crianças se igualam nas mesmas necessidades espirituais dos adultos. Em vários textos bíblicos há relatos de pais buscando a Jesus em favor de seus filhos. Foram casos de libertação de espíritos imundos (Lc 9.37-42; Mt 15.21-28; Mc 7.24-30); cura de enfermidades (Jo 4.46-53); e ressurreições como a filha de Jairo (Lc 8.40-56). As crianças eram usadas em ilustrações de suas mensagens (Lc 7.32); e demonstrativamente em seus ensinos, tornando-os mais enfáticos (Lc 9.46-48). As crianças foram assistidas pelo ministério do Senhor integralmente. Portanto a Igreja do Senhor não pode deixar de alcançar também as crianças nas diversas atividades promovidas.

As crianças se igualam nas mesma necessidades espirituais dos adultos.Jesus declara que o reino de Deus pertence às crianças. O reino de Deus não encontra nenhum obstáculo nelas. Jesus contempla as crianças e suas necessidades, enquanto os discípulos entendiam que somente as necessidades das pessoas adultas fossem contempladas. O reino de Deus pertence às crianças por sua condição de dependência, não por causa de qualidades subjetivas que possam ter ou por qualquer isenção de pecado ou ideia de pureza. Mesmo assim, o reino de Deus precisa ser aceito e esperado com confiança. Jesus aproveita a oportunidade para ensinar uma grande lição: Os adultos precisam ser como criança, isto é, ter o coração de uma criança.


2.2. Dignas de apascentamento.
O termo “apascentar” (1Pe 5.2), no grego significa “cuidar como um pastor”, “alimentar”, “orientar”, entre outros. Portanto, as crianças também necessitam ser apascentadas. O próprio Cristo as chamou e ordenou que não fossem impedidas de ir a Ele. Quanta responsabilidade dos pais, professores e pastores: “não impedir”, ou seja, não dificultar ou impossibilitar. Portanto, faz-se necessário uma constante revisão em nossas atividades para não esquecermos que as crianças também necessitam de alimento da Palavra e orientação espiritual adequados à idade.


Jesus destaca a importância das crianças no reino de Deus e as apresentam como dignas de apascentamento. Elas expressam um valor essencial do cristianismo. O contexto evidencia um contraste: a atitude de Jesus para com as crianças se diferencia dos discípulos. O contato com Jesus proporciona benção e fortalecimento. Os discípulos, porém, negam às crianças a possibilidade de apascentamento. Eles tentam impedir o encontro das crianças com Jesus. Para os discípulos, as crianças perturbam e incomodam o ensino de Jesus, porque elas ocupam o último lugar na sociedade, não podendo merecer interesse. Jesus reage, demonstrando sua indignação. A atitude dos discípulos está equivocada. As crianças devem aproximar-se sem impedimentos. Os discípulos não têm compreendido a proposta do reino. Os discípulos são chamados para uma mudança de mentalidade, à qual deve corresponder uma mudança de atitude.


2.3. Os discípulos são chamados de pequeninos
O que Jesus tinha em mente ao chamar Seus discípulos de pequeninos? Em Lucas 10.21, vemos Jesus agradecendo ao Pai por ter revelado as verdades acerca do Reino de Deus às “criancinhas” (gr. Nepios) – metaforicamente, um bebê, alguém sem esclarecimento, simples (Mt 11.25). São os humildes, em contraste com os exaltados e que se acham autossuficientes. Noutra ocasião, Jesus advertiu seriamente aos que tentassem derrubar ou fizessem tropeçar um de Seus pequeninos crentes (Mc 9.42). As crianças possuem qualidades que ilustram muito bem como os seguidores de Cristo devem ser.
A repreensão aos discípulos é um chamado para o reino de Deus: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele. Este dito tem um paralelo em Jo 3.1-15. Na visita de Nicodemos, Jesus compara a entrada no reino de Deus com o novo nascimento. Considerando o chamado no começo da atividade de Jesus (Mt 1.14-15), ele espera que as pessoas aceitem o reino de Deus com fé e o realizem com confiança, da maneira como as crianças aceitam e realizam os ensinamentos de seus pais e de suas mães. Nesta ação conclusiva, Jesus expressa com gestos a preferência de Deus pelas crianças.

3. RECEBENDO O REINO COMO UM MENINO 
O Reino de Deus é uma herança que Ele deseja compartilhar com todos. Mas há coisas que precisamos entender e fazer para que possamos nos tornar herdeiros dessa dádiva divina. A criança é uma figura que retrata perfeitamente as qualificações que o Pai celestial requer de nós, para que desfrutemos dessa herança (Mt 18.2-4; Lc 18.17).

Jesus indignou-se com a atitude preconceituosa dos discípulos, acolheu as crianças e disse que elas são modelos para os adultos (Mc 10.15). Por que? Porque as crianças são muito mais susceptíveis de aceitar as verdades espirituais do que os adultos. Elas não questionam. Elas não racionalizam. Elas não procuram comparar o que ouvem com opiniões preconcebidas, porque elas não têm tais opiniões. Do jeito que elas ouvem, elas gravam. O que caracteriza uma criança é a confiança, a humildade, a mansidão, a falta de preconceitos, não guardar ressentimentos, estar pronta para aprender etc. Portanto, para receber o reino dos céus e entrar nele, não é preciso ser infantil, mas ter o espírito próprio de uma criança. Só entra no reino quem se fizer como uma criança.


3.1. Confiança
A maioria das crianças traz consigo naturalmente uma impressionante confiança. A não ser que lhes aconteça algo negativo, elas continuam assim, crédulas. Alguns dizem que é ingenuidade, outros imaturidade e ainda outros consideram ridícula tal característica. A confiança, porém é inerente à crianças. Foi o Criador quem a fez assim. No Salmo 125.1 encontramos a expressão “os que confiam no Senhor”, No hebraico a palavra “confia” admite algumas interessantes ideias, perfeitamente aplicáveis a esta característica das crianças: "seguro"; "expressa o sentimento de segurança e proteção". Importante lembrarmos como uma criança demonstra estas características quando está nos braços da mãe ou do pai. Que o Espírito Santo nos ajude a descansarmos confiantemente no Senhor, pois Ele cuida de nós. 

Receber o reino de Deus como uma pequena criança significa aceitá-lo com simplicidade e confiança genuína, bem como humildade despretensiosa. Uma criança confia sem refletir. Para encontrar Deus, o melhor de que dispomos e o nosso coração de criança, que está aberto espontaneamente. Essa receptividade está em contraste com a dureza dos líderes religiosos, que tinham conhecimento, mas não fé genuína. É com a confiança de uma criança que precisamos olhar o nosso Pai celestial. Nós desfrutamos do reino de Deus pela fé, crendo que o Pai nos ama e irá atender nossas necessidades diárias. Quando uma criança é ferida, o que ela faz? Corre para os braços do pai ou da mãe. Esse é um exemplo para o nosso relacionamento com o Pai Celestial. Sim, Deus espera que sejamos como crianças e não infantis. Perdemos a inocência, mas só com a inocência entramos no Reino. O que Jesus nos está dizendo é que não entramos no Reino de Deus sendo amargos, mas confiando que Deus vai reescrever a nossa história, apagando as mágoas, cobrindo as feridas. Criança se fere, mas esquece e volta a viver; numa mesma brincadeira, ela chora e depois volta a sorrir. Não entramos no Reino de Deus críticos de tudo, dos outros ou de nós mesmos; a graça não passa pelo crivo de nossa crítica racional, porque é totalmente ilógica e o é, para e por ser graça. Não entramos no Reino de Deus confiando em nós mesmos. A confiança em nós mesmos abre as portas para o reino do eu, nunca para o Reino de Deus, que estão abertas e por ela entramos com a atitude de quem confia no Pai, Senhor do Reino. Estamos recebendo o reino de Deus com a confiança sincera de uma criança?


3.2. Humildade
Há dois grandes exemplos de humildade nas Escrituras: as crianças e o próprio Cristo. No Mundo Antigo, a humildade e a mansidão não eram virtudes desejáveis para os grandes dessa terra. Jesus, porém, apontou a humildade como uma grande virtude daqueles que almejam o Reino de Deus. Crianças são simples, o que é o oposto da soberba. A humildade conduz o homem à grandeza diante de Deus, pois o próprio Jesus "não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo"(Fp 2.6-7).

“Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.” (Mateus 18.4). Ser como criança, para Jesus, é receber a graça do reino de forma gratuita, como se fosse um presente, ou seja, não achando que merecemos por nossas boas obras. Ele nos mostra que o reino não é para os arrogantes, para os que se acham merecedores do reino. Só entrará no Reino aqueles que tiverem um coração sensível e acolhedor da justiça e do amor. Precisamos viver exercitando a caridade, a gratuidade e o amor. É de essencial importância nos despimos da malícia e dos defeitos próprios dos adultos, para então reformamos nosso caráter e reprimirmos as más tendências. Jesus diz: “Bem aventurados os humildes de espírito...”. O humilde de espírito reconhece sua carência de Deus. Ele sabe que não pode viver sem Deus em sua vida. E é isso, que faz essa pessoa ir em busca de Deus a cada dia. A humildade é uma das virtudes que mais agrada a Deus:“porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça”. (1 Pedro 5.5).


3.3. Submissão
A conversão sincera e a humildade conduzirão a submissão a Deus, como um menino. Jesus disse: “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos...aquele que se tornar humilde como esse menino" (Mt 18.3-4). Um bom menino, conservado das influências malévolas, não tem problemas com submissão à autoridade. Para herdar o Reino de Deus, é preciso ser obediente ao Pai Celestial. Caso contrário, poderemos até ter práticas religiosas, mas o nosso coração estará longe de Deus. Nos dias do Senhor Jesus, muitos vinham para ouvi-Lo e O louvavam por Suas palavras e obras, porém os seus corações estavam distantes dEle (Mt 15.8; Is 29.13). Devemos não apenas ser ouvintes da Palavra de Deus, que tanto nos abençoa, devemos antes ser praticantes daquela que nos trás ânimo, refrigério e força para viver segundo Cristo.

Há nas crianças uma dependência do cuidado de seus pais e uma submissão à sua vontade. A própria entrada no reino de Cristo é por esta porta: é se rebaixando, porque é estreita. Não há no Reino de Deus espaço permitido para os ornamentos de sabedoria mundana ou de poder humano, devemos entrar despojados de tudo isto. Devemos estar dispostos a assumir “a Cristo como nossa sabedoria, nossa justiça, nossa santificação e redenção”. Se não nos submetermos a isto, nunca poderemos entrar no reino dos céus. O sábio deve se considerar tolo, o puro, poluído; e o justo, culpado, na sua própria estima, antes que possa ser valorizado por Cristo, ou sua salvação ser desejada. Nós não dizemos que uma pessoa deve cometer a maldade, a fim de ingressar no reino de Cristo; Deus me livre! mas ela deve renunciar a todos os graus de auto-conceito, auto-dependência, auto-aplauso, e, “o que ele tinha uma vez considerado como ganho, deve agora ser considerado por ele como perda para ganhar a Cristo”.



CONCLUSÃO

Quão maravilhoso é refletir sobre o amor de Jesus pelas crianças. Sentimo-nos, assim, amados, pois já fomos crianças e, mesmo como jovens e adultos, Ele continua a nos amar e proteger. É, porém, imperioso que o sirvamos de coração e com atitudes que demonstrem que pertencemos ao Seu Reino.

Há nas crianças uma simplicidade de espírito, uma docilidade de espírito, uma consciência de fraqueza, uma dependência do cuidado de seus pais, uma obediência aos seus mandamentos, e uma submissão à sua vontade. Para receber o reino dos céus e entrar nele, não é preciso ser infantil, mas ter o espírito próprio de uma criança.




QUESTIONÁRIO
1. Quem utilizava as crianças como ilustrações de suas mensagens ?
R: Jesus (Lc 7.32).



2. O que significa o termo "apascentar" no grego ?
R: Significa "cuidar como um pastor", "alimentar", "orientar", entre outros (1 Pe 5.2).



3. O que vemos em Lucas 10.21 ?
R: Jesus agradecendo ao Pai por ter revelado as verdades acerca do Reino de Deus às "criancinhas" (Lc 10.21).



4. O que encontramos no Salmo 125.1 ?
R: A expressão "os que confiam no Senhor" (Sl 125.1).



5. Quem conduziu o homem à grandeza diante de Deus ?
R: Jesus (Fp 2.6-7).


 


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Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...
Filipenses 3:13,14
“E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz. Romanos 13:11,12” (Bíblia Sagrada)


"A EBD É AMIGA DA INFÂNCIA, A INSPIRAÇÃO DA MOCIDADE, A FORÇA DA MATURIDADE E O CONFORTO DA VELHICE".


Meu amigo e irmão Jesus disse em sua palavra
Que aquele que não nascer de novo da água e do Espírito
Não pode jamais ver o Reino de Deus
E hoje Ele te convida a fazer de você uma nova criatura
E escrever uma nova história , fazer morada em seu coração
Assim como Ele mudou a minha vida e de milhares de pessoas
Ele quer mudar a sua também e fazer de você um campeão
Aleluia!


O segredo da felicidade está nestes versículos
Todos querem ser felizes mas umas pessoas são mais felizes que outras. Qual é o segredo da felicidade? Filipenses 4 explica o que você precisa para ser feliz:
1. Se alegrar em Deus

Ser feliz é uma decisão. Se você é salvo por Jesus, você tem muitas razões para ser feliz! Mesmo quando tudo corre mal, você tem a vida eterna e a amizade, a proteção e o conforto de Deus. Alegre-se, nem tudo é ruim!
2. Ser grato e entregar os problemas a Deus

Você está preocupado com alguma coisa? Não deixe que a ansiedade estrague sua felicidade. Fale com Deus sobre o problema. Confie em Deus e ele vai lhe ajudar. Não precisa ficar ansioso.

Atenção! Não se esqueça de agradecer a Deus pela ajuda! Quem é grato é mais feliz.
3. Pensar em coisas boas

Muitas vezes pensamos tanto nas coisas ruins da vida que esquecemos das coisas boas. Pensamentos negativos tiram a felicidade. Por isso, quando você está em baixo, pense em coisas boas! Por cada pensamento negativo pense em duas coisas positivas e agradeça a Deus por elas.
4. Pôr em prática

Saber não basta. Você precisa praticar! Quanto mais você pratica, mais fácil fica. Se você realmente quer ser feliz, precisa praticar o que a Bíblia diz.
Seja feliz!
Fonte: BÍBLIA SAGRADA ONLINE

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