✋ A paz do Senhor:
👉 Vejam estas sugestões abaixo:
✍️ Apresentem o título da lição: O Discipulado no Ambiente de TrabalhoTenham uma excelente aula!
💨 Trabalhem os pontos levantados na lição sempre de forma participativa e contextualizada.
Endereço e crédito na descrição dos vídeos:
HINOS SUGERIDOS
Harpa Cristã: 156
Harpa Cristã: 192
Harpa Cristã: 453
Momento do louvor
Eu Tenho Um Chamado - Quatro por Um
Fernanda Brum - Meu Chamado
Sarah Farias - O Rosto de Cristo (Live Session)
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Atos 1.1-8
1 Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar,
2 Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera;
3 Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
4 E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes.
5 Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
6 Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
7 E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.
Atos 2.39
3. Paulo sempre utilizou os lares como lugares estratégicos para a evangelização e o ensino.
4. Paulo sempre plantou igrejas em cidades estratégicas. Paulo foi um pregador fiel e relevante.
Pronto para construir relacionamentos
Deus é um Deus pessoal e de relacionamentos. Ele é o nosso exemplo, como vemos na Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, cada um cumprindo o seu papel.
Criou pessoas para que se relacionassem com Ele em amor, e os abençoou para que cresçam, multipliquem-se e encham a terra através dos relacionamentos: “Com amor eterno eu a amei; por isso, com bondade a atraí” (Jeremias. 31.3).
Discipular demanda tempo para que se crie vínculos. Foi isso que Jesus fez no convívio com seus discípulos, e entendemos que Ele requer isso de nós.
Acontece que temos vivido dias em que as pessoas estão tendo dificuldades de se relacionar devido ao excesso de atividades e da correria do dia a dia. Precisamos aprender a administrar o nosso tempo com Deus e com o próximo, conforme diz Efésios 5.16: “Aproveitando bem o tempo, porque os dias são maus”.
Mesmo tendo personalidades, ideias, culturas e posições sociais diferentes, isso, não nos impede de nos relacionarmos uns com os outro.
Ao ensinar Seus discípulos como viver diante de Deus e dos homens, o Mestre, os influenciava com a própria vida. Ele conquistou Seus seguidores através do amor, do tempo investido neles, de seu exemplo e do serviço.
A atuação de Jesus foi tão impressionante que os discípulos desejavam estar junto dEle e aprender com Ele. Jesus visitava lares e, nessas visitas, criava vínculos afetivos que favoreciam o Seu ensinamento às pessoas com quem se relacionava, instruindo, curando e abençoando.
O encontro entre Jesus e Zaqueu, o cobrador de impostos, mencionado no evangelho de Lucas 19.1-10, nos dá essa ideia. O anunciar “Zaqueu desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa”, o Mestre provou que conhece todo ser humano pelo nome, que não faz acepção de pessoas e que se agrada quando há arrependimento e conversão.
Certamente, os momentos que Jesus passou com Zaqueu mudaram a vida desse homem, pois ele não foi mais o mesmo. Passou a ter um novo pensar, falar e um novo comportamento.
O bom êxito do discipulado será proporcional ao tipo de relacionamento entre o discipulador e o discípulo. Quanto mais intimidade o discipulador tem com Deus, mais capacitado está para influenciar o crescimento espiritual e emocional das pessoas que está discipulando.
“Já não chamo vocês de servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz; mas tenho chamado vocês de amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes dei a conhecer”. João 15.15
Referencias: Malafaia, Silas. Chamados para discipular
Viver pregando x pregar vivendo
Há uma enorme diferença entre viver pregando e pregar vivendo. Alguns se tornaram pregadores de Cristo. Falam sobre Ele e o que Ele tem feito, mas não demonstram isto em suas vidas. Outros demonstram isto por meio de sua vida e dispensam até mesmo palavras: “Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos próprios maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à Palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, considerando sua vida casta, em temor”. (1 Pedro 3.1,2)
Acredito que muitas vezes só deveríamos falar de Jesus depois que nossa própria vida conseguiu chamar a atenção dos outros. Pedro também ensinou sobre isto:
“Antes santificai a Cristo como Senhor em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós”. (1 Pedro 3.15)
O propósito deste ensino é despertá-lo a buscar o poder do Espírito Santo em sua vida. Sem ele, jamais chegaremos a ser o que Deus quer que sejamos: testemunhas eficazes. Somente pelo poder do Espírito é que romperemos numa vida cristã vitoriosa e frutífera. E quando isto acontecer, basta compartilharmos com outros o que nós temos vivido… Acredito que o processo de nos tornar testemunhas envolve três estágios distintos:
1) Primeiro o poder de Deus deve agir em nós
2) Depois contamos aos outros o que experimentamos
3) Então Deus confirma este testemunho com sinais
Testemunhando o que provamos
Quando Jesus libertou o endemoninhado gadareno, aquele homem quis acompanha-lo em suas viagens e segui-lo, mas o Mestre lhe fez outra proposta:
“Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes o quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. Ele se retirou, pois, e começou a publicar em Decápolis tudo quanto lhe fizera Jesus; e todos se admiravam”. (Marcos 5.19,20)
Qual era o assunto que este homem deveria abordar ao conversar com as pessoas? Sua única mensagem era dizer o que Cristo lhe havia feito e com isto comunicar o que Deus queria fazer em favor de cada um dos homens. Quando falamos daquilo que provamos o impacto é muito maior nos que nos ouvem. O mesmo se deu com aquela mulher samaritana que Jesus encontrou junto ao poço de Jacó:
“Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; será este, porventura, o Cristo? Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele…muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito”. (João 4.28-30 e 39)
No início, as pessoas foram atrás de Jesus por causa da experiência dela; depois, isto já não foi mais necessário, pois começaram a ter suas próprias experiências:
“E muitos mais creram por causa da palavra dele; e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”. (João 4.41,42)
Os sinais que seguem
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Eles, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam”. (Marcos 16.15-20)
Deus prometeu que avalizaria nosso testemunho com mais provas ainda. Mas o processo de nos fazer testemunhas segue, como já afirmei, um ciclo. Primeiro provamos o poder de Deus e temos nossas experiências, depois as contamos. E quando testemunhamos o que provamos, Deus fará mais para aqueles que nos ouvem. O livro de Atos também nos mostra Deus honrando o testemunho dos apóstolos:
“Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça”. (Atos 4.33)
Muitos cristãos têm tentado entrar direto neste estágio final sem permitir que o processo se estabeleça em sua própria vida no padrão que Deus estabeleceu. Mas nunca acontecerá assim! O estágio final é quando Deus coopera conosco (que já provamos o poder) e avaliza o testemunho com mais sinais.
Foi exatamente assim que se deu com os apóstolos:
“Testificando Deus juntamente com eles, por sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade”. (Hebreus 2.4)
É hora da Igreja romper em sinais e milagres. Mas primeiro precisamos levar os cristãos a entenderem a importância de, individualmente, experimentar o poder de Deus, para depois rompermos numa demonstração maior do poder de Deus (1 Co 2.4).
Acredito que neste momento o que mais precisamos é nos voltar para o Senhor em oração, do mesmo jeito que os apóstolos fizeram no início (At 1.14). Isto desencadeará nossa própria experiência com o poder do Espírito Santo que, por sua vez, quando compartilhada, gerará ainda mais sinais para os outros. Foi assim com os apóstolos; depois de 10 dias perseverando em oração no cenáculo, foram cheios do Espírito Santo:
“E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito concedia que falassem”. (Atos 2.4)
Depois, ao testemunhar de Jesus na casa de Cornélio, Pedro vê Deus avalizar seu testemunho dando àquele grupo a mesma evidência do derramar do Espírito, a ponto de Pedro comparar a experiência deles com a sua própria:
“Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água para que não sejam batizados estes que também, como nós, receberam o Espírito Santo?” (Atos 10.47)
Tenho provado isto em minha própria vida. Os sinais e evidências que eu mesmo passei a provar ao ser cheio do Espírito Santo são reproduzidos hoje por meio de meu ministério em favor de outras pessoas. Experiências novas começaram a acontecer e demonstrar em minha vida que de fato Jesus está vivo e presente ao nosso lado todos os dias. Sem isso (mesmo tendo crescido no evangelho e sabendo expor de cor o plano de salvação) eu não seria uma testemunha eficiente.
Meu desejo é que sua vida seja um reflexo da ação do Espírito Santo, mostrando assim que Jesus Cristo de fato está vivo. Que ao pregar, você possa falar não só daquilo que você soube dele, e sim daquilo que tem provado. E se você não tem provado muito, está na hora de se despertar e cumprir com sua responsabilidade de busca-lo até que Seu poder atue em sua vida a ponto de fazer de você uma testemunha eficaz! Muitos estão adormecidos e suas vidas não refletem o propósito de seu chamado. Para estes, o Espírito Santo diz:
“Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará “. (Efésios 5.14)
Luciano P. Subirá
Fonte: Fabrica da E.B.D/ADVEC
Ser um Vizinho Segundo o Evangelho
8 OUTUBRO, 2020 | AARON MENIKOFF
“O propósito da hospitalidade é forjar relacionamentos fortes o suficiente para suportar o peso da verdade.”
—Dustin Willis & Brandon Clements
Nunca vou me esquecer do Andrew. Ele uniu-se à nossa igreja há vários anos, vindo da Grã-Bretanha e não planejava ficar nos Estados Unidos por muito tempo. Andrew era jovem, solteiro e vivia em um pequeno apartamento. Portanto tinha inúmeras justificativas para não ser um bom vizinho. No entanto, ele é um dos homens mais hospitaleiros que já conheci. Frequentemente recebia em sua casa colegas de trabalho, vizinhos do prédio e membros da igreja. Durante seu último domingo aqui, perguntei à congregação se eles já haviam visitado a casa do Andrew. Quase todos levantaram as mãos. De uma maneira pequena mas importante, Andrew teve um impacto. Ao abrir suas portas e compartilhar sua vida, ele ajudou outros a perceberem a prioridade do Senhor Jesus Cristo. Ele é um vizinho segundo o evangelho.
Todos os cristãos desejam ter um impacto. É parte de nosso DNA espiritual. Sabemos que a maior necessidade da humanidade é de salvação, portanto ansiamos que nossos amigos respondam ao evangelho em arrependimento e fé. Mas, se formos honestos, admitiremos que isto é algo com que nos debatemos. Sabemos que nossos amigos necessitam das Boas Novas, mas temos dificuldade em abrir nossos lares e bocas para tornar o evangelho conhecido. Com demasiada frequência, somos como um carteiro que não se mexe do caminho de acesso à casa.
Ser um bom vizinho é um componente essencial para sermos evangelistas fieis. Todos nós deveríamos ter por aspiração ser vizinhos segundo o evangelho. Mas, primeiro, quero avaliar algumas maneiras típicas como mensuramos o sucesso em termos de evangelismo.
Ao invés de contarmos o número de batismos, poderíamos contar o número de vezes que compartilhamos o evangelho em determinada semana. Contar o número de conversas evangelísticas é uma métrica bem melhor. Ela nos faz relembrar que embora a salvação esteja nas mãos do Senhor; necessitamos falar às pessoas a respeito de Jesus (Ro 10.14). Deveria eu como pastor desafiar cada membro da igreja a compartilhar o evangelho uma vez por dia? Estou pensando fazer isto pois realmente creio que a frequência de conversas evangelísticas é um melhor indicador de nossa saúde espiritual do que o número de batismos que registramos.
Mas há uma maneira ainda melhor. Além de orarmos por batismos e encorajarmos múltiplas conversas evangelísticas, os cristãos fiéis devem buscar abrir suas vidas e lares na prática bíblica da hospitalidade. Gosto demais de como Dustin Willis e Brandon Clements colocam isso: “O modo mais simples de mudar o mundo é impulsionar sua vida comum para Sua missão radical da hospitalidade”.[i] Ser simplesmente um bom vizinho, um vizinho segundo o evangelho, é uma parte importante da vida evangelística.
O requisito da hospitalidade toca na essência do que significa a boa vizinhança. É até mesmo um requisito para ser presbítero. Qualquer homem que queira pastorear o rebanho de Deus necessita ser hospitaleiro (1Tm 3.2; Tt 1.8). Ao descrever o chamado do presbítero, Alexander Strauch observou: “Um lar aberto é sinal de um coração aberto e um espírito amoroso e sacrificial. A falta de hospitalidade é um sinal certo de um cristianismo egoísta, sem vida e sem amor.”[ii]
Embora Strauch aplique o requisito da hospitalidade no contexto do corpo de Cristo, há boas razões para concluir que Paulo tinha em mente uma abordagem mais ampla. Por exemplo, o autor de Hebreus nos exorta a não negligenciarmos “a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos” (Hb 13.2). Tal como Paulo, ele estava bastante preocupado com a hospitalidade dentro da igreja. Talvez ele estivesse exortando os crentes a abrirem seus lares a viajantes cristãos. Mas a expressão é ampla o suficiente para abranger quem que não conhece o Senhor.[iii] Paulo tem uma mensagem semelhante em Romanos 12.13-14: “compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.” Paulo requer um espírito de generosidade para com todos: irmãos ou irmãs, os forasteiros e até mesmo os inimigos!
Pastores e cristãos fiéis necessitam se esforçar para serem bons vizinhos, para abrirem seus lares às pessoas ao seu redor. Tal hospitalidade tem um custo (exige tempo e dinheiro). Se o custo nos parecer alto, necessitamos nos lembrar das palavras de nosso Salvador em Lucas 9.23: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.”
Sim, a vizinhança segundo o evangelho é bíblica.
Se pastores compartilharem fielmente o evangelho a suas congregações no domingo de manhã, mas não forem fiéis em tornar Cristo conhecido em seus próprios quarteirões, será que são realmente evangelísticos? Como o pastor de Dallas, Matt Chandler, sempre adequado de citar, desafia: “Se você é uma fera no púlpito, mas covarde em sua vizinhança, algo deu errado”. Mas esta não é uma crítica apenas para pastores. Todos nós precisamos ouvir isto. Se estivermos dispostos a nos envolver em uma conversa de 10 minutos com um motorista de Uber, mas não estamos dispostos a investir nas pessoas que Deus colocou em nossas famílias, ambientes de trabalho ou vizinhança, será que somos verdadeiramente evangelistas fieis? Penso que não.
A dura verdade é que muitos de nós sequer conhece quem mora na porta ao lado. Em seu livro The Art of Neighboring [A Arte da Boa Vizinhançã], Jay Pathak e Dave Runyon elaboraram um exercício engenhoso para perceber o quão bem conhecemos nossos vizinhos. Desenhe um gráfico com nove caixas (como no jogo da velha) e coloque sua casa no centro do gráfico. As outras caixas são os oito vizinhos mais próximos em seu condomínio, dormitório ou quarteirão. Em cada caixa, anote três itens com informações sobre cada vizinho: primeiro, seu nome; depois um fato simples (por exemplo, “trabalha no Correios” ou “mãe de três filhos”; por fim, um fato mais profundo (por exemplo, “quer ser advogado” ou “teve uma péssima experiência com religião”). Pathak e Runyon chamam este de “gráfico da vergonha”, pois são bem poucos de nós que conseguem passar da primeira questão.[iv]
Dá para você enxergar o desafio? É difícil ter diálogos profundos sobre qualquer coisa com nossos vizinhos se na verdade não os conhecemos.
Há também uma advertência. De maneira nenhuma devemos tratar nossos vizinhos como projetos. Eles não são máquinas cujos controles precisamos ajustar para que não fiquem superaquecidas. Importe-se com as pessoas por quem elas são (portadoras da imagem de Deus) e não apenas por quem podem se tornar (nossos irmãos e irmãs em Cristo).[v]
Quando olho para meu próprio calendário, sinto esta tensão. A vida é muito ocupada e quero ser um bom mordomo de meu tempo. Não estou buscando amizades profundas com pessoas que não conhecem a Cristo. No entanto, se não abrir espaço para vizinhos incrédulos, será que realmente estou obedecendo o Grande Mandamento (Mateus 22.37-38) e ainda menos a Grande Comissão (Mateus 28.19,20)? E, se me envolver com estas pessoas somente porque um dia elas podem se tornar filhos de Deus, não estarei correndo o risco de enxergá-las como uma batalha a ser vencida ao invés de um próximo a ser servido? Creio que sim.
O desafio é conhecer nossos vizinhos. A advertência é ter cautela para não tratá-los como objetos que precisamos concertar, ao invés de pessoas que necessitam ser amadas.
O objetivo da hospitalidade, claramente, é mais do que apenas convidar alguém para nossa casa, compartilhar uma boa refeição e umas poucas histórias até que chegue a hora de dormir. Afinal de contas, somos missionários. Paulo nos lembra: “somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio” (2Co 5.20). O pastor Charles Spurgeon também disse: “Cada cristão […] ou é um missionário ou é um impostor”.[vi]
Quero compartilhar Cristo com o motorista do Uber, meu barista e todos que cruzarem meu caminho. Contudo, quero ser especialmente fiel para com aqueles que Deus colocou em minha vida. Estes são meus vizinhos mais próximos, de modo que tenho uma responsabilidade singular de mostrar Cristo a eles. Além disto, não quero ser uma fera no púlpito e um covarde em minha vizinhança! Estou certo de que você também não.
1. Aprenda o nome das pessoas que Deus colocou próximas a você. Isso remete ao “gráfico da vergonha” mencionado em The Art of Neighboring. Dê a si mesmo um prazo de algumas semanas ou meses, mas faça tudo o que puder para descobrir quem está ao seu redor.
2. Comece a orar pelos seus vizinhos pelo nome. Seja como aquela viúva persistente em Lucas 18. Peça a Deus que as portas sejam abertas (1Co 16.9). Ele pode fazer isso.
3. Planeje modos de acolhê-los em sua vida. O livro Simplest Way to Change the World: Biblical Hospitality as a Way of Life [O Modo Mais Simples de Mudar o Mundo: a Hospitalidade Bíblica como Modo de Vida] é cheio de maneiras práticas e fáceis de abrir seu lar aos seus vizinhos. É uma boa leitura. Será preciso esforço para descobrir se você precisa passar mais tempo em festas no quarteirão ou simplesmente abrir sua casa a cada três meses para um churrasco ao ar livre. Talvez você já tenha relacionamento com vizinhos que possa levar adiante. Será que é hora de identificar quem está interessado em ler a Bíblia com você?
4. Acolha os vizinhos em sua vida. Pelo menos para mim, a parte mais difícil não é planejar como se aproximar dos vizinhos, é, na verdade, fazer isto. Para alguns de vocês, isso é bem fácil. Mas, para muitos de nós, é difícil. Talvez isso se deva à falta de tempo, de energia ou de coragem. Você precisará dos três!
5. Ame-os por quem são. Mas uma vez, a fim de ser um vizinho segundo o evangelho, o evangelismo não deve ser seu único objetivo. Aprecie conhecer melhor seus vizinhos. Faça-lhes perguntas. Encontre modos de servi-los e passar tempo juntos. Eles são incríveis portadores da imagem divina. Você não conhece o futuro deles, então, tente amá-los onde quer que estejam.
6. Seja consistente. Queremos que a vizinhança segundo o evangelho seja nosso alvo até que o Senhor volte. Vamos nos comprometer com a vizinhança a longo prazo. Isto pode fazer com que nossos objetivos de hospitalidade sejam bem mais modestos. É melhor um pouco ao longo de muito tempo do que se sobrecarregar por um mês.
7. Preste contas a alguém. Você tem um irmão ou irmã em Cristo que o desafia a ler a Bíblia e orar com fidelidade? Pense sobre pedir a ele ou a ela para o encorajar também na disciplina da hospitalidade.
8. Compartilhe aquilo que você mais ama. Se você é cristão, você ama Cristo mais do que tudo. Ponto final. A maneira pela qual você comunica o evangelho a seus vizinhos exige sabedoria. Mais uma vez, não queremos que eles se sintam como nosso projeto. Mas também não podemos permanecer em silêncio por tempo demais. Quanto a isso, Willis e Clements são proveitosamente honestos: “Sim, ao dar o corajoso passo de falar das boas novas, talvez você se sinta nervoso e relutante por medo de ser rejeitado, mas entenda que o evangelho que você tem a oferecer é extremamente atrativo ao ferido que mora ao seu lado”.[vii] Isto é uma grande verdade.
9. Priorize o que é prioritário. Todos conhecemos alguém que foca tanto no discipulado que negligencia o evangelismo. Isto não é bom. Mas não vamos esquecer o mandamento completo de Paulo em Gálatas 6.10: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”. Paulo priorizava a igreja local. Com certeza ele se lembrava das palavras de Cristo: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35). Ser fiel ao vizinho da porta ao lado começa por ser um membro da igreja fiel.
10. Fique Descansado. Você se lembra do Andrew, o jovem que abria seu apartamento para, literalmente, dezenas de amigos? Nem todos somos como Andrew. Para ele, aquilo parecia ocorrer naturalmente. Felizmente, nossa esperança não está em ser como Andrew. Nossa confiança está em Deus, que fez cada um de nós exatamente como ele quer que sejamos. Nosso sucesso em sermos vizinhos segundo o evangelho, portanto, não depende de nosso encanto, capacidade de organizar festas ou persistência. Nosso sucesso vem do poder do Espírito de Deus que exalta e torna conhecido o Filho de Deus para a glória de Deus. Por causa disto, mesmo ao nos esforçarmos arduamente para sermos vizinhos segundo o evangelho, podemos descansar.
Publicado originalmente pelo 9Marks: https://www.9marks.org/article/be-a-gospel-neighbor/
Traduzido por: Abner Arrais
1 Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar,
2 Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera;
3 Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
4 E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes.
5 Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
6 Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
7 E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.
TEXTO ÁUREO
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.Atos 2.39
OBJETIVOS
👉 Reconhecer a importância que deve ser dispensada aos vizinhos no que se refere à propagação do evangelho;
👉 Entender que a tarefa de anunciação do evangelho a vizinhança;
👉 Utilizar algumas sugestões para evangelização da vizinhança.
As estratégias evangelísticas de Paulo
Paulo foi o maior missionário da história da igreja. Investigar o conteúdo da sua mensagem e a relevância de seus métodos é um desafio para a igreja contemporânea. Na busca do crescimento da igreja, não precisamos recorrer às novas técnicas engendradas no laboratório do pragmatismo, mas devemos nos voltar ao exemplo daquele que foi o maior bandeirante do Cristianismo. Algumas estratégias de Paulo merecem destaque:
1. Paulo sempre buscou as sinagogas para alcançar os religiosos. Sempre que Paulo chegava em uma cidade, procurava ali uma sinagoga. Sabia que nesse ambiente religioso, judeus e pessoas tementes a Deus se reuniam para estudar a lei e orar. Seu propósito era argumentar com essas pessoas, a partir do Antigo Testamento, que o Jesus histórico é o Messias, o Salvador do mundo. Não podemos perder a oportunidade de pregar a Palavra nos templos, onde pessoas religiosas se reúnem, para expor a elas as Escrituras e por meio delas apresentar-lhes Jesus.
2. Paulo sempre aproveitou os lugares seculares para alcançar as pessoas não religiosas.
👉 Entender que a tarefa de anunciação do evangelho a vizinhança;
👉 Utilizar algumas sugestões para evangelização da vizinhança.
As estratégias evangelísticas de Paulo
Paulo foi o maior missionário da história da igreja. Investigar o conteúdo da sua mensagem e a relevância de seus métodos é um desafio para a igreja contemporânea. Na busca do crescimento da igreja, não precisamos recorrer às novas técnicas engendradas no laboratório do pragmatismo, mas devemos nos voltar ao exemplo daquele que foi o maior bandeirante do Cristianismo. Algumas estratégias de Paulo merecem destaque:
1. Paulo sempre buscou as sinagogas para alcançar os religiosos. Sempre que Paulo chegava em uma cidade, procurava ali uma sinagoga. Sabia que nesse ambiente religioso, judeus e pessoas tementes a Deus se reuniam para estudar a lei e orar. Seu propósito era argumentar com essas pessoas, a partir do Antigo Testamento, que o Jesus histórico é o Messias, o Salvador do mundo. Não podemos perder a oportunidade de pregar a Palavra nos templos, onde pessoas religiosas se reúnem, para expor a elas as Escrituras e por meio delas apresentar-lhes Jesus.
2. Paulo sempre aproveitou os lugares seculares para alcançar as pessoas não religiosas.
Tanto em Corinto como em Éfeso, Paulo lançou mão desse recurso. Não podemos limitar o ensino da Palavra de Deus apenas aos locais religiosos. Em Corinto Paulo ensinou na casa de Tício Justo e em Éfeso, na escola de Tirano. Paulo ia ao encontro das pessoas, onde elas estavam. Era um evangelista que tinha cheiro de gente. Estava nas ruas, nas praças, nas escolas. Era um pregador fora dos portões. Ainda hoje podemos e devemos usar esses recursos. Podemos e devemos plantar igrejas, usando espaços neutros, como fábricas, escolas e hotéis. Muitas pessoas que, ainda hoje, encontram resistência para entrar num lugar religioso não oferecem qualquer resistência para ir a um lugar neutro.
3. Paulo sempre utilizou os lares como lugares estratégicos para a evangelização e o ensino.
Paulo ensinava publicamente e também de casa em casa, testemunhando tanto a judeus como a gregos o arrependimento e a fé em Cristo Jesus. Paulo era um evangelista e um mestre. O lar sempre foi um lugar estratégico para o crescimento da igreja. Na igreja apostólica não havia templos. As igrejas se reuniam nas casas. E a partir desses núcleos, a igreja espalhou-se e multiplicou-se por todo o império romano. O lar deve ser uma embaixada do reino de Deus na terra, uma agência de evangelização e uma escola de discipulado.
4. Paulo sempre plantou igrejas em cidades estratégicas. Paulo foi um pregador fiel e relevante.
Ele lia o texto e o povo. Conhecia as Escrituras e a cultura. Jamais mudou a mensagem, mas sempre buscou os melhores métodos para alcançar os melhores resultados. Por isso, fixou-se nas cidades mais importantes do império, porque estava convencido de que a partir dali, o evangelho poderia se espalhar para outros horizontes. Nas quatro províncias que Paulo plantou igrejas, as províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor, procurou sempre se estabelecer em lugares geográfica, econômica e religiosamente importantes, pois sabia que as igrejas nessas cidades tornar-se-iam multiplicadoras na evangelização mundial.
5. Paulo sempre acreditou no poder da verdade para convencer e converter os corações.
5. Paulo sempre acreditou no poder da verdade para convencer e converter os corações.
Paulo pregou com lágrimas, mas sem deixar de usar seu cérebro. Por onde passou, dissertou sobre a verdade das Escrituras e persuadiu as pessoas a crerem em Cristo. Ele dirigiu-se à mente das pessoas e tocou-lhes o coração. Paulo rejeitou a sabedoria humana, mas não a sabedoria divina. Ele não confiou nos recursos da retórica, mas usou todos os argumentos lógicos e racionais, na dependência do Espírito, para alcançar as pessoas com o evangelho. Hoje, à semelhança de Paulo, precisamos de pregadores que conheçam a verdade; pregadores que ousem pregá-la com clareza, exatidão e poder.
Hernandes Dias Lopes
Um discipulador eficaz
O discipulador é aquele que aceitou o Senhor Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, assumindo a identidade de filho de Deus. A partir de então, passa a ser guiado pelo seu Espírito, como está escrito em Atos 17.28: “Pois nele vivemos, nos movemos e existimos”.
A nova identidade de filho gera em seu coração a necessidade de se conectar diariamente com o pai e de priorizá-lo em tudo o que faz: “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”. Este é o grande e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este é: “Ame o seu próximo como você ama a si mesmo”. (Mateus 22.37-39).
Jesus define amar a Deus como estar enraizado em um espírito de obediência. Ao amarmos a Deus, e a nós mesmos, estaremos prontos para amar o próximo cumprindo este mandamento divino. É através da convivência que os vínculos são fortalecidos.
Para cumprir o seu papel como discipulador é necessário desenvolver algumas atitudes que serão importantes para um discípulo eficaz, como estar pronto para se relacionar, ensinar, ouvir e interceder.
Hernandes Dias Lopes
Um discipulador eficaz
O discipulador é aquele que aceitou o Senhor Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, assumindo a identidade de filho de Deus. A partir de então, passa a ser guiado pelo seu Espírito, como está escrito em Atos 17.28: “Pois nele vivemos, nos movemos e existimos”.
A nova identidade de filho gera em seu coração a necessidade de se conectar diariamente com o pai e de priorizá-lo em tudo o que faz: “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”. Este é o grande e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este é: “Ame o seu próximo como você ama a si mesmo”. (Mateus 22.37-39).
Jesus define amar a Deus como estar enraizado em um espírito de obediência. Ao amarmos a Deus, e a nós mesmos, estaremos prontos para amar o próximo cumprindo este mandamento divino. É através da convivência que os vínculos são fortalecidos.
Para cumprir o seu papel como discipulador é necessário desenvolver algumas atitudes que serão importantes para um discípulo eficaz, como estar pronto para se relacionar, ensinar, ouvir e interceder.
Pronto para construir relacionamentos
Deus é um Deus pessoal e de relacionamentos. Ele é o nosso exemplo, como vemos na Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, cada um cumprindo o seu papel.
Criou pessoas para que se relacionassem com Ele em amor, e os abençoou para que cresçam, multipliquem-se e encham a terra através dos relacionamentos: “Com amor eterno eu a amei; por isso, com bondade a atraí” (Jeremias. 31.3).
Discipular demanda tempo para que se crie vínculos. Foi isso que Jesus fez no convívio com seus discípulos, e entendemos que Ele requer isso de nós.
Acontece que temos vivido dias em que as pessoas estão tendo dificuldades de se relacionar devido ao excesso de atividades e da correria do dia a dia. Precisamos aprender a administrar o nosso tempo com Deus e com o próximo, conforme diz Efésios 5.16: “Aproveitando bem o tempo, porque os dias são maus”.
Mesmo tendo personalidades, ideias, culturas e posições sociais diferentes, isso, não nos impede de nos relacionarmos uns com os outro.
Ao ensinar Seus discípulos como viver diante de Deus e dos homens, o Mestre, os influenciava com a própria vida. Ele conquistou Seus seguidores através do amor, do tempo investido neles, de seu exemplo e do serviço.
A atuação de Jesus foi tão impressionante que os discípulos desejavam estar junto dEle e aprender com Ele. Jesus visitava lares e, nessas visitas, criava vínculos afetivos que favoreciam o Seu ensinamento às pessoas com quem se relacionava, instruindo, curando e abençoando.
O encontro entre Jesus e Zaqueu, o cobrador de impostos, mencionado no evangelho de Lucas 19.1-10, nos dá essa ideia. O anunciar “Zaqueu desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa”, o Mestre provou que conhece todo ser humano pelo nome, que não faz acepção de pessoas e que se agrada quando há arrependimento e conversão.
Certamente, os momentos que Jesus passou com Zaqueu mudaram a vida desse homem, pois ele não foi mais o mesmo. Passou a ter um novo pensar, falar e um novo comportamento.
O bom êxito do discipulado será proporcional ao tipo de relacionamento entre o discipulador e o discípulo. Quanto mais intimidade o discipulador tem com Deus, mais capacitado está para influenciar o crescimento espiritual e emocional das pessoas que está discipulando.
“Já não chamo vocês de servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz; mas tenho chamado vocês de amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes dei a conhecer”. João 15.15
Referencias: Malafaia, Silas. Chamados para discipular
Viver pregando x pregar vivendo
Há uma enorme diferença entre viver pregando e pregar vivendo. Alguns se tornaram pregadores de Cristo. Falam sobre Ele e o que Ele tem feito, mas não demonstram isto em suas vidas. Outros demonstram isto por meio de sua vida e dispensam até mesmo palavras: “Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos próprios maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à Palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, considerando sua vida casta, em temor”. (1 Pedro 3.1,2)
Acredito que muitas vezes só deveríamos falar de Jesus depois que nossa própria vida conseguiu chamar a atenção dos outros. Pedro também ensinou sobre isto:
“Antes santificai a Cristo como Senhor em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós”. (1 Pedro 3.15)
O propósito deste ensino é despertá-lo a buscar o poder do Espírito Santo em sua vida. Sem ele, jamais chegaremos a ser o que Deus quer que sejamos: testemunhas eficazes. Somente pelo poder do Espírito é que romperemos numa vida cristã vitoriosa e frutífera. E quando isto acontecer, basta compartilharmos com outros o que nós temos vivido… Acredito que o processo de nos tornar testemunhas envolve três estágios distintos:
1) Primeiro o poder de Deus deve agir em nós
2) Depois contamos aos outros o que experimentamos
3) Então Deus confirma este testemunho com sinais
Testemunhando o que provamos
Quando Jesus libertou o endemoninhado gadareno, aquele homem quis acompanha-lo em suas viagens e segui-lo, mas o Mestre lhe fez outra proposta:
“Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes o quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. Ele se retirou, pois, e começou a publicar em Decápolis tudo quanto lhe fizera Jesus; e todos se admiravam”. (Marcos 5.19,20)
Qual era o assunto que este homem deveria abordar ao conversar com as pessoas? Sua única mensagem era dizer o que Cristo lhe havia feito e com isto comunicar o que Deus queria fazer em favor de cada um dos homens. Quando falamos daquilo que provamos o impacto é muito maior nos que nos ouvem. O mesmo se deu com aquela mulher samaritana que Jesus encontrou junto ao poço de Jacó:
“Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; será este, porventura, o Cristo? Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele…muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito”. (João 4.28-30 e 39)
No início, as pessoas foram atrás de Jesus por causa da experiência dela; depois, isto já não foi mais necessário, pois começaram a ter suas próprias experiências:
“E muitos mais creram por causa da palavra dele; e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”. (João 4.41,42)
Os sinais que seguem
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Eles, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam”. (Marcos 16.15-20)
Deus prometeu que avalizaria nosso testemunho com mais provas ainda. Mas o processo de nos fazer testemunhas segue, como já afirmei, um ciclo. Primeiro provamos o poder de Deus e temos nossas experiências, depois as contamos. E quando testemunhamos o que provamos, Deus fará mais para aqueles que nos ouvem. O livro de Atos também nos mostra Deus honrando o testemunho dos apóstolos:
“Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça”. (Atos 4.33)
Muitos cristãos têm tentado entrar direto neste estágio final sem permitir que o processo se estabeleça em sua própria vida no padrão que Deus estabeleceu. Mas nunca acontecerá assim! O estágio final é quando Deus coopera conosco (que já provamos o poder) e avaliza o testemunho com mais sinais.
Foi exatamente assim que se deu com os apóstolos:
“Testificando Deus juntamente com eles, por sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade”. (Hebreus 2.4)
É hora da Igreja romper em sinais e milagres. Mas primeiro precisamos levar os cristãos a entenderem a importância de, individualmente, experimentar o poder de Deus, para depois rompermos numa demonstração maior do poder de Deus (1 Co 2.4).
Acredito que neste momento o que mais precisamos é nos voltar para o Senhor em oração, do mesmo jeito que os apóstolos fizeram no início (At 1.14). Isto desencadeará nossa própria experiência com o poder do Espírito Santo que, por sua vez, quando compartilhada, gerará ainda mais sinais para os outros. Foi assim com os apóstolos; depois de 10 dias perseverando em oração no cenáculo, foram cheios do Espírito Santo:
“E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito concedia que falassem”. (Atos 2.4)
Depois, ao testemunhar de Jesus na casa de Cornélio, Pedro vê Deus avalizar seu testemunho dando àquele grupo a mesma evidência do derramar do Espírito, a ponto de Pedro comparar a experiência deles com a sua própria:
“Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água para que não sejam batizados estes que também, como nós, receberam o Espírito Santo?” (Atos 10.47)
Tenho provado isto em minha própria vida. Os sinais e evidências que eu mesmo passei a provar ao ser cheio do Espírito Santo são reproduzidos hoje por meio de meu ministério em favor de outras pessoas. Experiências novas começaram a acontecer e demonstrar em minha vida que de fato Jesus está vivo e presente ao nosso lado todos os dias. Sem isso (mesmo tendo crescido no evangelho e sabendo expor de cor o plano de salvação) eu não seria uma testemunha eficiente.
Meu desejo é que sua vida seja um reflexo da ação do Espírito Santo, mostrando assim que Jesus Cristo de fato está vivo. Que ao pregar, você possa falar não só daquilo que você soube dele, e sim daquilo que tem provado. E se você não tem provado muito, está na hora de se despertar e cumprir com sua responsabilidade de busca-lo até que Seu poder atue em sua vida a ponto de fazer de você uma testemunha eficaz! Muitos estão adormecidos e suas vidas não refletem o propósito de seu chamado. Para estes, o Espírito Santo diz:
“Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará “. (Efésios 5.14)
Luciano P. Subirá
Fonte: Fabrica da E.B.D/ADVEC
Ser um Vizinho Segundo o Evangelho
8 OUTUBRO, 2020 | AARON MENIKOFF
“O propósito da hospitalidade é forjar relacionamentos fortes o suficiente para suportar o peso da verdade.”
—Dustin Willis & Brandon Clements
Nunca vou me esquecer do Andrew. Ele uniu-se à nossa igreja há vários anos, vindo da Grã-Bretanha e não planejava ficar nos Estados Unidos por muito tempo. Andrew era jovem, solteiro e vivia em um pequeno apartamento. Portanto tinha inúmeras justificativas para não ser um bom vizinho. No entanto, ele é um dos homens mais hospitaleiros que já conheci. Frequentemente recebia em sua casa colegas de trabalho, vizinhos do prédio e membros da igreja. Durante seu último domingo aqui, perguntei à congregação se eles já haviam visitado a casa do Andrew. Quase todos levantaram as mãos. De uma maneira pequena mas importante, Andrew teve um impacto. Ao abrir suas portas e compartilhar sua vida, ele ajudou outros a perceberem a prioridade do Senhor Jesus Cristo. Ele é um vizinho segundo o evangelho.
Todos os cristãos desejam ter um impacto. É parte de nosso DNA espiritual. Sabemos que a maior necessidade da humanidade é de salvação, portanto ansiamos que nossos amigos respondam ao evangelho em arrependimento e fé. Mas, se formos honestos, admitiremos que isto é algo com que nos debatemos. Sabemos que nossos amigos necessitam das Boas Novas, mas temos dificuldade em abrir nossos lares e bocas para tornar o evangelho conhecido. Com demasiada frequência, somos como um carteiro que não se mexe do caminho de acesso à casa.
Ser um bom vizinho é um componente essencial para sermos evangelistas fieis. Todos nós deveríamos ter por aspiração ser vizinhos segundo o evangelho. Mas, primeiro, quero avaliar algumas maneiras típicas como mensuramos o sucesso em termos de evangelismo.
A MÉTRICA DO SUCESSO
É tentador considerar os resultados como evidência de evangelismo saudável. Recentemente, ouvi um líder cristão lamentando a falta de batismos em nosso estado. Ele presumia que isto se deve a não estarmos evangelizando o suficiente — e ele pode estar certo! Certamente, devemos orar por mais batismos. Mas, visto que Deus é o Doador da vida, uma redução no número de batismos não se deve necessariamente à falta de evangelismo. Afinal de contas, plantamos as sementes por meio do evangelismo, e é Deus quem dá o crescimento na conversão e, então, no batismo (ver 1Co 3.6). Portanto, não penso que o “número de batismos” seja a melhor métrica para avaliar nosso compromisso com o evangelismo.Ao invés de contarmos o número de batismos, poderíamos contar o número de vezes que compartilhamos o evangelho em determinada semana. Contar o número de conversas evangelísticas é uma métrica bem melhor. Ela nos faz relembrar que embora a salvação esteja nas mãos do Senhor; necessitamos falar às pessoas a respeito de Jesus (Ro 10.14). Deveria eu como pastor desafiar cada membro da igreja a compartilhar o evangelho uma vez por dia? Estou pensando fazer isto pois realmente creio que a frequência de conversas evangelísticas é um melhor indicador de nossa saúde espiritual do que o número de batismos que registramos.
Mas há uma maneira ainda melhor. Além de orarmos por batismos e encorajarmos múltiplas conversas evangelísticas, os cristãos fiéis devem buscar abrir suas vidas e lares na prática bíblica da hospitalidade. Gosto demais de como Dustin Willis e Brandon Clements colocam isso: “O modo mais simples de mudar o mundo é impulsionar sua vida comum para Sua missão radical da hospitalidade”.[i] Ser simplesmente um bom vizinho, um vizinho segundo o evangelho, é uma parte importante da vida evangelística.
A BÍBLIA FALA SOBRE A BOA VIZINHANÇA?
Vários textos no Novo Testamento nos conclamam a sermos bons vizinhos — ou bons próximos. O mais explícito é a parábola do Bom Samaritano (Lucas 10.25-37). Os cristãos devem demonstrar misericórdia aos negligenciados e indesejados. Todos os cristãos necessitam ter a mesma disposição de Cristo para com todos — amar em alegria aqueles que estão em dificuldades. Este é o espírito da primeira metade de Gálatas 6.10, onde Paulo diz que as igrejas devem “fa[zer] o bem a todos”. Isto se aplica aos refugiados sírios em todo o mundo, ao homem sem teto doutro lado da cidade, à viúva solitária e à ocupada família jovem que mora ao lado.O requisito da hospitalidade toca na essência do que significa a boa vizinhança. É até mesmo um requisito para ser presbítero. Qualquer homem que queira pastorear o rebanho de Deus necessita ser hospitaleiro (1Tm 3.2; Tt 1.8). Ao descrever o chamado do presbítero, Alexander Strauch observou: “Um lar aberto é sinal de um coração aberto e um espírito amoroso e sacrificial. A falta de hospitalidade é um sinal certo de um cristianismo egoísta, sem vida e sem amor.”[ii]
Embora Strauch aplique o requisito da hospitalidade no contexto do corpo de Cristo, há boas razões para concluir que Paulo tinha em mente uma abordagem mais ampla. Por exemplo, o autor de Hebreus nos exorta a não negligenciarmos “a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos” (Hb 13.2). Tal como Paulo, ele estava bastante preocupado com a hospitalidade dentro da igreja. Talvez ele estivesse exortando os crentes a abrirem seus lares a viajantes cristãos. Mas a expressão é ampla o suficiente para abranger quem que não conhece o Senhor.[iii] Paulo tem uma mensagem semelhante em Romanos 12.13-14: “compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.” Paulo requer um espírito de generosidade para com todos: irmãos ou irmãs, os forasteiros e até mesmo os inimigos!
Pastores e cristãos fiéis necessitam se esforçar para serem bons vizinhos, para abrirem seus lares às pessoas ao seu redor. Tal hospitalidade tem um custo (exige tempo e dinheiro). Se o custo nos parecer alto, necessitamos nos lembrar das palavras de nosso Salvador em Lucas 9.23: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.”
Sim, a vizinhança segundo o evangelho é bíblica.
COVARDIA EM SEU BAIRRO?
Exercer a vizinhança segundo o evangelho é importante. Para ser bem claro, oro para que um monte de conversas evangelísticas espontâneos ocorram ao longo da semana. Não apenas isto, encorajo também os cristãos a convidarem seus amigos incrédulos para os cultos na igreja. Tais reuniões públicas são um bom lugar para ouvirem o evangelho. Mas temo que, se negligenciarmos a árdua tarefa de exercer a vizinhança segundo o evangelho, qualquer cultura de evangelismo que construirmos será demasiado fraca e superficial. A boa vizinhança segundo o evangelho torna nosso evangelismo robusto e profundo. Embora seja ótimo compartilhar o evangelho com quem quer que você conheça — a Palavra de Deus é suficiente para salvar —, é apropriado compartilhar o evangelho no contexto dos relacionamentos robustos. A boa vizinhança segundo o evangelho se empenha para fazer com que estes relacionamentos se tornem realidade.Se pastores compartilharem fielmente o evangelho a suas congregações no domingo de manhã, mas não forem fiéis em tornar Cristo conhecido em seus próprios quarteirões, será que são realmente evangelísticos? Como o pastor de Dallas, Matt Chandler, sempre adequado de citar, desafia: “Se você é uma fera no púlpito, mas covarde em sua vizinhança, algo deu errado”. Mas esta não é uma crítica apenas para pastores. Todos nós precisamos ouvir isto. Se estivermos dispostos a nos envolver em uma conversa de 10 minutos com um motorista de Uber, mas não estamos dispostos a investir nas pessoas que Deus colocou em nossas famílias, ambientes de trabalho ou vizinhança, será que somos verdadeiramente evangelistas fieis? Penso que não.
UM DESAFIO E UMA ADVERTÊNCIA
O desafio é que cada igreja e cristão percebam a importância de se envolver com seus vizinhos — as pessoas específicas que Deus coloca em nossas vidas, quer seja uma casa pela qual passamos a cada manhã ou um colega de trabalho com quem conversamos todos os dias.A dura verdade é que muitos de nós sequer conhece quem mora na porta ao lado. Em seu livro The Art of Neighboring [A Arte da Boa Vizinhançã], Jay Pathak e Dave Runyon elaboraram um exercício engenhoso para perceber o quão bem conhecemos nossos vizinhos. Desenhe um gráfico com nove caixas (como no jogo da velha) e coloque sua casa no centro do gráfico. As outras caixas são os oito vizinhos mais próximos em seu condomínio, dormitório ou quarteirão. Em cada caixa, anote três itens com informações sobre cada vizinho: primeiro, seu nome; depois um fato simples (por exemplo, “trabalha no Correios” ou “mãe de três filhos”; por fim, um fato mais profundo (por exemplo, “quer ser advogado” ou “teve uma péssima experiência com religião”). Pathak e Runyon chamam este de “gráfico da vergonha”, pois são bem poucos de nós que conseguem passar da primeira questão.[iv]
Dá para você enxergar o desafio? É difícil ter diálogos profundos sobre qualquer coisa com nossos vizinhos se na verdade não os conhecemos.
Há também uma advertência. De maneira nenhuma devemos tratar nossos vizinhos como projetos. Eles não são máquinas cujos controles precisamos ajustar para que não fiquem superaquecidas. Importe-se com as pessoas por quem elas são (portadoras da imagem de Deus) e não apenas por quem podem se tornar (nossos irmãos e irmãs em Cristo).[v]
Quando olho para meu próprio calendário, sinto esta tensão. A vida é muito ocupada e quero ser um bom mordomo de meu tempo. Não estou buscando amizades profundas com pessoas que não conhecem a Cristo. No entanto, se não abrir espaço para vizinhos incrédulos, será que realmente estou obedecendo o Grande Mandamento (Mateus 22.37-38) e ainda menos a Grande Comissão (Mateus 28.19,20)? E, se me envolver com estas pessoas somente porque um dia elas podem se tornar filhos de Deus, não estarei correndo o risco de enxergá-las como uma batalha a ser vencida ao invés de um próximo a ser servido? Creio que sim.
O desafio é conhecer nossos vizinhos. A advertência é ter cautela para não tratá-los como objetos que precisamos concertar, ao invés de pessoas que necessitam ser amadas.
O OBJETIVO FINAL
Como cristão, não posso negar o quanto desejo que meus vizinhos saibam o que eu sei: Jesus Cristo é Senhor. Fomos feitos para conhecermos e amarmos a Deus. Todos nós somos insuficientes e merecemos o castigo eterno. Mas Deus, em amor, criou uma solução. O Pai enviou o Filho ao mundo. Jesus viveu uma vida perfeita, de modo que pudesse morrer como sacrifício perfeito no lugar de todos os que se voltam para ele e nele confiam. Sua ressurreição é prova de que ele realmente é o Rei dos reis, e, agora, somos chamados a segui-lo. Este é o evangelho, é a essência de minha vida, e é o que desejo que meus vizinhos ouçam e creiam. Este não é o único objetivo da boa vizinhança, mas é o objetivo final. Gosto de como Willis e Clement afirmam isto:O objetivo da hospitalidade, claramente, é mais do que apenas convidar alguém para nossa casa, compartilhar uma boa refeição e umas poucas histórias até que chegue a hora de dormir. Afinal de contas, somos missionários. Paulo nos lembra: “somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio” (2Co 5.20). O pastor Charles Spurgeon também disse: “Cada cristão […] ou é um missionário ou é um impostor”.[vi]
Quero compartilhar Cristo com o motorista do Uber, meu barista e todos que cruzarem meu caminho. Contudo, quero ser especialmente fiel para com aqueles que Deus colocou em minha vida. Estes são meus vizinhos mais próximos, de modo que tenho uma responsabilidade singular de mostrar Cristo a eles. Além disto, não quero ser uma fera no púlpito e um covarde em minha vizinhança! Estou certo de que você também não.
SEGUINDO ADIANTE
Como podemos crescer quanto a ser vizinhos segundo o evangelho para a glória de Deus? Aqui estão dez imperativos que oro para que Deus use a fim de nos mover na direção correta.1. Aprenda o nome das pessoas que Deus colocou próximas a você. Isso remete ao “gráfico da vergonha” mencionado em The Art of Neighboring. Dê a si mesmo um prazo de algumas semanas ou meses, mas faça tudo o que puder para descobrir quem está ao seu redor.
2. Comece a orar pelos seus vizinhos pelo nome. Seja como aquela viúva persistente em Lucas 18. Peça a Deus que as portas sejam abertas (1Co 16.9). Ele pode fazer isso.
3. Planeje modos de acolhê-los em sua vida. O livro Simplest Way to Change the World: Biblical Hospitality as a Way of Life [O Modo Mais Simples de Mudar o Mundo: a Hospitalidade Bíblica como Modo de Vida] é cheio de maneiras práticas e fáceis de abrir seu lar aos seus vizinhos. É uma boa leitura. Será preciso esforço para descobrir se você precisa passar mais tempo em festas no quarteirão ou simplesmente abrir sua casa a cada três meses para um churrasco ao ar livre. Talvez você já tenha relacionamento com vizinhos que possa levar adiante. Será que é hora de identificar quem está interessado em ler a Bíblia com você?
4. Acolha os vizinhos em sua vida. Pelo menos para mim, a parte mais difícil não é planejar como se aproximar dos vizinhos, é, na verdade, fazer isto. Para alguns de vocês, isso é bem fácil. Mas, para muitos de nós, é difícil. Talvez isso se deva à falta de tempo, de energia ou de coragem. Você precisará dos três!
5. Ame-os por quem são. Mas uma vez, a fim de ser um vizinho segundo o evangelho, o evangelismo não deve ser seu único objetivo. Aprecie conhecer melhor seus vizinhos. Faça-lhes perguntas. Encontre modos de servi-los e passar tempo juntos. Eles são incríveis portadores da imagem divina. Você não conhece o futuro deles, então, tente amá-los onde quer que estejam.
6. Seja consistente. Queremos que a vizinhança segundo o evangelho seja nosso alvo até que o Senhor volte. Vamos nos comprometer com a vizinhança a longo prazo. Isto pode fazer com que nossos objetivos de hospitalidade sejam bem mais modestos. É melhor um pouco ao longo de muito tempo do que se sobrecarregar por um mês.
7. Preste contas a alguém. Você tem um irmão ou irmã em Cristo que o desafia a ler a Bíblia e orar com fidelidade? Pense sobre pedir a ele ou a ela para o encorajar também na disciplina da hospitalidade.
8. Compartilhe aquilo que você mais ama. Se você é cristão, você ama Cristo mais do que tudo. Ponto final. A maneira pela qual você comunica o evangelho a seus vizinhos exige sabedoria. Mais uma vez, não queremos que eles se sintam como nosso projeto. Mas também não podemos permanecer em silêncio por tempo demais. Quanto a isso, Willis e Clements são proveitosamente honestos: “Sim, ao dar o corajoso passo de falar das boas novas, talvez você se sinta nervoso e relutante por medo de ser rejeitado, mas entenda que o evangelho que você tem a oferecer é extremamente atrativo ao ferido que mora ao seu lado”.[vii] Isto é uma grande verdade.
9. Priorize o que é prioritário. Todos conhecemos alguém que foca tanto no discipulado que negligencia o evangelismo. Isto não é bom. Mas não vamos esquecer o mandamento completo de Paulo em Gálatas 6.10: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”. Paulo priorizava a igreja local. Com certeza ele se lembrava das palavras de Cristo: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35). Ser fiel ao vizinho da porta ao lado começa por ser um membro da igreja fiel.
10. Fique Descansado. Você se lembra do Andrew, o jovem que abria seu apartamento para, literalmente, dezenas de amigos? Nem todos somos como Andrew. Para ele, aquilo parecia ocorrer naturalmente. Felizmente, nossa esperança não está em ser como Andrew. Nossa confiança está em Deus, que fez cada um de nós exatamente como ele quer que sejamos. Nosso sucesso em sermos vizinhos segundo o evangelho, portanto, não depende de nosso encanto, capacidade de organizar festas ou persistência. Nosso sucesso vem do poder do Espírito de Deus que exalta e torna conhecido o Filho de Deus para a glória de Deus. Por causa disto, mesmo ao nos esforçarmos arduamente para sermos vizinhos segundo o evangelho, podemos descansar.
Publicado originalmente pelo 9Marks: https://www.9marks.org/article/be-a-gospel-neighbor/
Traduzido por: Abner Arrais
Fonte: Crescendoparaedificar.blogspot.com
Adultos: Lições Bíblicas, dinâmicas, slides, subsídios, pré - aulas: Arquivo
Se é ensinar, haja dedicação ao ensino". Rm12 : 7b.
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