21 de dezembro de 2019

Tristeza, a dor da alma

“Há tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar” (Ec 3.4). Mente quem diz que a vida cristã seja só prazer e alegria. Estamos pregando o reino de Deus ou o reino da fantasia?

A tristeza ocasional é normal e até necessária. Podemos ficar tristes pelas perdas e dissabores da vida. Não precisamos fingir que nada aconteceu. O luto é necessário, mas não pode ser eterno.

Assim como a dor física nos protege de maiores danos, a tristeza nos alerta sobre situações que, em alguns casos, podem e precisam ser mudadas. Também podemos ficar tristes por causa da correção recebida. Ninguém deve receber a repreensão com alegria ou indiferença. Se há tristeza, há esperança de conserto. Quem nada sente pode estar com a consciência cauterizada.

“Na verdade, nenhuma correção parece no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza; mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados” (Hb 12.11). O arrependimento não é uma experiência alegre, mas seu resultado é o perdão. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2Co 7.10).

O problema é a tristeza constante que se torna um traço da personalidade. Isso não é normal. Se este for o seu caso, ore como o salmista: “A minha alma se consome de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra” (Sl 119.28). Todo filho de Deus pode ficar triste, mas não pode ser uma pessoa triste. A palavra de Deus nos garante que “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5).
Pr. Anísio Renato de Andrade

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