6 de março de 2019

Lição 10: João, o Evangelho do Filho de Deus: Pré - aula - Jovens e Adultos - Editora: Central Gospel



TEXTO BÍBLICO BÁSICO
João 1.1-5,11-14
1 - No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 - Ele estava no princípio com Deus.
3 - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
5 - e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 - Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome,
13 - os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
14 - E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.



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Pré - aula:
Comentarista: Pr. Renan di Melo




TEXTO ÁUREO
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.", João 3.16

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, nas lições anteriores, vimos que Mateus ocupou-se em apresentar-nos Jesus como Rei; Marcos, como Servo; e Lucas, como Filho do Homem. Nesta lição, veremos que o foco de João foi outro: o discípulo amado ocupou-se em apresentar-nos o Salvador como Filho de Deus.
João difere dos sinóticos em seu conteúdo. Cerca de 90% dos registros feitos nesse Evangelho não se encontram nos demais, tais como: a preexistência de Cristo antes da encarnação (Jo 1.1-18); a transformação da água em vinho (Jo 2.1-11); a instrução a Nicodemos sobre o novo nascimento (Jo 3.1-21); a mulher de Samaria (Jo 4.1-42); a cura do paralítico de Betesda (Jo 5.1-15); o fato de Cristo ser o pão da vida (Jo 6.22-59), a água da vida (Jo 7.37-39) e o bom Pastor (Jo 10.1-19); a ressurreição de Lázaro (Jo 11.1-45); o lava-pés (Jo 13.1-15); as últimas palavras no Cenáculo (Jo 13.31–17); a Oração Sacerdotal (Jo 17.1-24); a pesca milagrosa (Jo 21.1-6) e a restauração de Pedro (Jo 21.15-19).
Explore tais particularidades e boa aula!


Palavra introdutória
A autoria do quarto livro neotestamentário é atribuída a João, filho de Zebedeu, o último sobrevivente dos apóstolos.
Acredita-se que ele o tenha escrito em sua velhice, quando estava em Éfeso (capital da Ásia Menor). Apesar de não ser possível precisar a data do registro joanino, fontes extrabíblicas indicam que, possivelmente, ele tenha sido feito no final do primeiro século (entre 70–90d.C.) — período em que os sinóticos já circulavam nas igrejas.


Mesmo apresentando uma sequência ampla de acontecimentos, semelhante à encontrada nos três primeiros livros neotestamentários, o estilo do Evangelho de João (bem como sua estrutura) difere completamente dos demais — estudiosos das Escrituras, aliás, consideram-no o mais teológico dos quatro Evangelhos.


Neste termo, não há registro detalhado de parábolas (senão em Jo 10.1-10), e nele encontramos apenas sete milagres, dentre os quais, cinco foram relatados apenas por João [as bodas de Caná (Jo 2.1-11); a cura do filho do funcionário do rei (Jo 4.46-54); a cura do paralítico de Betesda (Jo 5.1-9); a cura do cego de nascença (Jo 9.1-7) e a ressurreição de Lázaro]; além disso, os discursos do Mestre têm por objetivo central Sua própria pessoa. Outra particularidade desse Evangelho são os encontros pessoais do Salvador — em contraste com o que se observa nos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), em João vemos Jesus dirigir-se mais a indivíduos do que a multidões.

Ao apresentar Jesus como Deus e como Verbo — não somente como Filho de Deus —, João tem por objetivo combater as heresias do gnosticismo emergente, as quais ameaçavam a Igreja.


Em geral, os gnósticos acreditavam que vários seres angelicais eram os criadores da Terra e que Cristo estava entre muitos desses anjos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE.
Central Gospel, 2010b, p. 545).





1. O VERBO DE DEUS
Mateus traça a genealogia do Messias a partir de Davi; Lucas, a partir de Adão; Marcos não a menciona, pois a árvore genealógica de um Servo não se evidencia na História; João, por sua vez, no prólogo de seu livro, apresenta Sua mais importante origem, a divina: No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo 1.1). Com tal declaração, o apóstolo do amor assegura que Jesus, o Verbo (gr. logos = Palavra), é Quem fundamenta toda a Escritura (1 Pe 1.11).

A verdade enfatizada por João em seu Evangelho é esta:
Jesus é o Filho de Deus, Ele é Deus, e somente Ele é a Verdade que conduz o homem à vida eterna (Jo 14.6).




1.1. Antes da encarnação
No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus (Jo 1.1,2).
Esses versos: Mostram-nos que Jesus não teve um começo; Ele existe desde a eternidade — a mente humana, limitada por grandezas de tempo e espaço, não consegue alcançar a dimensão da eternidade, mas é exatamente nesse tempo impreciso e nesse lugar indefinido que Ele habita; revelam-nos a personalidade distinta e separada do Salvador — Jesus não é apenas uma ideia (ou um pensamento) de Deus, Ele é uma pessoa real que habitou existencialmente a eternidade com Deus, antes de fazer-se carne e vir a este mundo; ensinam-nos que Sua personalidade e divindade não tiveram um princípio — Jesus não se tornou uma pessoa ao nascer em Belém da Judeia (Mt 2.1; Lc 2.1-7); tampouco foi após a Sua ressurreição que Ele tornou-se Deus; Ele é Deus desde a eternidade; Ele é o Pai da eternidade (Is 9.6).



1.2. Na Criação
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3). Jesus é (Jo 8.58) antes de a Criação existir (Jo 1.1).


A Criação, diferente do seu Criador, não é eterna. Em Gênesis 1.1, lemos que Deus criou a Terra; e, em João 1.3, a revelação se completa: vemos que foi por intermédio de Jesus que toda a Criação foi chamada à existência — porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis [...] tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele (Cl 1.16,17). Cristo não é parte da Criação, Ele é o Deus-Criador. Sem exceção alguma, a estrutura universal existente, visível e/ou invisível, foi criada por Ele — do macrocosmo ao microcosmo; dos maiores planetas às partículas subatômicas; do anjo ao arcanjo.



1.3. Entre nós 

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1.14). Destacamos três verdades nesse verso.

Criador tomou a forma da Sua Criação — [...] O Verbo se fez carne.Obedecendo às leis da Natureza, determinadas por Seu próprio poder (Gn 1.28; 3.16), Jesus foi gerado em uma madre (Lc 1.31), sendo gestado por nove meses para, somente então, nascer (Lc 2.6) na cidade de Belém, em uma simples manjedoura (Lc 2.7). Foi deste modo que o Filho de Deus adentrou o tempo e o espaço humanos (Hb 1.2).
O Eterno habitou entre nós — Não foi uma visita casual ou uma aparição fugaz. O Logos habitou este mundo por pouco mais de três décadas. Ele viveu entre os homens como um homem. A palavra habitou, em sua origem grega (eskēnōsen), significa tabernacular (no sentido de armar uma tenda). No Antigo Testamento, a presença de Deus entre os israelitas era representada por uma tenda móvel armada no meio do arraial (Êx 25.8,9; Nm 12.5; 2Sm 7.6). Na era da Lei, os homens iam ao Tabernáculo para buscar a Deus; na era da Graça, o Tabernáculo de Deus (Jesus) veio em busca do homem. Com isto fica patente o desejo de Deus em relacionar-se conosco.
Embora Cristo tenha dado aos Seus discípulos um lampejo de Sua glória no monte da Transfiguração (Mt 17.1,2), João mostra-nos que a glória do Filho de Deus foi manifestada aos homens por meio de Sua própria vida — Com atos de imerecida bondade, dirigidos aos pecadores (cheio de graça), o Unigênito do Pai habitou entre os homens imaculado, pleno de honestidade, retidão e justiça (cheio de verdade).



2. O VERBO DE DEUS COMO CORDEIRO
Uma das revelações neotestamentárias mais profundas acerca do Messias Salvador saiu dos lábios de João, o Batista; e João, o evangelista, a registrou: No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
Na Antiga Aliança, o sacrifício de um cordeiro representava o perdão de pecados. João Batista viu, pela fé, que Cristo era o Cordeiro de Deus que levaria embora os pecados dos homens (Jo 1.29). Ele riscaria, definitivamente, a cédula que nos era contrária [...] e a cravaria na cruz por meio do Seu sacrifício (Cl 2.14). O Verbo é, também, o nosso Cordeiro Pascal (1 Co 5.7; At 8.32; 1 Pe 1.19; Is 53.7).


2.1. O Cordeiro substituiu-nos
No Livro de Gênesis, lemos que Abraão conduziu seu filho ao monte Moriá para ser sacrificado, pela fé. Quando Isaque perguntou ao pai onde estaria o cordeiro para o sacrifício, o patriarca respondeu: Deus proverá para si o cordeiro (Gn 22.8). No alto do monte, o Anjo do Senhor não permitiu que Abraão usasse o cutelo para sacrificar o jovem; um carneiro apareceu para ser oferecido em seu lugar (Gn 22.11-13).
Aprendemos com este episódio que, assim como Deus enviou um sacrifício para substituir Isaque no monte Moriá, Cristo foi-nos enviado como Cordeiro de Deus para morrer em nosso lugar no monte Calvário. Por essa razão, o mesmo João escreveu: Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados (1 Jo 4.10).


2.2. O Cordeiro justificou-nos
Na Antiga Aliança, os cordeiros eram sacrificados para o perdão de pecados (Lv 4.32; Nm 6.14); o sacrifício do Cordeiro Santo de Deus, no entanto, excedeu a este propósito. O sangue de Jesus foi vertido na cruz do Calvário não apenas para perdoar os pecados dos homens, mas para torná-los justos diante de Deus: E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê (At 13.39).


Todo aquele que crê em Seu sacrifício e o recebe como Senhor de sua vida (Jo 3.18) não será condenado: Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito (Rm 8.1).




3. O VERBO DE DEUS, NOSSO AMIGO
Cinco capítulos do Evangelho de João são dedicados às últimas instruções de Jesus aos Seus discípulos, antes da crucificação (Jo 13.1–17.26). Nesse discurso, encontramos a seguinte declaração do Mestre: Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando (Jo 15.14). Esse verso, especificamente, leva-nos a refletir sobre o fato de Deus ter descido dos céus para habitar entre os homens, ter-se feito Cordeiro para justificar o pecador, predispondo-se a ser amigo de todos quantos o receberem como Salvador.

Em João 15.15, evidentemente, está contido o pensamento de que Cristo não tem prazer na mera obediência servil; afinal,
amigos de verdade são motivados pelo prazer de fazer o que o relacionamento exige, com vistas à sua manutenção. Obediência
é, antes de tudo, uma expressão de fidelidade e amor.



3.1. Um amigo pessoal
Já vos não chamarei servos, [...] tenho-vos chamado amigos (Jo 15.15).
Eis a diferença entre servo e amigo:
servos fazem o que lhes é ordenado, mas com amigos pessoais compartilhamos segredos, planos, projetos e informações confidenciais.
Precisamos entender, no entanto, que o status de amigo não exime o cristão da condição de servo: continuamos sendo servos que têm o privilégio de compartilhar a intimidade com o maior Amigo.


3.2. Um amigo que nos ama
Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos (Jo 15.13). Nossas ações falam mais alto do que as nossas palavras. Jesus não apenas disse que nos amava; Ele provou o Seu amor, entregando Sua vida por nós.
Não se trata de um amor teórico, mas prático e sublime.
A palavra grega traduzida por vida, nesse texto, não é bios, mas psychēn (alma). Isto nos leva a concluir que Jesus não entregou apenas Seu corpo físico na cruz, Ele entregou todo o Seu ser. Esta, aliás, é a mais colossal expressão de amor de Deus para com os homens (Rm 5.8).


CONCLUSÃO
As verdades reveladas sobre a pessoa de Jesus Cristo neste Evangelho enchem-nos de ânimo e esperança. Ao lermos o exclusivo texto registrado por João — porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna (3.16) —, podemos visualizar o incalculável amor de Deus dispensado a nós. Nas palavras de Matthew Henry, Jesus Cristo veio para nos salvar por meio de Seu perdão, a fim de que não morramos pela sentença da Lei. Esse é o evangelho de fato, as boas novas, o melhor que já veio do céu para a terra (Bíblia de Estudo Matthew Henry. Central Gospel, 2014, p. 1625).
Deus nos abençoe.


ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. O que o texto de João 1.1 — no princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus — assegura-nos?
R: Jesus, o Verbo (gr. logos = Palavra), é Quem fundamenta toda a Escritura (1 Pe 1.11).







Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus Ano 14 - nº 57 - 1º Trimestre de 2019 - Tema: Os Evangelhos - Uma história, quatro dimensões - Editora: Central Gospel









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