28 de dezembro de 2018

Lição 13 - O Poder Tirânico da Indústria Cultural - Central gospel




TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Romanos 12.1-3
1 - Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 - E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 - Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.

TEXTO ÁUREO
Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus. 1 Co 10.31



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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
A indústria cultural tem se mostrado bastante contrária ao evangelho em quase todas as suas produções. Na verdade, isto é uma forma sutil de trazer oposição aos valores bíblicos, espalhando a sua mensagem anticristã.
Nesta aula, você deve aproveitar para revelar os processos realizados pela indústria da cultura; mostrar quais os desafios que existem e como o cristão deve posicionar-se para vencê-los.
Não deixe de ver com os seus alunos as questões relacionadas com as mídias sociais, compartilhando com eles como devem lidar responsavelmente com essas mídias, tendo sabedoria e discernimento em usá-las, com posturas cuidadosas de um servo de Deus.
Tenha uma ótima aula!



Palavra introdutória
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo entrou em uma nova fase, com a expansão nos âmbitos social, político, econômico, cultural e religioso. A partir de 1950, o mundo sofreu diversas mudanças; a globalização surgiu integrando os povos em todo o planeta, criando o que o filósofo canadense Herbert McLuhan chamou de aldeia global.
O comércio, unido ao progresso tecnológico, atingiu o maior grau da história. O ambiente onde isso ocorreu foi o das mídias eletrônicas e sociais — o jornal; o rádio, especialmente; a televisão;
e, mais tarde, a internet —, que geraram uma ampla estrutura lobal de compra e venda de conhecimentos, dados, normatização de modelos culturais, coisificação de pessoas e extinção dos obstáculos étnicos e geográficos em prol de um comércio organizado e voraz.
As mídias eletrônicas e sociais têm causado grande impacto no mundo. Nesta lição, será visto como a indústria cultural tem trabalhado por meio das mídias sociais; o quanto têm sido influentes na sociedade atual; e como o cristão deve lidar com isso.



1. O QUE É INDÚSTRIA CULTURAL
1.1. Significado e origem
A expressão indústria cultural foi criada pelos filósofos alemães, Max Horkheimer e Theodor Adorno, intelectuais da Escola de Frankfurt, na Alemanha. O termo surgiu na década de 40, com o livro “Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos”.

O consumidor não é soberano, como a indústria cultural quer fazer crer, não é o seu sujeito, mas o seu objeto (Theodor Adorno).




1.2. Bens culturais iguais a bens de consumo
Os dois pensadores descobriram que várias empresas, querendo ampliar os seus negócios e rendimentos, desejavam transformar em produtos não apenas os bens de consumo — carro, telefone, televisão, casas, móveis etc. —, mas igualmente os bens culturais — música, dança, poesia, pintura, escultura, teatro, cinema etc. O propósito maior era o consumo em massa, e, logicamente, o lucro expressivo.
Para tanto, eles entenderam que devia ser criado um universo fascinante, onde aqueles com mais posses, e os de poucos recursos, pudessem ter acesso às atividades culturais.


1.3. A indústria cultural e a cultura de massa
Um aspecto muito utilizado na indústria cultural foi o que os meios de comunicação fizeram, como instrumentos de propaganda. Eles foram os motivadores da fé na liberdade individual, onde houve o estímulo pela satisfação do consumo.
Assim, não é o indivíduo que faz a opção do que quer ler, ouvir, assistir e ver, mas, sim, a indústria cultural, que age por ele, teleguiando-o. Isto é feito por meio das mídias sociais e daqueles que fazem a propaganda.
Assim, para uma peça de vestuário ser vendida e usada, encontra-se um lindo e prestigiado artista para mostrar aquela roupa.
O simples consumo de uma marca não trará a beleza, o sucesso e a juventude, prometidas pela propaganda ao consumir certo produto. Portanto, provoca-se a ilusão no consumidor, mantendo-o em um círculo vicioso de acomodação e de expectativas que não se concretizarão.
Todavia, nem tudo é negativo na indústria cultural. Para Walter Benjamin, filósofo judeu alemão, na primeira metade do século 20, o consumo exagerado dos artigos culturais se transformava em um caminho de popularização da arte, porque ele poderia levar cultura para muitas pessoas.

A expressão indústria cultural foi concebida para indicar a forma de elaborar e divulgar a cultura no período capitalista
industrial, relacionado a uma experiência de controle
ideológico generalizado, caracterizado por formas de
produção que desejavam, principalmente, o lucro de
grupos empresariais.



1.4. Felicidade humana é igual à compra de certos produtos?
Neste círculo vicioso, o ser humano acaba psicologicamente persuadido pela multidão e, assim, faz coisas só porque outras pessoas fazem e gosta de coisas só porque outras pessoas gostam.
Todavia, essa ideia de que todos fazem e todos gostam é falsa, pois é gerenciada pela indústria cultural.
Desse modo, Horkheimer e Adorno entenderam a chance de equiparar grupos e classes sociais, fazendo com que pessoas de todos os lugares, origens e idades padronizassem as suas preferências em música, arte, vestuário etc. Dessa forma, agregaram a felicidade à aquisição dos artigos de certas marcas que eram vendidas. Este é um aspecto que pode ser visto em peças publicitárias da televisão, onde são oferecidos produtos para sentir-se bem, feliz ou amado.
A finalidade mais perversa da indústria cultural é transformar o ser humano em produto — paralisado e alienado. A indústria cultural quer remover o espírito crítico da pessoa, para ela comprar mais e com mais facilidade. A indústria não leva o indivíduo a avaliar a propaganda, nem a questionar se o produto é necessário, se é bom, como ele foi feito e se o preço é compatível com a sua realidade. A indústria cultural quer somente que a pessoa consuma e seja feliz com isso.



2. O CRISTÃO E AS MÍDIAS SOCIAIS
Considerando que, atualmente, o ambiente social tem vivido novos relacionamentos, com a utilização das mídias sociais, o cristão não pode ficar apático a essa realidade, sob pena de ficar alienado. Por isso, é preciso entender como usar essas mídias para a glória de Deus.



2.1. Mídias sociais e culturais e o perigo para a família cristã
A internet é, hoje, um universo amplo; é impossível medir a magnitude de seu alcance. Porém, há nela uma imensa quantidade de produções culturais que agridem a moral e a família.
De repente, o adulto é capaz de evitar um produto específico;
entretanto, o maior perigo ocorre com as crianças expostas ao apelo visual e sonoro, aos personagens e às mensagens que estão embutidas. Por exemplo: se as crianças forem expostas à televisão ou à internet, sem ter a supervisão de um adulto responsável, existe a possibilidade de perdê-las para os padrões satânicos do mundo que, como diz 1 João 5.19, jaz no maligno (ARA).



2.2. O vício nas mídias sociais
O vício em mídias sociais é atualmente uma realidade. Um dos estudos sobre o vício foi feito pela universidade de Chicago, que viu a rotina de 205 pessoas em redes sociais por sete dias. Os investigadores concluíram que enfrentar as tentações do Facebook e Twitter é mais complicado do que evitar o álcool e o cigarro.
Esse vício é forte e resistente como o da dependência química.
Como um viciado em drogas, que com o passar do tempo vai necessitar de doses cada vez mais fortes de uma mesma substância para conseguir alcançar o mesmo efeito tóxico do início, o viciado em Facebook, por exemplo, igualmente, precisa se expor e consultar o que os amigos escreveram, cada vez mais frequentemente, para saciar a sua curiosidade e orgulho.



2.3. As consequências do vício em mídias sociais
A dependência em redes sociais tem consequências difíceis de serem ignoradas. O dependente das redes sociais pode apresentar vários tipos de disfunções psicológicas, como mostra o resultado de diversas pesquisas. O vício, entre outras coisas, pode ocasionar estresse, insônia, dificuldades de atenção e aprendizagem.
Assim como outros vícios, pode haver crise de abstinência, com sintomas de ansiedade, acessos de raiva, suores e até mesmo depressão, quando existe afastamento das redes sociais. O viciado em mídias sociais pode ter palpitações só em pensar na possibilidade de ficar sem acesso à internet, ou sem computador ou celular.
A questão do vício em redes sociais e suas consequências já se tornou tão séria, que existem programas de dependência de internet na área de psiquiatria e psicologia, inclusive no Brasil, com profissionais se especializando para trabalhar nesse campo.



3. PÓS-MODERNIDADE, INDÚSTRIA CULTURAL E O CRISTÃO
A sociedade mundial vive a época da pós-modernidade. Esse é um período que se identifica pela dissolução de conteúdos morais e éticos. O que se crê, ou o que se aprendeu com os antepassados, não é mais tão importante. O que conta agora em um conteúdo é se ele agrada a maioria; se vende; e se produz lucros.



3.1. O significado de pós-modernidade
A pós-modernidade é um conceito que retrata o sistema sociocultural predominante, a partir do fim dos anos 1980, marcado pela falência da antiga União Soviética, pela queda do Muro de Berlim (1989) e pelo conflito das ideologias na sociedade ocidental.
A pós-modernidade representa o ambiente em que o sistema pós-moderno está estabelecido, representado pela globalização e pelo controle da sociedade capitalista.
A pós-modernidade é, sobretudo, uma reprovação da modernidade e de suas concepções. Como proposição alternativa, aponta novas propostas — a multiplicidade, a subjetividade e o multiculturalismo.



3.2. O pensamento da pós-modernidade
Alguém que muito lidou com a questão da pós-modernidade foi o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Ele denominou o tempo atual de modernidade líquida, onde coisa alguma existe para ser durável. Os gostos, a estética, os artigos que são adquiridos; enfim, tudo tem prazo de validade — e, geralmente, é curto. Aquilo que no ano passado era belo, hoje está ultrapassado e tem que ser trocado. Isso igualmente acontece nos relacionamentos interpessoais, religiosos e de trabalho. Segundo Bauman, os relacionamentos sociais na pós-modernidade são breves: assim como são rapidamente construídos, também são desfeitos com facilidade. As relações cultivadas por mídias sociais na internet são uma boa amostra do princípio da fluência dos relacionamentos atuais.



3.3. A postura do cristão em relação à indústria cultural
Diante da realidade da indústria cultural, o cristão precisa ter posturas pautadas na Bíblia. Ele deve ser cauteloso com as informações que chegam — e isso implica não aceitar o que é apresentado sem uma visão crítica, sem questionar a validade e os propósitos das informações e ofertas, pois, mesmo que não pareça, são artigos de consumo. Ele deve lembrar-se do que Paulo disse e colocar suas instruções em prática: Examinai tudo. Retende o bem (1 Ts 5.21).
O cristão precisa ter em mente que a Bíblia é a sua regra de fé e prática. Ela deve ser o seu padrão em julgar o que é bom ou mau. Além disso, o servo de Deus tem o Espírito Santo para orientá-lo nesses aspectos, bem como uma mente transformada (1 Co 2.16). O cristão vive na contramão do mundo; ele não deve ajustar-se ao que o mundo quer impor; ele não deve desejar o manjar do rei (Dn 1.1-8), mas buscar e pensar nas coisas que são do alto (Cl 3.1-3).
Com relação à indústria cultural, o cristão deve orientar sua família e selecionar conteúdos que a edifiquem espiritual, intelectual, cultural e psicologicamente. A advertência de Paulo precisa ser praticada o tempo todo: tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama... nisso pensai (Fp 4.8).



CONCLUSÃO
O cristão deve seguir o conselho bíblico de Paulo, em Romanos 12.2, e não aceitar o mundo e seus valores, com as ações e influências do pós-modernismo, representados pela indústria cultural em suas múltiplas manifestações. Além disso, deve utilizar com sabedoria e testemunho as mídias sociais, transformando-se e renovando-se com o entendimento e a ação do Evangelho.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO 
1. Que atitude o cristão deve tomar para não aceitar os valores do mundo?
R

CONCLUSÃO
O teísmo cristão é a única cosmovisão ou filosofia verdadeira.
Qualquer outra não passa de tradição de homens, conforme disse Paulo (Gl 1.8,9). Jesus também deixou claro que só Ele é o caminho, e a verdade e a vida (Jo 14.6). Nesse sentido, o verdadeiro cristianismo é excludente, porque não há neutralidade, não há qualquer alternativa. Como ensinado no livro de Gênesis, capítulo 3, todas as falsas filosofias e heresias são resultantes da queda do homem no jardim do Éden. Devido a esse tremendo acontecimento, o homem ficou alienado do Deus das Escrituras, passando a ser o responsável pela construção das inúmeras falsas concepções que têm surgido no transcurso da história da humanidade.
Toda pessoa realmente convertida ao Senhor Jesus, pelo sangue da Nova Aliança, tem a responsabilidade de ser um defensor da verdade do teísmo cristão contra todas as cosmovisões e filosofias do engano (1 Pe 3.15).
Que o Espírito Eterno, em sua incomensurável sabedoria, faça uso desta lição como um auxílio a nós nesta urgentíssima tarefa.


ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais os cuidados que cada cristão precisa ter para não cair no engano das vãs filosofias e tradições de homens?
R: 







Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus nº 56 - 4º Trimestre de 2018 - Tema: Questões da atualidade - Instruções para a igreja em tempos de crise - Editora: Central Gospel





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Um comentário:

  1. QUE pena, estes estudos foram maravilhoso a prendir coisas boas nesta lições" PARABENS POR ESTAS MARAVILHAS".

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