O afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República completou dois meses sem que ela tenha conseguido avançar em seu principal objetivo: obter mais votos de senadores contra o impeachment. Com isso, aos poucos, Dilma já está retirando seus objetos pessoais do Palácio da Alvorada — que terá que desocupar caso o impeachment se confirme — e levando-os para seu apartamento em Porto Alegre (RS).
As viagens para a capital gaúcha são as únicas que a presidente afastada ainda pode fazer em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), em geral um jatinho Legacy. Segundo matéria do ‘O Globo’, sempre que embarca para lá, a Dilma consegue levar duas malas com objetos pessoais.
A petista decidiu manter o discurso de que é vítima de um golpe, mesmo sabendo que as chances de reverter o processo de impedimento no Senado são baixas.
À espera de um ‘milagre’
Segundo aliados, o time de Dilma não descarta que, até o fim de agosto, quando o impeachment será julgado pelo plenário do Senado, um fato novo contra o governo Michel Temer apareça, ferindo mortalmente o presidente interino.
Os mais próximos a Dilma afirmam torcer por uma nova delação, como a do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é ligado ao núcleo político do governo Temer e sempre foi próximo do presidente interino. Resta saber se esse “milagre” a alcançará!
Fonte: O Globo
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