Há alguns dias lembrei-me de uma palavra que deixei para minha igreja no culto da virada de 2012 para 2013. O que não sabia é que a verdade dessa atitude de Deus seria tão marcante para mim nesse ano que se findou. Como ficou claro o quanto Deus sempre andou à minha frente preparando o caminho, incluindo os percalços nele, tudo para o meu crescimento, aprendizado e para me abençoar. A palavra “adiante” (sig. à frente) aparece diversas vezes em Êxodo e diretamente associada a Deus, em sua relação com o povo israelita, recém saído do Egito por mão poderosa do Senhor (cf. 23.23,27,28; 32.34; 33.2).
Mas essa palavra não se associa somente a Deus, o Deus todo poderoso, mas genericamente, na mente daqueles homens, à divindade, como pode ser visto: “Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós” (Êxodo 32.1). É fato que os homens precisam de alguém que os conduza. Mesmo inconscientemente, o homem buscará alguém que lhe sirva de líder, que o impulsione a fazer algo que ele sozinho não conseguiria. Essa é uma necessidade nata.
É possível ver isso na política, na religião, na ciência, na teologia. A necessidade de um líder não é um problema. Problema é escolher mal. E foi exatamente isso que os israelitas fizeram. Com a ausência de Moisés, decidiram por si mesmos a ter alguém que iria adiante deles, algo que só Deus poderia plenamente fazer. Não é difícil entender a reação de Moisés ao descer do monte com as Tábuas da Lei. Apesar desse terrível acontecimento, apesar dos israelitas, Deus permaneceu fiel e seguiu adiante do povo de “dura cerviz” (v.9). Isso lhes permitiu vencer duras batalhas, ser alimentados no deserto, a ter água e a ver a hostilidade do clima daquele lugar se dissipar pela presença do Senhor (cp. 13.21). E o mais magnífico: a chegar à Canaã.
Como isso nos afeta? Simples: Deus quer ir adiante de nós! E se Ele for, podemos descansar em sua providência (Rm 8.28); descansar no fato de que, embora tenhamos que passar por dias maus em 2014, o Senhor sempre estará no controle, pois estará à nossa frente; também descansaremos no fato de que a vontade do Senhor é sempre “boa, perfeita e agradável” (Rm 12.2), sendo-nos esta verdade de grande consolo para a alma. É por isso que o crente em Jesus não tem o que temer quanto às demandas desta vida. O que importa é em Quem cremos. Este é o baluarte do filho de Deus: saber que seu Pai é bom e terminará a boa obra que iniciou em sua vida. Eu não posso prever o que lhe espera neste ano. Certamente junto com as boas notícias virão as más; com os ventos calmos, os ventos contrários. Pode ser um ano do nascimento de pessoas, ou da perda delas; pode ser um ano de curas, ou do surgimento de algumas doenças; ou quem sabe o ano de um novo ou um melhor emprego, ou um ano demissão e crises financeiras. Mas o que isso importa? Nada. Um esplêndido 2014 em Cristo.
::Tiago Lino Henriques
Nenhum comentário:
Postar um comentário