5 de junho de 2018

Subsidio: Lição 11 - Secularização: Juvenis - de 15 a 17 anos

Professor, após cumprimentar a classe, comente que o cenário religioso brasileiro está passando por profundas transformações. Atualmente podem ser detectados três fortes movimentos que convivem, disputam e dialogam entre si no contexto da religião brasileira: a explosão do fenômeno religioso, a desconfiança na instituição religiosa e a secularização da igreja. 

O primeiro é conseqüência da difusão do sagrado.
O aumento das denominações evangélicas, das seitas, das religiões orientais e da ufologia mística comprova o fato. O sagrado está tão badalado que o cidadão comum não consegue diferençar a verdadeira religiosidade da falsa. O segundo movimento trata de uma resposta racionalista às contradições do fenômeno religioso. Os adeptos desse movimento argumentam que as pessoas acreditam mais nos cartomantes, nos duendes e nas benzedeiras do que nos cientistas. O terceiro consiste na vulgarização da fé, na dessacralização do sagrado e no uso da indústria cultural como veículo de propagação de um evangelho sem CRISTO e um cristianismo sem a ética bíblica.

O secularismo atual é uma conseqüência do humanismo pós-moderno. O termo secularismo procede do latim "saeculum" e significa "pertencente a uma época". Em sentido religioso, o vocábulo é empregado para designar o comportamento e o pensamento do mundo de nosso tempo, que são inversos ao sagrado ou espiritual. Portanto, "secular" representa o modo de viver deste mundo, aquilo que se opõe ou que não comunga com os interesses espirituais do Reino de DEUS.

Na igreja, o secularismo transparece quando o sagrado começa a ceder ao profano. Nas igrejas secularizadas, o Calvário não é mais pregado, o sangue de CRISTO é descartado, o sofrimento e a cruz de CRISTO são rejeitados porque ofendem o gosto estético dos secularizados. A cruz é substituída pelo trono e a confissão de pecados, pela proclamação das bênçãos terrenas.


INTRODUÇÃO
O grande desafio que a Igreja enfrenta, nestes dias que precedem a volta de CRISTO, é a pressão e o engodo do secularismo sobre ela. A influência do mundanismo que se manifesta em forma de apelo, fascínio, mistura, prazer e imitação, resulta em perda dos valores e virtudes cristãs, no enfraquecimento e estagnação da Igreja. Nesse estado, a igreja torna-se uma mera organização eclesiástica, sem vida e sem o poder do ESPÍRITO SANTO. Os fundamentos da fé se abalam e por fim desabam. Nos mais diferentes lugares, percebe-se a sutil e crescente infiltração do mundanismo na Igreja sob a forma de conceitos, comportamentos e práticas anticristãs. Esta lição trata dessas manifestações cada vez mais evidentes, conhecidas como secularização ou mundanização da igreja. Entretanto, nada mais são do que um desvio da verdade, como advertiu Paulo a Timóteo sobre aqueles que contendem para perverter a fé dos ouvintes (v.14).

A SECULARIZAÇÃO NA IGREJA
O que é secularização.
A secularização da igreja é o modo como esta vive, age e acomoda-se aos padrões do mundo. Pervertem-se os ensinos bíblicos, abandona-se o que é SANTO, utiliza-se a fé com fins escusos e se adotam idéias contrárias à doutrina cristã. De repente, a santidade do ESPÍRITO, alma e corpo não têm mais tanta importância; assim dizem os desviados secularistas: "o que importa na pessoa é o coração".

AS CONSEQÜÊNCIAS DA SECULARIZAÇÃO NA IGREJA
1. A perda de identidade.
A primeira conseqüência da secularização da Igreja é a perda da identidade do crente
"Os emissários do Diabo transvestidos de bons religiosos não se furtam de usar linguagem astuciosa - ecumênica, para ser mais preciso - buscando defender a multiplicidade religiosa, a qual nada mais é do que a repetição da velha idéia de que "todos os caminhos levam a DEUS".


2. Valorização da forma ao invés do conteúdo.

Há templos evangélicos em cujos pátios vê-se roda de capoeira e ensaio de bloco carnavalesco, enquanto no santuário, no chamado "louvorzão", entram em cena os "trenzinhos" e outras abominações.
A linguagem mântrica está sendo empregada pelos "animadores de culto" e até elementos do judaísmo aparecem em conjunto com a liturgia cristã.
É a secularização do culto evangélico para agradar os que rejeitam os preceitos normativos de vida, revelados pelas Escrituras.


3. Inexistência de compromisso bíblico.

Enquanto a Reforma Protestante recolocou as Sagradas Escrituras no seu lugar de autoridade e honra, o secularismo na igreja faz da Palavra um mero acessório.
A melhor pregação, hoje, em certos auditórios não é a pregação expositiva, que prima pela exegese no desenvolvimento da mensagem da parte do Senhor.
O que mais se ouve são frases de efeito, mas sem conteúdo para a alma. Podem causar até emoção, no entanto, não falam à razão e ao entendimento do ouvinte. Ver 1 Co 14.20.
São muitos os que, nestes tempos de conformação da igreja com o mundo, de modernismo eclesiástico, de entrosamento da carne entre os crentes e de esfriamento espiritual, saem do culto decepcionados e clamando em ESPÍRITO, "Aviva, ó SENHOR, a tua obra" (Hc 3.2).


Esse avivamento espiritual deve começar por nós individualmente, como clamou Davi no Salmo 119.107: "Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua Palavra."

O COMBATE A SECULARIZAÇÃO NA IGREJA

A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de Deus. A separação do mundo é parte inerente da natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por Deus e Pai (2Co 6.16-18).

A igreja é um exército engajado num conflito espiritual, batalhando com a espada e o poder do Espírito (Ef 6.17). Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado.
A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (ver Fp 1.17; Jd 3).
A igreja é tanto invisível como visível.

(a) A igreja invisível é o conjunto dos crentes verdadeiros, unidos por sua fé viva em Cristo .
(b) A igreja visível consiste de congregações locais, compostas de crentes vencedores e fiéis (Ap 2.11, 17, 26; ver 2.7), bem como de crentes professos, porém falsos (Ap 2.2); “caídos” (Ap 2.5); espiritualmente “mortos” (Ap 3.1); e “mornos” (Ap 3.16; ver Mt 13.24; At 12.5).


História e Secularização

Embora o termo "secularização" seja empregado em diversos sentidos, interessa-nos duas abordagens específicas. A primeira, de caráter histórico e cultural, é iniciada no final do século XIX e início do século XX quando a sociedade exige a ruptura definitiva com a instituição eclesiástica. Era um movimento de ruptura em prol da emancipação da cultura, política e filosofia da tutela da religião cristã. Alguns filósofos chamaram esse período de "desencanto do mundo". Nesse contexto, a secularização era entendida como um rompimento entre a sociedade e a igreja, entre o secular e o sagrado. Estava, portanto, reafirmado o distanciamento entre o Estado e a Igreja.

A segunda abordagem está relacionada ao movimento dos Cristãos Alemães, fundado na Turíngia em 1927. A fim de secularizar a igreja e popularizar o cristianismo na Alemanha, a Igreja Evangélica Alemã aliou-se ao nacional-socialismo (nazismo), vindo apoiar Adolf Hitler em sua ascensão ao poder em 30 de janeiro de 1933. Nesse período, as suásticas compartilhavam do altar ao lado da cruz, e os cristãos seculares viam Hitler como um profeta restaurador do cristianismo e da religiosidade dos alemães. Os cânticos cristãos faziam referências ao "Chanceler (Hitler) que vela pela Alemanha, noite e dia, sempre a pensar em nós". Um dos líderes do movimento, Dr. Reinhold Krause, propôs a eliminação do Antigo Testamento, da moral judaica e a exclusão dos ensinos do rabino Paulo do Novo Testamento, pois não estavam de acordo com os novos padrões culturais e políticos da época. Contudo, um dos opositores ao nazismo e ao movimento iniciado pela Igreja Evangélica Alemã, pastor Dietrich Bonhoeffer, antes de ser enforcado, exortou as igrejas a não se renderem aos ídolos do mundo moderno.

Nesta conjuntura, podemos entender a "secularização" como um movimento cristão que procurava cristianizar a sociedade mediante a união entre a igreja e o Estado, valendo-se, para isto, dos princípios éticos e morais da sociedade. Enquanto o movimento do século XIX procurava afastar a igreja do Estado, a Igreja Alemã tencionava incorporar o Estado à religião, todavia, seguindo os fundamentos da sociedade ao invés dos preceitos e princípios bíblicos

CONCLUSÃO
Estejamos vigilantes contra as sutilezas malignas que tentam introduzir-se no meio dos fiéis e valorizemos os princípios bíblicos em nossa vida como uma forma de conter o mundanismo.

Não conhecerão o reino de Deus aqueles que raramente oram, que transigem com o mundo, que negligenciam a Palavra e que têm pouca fome espiritual. É para crentes como José (Gn 39.9), Natã (2Sm 12.7), Elias (1Rs 18.21), Daniel e seus três amigos (Dn 1.8; 3.16-18), Mardoqueu (Et 3.4,5), Pedro e João (At 4.19,20), Estêvão (At 6.8; 7.51) e Paulo (Fp 3.13,14); inclusive mulheres como Débora (Jz 4.9), Rute (Rt 1.16-18), Ester (Et 4.16), Maria (Lc 1.26-35), Ana (Lc 2.36-38) e Lídia (At
16.14,15,40).







Revista Juvenis - de 15 a 17 anos: 2°Trimestre de 2018 - Tema: Questões difíceis do nosso tempo: Cpad


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Fonte: CPAD.
Fonte: Valorizeaebd.blogspot.com.

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