15 de junho de 2018

Lição 12 – Adoração como Prioridade: Jovens e Adultos - Editora: Central Gospel

  João 4:20-24
  2Cronicas 20:15,21,22

Texto Áureo: 
  Salmos 95:6 

1 – INTRODUÇÃO 
O comentarista da revista toma por base a passagem do capítulo 4 do Evangelho de João para descrever o significado e os elementos da adoração. Ao concluir a lição, esclarece que, mesmo em momentos de adversidades o cristão deve continuar adorando a Deus, ao invés de murmurar. Paulo, também, dá esta mesma recomendação em 1Ts 5:16-18. A adoração diante das adversidades é o contexto descrito na segunda passagem do Texto Bíblico Básico (2Cr 20:15,21,22). Estamos na época em que o reino de Israel se dividiu, gerando os reinos de Israel (ao Sul com a capital em Samaria) e de Judá (ao Norte com a capital em Jerusalém). Josafá foi o 4.º rei em Judá e reinou por 25 anos (aproximadamente entre 870 e 845 a.C.), procurando andar em retidão perante o Senhor (2Cr 17:3-6).

2 – A INVASÃO DE JUDÁ (2Cr 20:1-30)

Alguns depois do início de seu reinado, Josafá se vê diante de uma grande adversidade: a invasão de Judá por uma coalisão formada por Moabe, Amom e Maom1, vindo do outro lado2 do Mar Morto. Percebendo a desproporção numérica entre os exércitos de Judá e o da coalisão, Josafá logo se atemorizou.

2.1 – A oração de Josafá (vv.1-12)
Diante desta situação, ao invés de Josafá murmurar ou de até mesmo preparar os termos para uma rendição, ele buscou o Senhor e conclamou um jejum em todo o seu reino, mostrando a sua confiança em Deus do que no seu exército. A oração propriamente dita é apresentada nos. vv. 6-12:
 No v.6, ele louva pelo poder soberano de Deus, à semelhança de seu ancestral Davi em 1Cr 29:10-12.
 Nos vv.7-9, ele louva pelo que o Senhor fez por Judá: a dádiva da terra de Canaã (Gn 13:14-17) e do templo (2Cr 6:28-30).
 Nos vv.10-11, ele apresenta o que lhe aflige: o exército da coalisão que tem a intenção de expulsar Judá da terra que Deus havia prometido.
 No vv.12, ele pede auxílio, reconhecendo sua própria fraqueza (Jo 15:5; 2Co 12:9).

2.2 – A resposta de Deus (vv.13-19)
Enquanto Josafá ainda estava falando, Deus o ouviu; no meio da congregação, o espírito de profecia veio sobre um levita que estava presente. O Senhor mostra ao povo que não deveria temer nada, pois a batalha é Dele. Também orientou que, no dia seguinte, eles deveriam ir ao encontro do exército da coalisão, mas somente para observar o que Ele faria. Após receber esta notícia, tanto Josafá como o povo de Judá se prostraram diante do Senhor e o adoraram e o louvaram com som extremamente alto (v.19), mostrando a confiança de sua fé. A dependência de Deus era mais importante do que meramente ganhar a batalha.
1 Cidade às margens do Mar Morto (Shedd, 1980). Algumas versões (ARA, ARC, NVI e TB) apresentam amonitas, conforme o Texto Massorético, enquanto outras (NAA e NTLH) apresentam meunitas, conforme a Septuaginta (LXX). Ao longo do capítulo são apresentados como os do monte Seir. 2 Provavelmente ao extremo Sul - uma vez que Judá era mais bem defendida pelo Oeste - chegando, pois, a 50 km de Jerusalém.
2.3 – A vitória de Judá (vv.20-30)
No dia seguinte, o povo de Judá segue rigorosamente às orientações de Deus. Josafá reforça que eles devem confiar em Deus e pede aos levitas ficarem na frente do exército cantando um dos salmos no culto do templo (Sl 136:1). O resultado disso foi que Deus causou uma confusão com o exército da coalisão de tal forma que cada um ajudou a destruir o outro, de forma que ninguém escapou. Amom e Moabe entraram em choque com Maom e o destruiu, e então se desentenderam entre si se destruíram. Quando o povo de Judá chegou ao lugar para somente observar, o que viram foram vários cadáveres. Essa cena de devastação total foi considerada uma evidência da obra de Deus. Diante de tantos despojos que acharam entre os cadáveres, o povo de Judá demorou três dias para recolher tudo e no quarto dia louvaram ao Senhor no vale de Beraca. Em seguida, entraram em Jerusalém e foram para o templo com júbilo e alegria, ao som de harpas, liras e trombetas. Nunca uma vitória foi tão comemorada com ações de graças mais solenes e extensas.

3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A adoração a Deus não depende de protocolos ou de métodos, mas somente do coração disposto a reconhecer a soberania de Deus e a disposição em seguir os Seus mandamentos, como é mostrado no Salmo 15. Em todo o momento devemos adorar a Deus, seja com a nossa boca, ou com o nosso trabalho, ou até mesmo com nosso testemunho. Devemos adorar a Deus durante toda a nossa existência.

Texto Base: Sl. 96 / Texto áureo: Sl. 95. 6.

INTRODUÇÃO
O tema da adoração no Antigo Testamento aparece desde seus capítulos iniciais, já com os primeiros filhos do primeiro casal temos a noção de oferecer sacrifícios em adoração ao Senhor (Gn. 4). O povo de Israel foi chamado para ser um povo adorador no Antigo Testamento, a finalidade de Deus tirar o povo da escravidão era para que este povo reunido em uma grande assembleia o “servisse” (adorasse) (Êx. 7.16; 8.20). Deus criou as pessoas para Sua glória e é assim que se deve viver (Is. 43.7).
Mas, se o Antigo Testamento fala de adoração, como era esta adoração? Seria como eu penso? Tenho o conceito correto sobre ela? O que as pessoas fazem hoje na maioria das igrejas e eventos ditos cristãos pode ser comparável a adoração descrita nesta primeira parte da Bíblia?
Esta lição se propõe a lidar com o tema adoração de forma a oferecer elementos para que você possa ao fim do estudo ter pistas para responder as perguntas feitas acima. Tome uma posição confortável porque o assunto é ótimo.

I- Conhecendo algumas palavras hebraicas.
Quando pensamos na adoração no Antigo Testamento existem alguns termos hebraicos fundamentais que precisamos conhecer, aliás, a definição das palavras é de importância crucial para que entendamos sua função e conteúdo.
a) Hishahawah. Esta palavra significa literalmente “curvar-se”. O uso dela enfatiza a posição correta do adorador, na qual deve chegar diante da divindade. “O significado pleno da palavra se vê quando empregada em referência a um hebreu que se achega a Deus em total reverência, reconhecendo-o como o grande Rei e Senhor soberano (Gn 24.52; 2Cr 7.3; 29.29)" (Ralph P. Martyn. Adoração na Igreja Primitiva, p. 18).
b) Abodâh. Aqui temos outro termo muito importante. É traduzida como serviço e vem da mesma raiz de “ebed”: servo, escravo. O homem temente a Deus no Antigo Testamento
se deleitava em ser chamado servo dEle (veja Sl. 116.16). Vale notar que esta palavra não significava ser rebaixado, cativo, mas tem a conotação de relacionamento entre o Senhor bondoso e seu servo (Êx. 21.1-6). Por isso os grandes líderes são chamados “servos de Deus” (Sl. 89. 3, 20).
c) Sachah. Este vocábulo significa prostrar-se, curvar-se (Lv. 26.1; Sl. 99.5), dando com isso a entender uma atitude de total reverência. Quando se observa com atenção as palavras usadas para o adorador e o ato de adorar no Antigo Testamento, vemos que a pessoa é convocada a comparecer diante de Deus e deve atender este chamado em total reverência (veja Sl. 42; 43; 65; 84; 122).

II- Desenvolvimento da prática da adoração no período antigo.
Durante todo tempo as páginas do Antigo Testamento notamos uma evolução na prática da adoração. Observe:
a) Adoração primitiva. O primeiro registro de culto que temos está em Gênesis 4.1-7. Ali os dois irmãos Caim e Abel vão juntos prestar culto ao Senhor. E aqui Antônio Neves Mesquita faz uma observação importante; ele supõe que a oferta de Caim foi rejeitada porque não foi acompanhada de um espírito de adoração, mas ele estava apenas se conformando com a tradição familiar. Caim traz apenas dos frutos, não há especificação; Abel traz do melhor do rebanho, aqui há especificação. Caim é superficial, cumpre sua religiosidade. Abel dá o melhor, intenso, homem de fé (Hb. 11.4), é adorador (Estudo no Livro de Gênesis, pp. 114-116).
Nesta cena quem vai oferecer os sacrifícios são os próprios sacrificantes, não existe sacerdote intermediário, é tudo muito simples. Nos inícios da adoração no Antigo Testamento é sempre assim, há uma grande ênfase na adoração doméstica, é o pai de família quem invoca Deus, constrói altares, oferece sacrifícios (Gn. 8.20; 12.7; 26.25; 35. 1; Êx. 17.15). Esta adoração doméstica, mesmo depois da construção do Tabernáculo não perece, a Páscoa que a família israelita celebrava em casa é seu exemplo (Êx. 12), mas a ênfase vai recair na adoração coletiva.
b) Adoração coletiva. O povo saiu da adoração particular para o culto coletivo no templo, com muito simbolismo e liturgia rebuscada (1Cr. 29. 20-36; Sl. 42.4). A construção da Tenda da Congregação estabelece todo um sistema de adoração coletiva. Este sistema comportava:
1- Sacerdotes. Estes agiam como intermediários entre o povo e Deus (Êx. 28); 2- Sacrifícios. Desde o começo os holocaustos faziam parte da adoração bíblica. O livro de Levítico divide-os em diversas categorias (Lv. 1-6). 3- Festas. A adoração do povo quase toda se concentrava em torno de grandes festas (Lv. 23). Nestes dias todos os fieis deveriam se apresentar diante de Deus com ofertas apropriadas; ninguém deveria ir a presença do Senhor de mãos vazias (Dt. 16. 16-17). O sistema de culto visto no Tabernáculo e depois no templo restringia a adoração a um lugar (templo), e a uma casta de pessoas (sacerdotes), mostrando com isso a imperfeição que permeava aquela dispensação (não se assuste dispensação é termo bíblico (Ef. 3.2)). O autor de Hebreus diz que tudo aquilo tinha prazo de validade, e acabaria quando Cristo, a realidade que cumpriu aqueles símbolos chegasse (Hb. 8-10).
c) Adoração na sinagoga. Quando o povo do Reino do Sul foi levado ao cativeiro para a Babilônia (o Reino do Norte já havia ido para a Assíria (2Rs. 17; 25)) perdeu seu templo, seu centro de culto. Então desenvolve-se nesta situação as sinagogas, casas de instrução da Lei do Senhor, onde o povo se reunia mesmo no exílio para estudar a Lei e adorar a Deus (veja André Paul. Judaísmo Tardio, p. 170). O povo a terra, perde a liberdade, mas não perde a adoração, ela é essencial na vida e é Deus quem o exige.

III- Princípios de adoração do Antigo Testamento.
É claro que a adoração do Antigo Testamento estava carregada de coisas que foram postas “até ao tempo oportuno de reforma” (Hb. 9.10). “Quando, porem, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados” (Hb. 9.11), o que estava envelhecido e prestes a desaparecer, passou (Hb. 8. 13), mas a tudo subjaz alguns princípios atemporais que queremos observar.
a) A adoração deve ser verdadeira. Sim, no Antigo Testamento Deus deve ser adorado do mais profundo do coração (Abel e sua fé), e não religiosamente apenas (Caim e seus frutos). Os profetas condenavam veementemente o formalismo religioso (1Sm. 15.22). A aparência vazia é recusada (Dt. 6.5; Is. 1. 10-17; 58; Ml. 1), e a retidão do povo é exigida (Am. 5. 24-27).
b) A Adoração deve ser só a Deus. O texto áureo do povo do Antigo Testamento, os Dez Mandamentos, começa com a ordem expressa: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx. 20. 3). A idolatria, o ato de colocar qualquer coisa no lugar, ou ao lado de Deus é expressamente condenada (Êx. 20.4-6; 1Rs. 13. 1ss; 14. 7ss; 18; Am. 4. 15; Os. 8.1; Mq. 5. 13ss).
c) A adoração deve ser sacrificial. O princípio do sacrifício: substituição pelo pecado, ou oferta pacifica está estabelecido no culto do Antigo Testamento. Ninguém se aproximava de Deus a seu bel prazer, o sacerdote era o intermediário para oferecer sacrifícios pelos pecados do povo, bem como ofertas de adoração (Lv. 1-6). O grande cume da adoração nacional era o Dia da Expiação nacional (Lv. 16), onde o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos, oferecendo um sacrifício por ele, e depois no Propiciatório (a tampa da Arca da Aliança), oferecia um sacrifício pelo pecado nacional. Os pecados devem ser expiados para se chegar a presença de Deus. *Os dois altares. O caminho entre o altar do holocausto e o altar do incenso (adoração) era salpicado com sangue do sacrifício. Sem o sangue do holocausto ninguém chegaria ao altar do incenso. Este belo símbolo mostra que a adoração tem que ser sacificial; só adora (altar do incenso) quem já foi aspergido com o sangue (altar do holocausto). Deus só aceita adoração de quem já foi lavado; culto só faz quem já foi purificado. Quem é convertido encontrou não um altar, mas dois altares, em um está a sua purificação, no outro a sua adoração (veja Sl. 84. 3).
d) A adoração deve ser reverente. Moisés quando teve uma visão de Deus na Sarça foi advertido que até as sandálias tirasse (Êx. 3.1-5). No Sinai, o povo na presença de Deus não podia se aproximar do monte, e o temor tomou conta de todos (Êx. 19. 16-25; 20. 1819). No Tabernáculo e no Templo só os sacerdotes oficiavam e o manuseio dos objetos era para ser feito com o máximo de cuidado. A presença de Deus sempre resulta em temor e prostração (1Rs. 18. 38-39; 2Cr. 7.1-3; Sl. 95. 6; Is. 6. 1-5). O adorador ao aproximar-se da Majestade divina deve fazer sabendo onde está pisando, ali é lugar sagrado (Ec. 5. 1-20).
e) A adoração deve ser alegre. A reverência não exclui alegria. Não se pode confundir reverência com morte, formalismo, frieza. O culto no Antigo Testamento tinha muita movimentação, festa. O povo tocava, cantava, dançava, se alegrava na presença de Deus (2Sm. 6; Sl. 95. 1-7; 100; 150). Os Levitas eram encarregados da execução do canto e de tocar os instrumentos (1Cr. 15.16; 16.4-6; 2Cr. 5. 12-14). O culto deve ser celebrativo, e exultante.
f) A Santa Convocação deve ser respeitada. Todo povo tinha o dever de atender as “santas convocações” de Deus para coletivamente se unirem em adoração (Lv. 23). Do mesmo jeito que a adoração particular tinha importância na vida deles, a adoração coletiva, no Tabernáculo ou Templo, não poderia ser descuidada. Uma não eliminava a outra. Quanto mais contrito com sua família o homem fosse, mais deveria se unir aos outros na adoração.

CONCLUSÃO
Nossa rápida analise da adoração no Antigo Testamento, mesmo eivada pelas enormes limitações deste autor, nos abre os olhos para muitas coisas a respeito deste tema. As palavras usadas demonstram a atitude de respeito e reverência que todos devem ter para com Aquele que chama desde o principio (começando com a primeira família da terra) adoradores. Encontramos todo tipo de adoração (particular, coletiva) fazendo parte da vida as pessoas naquela época, e princípios eternos são extraídos da maneira como Deus organizou sua adoração.
A adoração bíblica tem o padrão de Deus, não se deve as preferências do adorador, mas as diretrizes divinas. Assim, não está baseada nas emoções (ainda que emotiva) do ser humano, mas na sadia Teologia de quem conhece a Deus e a Sua palavra.
Precisamos hoje moldar nosso culto ao culto bíblico e creio que aqui tivemos muitos princípios a serem seguidos em nossas vidas particulares e em nossas igrejas. 

INTRODUÇÃO
A Igreja Primitiva nos serve de exemplo para diversas coisas e na questão da adoração não poderia ser diferente. Vivemos em um contexto no Brasil em que tem surgido muita novidade, um novo “ministério” de adoração, uma nova “igreja” com uma nova “estratégia”, um novo livro que trás um novo ensino sobre o culto são cada vez mais comuns. Com isso, cada vez mais novas práticas vão sendo incorporadas nas liturgias das igrejas, e muitas destas coisas são até antibíblicas. Lideres no afã de encher seus templos, e deixar os fiéis de suas igrejas a vontade têm incorporado inovações ao culto deixando a celebração beirando um programa de auditório, em muitos lugares comparar o que se chama de culto com programa de auditório é ser cruel... com o programa de auditório. A Igreja Primitiva pode ajudar aqui? Pode. Como os irmãos da Igreja na época do NT adoravam? O que fazia parte de seus cultos? Será que sua igreja adora como a Igreja da Bíblia? Prepare-se, acho que nessa lição você vai descobrir.

I- Palavras importantes.
Do mesmo modo que os escritores do AT, os autores do NT empregam diversas palavras gregas para designar adoração. O conhecimento destes termos é de suprema importância para nossa lição
a) Latreuô (λατρευω). Esta palavra significa servir, prestar culto, honrar (Fp. 3.3). Note que no AT Moisés pediu a Faraó que deixasse o povo de Israel ir para servirem a Deus (Êx. 7. 16). Trata-se aí de cultuar, oferecer atos de adoração que agradem a Deus. No AT como no NT a relação do homem com Deus não deixa de ser de serviço. O autor da Carta aos Hebreus nos diz que Cristo morreu por nós para que pudéssemos “servir” ao Senhor (Hb. 9.14). E era isso que a profetiza Ana fazia no templo diariamente (Lc. 2.37, veja ainda Mt. 4.10; Rm. 12. 1).
b) Sebázomai (σεβάζομαι). Significa reverenciar, temer (Mt. 15.9; Rm. 1.25). A majestade de Deus impele o pecador a afastar-se com temor. O uso desta palavra para adoração mostra que a reverência é o modo correto de o adorador se aproximar de Deus. Todo que vai ao Senhor em adoração deve ir tendo consciência de Sua grandeza e da finitude da condição humana.
c) Prokuneô (προσκυνέω). Significa prostrar-se em sinal de sujeição, adorar (Mt. 2.2; Ap. 4.10). Entre os gregos este termo era usado para adorar os deuses, ficando de joelhos e prostrando-se. É assim que João descreve os seres celestiais diante do Cordeiro em Apocalipse 4. 9-10. Antigamente os bancos das igrejas tinham um genuflexório anexado atrás (peça de madeira para se ajoelhar), hoje isso não existe mais. Adorar parece ter deixado de ser rendição, prostração, para ser festa. Quando se diz “vamos adorar” hoje em dia ao invés de se abaixar pede-se que as pessoas fiquem de pé. Uma contradição imensa, antes se abaixavam, hoje se levantam, mais oposto impossível. É sinal dos tempos e do conceito de adorar que campeia nos arraiais evangélicos. Compreendendo as palavras usadas por nossos irmãos no NT, agora vamos nos ater as características da adoração da Igreja Primitiva.

II- A adoração na Igreja Primitiva.
Conhecer a adoração no NT é conhecer a adoração da Igreja nascente. Que marcas tinha este culto? Será que o culto contemporâneo passa no teste se comparado com o antigo? Observe como era a adoração na época dos apóstolos.
a) Era cristocêntrica. A distinção da congregação em adoração para as outras religiões era a presenção de Cristo no meio (Mt. 18.20). Todas as partes da adoração eram calculadas para levar o adorador a ter noção da presença de Jesus.
Confissões de fé proclamavam seu senhorio (Fp 2.11; Rm 10.9; 1Co 12.3). Os hinos e as odes louvavam não somente sua pessoa como Deus-FeitoHomem, mas também a obra salvadora mediante sua morte e ressurreição (Fp 2.6-11; Cl 1.15-20; 1Tm 3.16)... Na mesa da ceia do Senhor, era sua ceia (1Co 11.20) que era relembrada e perpetuada; sua morte (1Co 11.26) era proclamada, e seu corpo, discernido (1Co 11.29. E era aguardada sua futura vinda em glória (1Co 11. 26) (Ralph P. Martyn. Adoração na Igreja Primitiva, p. 165).
b) Era pneumatológica. O Espírito Santo leva os crentes a glorificar e confessar o senhorio de Cristo (Jo. 16. 13-14; 1Co. 12.3) e refreia a adoração errada. É o Espírito quem inspira a oração (Rm. 8. 26-27; Ef. 6.18), o louvor (Ef. 5.18-19). Por Ele somos levados a verdades profundas da Palavra de Deus (Jo. 16.13ss; 1Co. 2). Ele transmite os dons (1Co. 12). Paulo resume tudo na frase: “adoramos a Deus por meio do seu Espírito (Fp. 3.3). c) Era edificante. Isto pode ser visto nos seguintes aspectos:

1- O propósito dos dons espirituais.
Com isso queremos dizer que o Espírito Santo dirigia tudo; a manifestação dos espirituais era visível. Mas, Paulo que em meio a operação do pode espiritual, o cristão deveria entender que o objetivo maior seria a edificação do irmão. A Igreja, a coletividade deveria ser a beneficiária com os dons na adoração (1Co. 12.7, 25; 14. 5, 12-19, 26), se não fosse assim seria perca de tempo (1Co. 14. 6-9, 12-17).
2- Tudo deveria ser didático. Todos os que estavam no culto deveriam entender o que estava acontecendo. Paulo faz questão de enfatizar que só havia adoração verdadeira quando todos participassem sabendo o que estavam fazendo (Rm. 12. 1; 1Co. 14).
d) Era participativa, mas organizada. O culto do NT parece que era muito movimentado, pelo menos na igreja de Corinto (1Co. 14.26). Havia lugar para que os crentes usassem os dons para a edificação geral. Mas, Paulo faz questão de salientar que esta espontaneidade não poderia descambar na bagunça. Tudo deveria ser feito na mais perfeita ordem (1Co. 14.40). A liberdade do Espírito não desemboca em desorganização, o espírito do profeta está sujeito ao profeta; descontrole e confusão não coisas de Deus (1co. 12. 1-3; 14. 26-33). e) Era com ações de graça. Havia uma nota de gratidão nas convocações cristãs primitivas. Isso era expressado oralmente (hinos, orações), e nas contribuições em dinheiro para o serviço, e na observância das ordenanças sagradas (batismo e ceia do Senhor: At. 2.45; 4. 32-35; 1Co. 14. 16; Ef. 5. 19-20; Cl. 3. 16-17).

II- Organização não é formalismo.
Muitas pessoas confundem desordem espiritual com espiritualidade (interpretando mal 2Co. 3.17, pois ali Paulo da liberdade que a Aliança da Graça traz em contraposição a Aliança da Lei), e dizem quando o Espírito está no controle as coisas acontecem sem se pensar em muita ordem, a decência vira segundo plano, ninguém pode controlar o Espírito, essas coisas. Liturgia fixa é vista como coisa de homem. Bem, esse tipo de pensamento não é bíblico. Mesmo já tendo tocado nesse assunto no ponto anterior letra d, penso que dada a importância do tema, devemos tratá-lo com mais atenção aqui.
a) As origens da adoração cristã. O jeito de adorar da Igreja Cristã primitiva está fundamentado na adoração do AT. Quem lê o Pentateuco vai encontrar ali todas as descrições de como o culto deveria ser noTabernáculo. Tudo era muito organizado, Deus dá o modo como deveria ser feito, o que se deveria usar, e mostra até as pessoas que deveriam participar, e como (Êx. 25-31; 36-39; Lv. 1-8; 10; 16; 23-24; Nm. 9; 28-29; Dt. 23.1-7). A organização era tanta que chegava até a roupa dos oficiantes (Êx. 28. 3-43). Quando o Templo é construído a organização continua. Existem várias descrições concernentes até ao louvor; quem deveria cantar, tocar, e como executar tudo (1Cr. 2226.19).
Quando o povo vai para o cativeiro babilônico desenvolve as Sinagogas, e o culto ali era também muito organizado. A estrutura está: louvor, oração, sermão, bênção. Dependendo o dia da semana o padrão poderia mudar, mas a tríade louvor, oração, sermão sempre está presente (veja descrição em: Ralph P. Martyn.Adoração na Igreja primitiva, pp. 3438).
b) Paulo e a organização. O culto cristão tem sua origem nesta estrutura organizada do povo judeu. Quando Paulo se depara com uma igreja que estava fazendo pouco caso da organização no culto, ele é duro com ela (1Co. 11. 17-34). Nas suas palavras chega a sugerir uma ordem de culto (14. 26), e reitera o fato da ordem e da decência.
c) Formalismo também é condenado. Ordem no culto não implica em frieza ou formalismo, pois a mesma Bíblia que prega a organização combate o formalismo. Jesus condena a adoração que é focada em lugares e tradições (Jo. 4. 20-24). Se o culto do AT estava ligado a status (sacerdote), e lugares (templo), com a chegada dEle isso mudou. Todo lugar onde tem um santo é lugar de culto. Ele condena também os exibicionismos e vãs repetições de palavras (Mt. 6.7); práticas de rituais em substituição a retidão genuína (Mc. 7.6ss).
Seguindo a verdadeira tradição profética, Jesus não tolerava a perversão da piedade mediante o formalismo oco. Jesus censura não somente o exibicionismo na oração, mas também a oração que consiste em repetições sem sentido (R. N. Champlin. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vl. 1, p. 59). Em adoração as palavras e exemplos de Cristo norteavam a vida de adoração da Igreja no NT.

CONCLUSÃO
A adoração na Igreja Primitiva era algo essencial, vital. Todos os dias, de casa em casa ou no templo, os irmãos se reuniam para celebrar ao Senhor (At. 2. 46). Entende-se que a adoração era vista como serviço reverente a Deus, por meio de Jesus Cristo, e impulsionada pelo Espírito Santo. O culto racional dos irmãos era prestado visando o bem comum, e em ação de graças ao Senhor que tudo fez e proporcionou a salvação. Assim, como soberano, Ele, e só Ele, deveria ser adorado. Esta era a compreensão daquele povo. Para aqueles irmãos a adoração poderia ser espontânea e carismática, sem implicar em desordem ou bagunça. O Espírito que os unia, também os levava a ordem e a decência, sem com isso transformar-se o culto num ritualismo morto. Se a Igreja atual quiser cultuar a Deus, fazendo um culto que Ele aceite, deve urgentemente se espelhar na adoração do NT.
Por Joelson Gomes
Texto-Base: Jo 4; 23-24
• O Que É Adorar
Segundo os dicionários, adorar é o mesmo que venerar, reverenciar, idolatrar, amar excessivamente, cultuar… por isso somente Deus é digno de toda adoração.
• O que é adorar a Deus
É expressar o que sentimos, diante dEle e dos homens, não apenas com palavras, mas principalmente com ações.
• Os tipos de adoração
O próprio Senhor Jesus é quem define os tipos de adoração. em poucas palavras no evangelho de João 4;23-24, Ele diz que a verdadeira adoração é feita em espírito e em verdade. Bom, se ele diz que o Pai está a procura de verdadeiros adoradores que o adoram em espírito e em verdade, é porque existem os falsos adoradores que expressam a falsa adoração.
Adorar a Deus é mais que cantar pular, dançar ou qualquer outro movimento… é mais que vir aos cultos, é mais que arrumar a igreja, é mais que ofertar… a canção, a dança, vir a igreja, arrumar as cadeiras e etc podem ser ações feitas de um coração adorador. Deus não é tocado por emoções, Deus é tocado pela motivação do nosso coração. Deus tem sede de encontrar pessoas que o adorem verdadeiramente. Mas qual é a adoração que chama a atenção de Deus?
Muitas pessoas na bíblia ofereceram adoração ao Senhor Deus, mas vamos aqui retratar apenas quatro pessoas que ficaram muito conhecidas com sua forma de adorar…

Verdadeira adoração
A pecadora que ungiu os pés de Jesus – Lc 7; 37-38
A Bíblia não relata o nome dessa mulher, diz apenas que ela era uma pecadora. A ação de chorar, beijar e derramar unguento aos pés de Jesus, demonstra arrependimento de pecados e reconhecimento de que Ele era digno de ser adorado, pois Ele era Santo e Poderoso. Ela o reconheceu como Salvador. Essa adoração pode ser considerada verdadeira pois expressou arrependimento, quebrantamento e entrega.
Maria unge os pés de Jesus – Jo 12; 3
Diferente da mulher pecadora, Maria era crente e até já tinha experimentado dos milagres de Jesus, mas a sua ação diante de Jesus, também reflete uma verdadeira adoração. a ação de Maria vai além de arrependimento, quebrantamento e reconhecimento, nessa adoração podemos perceber o que uma vida consagrada a Deus pode causar em outras vidas e até mesmo na história. O cheiro exalado através daquela adoração era uma prévia do que Deus faria pela humanidade através do sacrifício salvífico de Jesus. Aquele cheiro não era apenas o cheiro do puro nardo, um perfume caro e usado apenas em ocasiões especiais, aquele cheiro era a essência que todo crente deve exalar, o bom perfume de Cristo. Devemos desejar ser o bom perfume, que por onde passa deixa rastro de cristo.

A falsa adoração
O fariseu simão – Lc 7; 36-47
Esse homem estava no mesmo lugar em que a mulher pecadora estava, ou melhor, a casa era dele. ele abriu as portas de sua casa, permitiu que Jesus até entrasse, mas criticou quando Jesus perdoou aquela mulher. O fariseu Simão não reconheceu o poder perdoador de Jesus Cristo, ele não se envolveu com Jesus, não permitiu que Jesus também operasse um milagre de libertação e salvação em sua própria vida. Jesus em sua casa, ou seja, em sua vida era apenas sinal de status.
Judas Iscariotes – Jo 12; 4-6
Apesar de ser um homem que andava com Jesus, ouvia seus mandamentos e via seus milagres, Judas não tinha um coração adorador. Era mesquinho, ladrão, crítico…Jesus estava com ele, mas ele não estava com Jesus. Ele não sabia o que era adorar em espírito e em verdade. louvava com os lábios, mas o seu coração estava longe de Deus. Suas ações demonstravam uma falsa adoração.
• Conclusão
Deus não está procurando pessoas importantes, Deus procura verdadeiros adoradores, que o adore em espírito e em verdade. A verdadeira adoração é aquela que rompe tradições, é aquela que reflete arrependimento, quebrantamento, rendição – que é entrega e santidade. A verdadeira adoração chama a atenção de Deus, ela exala a essência de Jesus, rompe cadeias físicas e espirituais. A verdadeira adoração é o som de um coração quebrantado, que foi perdoado. A verdadeira adoração proclama quem é Jesus e o que ele pode fazer! Aleluia! Quem pode calar um adorador? Mesmo sem voz, o seu cheiro é exalado por onde ele passar.







Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - 2º Trimestre de 2018 - Tema: Ser um verdadeiro Cristão - Editora: Central Gospel

através deste site.Almeida Revista eAtualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
BÍBLIA ONLINE


Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - 2º Trimestre de 2018 - Tema: Ser um verdadeiro Cristão
Comentarista: Pr. Silas Malafaia
Fonte: Crescendoparaedificar.blogspot.com
Fonte: Editora: Central Gospel

JESUS VIRA!

Lições Bíblicas: 1º Trimestre 2018
Lições Bíblicas: 2º Trimestre 2018
Lições Bíblicas: 3º Trimestre 2018

Nenhum comentário:

Postar um comentário