Arqueólogos conduzindo operações de escavação no Iraque afirmam ter feito uma descoberta inesperada por debaixo de um sítio arqueológico destruído pelos membros do Estado Islâmico, que segundo a tradição seria o túmulo do profeta judeu Jonas (Yunus, segundo o Alcorão.)
Debaixo de um monte de terra que cobre as ruínas da antiga cidade bíblica de Nínive, e por debaixo do que se crê ter sido o túmulo do profeta bíblico Jonas, os arqueólogos deram com um palácio nunca antes descoberto, construído no século 7º a.C. para o rei assírio Senaqueribe, mencionado na Bíblia por ter tentado em vão conquistar a cidade de Jerusalém. Através do profeta Isaías o Senhor Deus havia dito ao rei judeu Ezequias que o rei da Assíria não entraria em Jerusalém: "Portanto, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade (Jerusalém), nem lançará nela flecha alguma...pelo caminho por onde vier, por ele voltará; porém nesta cidade não entrará, diz o Senhor. Porque Eu ampararei a esta cidade, para a livrar, por amor de Mim e por amor do Meu servo Davi" (2 Reis 18 e 19).
Após o seu regresso ao palácio, Senaqueribe foi assassinado por dois dos seus filhos Adrameleque e Sarezer, os quais acabaram por fugir, deixando o reino para um outro filho, Esar-Hadom (2 Reis 19:36, 37).
TÚMULO DO PROFETA JONAS DESTRUÍDO PELO Estado Islâmico
Em Julho de 2014, meses depois de terem capturado a cidade iraquiana de Mossul, e para grande consternação e revolta do mundo "civilizado", os militantes do grupo terrorista islâmico Estado Islâmico fizeram explodir o local do túmulo do profeta Jonas, que anualmente atraía milhares de fieis em peregrinação.
Só em meados de Janeiro deste ano é que as tropas iraquianas conseguiram retomar o controle de Nínive, tendo na altura o Ministro da Cultura do Iraque afirmado que o local estava "muito mais danificado do que se julgava."
O Daesh tinha entretanto escavado túneis por debaixo do túmulo à cata de artefatos valiosos para saquear e vender no mercado negro. A arqueóloga iraquiana Layla Salih revelou entretanto ao jornal britânico Daily Telegraph ter descoberto uma inscrição em escrita cuneiforme numa peça de mármore do rei Esar-Hadom, que se calcula pertencer ao período do império assírio, em 672 a.C.
Apesar de o nome de Esar-Hadom não aparecer explicitamente nesta placa, o rei é descrito numa forma que só se aplicaria a ele, uma vez que alude à reconstrução da Babilônia após a morte do seu pai.
"UM ACHADO FANTÁSTICO"
Eleanor Robson, atual responsável do Instituto Britânico para o Estudo do Iraque, disse entretanto que a destruição causada pelo grupo terrorista abriu as portas a "um achado fantástico."
"Os objetos não correspondem às descrições daquilo que julgávamos haver ali por debaixo" - afirmou ela a um repórter do jornal Telegraph, acrescentando: "Há lá embaixo uma enorme quantidade de História, não apenas pedras ornamentais. É um oportunidade para finalmente se poder mapear a casa-tesouro do primeiro grande império mundial, e do período do seu maior sucesso."
Descobriu-se entretanto que o Estado Islâmico saqueou mais de 700 objetos encontrados no palácio para vender no mercado negro.
"Acreditamos que eles terão levado para vender muitos dos artefatos, tais como cerâmicas e pequenas peças. Mas aquilo que eles deixaram irá ser estudado e acrescentará muito ao nosso conhecimento daquele período" - afirmou Robson.
Crê-se que a cidade de Mossul terá 4.400 anos, tendo surgido numa altura em que a civilização se desenvolvia por toda a região da fértil Mesopotâmia.
Nínive, que numa altura chegou a ser a maior cidade do mundo, teve as suas ruínas destruídas em 70% pelos fanáticos do Estado Islâmico.
Esta importante descoberta vem comprovar a veracidade dos relatos bíblicos. Nada que nos espante, mas constitui certamente mais um claro sinal para quem quer "ver para crer"...
Fonte: Shalom, Israel
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